REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cs10202512092240
Cecilia Valieri Soliman1
Isabela Nogueira Holanda1
Isadora Martins Granero Pereira Castelli1
Anderson Scherer2
Amanda Ghiraldelli Giuseppe3
RESUMO
Introdução: A endometriose é uma doença ginecológica crônica e inflamatória que impacta a saúde física, emocional e a qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) de mulheres em idade reprodutiva. O tratamento convencional tem limitações devido a efeitos adversos, recorrência dos sintomas e diagnósticos tardios. Nesse contexto, a Medicina Tradicional Chinesa (MTC) surge como alternativa integrativa e segura, promovendo harmonia por meio do reequilíbrio do fluxo do Qi e do Xue com práticas como acupuntura e moxabustão. Objetivo: Analisar abordagens seguras e integrativas da MTC para melhorar os sintomas da endometriose. Metodologia: Foi realizada uma revisão bibliográfica narrativa, incluindo ensaios clínicos, revisões sistemáticas e meta-análises, com buscas nas bases PubMed, EBSCO, Scielo e Google Acadêmico. Resultados e Discussão: Os estudos indicam que acupuntura e moxabustão, isoladas ou combinadas, reduziram consistentemente a dor pélvica e dismenorreia secundária. Houve efeito anti-inflamatório, evidenciado pela redução de TNF-α4 e IL-64, e melhorias nos escores de qualidade de vida. Observa-se correspondência entre os fundamentos da MTC, como regulação do Qi e Xue e ativação do DeQi, e mecanismos biomédicos, como modulação neuroendócrina e aumento da perfusão pélvica. Contudo, persistem limitações metodológicas e falta de padronização nos protocolos, assim como insuficiência de acompanhamento a longo prazo. Conclusão: Acupuntura e moxabustão são estratégias integrativas promissoras para o manejo da dor na endometriose. Recomenda-se a realização de ensaios clínicos randomizados com rigor metodológico e seguimento prolongado para fortalecer as evidências sobre sua eficácia e durabilidade.
PALAVRAS-CHAVE: Acupuntura, Moxabustão, Medicina Tradicional Chinesa, Endometriose, Dor Pélvica Crônica.
1. INTRODUÇÃO
A endometriose é uma doença ginecológica crônica e inflamatória caracterizada pela presença de tecido endometrial fora da cavidade uterina, afetando mundialmente de 10% a 15% das mulheres em idade reprodutiva de 15 a 49 anos, indiferentemente da classe social ou etnia, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Essa condição é multifatorial, envolvendo agentes imunológicos, hormonais e inflamatórios, manifestando sintomas como dor pélvica crônica, dismenorreia secundária, dispareunia, alterações menstruais e, em muitos casos, infertilidade (Wang et al., 2023). Além das consequências físicas, a endometriose impacta significativamente a saúde emocional, social e econômica das pacientes, comprometendo sua qualidade de vida, bem-estar psicológico e produtividade diária. A complexidade do diagnóstico, muitas vezes tardio, e a variabilidade clínica da doença tornam o manejo terapêutico desafiador, resultando em atrasos que podem chegar de quatro a doze anos entre o surgimento dos sintomas e o diagnóstico definitivo (OMS, 2025).
O tratamento convencional da endometriose é baseado principalmente em terapias hormonais, como anticoncepcionais combinados e agonistas do hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH)5 além do uso de anti-inflamatórios e, em casos mais graves, procedimentos cirúrgicos, incluindo laparoscopias ou histerectomias (Li et al., 2023). Embora essas abordagens possam controlar temporariamente a dor e reduzir a progressão da doença, apresentam limitações importantes, como efeitos adversos sistêmicos, recorrência frequente dos sintomas e respostas clínicas heterogêneas. Muitas pacientes permanecem sintomáticas mesmo após períodos prolongados de intervenção convencional, evidenciando a necessidade de estratégias complementares e integrativas que proporcionem não apenas o manejo da dor, mas também a melhora da qualidade de vida relacionada à saúde e ao bem-estar geral (Wang et al., 2023).
Nesse cenário, a Medicina Tradicional Chinesa (MTC) surge como uma possibilidade terapêutica integrativa e segura, segundo a OMS. De acordo com Maciocia (2017), a MTC configura-se como um sistema médico milenar que compreende o ser humano em sua totalidade, considerando corpo, mente e espírito como dimensões interdependentes da vida. Fundamenta-se na observação da natureza e em princípios que buscam o equilíbrio dinâmico entre Yin e Yang, forças complementares cuja harmonia é essencial à manutenção da saúde. Nessa perspectiva, o livre fluxo do Qi e do Xue (sangue) pelos canais garante o funcionamento harmonioso do organismo. Quando esse fluxo é interrompido por fatores internos ou externos, gera estagnação, deficiência ou excesso, e, consequentemente, surgem os processos de adoecimento. Para tanto, a fim de restaurar o equilíbrio e favorecer a autorregulação do corpo, são utilizados métodos naturais que promovem não apenas a ausência de sintomas, mas um estado de harmonia integral. Entre suas técnicas, a acupuntura sistêmica e a moxabustão tem se destacado por sua eficácia na redução da dor pélvica e na melhora da dismenorreia secundária em mulheres com endometriose (Wang et al., 2023).
A acupuntura sistêmica consiste na aplicação de agulhas em pontos específicos ao longo dos canais do corpo, visando regular o fluxo de Qi e Xue, harmonizar funções orgânicas e promover analgesia (Chen et al., 2024; Li et al., 2023). Esse estímulo das agulhas gera o DeQi, caracterizado por sensações específicas que o paciente percebe no local da aplicação, o que indica a chegada do Qi no ponto tratado, devido ao estímulo profundo da acupuntura. O DeQi é o que estimula a ação do WeiQi, o qual expulsa os patógenos do organismo (Shi et al., 2025). Nesse contexto, estudos recentes demonstram que a acupuntura pode modular neurotransmissores relacionados à dor, reduzir a liberação de citocinas inflamatórias e influenciar a atividade do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HPA), resultando em alívio da dor pélvica e melhora do bem-estar geral. Ensaios clínicos e revisões sistemáticas apontam que sessões regulares de acupuntura sistêmica podem reduzir significativamente a intensidade da dismenorreia secundária e melhorar a qualidade de vida, mostrando eficácia comparável a algumas intervenções farmacológicas (Borowski et al., 2025).
A moxabustão, técnica que utiliza a combustão da Artemísia vulgaris6 sobre pontos de acