EFEITO DA SUPLEMENTAÇÃO DE PROBIÓTICOS EM PACIENTES COM CÂNCER DE INTESTINO

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cl10202505141255


Orientador: Fábio Costa de Vasconcelos1
Brendo Marcos Miranda Freitas2
Bruno Henrique dos Santos Morais3
Thifany Mendes Pinto4
Simone do Socorro Fernandes Marques5
Raissa Ribeiro da Silva6
Roberta Monteiro de Oliveira Cruz7
Erika Kariny Nascimento Reis8
William Robert de Souza9
Alcione de Jesus Neves de Souza10


RESUMO

Introdução: O câncer é caracterizado pelo crescimento desordenado de células malignas que podem invadir tecidos adjacentes ou órgãos à distância (metástase). É também conhecido como neoplasia maligna que surge a partir de uma mutação genética. Dentre os diversos tipos, está o câncer de intestino, O câncer de intestino está relacionado a hábitos de alimentação, bem como a atividade física e nutrição. Objetivo: Analisar através de evidências científicas, a importância dos probióticos na terapia nutricional em pacientes com câncer intestinal em tratamento oncológico. Metodologia: O presente estudo é uma pesquisa descritiva do tipo revisão integrativa da literatura, com a obtenção de dados em formato de artigos científicos publicados em revistas científicas da área da saúde. Foram pesquisadas as bases de BVS, Medline, LILACS, IBECS, PUBMED e Scielo. A amostra deste estudo contemplou artigos disponibilizados na íntegra, gratuitos, publicados do ano de 2012 ao ano de 2022, em língua portuguesa e inglesa, e que foram pertinentes ao escopo estabelecido para esta pesquisa; bem como, critérios de inclusão. Resultados: No estudo evidenciou-se que os probióticos possuem uma grande importância no tratamento do CCR sendo associado a regulação da função gastrointestinal e nos distúrbios coletivos, bem como melhora da diarreia, em obstruções intestinais sintomáticas e na incidência total de infecções operatórias no CCR e que a administração de probióticos/simbióticos ao redor ou logo após a cirurgia do CCR pode ser benéfica e eficaz para a recuperação do intestino grosso.Conclusão: Em síntese, os achados no levantamento bibliográfico presentes nesta pesquisa, mostram que de fato, os subsídios de uma terapia nutricional somado a uso dos probióticos podem diminuir a gravidade do CCR, modulando a microbiota intestinal e assim diminuindo os efeitos colaterais tóxicos da radioterapia e quimioterapia, isto se torna de suma importância na melhoria da qualidade de vida dos pacientes.

Descritores: Probióticos; Câncer Intestinal; Terapia Nutricional

ABSTRACT

Cancer is characterized by the uncontrolled growth of malignant cells that can invade adjacent tissues or distant organs (metastasis). It is also known as malignant neoplasm that arises from a genetic mutation. Among the different types, is bowel cancer, Bowel cancer is related to eating habits, as well as physical activity and nutrition. Objective: To analyze, through scientific evidence, the importance of probiotics in nutritional therapy in patients with intestinal cancer undergoing oncological treatment. Methodology: The present study is a descriptive research of the integrative literature review type, with data obtained in the format of scientific articles published in scientific journals in the health area. The bases of VHL, Medline, LILACS, IBECS, PUBMED and scielo were searched. The sample of this study included articles available in full, free of charge, published from 2012 to 2022, in Portuguese and English, and which were relevant to the scope established for this research; as well as inclusion criteria. Results: The study showed that probiotics are of great importance in the treatment of CRC, being associated with the regulation of gastrointestinal function and collective disorders, as well as improvement of diarrhea, symptomatic intestinal obstructions and the total incidence of operative infections in CRC and that the administration of probiotics/symbiotics around or right after CRC surgery can be beneficial and effective for the recovery of the large intestine. Conclusion: In summary, the findings in the bibliographical survey present in this research, show that, in fact, the subsidies of a nutritional therapy added to the use of probiotics can reduce the severity of CRC, modulating the intestinal microbiota and thus reducing the toxic side effects of radiotherapy and chemotherapy, this becomes of paramount importance in improving the quality of life of patients.

Keywords: Probiotics; Intestinal Cancer; Nutritional Therapy.

1. INTRODUÇÃO

O câncer é caracterizado pelo crescimento desordenado de células malignas que podem invadir tecidos adjacentes ou órgãos à distância (metástase). É também conhecido como neoplasia maligna que surge a partir de uma mutação genética. O desenvolvimento do câncer geralmente é lento, podendo demorar anos para que uma célula cancerosa origine um tumor visível. Dentre os diversos tipos, está o câncer de intestino, no qual a incidência está cada vez mais crescente, no Brasil, o câncer colorretal é o terceiro mais incidente na população com aproximadamente, 40 mil novos casos diagnosticados por ano, entre homens e mulheres. Já no Pará, foram estimados 500 casos novos de câncer colorretal para o biênio 2018-2019. E na capital Belém, as estimativas para o ano de 2020 foram 130 casos novos de câncer (INCA, 2021).

O câncer de intestino está relacionado a hábitos de alimentação, bem como a atividade física e nutrição. Em relação a alimentação, observa-se que o excesso de gordura corporal pode levar a um estado de inflamação crônica constituindo assim um dos fatores de risco, bem como o tabagismo, o uso de carnes processadas e principalmente, a carne vermelha em excesso (INCA, 2021).

Neste sentido, uma das terapias que vem sendo uma alternativa para tratamento de pacientes com câncer de intestino que tem demonstrado eficácia é a terapia com microrganismos, também chamada de culturas de probióticos, quando administrada corretamente durante o tratamento antineoplásico. Os probióticos têm um grande potencial na alimentação dos pacientes oncológicos (FERREIRA, et al., 2021).

No entanto, proeminências de que uma possível alteração das condições fisiológicas do cólon, do metabolismo da microbiota intestinal, do aumento de produção de ácidos graxos de cadeia curta (AGCC), e dos compostos antitumorais ou antimutagênicos, tudo isso graças ao consumo de probióticos tanto para pacientes sadios e agindo como proteção em pacientes oncológicos (RODRIGUES, et al., 2019). 

Segundo a Organização Mundial da Saúde os efeitos dos probióticos consumidos de forma adequada, produz benéficos a microbiota intestinal, tais como efeitos antagônicos, competição e imunológicos (BATISTA, et al., 2021)

Neste sentido, a presente pesquisa buscou conhecer quais os efeitos da suplementação de probióticos em pacientes com câncer de intestino, ou seja, de que forma os microbióticos podem ajudar no tratamento.

2. OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Analisar através de evidências científicas, a importância dos probióticos na terapia nutricional em pacientes com câncer intestinal em tratamento oncológico.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

  • Selecionar os artigos por nível de evidência;
  • Subsidiar a importância de prescrever probióticos em pacientes oncológicos intestinais;
  • Analisar os efeitos dos probióticos na terapia nutricional em pacientes oncológicos intestinais em tratamento oncológico.

3. REFERENCIAL TEÓRICO

3.1 CÂNCER DE INTESTINO: DEFINIÇÃO

A microbiota intestinal está associada ao CCR, a qual revela uma interação microbiana dinâmica e complexa, que está sob forte consideração por cientistas que desejam estudar os mecanismos relacionados ao desenvolvimento do CCR. Nesse processo carcinogênico multifatorial, uma alteração gradual da microbiota, juntamente com seu microambiente que causa disbiose e aumenta o potencial de micróbios oncopatogênicos. A tumorigênese do cólon também está relacionada ao papel de alguns metabólitos microbianos como iniciador ou inibidor de atividades procarcinogênicas ou antioncogênicas, sendo assim, os estímulos inflamatórios e carcinogênicos causam alterações na composição da microbiota intestinal que podem predispor à tumorigênese (DRAGO, 2019).

As bactérias intestinais desempenham papéis diferentes na indução de doenças ou na proteção de indivíduos. Algumas espécies exacerbam a formação de um tumor e causam câncer, enquanto outras contribuem para a saúde do intestino (ZINATIZADETH, et al.,2018).

Nesse contexto, o câncer pode ser definido como enfermidades causadas por alterações genéticas que levam a um crescimento celular desordenado, sendo uma das principais causas de morte no mundo. Dentre os mais de 200 tipos de cânceres existentes, um dos mais comuns é o câncer colorretal (CCR) ou câncer de intestino como também é conhecido, este está entre as neoplasias malignas que mais acometem pacientes no Brasil e no mundo (LIMA, et al., 2019).

O diagnóstico precoce do câncer de intestino possibilita um tratamento com mais eficácia e um prognóstico melhor para o paciente, no entanto uma das dificuldades consiste pelos seus diversos sinais e sintomas serem confundidos com outras doenças. As principais características da fisiopatologia do câncer de intestino assemelham-se a maior parte a lesões neoplásicas, porém de maneira silenciosa, o que dificulta ainda mais o seu diagnóstico, pois dependendo da localização da lesão, pode levar a anos para ser identificado, e muitas vezes de forma tardia. O câncer colorretal é a terceira forma mais comum de câncer (LIMA, et al., 2019).

O câncer de intestino acomete os segmentos do intestino grosso (cólon, reto e ânus), dentre os principais fatores de riscos estão: histórico familiar, idade, ingestão de gorduras animais, baixo consumo de frutas, vegetais e cereais integrais, uso de álcool e tabagismo, obesidade e sedentarismo, sendo mais comum entre os idosos, a partir dos 60 anos, podendo surgir em qualquer faixa etária, sendo mais grave quanto mais precoce for o seu surgimento, estando diretamente ligado a herança genética (MENEZES, et al., 2016).

Os fatores ambientais no CCR são mais importantes do que os fatores genéticos. Os fatores ambientais incluem dietas inadequadas, como alto teor de gordura, baixo teor de fibras e baixo teor de carboidratos (ZINATIZADETH, et al.,2018).

Embora a maioria dos casos de CCR ocorra individualmente, o papel dos fatores genéticos herdados no desenvolvimento do CCR é de 35%. Os parentes de primeiro grau de pacientes com CCR apresentam risco aumentado de desenvolver CCR. Este risco está fortemente correlacionado com o número de membros da família afetados (ZINATIZADETH, et al.,2018).

Muitas doenças inflamatórias estão diretamente ligadas ao CCR, sendo também parte dos fatores de risco, dentre elas, a retocolite ulcerativa, os pólipos adenomatosos esporádicos, sendo responsáveis por 90% de todos os casos de câncer de CCR, sendo condições pré-neoplásicas (MENEZES, et al., 2016).

3.2 EPIDEMIOLOGIA

Segundo o Instituto Nacional do Câncer, o câncer colorretal é considerado a quinta neoplasia mais recorrente no Brasil. Entre os anos de 2018 a 2019 foram estimados quase 18.980 novos casos de CCR em mulheres e 17.380 em homens, este é o segundo tipo de câncer mais comum nas mulheres e o terceiro em homens. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estimou mais 880 mil óbitos em todo mundo (LOBO, 2020). 

E segundo Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer, é possível que o CCR aumente cerca de 75% até o ano de 2040, com mais de 11,4 milhões de novos casos e mais de 6,1 milhões de óbitos, sendo considerado o mais letal, com cerca de 900 mil mortes por ano, e tendo como principais fatores de risco, maus hábitos alimentares, obesidade, tabagismo, e falta de atividade física (PULLIG, et al., 2019).

A incidência e taxa de mortalidade do CCR no mundo variam muito segundo o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), sendo que existe uma diminuição em países com IDH muito elevado, como Japão, França e Estados Unidos, e elevação de casos em países que passaram por uma rápida transição econômica, tais como o Brasil e por último estão os países com IDH alto com uma diminuição da mortalidade e aumento da incidência (LOBO, 2020). 

O aumento da incidência de CCR tem sido observado em estudos principalmente em jovens nas décadas recentes, principalmente atribuído ao rastreamento ineficiente, assim como ao aumento dos fatores de risco relativos à dieta alimentar e à obesidade (PULLIG, et al., 2019).

De fato, tem-se demonstrado que mudanças epigenéticas e regulações gênicas também podem ocorrer durante o desenvolvimento do CCR. Juntamente com fatores como dieta, estilo de vida, genética e infecção oncogênica, microrganismos específicos ou a variabilidade do microbioma foram recentemente associados a esse tumor, porém o microbioma intestinal contribui para a patogênese da CC no hospedeiro não é totalmente compreendido (DRAGO, 2019)

3.3 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

Os principais sintomas do câncer de intestino, consistem em constipação intestinal progressiva, diarreia, tenesmo, fezes escuras, hematoquezia e presença de pus e/ou muco ao defecar, astenia, irritabilidade e dor, bem como, perda de peso, massa abdominal palpável ao exame físico nos estágios mais avançados (PULLIG, et al., 2019).

Dentre os sintomas menos comuns estão a tosse, disfunção urinária, disfagia e úlceras orais. Eles podem variar por faixa etária, sendo que os pacientes jovens têm mais sintomas no aspecto físico e com mais impacto social, já os pacientes mais idosos possuem mais sintomas psicológicos (BATISTA, et al., 2021).

3.4 DIAGNÓSTICO

O câncer de intestino é um dos principais cânceres que mais correspondem a prevenção, isto é, ao controle dos fatores de risco e rastreamento precoce, por meio da detecção e remoção dos pólipos através da realização de exames de rastreamento clínico. O principal exame para triagem e tratamento dessas lesões é a colonoscopia (MENEZES, et al., 2016).

Para o diagnóstico de CCR, é necessário realizar a proctoscopia, incluindo anuscopia e colonoscopia retossigmóide, com o estudo da mucosa do cólon retal e sigmóide e de possíveis lesões suspeitas.  Se ainda persistirem as suspeitas, é realizada a colonoscopia que permite com uso de biópsia de lesões que não podem ser alcançadas pela colonoscopia retossigmóide (MOTA, et al., 2021). 

Menezes et al., (2016), complementam dizendo que pacientes com menor risco de desenvolver o CCR, devem realizar anualmente exames de fezes para verificação de sangue oculto, sigmoidoscopia flexível a cada cinco anos ou retossigmoidoscopia rígida a cada dois anos para pacientes a partir de 50 anos, e os pacientes de alto risco devem realizar o exame de colonoscopia a partir dos 40 anos.

3.5 TRATAMENTO ONCOLÓGICO

O câncer de intestino possui diversos tratamentos, os quais são utilizados para determinados tipos de pacientes com características tumorais de acordo com estágio, extensão e localização. Dentre eles os principais estão a cirurgia, a radioterapia, e a quimioterapia. Todos eles podem ser usados isoladamente, unidos ou em sequência, sempre levando em conta seus riscos e benefícios. 

Os especialistas responsáveis pela indicação da cirurgia oncológica, da quimioterapia e da radioterapia são o cirurgião oncológico, oncologista clínico e o radioterapeuta, respectivamente. No entanto, o tratamento deve estar inserido numa abordagem multidisciplinar, tais como: enfermagem, farmácia, nutrição, serviço social, terapia ocupacional, fisioterapia, psicologia, psiquiatria e estomaterapia (cuidados de ostomizados), dentre outros (INCA, 2011).

Uma aplicação promissora para o tratamento do câncer colorretal é a manipulação da microbiota humana e, como consequência, o uso de probióticos seletivos (DRAGO, 2019).

3.5.1 Cirurgia

De modo geral, o tratamento mais utilizado é o cirúrgico, principalmente em neoplasias de progressão recente (PULLIG, et al., 2019). Sendo a primeira etapa do tratamento para a doença, geralmente resultando na alteração da imagem corporal e na vida social do paciente, relacionado a confecção da estomia temporária ou definitiva (BUETTO e ZAGO, 2015). 

Sendo considerada a base do tratamento com potencial curativo, geralmente associada a terapias neoadjuvantes e/ou adjuvantes, como a quimioterapia e radioterapia. Sendo necessário o estadiamento para assim promover estratégias que varia de acordo com tipo de câncer desde a ressecção endoscópica até as cirurgias abertas com ressecções importantes (PAES, et al., 2021) 

A cirurgia para o CCR é utilizada para a ressecção de tumores no colo, reto e/ou ânus, junto com a remoção dos gânglios linfáticos próximos e anastomose (emenda) das duas extremidades livres do intestino. Dependendo do tipo específico do câncer de reto, o tipo de cirurgia vai depender da distância entre o tumor e o ânus, bem como da profundidade da lesão na parede retal. Se for removido totalmente o reto e o ânus, será necessária uma colostomia permanente, porém se ficar uma parte do reto e o ânus ficar preservado, ela será temporária até cicatrizar os tecidos, dependendo assim de outra cirurgia para religação do reto ao final do intestino grosso (SBCO, 2022).

Ser acompanhado por uma equipe qualificada, coordenada por um especialista em Cirurgia Oncológica, é um recurso indispensável para um tratamento mais assertivo, com prognósticos realistas e responsáveis para o câncer colorretal (SBCO, 2022).

3.5.2 Quimioterapia

A quimioterapia é constituída por medicamentos que podem controlar e curar o câncer, destruindo células malignas, impedindo a formação de um novo DNA (ácido desoxirribonucleico), impedindo funções essenciais da célula da célula ou levando a apoptose. Trata-se de um tratamento sistêmico, onde todos os tecidos podem ser afetados, porém em diferentes graus. Alguns de seus principais efeitos colaterais são: náuseas, vômitos, náuseas, alterações no paladar, mucosite, estomatite, diarreia, e constipação, levando a uma diminuição na ingestão alimentar e podendo levar a uma depleção do estado nutricional do paciente, ocasionando um aumento no índice de morbimortalidade (INCA, 2011).

No câncer de cólon e reto a quimioterapia é indicada como tratamento neoadjuvante (antes do tratamento definitivo, em geral cirúrgico), adjuvante (Após o tratamento definitivo, em geral cirúrgico ou mais raramente radioterápico) e/ou paliativo. Podem-se empregados anticorpos monoclonais (AM), estes podem reconhecer e ligar-se a antígenos tumorais específicos, levando a respostas imunológicas que são capazes de proteger as células não tumorais, bem como diminuir os efeitos adversos advindos da toxicidade dos antineoplásicos convencionais. A quimioterapia aumenta a possibilidade de cura (BUETTO e ZAGO, 2015) 

3.5.3 Radioterapia

A radioterapia é constituída por ondas eletromagnéticas aplicadas no local indicado pelo médico radio terapeuta a fim de destruir as células tumorais e cancerígenas ou impedir que elas aumentem, porém, dependendo da qualidade da radiação, do estado da doença e da localização do tumor para se obter um resultado eficaz. Trata-se de um método terapêutico que utiliza radiações não visíveis, e que não ocasionam dor, geralmente associado a outros tipos de tratamento, como por exemplo, a quimioterapia (SOUZA et al., 2018).

A radioterapia tem diversas finalidades, tais como a radioterapia curativa, esta visa a cura do paciente, é a principal modalidade, radioterapia pré-operatória ou RT prévia ou citorredutora que antecede a principal modalidade de tratamento, a cirurgia, visa a redução do tumor e facilita a cirurgia. Radioterapia pós-operatória ou pós-quimioterapia (profilática), segue-se a principal modalidade de tratamento, tem o objetivo de destruir possíveis focos microscópicos do tumor. Radioterapia paliativa, a qual tem por finalidade tratar o local do tumor primário ou de metástase sem influenciar a taxa de sobrevida global do paciente, geralmente é usada na radioterapia antálgica (paliativa com a finalidade de reduzir a dor), radioterapia anti-hemorrágica (paliativa com a finalidade de controlar os sangramentos) (INCA, 2011)

3.6 CONDUTA NUTRICIONAL

3.6.1 A importância da prescrição de probióticos em pacientes oncológicos intestinais

A responsabilidade do nutricionista é prescrever uma dieta adequada, atendendo as demandas nutricionais do paciente, contendo as seguintes estratégias: suplementação oral, orientação dietética e nutrição enteral e parenteral com intuito de evitar a desnutrição, proporcionar a melhoria da qualidade de vida do paciente com redução do número de complicações do tratamento, impedindo interrupções do mesmo (BATISTA, et al., 2021).

Antes de tudo, é necessário falar sobre a microbiota intestinal, está se define como uma comunidade complexa de micróbios que contém mais de 1014 células, consistindo de bactérias, fungos, protozoários, vírus e bacteriófagos, que residem no intestino, desenvolvendo uma relação simbiótica e epigenética com o hospedeiro (DRAGO, 2019)

Neste sentido, uma das fontes de suplementação são os probióticos, estes possuem efeitos benéficos no tratamento de doenças inflamatórias intestinais, diabetes mellitus, diarreia e constipação, e sendo assim, muitos estudos têm demonstrado eficácia no tratamento do câncer de intestino quando a aplicabilidade de culturas de probióticos é feita corretamente. A utilização de probióticos em dietas alimentares cuja aplicabilidade ocorre em diversas fases do paciente oncológico potencializa os efeitos relacionados a sua utilização, incentivando seu uso (FERREIRA, et al., 2021).

Os probióticos podem ser definidos como produtos lácteos, que podem ser fermentados ou não, constituídos por microrganismos vivos que promovem o equilíbrio da microbiota intestinal. Eles geralmente são provenientes de mono ou múltiplas culturas, tais como Lactobacillus rhamnosus, Bifidobacterium, Enterococcus e Streptococcus (ALMEIDA, et al., 2009). Bem como, Saccharomyces boulardii e Lactobacillus plantarum, essas culturas probióticas agem competindo com microrganismos patogênicos inibindo seu crescimento por meio da produção de ácidos orgânicos (lactato, propionato, butirato e acetato), fortalecendo o sistema imunológico do corpo. Essa modulação da microbiota pelos probióticos ocorre através de um mecanismo chamado “exclusão competitiva” (FLESCH, et. al., 2017).

Sendo assim, as bactérias probióticas devem ser selecionadas com base no gênero, na origem que deve ser humana, estabilidade frente aos ácidos e aos sais biliares do trato gastrointestinal, capacidade de fixação à mucosa intestinal, de colonização ao trato gastrointestinal temporariamente, de gerar compostos antimicrobianos e estimular o metabolismo no intestino grosso (FERREIRA, et al., 2021).

Estes autores complementam referindo que a prescrição de probióticos estimulam a resposta do sistema imunológico, na modulação de reações alérgicas, na redução de níveis plasmáticos de lipídeos, na melhoria da saúde urogenital de mulheres, promoção da digestão de lactose em indivíduos com intolerância e na redução do risco de câncer de cólon.

3.6.2 Os efeitos dos probióticos na terapia nutricional em pacientes oncológicos intestinais

O objetivo da terapia nutricional consiste em recuperar e manter o estado nutricional do paciente, fornecer o ganho adequado de nutrientes, aliviar os sintomas, redução das necessidades cirúrgicas e pós-operatórias, bem como a diminuição da doença no organismo. Um dos seus auxiliadores são os probióticos, os quais têm efeitos que beneficiam a imunidade intestinal produzindo ácidos graxos de cadeia curtas, controle da diarreia aguda, melhora da atividade clínica da doença e prevenção de complicações (BATISTA, et al., 2021).

A definição de probióticos são “microrganismos vivos que, quando administrados em quantidades adequadas, conferem um benefício à saúde do hospedeiro”. Dentre os probióticos mais comuns e utilizados na indústria de alimentos, estão as bactérias pertencentes aos gêneros Lactobacillus e Bifidobacterium, devido aos seus efeitos probióticos e benéficos (DRAGO, 2019).

Muitos estudos referem que os probióticos possuem efeito imunoestimulante que pode estar associado com a capacidade dos mesmos interagirem com as placas de payer que ficam no intestino, resultante na estimulação dos linfócitos B, produção de IgA, por meio da migração de linfócitos T para o intestino. Os probióticos estimulam atividade fagocitaria inespecífica dos macrófagos alveolares gerando uma ação sistêmica, por meio da secreção de mediadores, que estimulam o sistema imunológico (ALMEIDA, et al., 2009).

Muitos estudos têm evidenciado que os probióticos podem modular de forma positiva a composição e atividade da microbiota intestinal trazendo efeitos benéficos sobre a saúde, restabelecendo o equilíbrio destes microrganismos e estimulando o sistema imune com grande indício de que inibam também a atividade cancerígena (ALMEIDA, et al., 2009).

A microbiota intestinal protege contra os microrganismos invasores formando uma barreira, potencializando os mecanismos de defesa do hospedeiro contra os patógenos, fortalecendo a imunidade intestinal e respostas imunes locais. Ela também ajuda na digestão dos alimentos e na produção de ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) e proteína, que são em parte absorvidos e utilizados pelo hospedeiro (ALMEIDA, et al., 2009).

Dessa maneira, os probióticos atuam no organismo inibindo a colonização intestinal por bactérias patogênicas, podendo assim reduzi-las por produção de substâncias bactericidas, competição por nutrientes e por adesão à mucosa intestinal. Os lactobacillus, por exemplo, inibem a proliferação de microrganismos não benéficos e produzem ácidos orgânicos que reduzem o pH intestinal, retardando o crescimento de bactérias patogênicas sensíveis a ácidos (ALMEIDA, et al., 2009).

Sendo assim, os principais efeitos benéficos dos probióticos são a síntese de vitamina B, inibição do crescimento de bactérias patógenas, diminuição do pH intestinal, dos níveis de colesterol, proteção contra infecções gastrointestinais, estímulo da peristalse, regulação do metabolismo, hematopoese, inflamação e imunidade. Bem como apresentam efeitos positivos sobre a toxicidade do tratamento antitumoral, substanciando os efeitos adversos associados ao tratamento do câncer. Eles podem estabelecer um meio saudável para o sistema intestinal, preventivo nos riscos associados ao CCR (FERREIRA, et al., 2021)

4. METODOLOGIA

4.1 TIPO DE ESTUDO

Trata-se de pesquisa descritiva do tipo revisão integrativa da literatura, com a obtenção de dados em formato de artigos científicos publicados em revistas científicas da área da saúde. A pesquisa bibliográfica foi realizada a partir do levantamento de referências teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos e eletrônicos, como livros, artigos científicos e páginas de web sites (FONSECA, 2002). 

Os exemplos mais característicos desse tipo de pesquisa são sobre investigações sobre ideologias ou aquelas que se propõem à análise das diversas posições acerca de um problema (GIL, 2007).

4.2 PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS

Foram selecionados para este estudo artigos publicados em revistas científicas disponibilizados pelas bases de dados Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) acessados nas plataformas Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS); Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE); Índice Bibliográfico Espanhol em Ciências da Saúde (IBECS), PUBMED, Google Acadêmico e scielo. A coleta dos dados ocorreu no período de agosto a setembro de 2022.

A amostra deste estudo contemplou artigos disponibilizados na íntegra, gratuitos, publicados do ano de 2012 ao ano de 2022, em língua portuguesa e inglesa, e que foram pertinentes ao escopo estabelecido para esta pesquisa; bem como, critérios de inclusão.

Os Descritores de Saúde (DECS) utilizados foram: neoplasias intestinais, intestinal neoplasms, probióticos, probiotics, probióticos, suplementos nutricionais, dietary supplements, suplementos dietéticos, oncologia cirúrgica, surgical oncology, cirurgia colorretal, colorectal surgery, antineoplásicos, antineoplastic agents, radioterapia, radiotherapy

Os artigos foram analisados e posteriormente classificados de acordo com seis níveis de evidências provenientes das pesquisas. Essa classificação considera abordagem metodológica do estudo, o delineamento de pesquisa empregado e o seu rigor. (Quadro 1).

Quadro 1 – Níveis de evidências dos artigos científicos

Nível das EvidênciasNatureza do Estudo
Nível IEvidências oriundas de revisão sistemática ou meta-análise de todos relevantes ensaios clínicos randomizados controlados ou provenientes de diretrizes clínicas baseadas em revisões sistemáticas de ensaios clínicos randomizados controlados.
Nível IIEvidências derivadas de pelo menos um ensaio clínico randomizado controlado bem delineado.
Nível IIIEvidências obtidas de estudos quase-experimentais, como ensaio clínico não randomizado, grupo único pré e pós-teste, séries temporais ou caso-controle.
Nível IVEvidências originárias de estudos não experimentais, como pesquisa descritiva, correlacional e comparativa, pesquisas com abordagem metodológica qualitativa e estudos de caso.
Nível VEvidências oriundas de dados de avaliação de programas, dados obtidos de forma sistemática.
Nível VIEvidências a partir de opiniões de especialistas, relatos de experiência, consensos, regulamentos e legislações.

Fonte: Oxford Centre for Evidence-Based Medicine

4.3 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO 

Foram incluídos na amostra desta pesquisa artigos disponibilizados na íntegra, gratuitos, publicados do ano de 2012 ao ano de 2022. Foi utilizado os idiomas na língua portuguesa e inglesa. A população estudada foi de adultos e idosos com câncer do intestino em tratamento oncológico submetidos à suplementação com probióticos, conforme estabelecido no escopo do trabalho.

4.4 CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO

Foram excluídos da pesquisa, artigos que estavam incompletos, publicados antes do ano de 2012, e que se encontravam em qualquer outro idioma que não foram os supracitados, os estudos duplicados encontrados mais de uma vez em bases de dados diferentes e aqueles que apresentaram conceitos antagônicos ao título estabelecido para este estudo. Também, foram descartados artigos com população de crianças e adolescentes com câncer do intestino em tratamento oncológico; e adultos e idosos, com outros tipos de câncer, com exceção daquele estabelecido na pesquisa. 

4.5 ASPECTOS ÉTICOS

Trata-se de um estudo sem abordagem a seres humanos e sem instituições coparticipantes; dessa forma, não foi necessária submissão do projeto ao Comitê de Ética.

4.6 RISCOS E BENEFÍCIOS 

A pesquisa não teve abordagem a indivíduos. Portanto, não houveram análises documentais de pacientes específicos de um determinado local; sendo assim, a presente pesquisa ofereceu riscos mínimos, isto é, associados a análise indevida do material, infidelidade dos resultados encontrados e plágio. Em vista disto, o pesquisador desta pesquisa comprometeu-se a realizar uma análise fiel aos resultados encontrados nos textos selecionados nas bases de dados e respeitou as normas NBR 10520:20024 e NBR 6023:20025, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e a Lei nº 9.610/98 (Lei do Direito Autoral – LDA) para posteriormente exteriorizar um resultado fidedigno para a comunidade científica da área da saúde.

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram encontrados no processo de busca da literatura mostrado em um fluxograma abaixo na figura 1, um total de 137 artigos encontrados por meio dos descritores, sendo na BVS 128 artigos (Medline 122, LILACS 5, IBECS 1), PUBMED 4, Google acadêmico 4, Scielo 1, totalizando 137 artigos, excluiu-se 7 artigos com textos incompletos, totalizando 130 com textos completos, entretanto após análise, apenas 11 artigos (figura 1) se adequava aos critérios de inclusão.

FIGURA 1 – Fluxograma de coleta de dados

Neste sentido, discute-se a importância dos probióticos no CCR encontrados nos estudos de acordo com seu nível de evidência, bem como o uso de sua prescrição.

Tabela 01 – Informações dos artigos selecionados para análise

Autor. Título. Ano. IdiomaBase De dadosObjetivoNível deEvidênciaMetodologiaResultados
FLESCH, et al, Perioperative Synbiotics Administration decreasesPostoperative infections in patients with colorectal Câncer: a randomized,double-blind clinical trial 2017. Língua inglesa.SCIELOAvaliar o efeito da suplementação da administração perioperatória de simbióticos e probióticos na incidência da infecção de ferida operatória de pacientes operados por câncer colorretalNÍVEL Iensaio clínico randomizado de pacientes com câncer colorretal submetidos à cirurgia eletiva e aleatoriamente designados para receberem simbióticos ou placebo por cinco dias antes do procedimento cirúrgico e por 14 dias.Infecção de sítio cirúrgico ocorreu em um (2%) paciente no grupo de simbióticos e em nove (21,4%) pacientes no grupo controle (p=0,002). Três casos de abscesso intra- abdominal e quatro casos de pneumonia foram diagnosticados no grupo controle, enquanto não foram observadas tais infecções em pacientes que receberam simbióticos (p=0,001).
Lee, et al, Effects of 12 weeks of probiotic supplementation on quality of life in colorectal cancer survivors: A double-blind, randomized, placebo-controlled trial. 2024 Língua Inglesa.PUBMEDInvestigar os efeitos de 12 semanas de administração de probióticos em pacientes com câncer colorretalNÍVEL IIEnsaio duplo-cego, randomizado e controlado por placebo. Grupo probióticos (n=28) e grupo placebo (n=32) duas vezes ao dia durante 12 semanasOs probióticos melhoraram os sintomas intestinais e a qualidade de vida em sobreviventes de câncer colorretal
Zhu, et al. Effect of perioperative intestinal probiotics on intestinal flora and immune function in patients with colorectal cancer. 2022 Língua InglesaPUBMEDInvestigar o efeito da aplicação perioperatória de probióticos intestinais para substituir agentes antimicrobianos intestinais orais na biota intestinal e função imune em pacientes cirúrgicos com câncer colorretal de pacientes.NÍVEL IIUm estudo clínico randomizado com 60 pacientes com câncer colorretal submetidos à cirurgia radical laparoscópica eletiva foram randomizados para receber a preparação do intestino pré-operatório usando agentes antimicrobianos intestinais orais (n = 20) ou usando probióticos intestinais orais (desde o quinto dia antes da operação e às 24 h após a operação por 7 dias consecutivos.Os pacientes que receberam probióticos apresentaram aumento significativo nas contagens de Bifidobacterium intestinal, Lactobacillus e Enterococcus (p <0,05) e diminuiu significativamente as contagens de Escherichia coli e Staphylococcus aureus (P<0,05). Os níveis séricos de IL-2, IgA, IgG e IgM, bem como a porcentagem de células CD4 (+), aumentaram significativamente no grupo de probióticos em comparação com aqueles pacientes com preparação intestinal convencional.
Yang Y, et al. The effect of perioperative probiotics treatment for colorectal cancer: short-term outcomes of a randomized controlled trial. 2016 Língua InglesaPUBMEDAvaliar os efeitos anti-infecciosos do tratamento com probióticos perioperatórios em pacientes que receberam operação de ressecção colorretal confirmadaNÍVEL IEstudo duplo cego randomizado controlado por placebo. Participaram do estudo 79 pacientes com diagnóstico de câncer colorretal esporádico, aleatoriamente designados para grupo controle (n = 37) ou probióticos (n = 42), os quais receberam   probióticos   ouplacebo de tratamento, durante 12 dias consecutivosNos pacientes submetidos à ressecção, a administração de probióticos pré-operatório influenciou significativamente a recuperação da função intestinal, e essa melhoria pode ser de importante significado clínico na redução das complicações infecciosas de curto prazo, tais como bacteremia
Kvakova, et al., Probiotics and postbiotics in colorectal cancer: Prevention and complementary therapy. 2022 Língua Inglesa.PUBMEDgarantir a eficácia e segurança dos probióticos tradicionais, NGP e pós-bióticos na prevenção e tratamento do CRC.NÍVEL IForam realizados de ensaio clínico randomizado para avaliar os probióticos em potencial no tratamento de CCR e foi feito com um grupo de 31 pacientes com CRC e estes receberam suplementoprobiótico Bifidobacterium longum BB536 (5 × 10 10UFC/2 g/dia) no pré-operatório por 7-14 dias e no pós-operatório por 2 semanas.descobriu-se que cepas previamente definidas como potenciais patógenos parecem possuir propriedades probióticas quando carecem de fatores-chave  de  virulência,  por exemplo Bacteroides fragilis não toxigênicos NCTC 9343 tem efeitos positivos na saúde do paciente.

Neste sentido discute-se o uso dos probióticos no tratamento do câncer de colorretal, trazendo-se evidências de seus usos e benefícios, bem como os diversos tipos de probióticos utilizados nos estudos encontrados.

Os probióticos possuem uma grande importância no tratamento do CCR sendo associado a regulação da função gastrointestinal e nos distúrbios coletivos, sendo os produtos fermentados produzidos pelo consumo dos probióticos, os ácidos graxos de cadeia curta (AGCC). Segundo Jee-YonLee, et al., (2014), referem em sua pesquisa que o uso de probióticos diminuiu o número de pacientes com sintomas de intestino irritável, fadiga, bem como trouxe uma melhoria na qualidade de vida, bem estar funcional em sobreviventes de CCR.

Segundo Drago (2019), em sua pesquisa que teve por objetivo revisar artigos mais recentes, e assim considerar uma possível abordagem adjuvante para o uso de certos probióticos para ajudar na melhoria dos efeitos adversos causados ​​por terapias relacionadas encontrou evidências que os micróbios Lactobacillus spp. podem ajudar a reduzir significativamente a incidência de diarreia e a frequência média de evacuações diárias, bem como podem ajudar a  modular a microbiota intestina, bem como aliviar os sintomas adversos a terapia anticancerígena.

Esses efeitos adversos relacionados a terapia anticancerígena são devastadores e tem um impacto muito negativo na vida dos pacientes de CCR, sendo assim há evidências do alívio desses sintomas por meio do uso dos probióticos.

Segundo Drago (2019), cepas específicas de probióticos podem interferir em condições externas, tais como: processo inflamatório, disbiose ou metabolismo aberrante do cólon, o que leva à tumorigênese. Nesse sentido, o consumo regular de probióticos pode melhorar o perfil quantitativo e qualitativo da microbiota intestinal.

A lista de efeitos promotores da saúde atribuídos às bactérias probióticas é extensa e inclui o alívio dos sintomas de intolerância à lactose, redução do colesterol sérico, efeitos anticancerígenos, melhora da constipação/diarreia. A grande maioria dos estudos sobre os efeitos anticancerígenos trata do câncer colorretal, embora outros estejam relacionados ao câncer (DRAGO, 2019). 

Amitay et. Al., (2020) confirmam isso referindo um efeito de melhora da diarreia, em obstruções intestinais sintomáticas e na incidência total de infecções operatórias no CCR.

Tem sido amplamente demonstrado que o consumo regular de probióticos pode reduzir a permeabilidade intestinal, alterando assim a distribuição das proteínas da junção celular e a diminuir a quantidade de compostos carcinogênicos potenciais absorvidos e agindo negativamente nos colonócitos. O tratamento com uma mistura de probióticos (L. plantarum, L. acidophilus e B. longum) em pacientes com CCR melhorou o resultado e aumentou a quantidade de proteínas de junção celular (claudina, ocludina e JAM-1), assim como, a sua distribuição ao longo do epitélio colônico (Kvakova, et. Al, 2022).

De acordo com Zhang et al., (2012), em seu estudo, referem que as bifidobactérias aumentam através do uso de probióticos, levando a uma diminuição das contagens de Escherichia no pós-operatório. Sendo que estas bifidobactérias compõem a biota intestinal, e assim vivem na região do cólon promovendo  muitos benefícios ao hospedeiro, tais como diminuição de causas infecciosas no período pós-operatório. 

Já na fase perioperatória, Rodrigues, et al., (2019), em sua pesquisa enfatizou sobre a importância da administração probiótica, pois esta ajuda os pacientes que são submetidos a cirurgia de ressecção de CCR a obterem uma recuperação da função intestinal mais rápida e diminuição da diarréia.

Segundo Zhu, et. al., (2012), em uma investigação sobre o efeito da aplicação perioperatória de probióticos intestinais em pacientes cirúrgicos com câncer colorretal, referem que após sete dias após a operação, os pacientes que receberam probióticos tiveram aumento significado de Bifidobacterium intestinal, Lactobacillus e Enterococcus, e diminuição significativa de Escherichia coli e Staphylococcus aureus. Sendo que a aplicação de probióticos no intestino no período perioperatório pode levar a correção do desequilíbrio da flora intestinal melhorando a função imunológica.

Yang, et. al.,  (2016), complementa ao referir em seu estudo desenhado para avaliar principalmente os efeitos anti-infecciosos do tratamento probiótico perioperatório em pacientes submetidos à cirurgia de câncer colorretal, concluiu que os pacientes submetidos à ressecção de CCR confinada, fazendo o uso de administração perioperatória de probióticos melhorou expressivamente a recuperação do intestino, no que diz respeito a sua funcionalidade, e essa melhora pode ter um significado clínico  que repercute na redução de complicações infecciosas de curto prazo, como bacteremia.

Recentemente, tornou-se evidente que a microbiota, particularmente a microbiota intestinal, pode modular a resposta à terapia do câncer e a suscetibilidade a efeitos colaterais tóxicos. As evidências que demonstram a capacidade da microbiota de modular a quimioterapia, radioterapia e imunoterapia, com foco particular na composição microbiana, começaram a se tornar muito impressionantes (DRAGO, 2019).

Amitay et. al. (2020) afirmam que a administração de probióticos/simbióticos ao redor ou logo após a cirurgia do CCR pode ser benéfica e eficaz para a recuperação do intestino grosso. Ressalta o papel das intervenções pré-operatórias de probióticos/simbióticos na redução de complicações infecciosas pós-operatórias e diarreia induzida por terapia e concluíram que tais suplementos podem ter potencial para melhorar a qualidade de vida pós-cirúrgica gastrointestinal relacionada. 

Flesch et al., (2017) em um ensaio randomizado referem que dentre as funções dos simbióticos está o fortalecimento das cepas contra agentes patógenos, sendo o crescimento destes inibidos por meio da produção de ácidos orgânicos, tais como: lactato, propionato, butirato e acetato e assim fortalecendo o sistema de defesa natural do corpo. Sendo as cepas que atuam de forma benéfica em tais casos são Bifidobacterium bifidum, Lactobacillus rhamnosus, Saccharomyces boulardii e Lactobacillus plantarum. Sendo estes efeitos mediados pela ativação de macrófagos, através de um aumento nos níveis de citocinas e por meio de células naturais killers.

Amitay et al. (2020) em um ensaio clínico descreve que os probióticos podem ser utilizados como adjuvantes em eventos adversos  no tratamento do CCR durante e após  a cirurgia, radioterapia e quimioterapia, sendo os probióticos muito atraentes como complemento, sendo estes baratos considerando os custos sanitários para o tratamento do câncer. Sendo também considerado os efeitos dos probióticos na redução da frequência da diarréia grave. A suplementação de L. rhamnosus pode reduzir o desconforto abdominal, toxicidade intestinal durante o tratamento quimioterápico à base de 5-FU.

Liu et al., (2016), em uma meta-análise de ensaios controlados randomizados, referem que os probióticos promovem o equilíbrio da microflora intestinal e têm um efeito positivo no hospedeiro. Estes podem aumentar a expressão de proteínas de junção apertada nas células epiteliais intestinais, mucina e epitélio intestinal, e melhorar a função da barreira celular epitelial intestinal, assim com podem promover a secreção de muco das células epiteliais formando uma barreira que protege entre a mucosa e os micróbios, evitando a invasão de bactérias e toxinas inibindo-os, sendo de fundamental importância para reabilitação de pacientes com CCR pós-cirúrgicos.

Estes autores afirmam que os probióticos intestinais como lactobacillus ajudam na atividade antitumoral, aumentando a atividade imune do indivíduo. Os resultados demonstram que eles podem proteger a barreira bacteriana intestinal aumentando a resistência do intestino contra agentes patógenos.

Segundo Prado et. al., (2021), em seu artigo que buscou analisar os benefícios do uso de probióticos como terapia complementar em pacientes com CCR para a melhoria da microbiota intestinal relatou-se que as diferentes cepas de probióticos como Lactobacillus spp., Bifidobacterium, Estreptococos e leveduras no processo de inibição de proliferação e indutoras da apoptose de células do CCR, atuam na modulação da microbiota e do sistema imunológico, na translocação bacteriana reduzida, bem como funcionando como barreira intestinal aprimorada, anti-inflamatória e antipatogênica, com efeitos redutores da formação de tumores e  processo de metástases.

Estes estudos demonstram em si a eficácia e ajuda que os probióticos podem trazer ao paciente de CCR, sendo de extrema importância no tratamento do câncer de colorretal.

6. CONCLUSÃO

O presente estudo analisou, através de evidências científicas, a importância dos probióticos no tratamento terapêutico nutricional em pacientes com câncer de colo retal. De fato como evidenciado, os probióticos podem ser grandes aliados no tratamento oncológico, desde o início do diagnóstico, na radioterapia e quimioterapia, no pré e nos pós-cirúrgico diminuindo os impactos da severidade da patologia, possibilitando um aumento do sistema imunológico, na regulação do intestino, na melhoria do processo inflamatório, diminuição dos efeitos cancerígenos.

De fato, os subsídios de uma terapia nutricional somado a uso dos probióticos podem diminuir a gravidade do CCR, modulando a microbiota intestinal e assim diminuindo os efeitos colaterais tóxicos da radioterapia e quimioterapia, isto se torna de suma importância na melhoria da qualidade de vida dos pacientes.

No entanto, um dos aspectos que precisar ainda de esclarecimento consiste sobre a importância de selecionar bactérias para serem incluídas na lista de probióticos seguros e eficazes, sendo que a taxa de colonização, a resistência do sistema gastrointestinal, identificação genética são essenciais para projetar um bom probiótico. 

Sendo assim, é necessária mais exploração sobre os mecanismos de ação potenciais e uma melhoria da otimização do uso dos probióticos para assim avaliar a sua eficácia e segurança. 

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1Graduação em Nutrição, vinculado à Universidade da Amazônia. ORCID: 0000-0001-9777-9468. Orientador.
2Graduação em Nutrição, vinculado ao Centro Universitário da Amazônia.
3Graduação em Nutrição, vinculado à Universidade da Amazônia. ORCID: 0000-0003-3533-2745.
4Graduação em Nutrição, vinculado à Universidade da Amazônia. ORCID: 0000-0002-4585-7716.
5Graduação em Nutrição, vinculada ao Centro Universitário do Estado do Pará. ORCID: 0000-0003-2808-3787.
6Graduação em Nutrição, vinculada à Universidade da Amazônia. ORCID: 0000-0001-5088-7517.
7Graduação em Nutrição, vinculada à Universidade da Amazônia.
8Graduação em Nutrição, vinculada ao Centro Universitário da Amazônia.
9Graduação em Nutrição, vinculado à Universidade da Amazônia.
10Graduação em Nutrição, vinculada ao Centro Universitário do Estado do Pará.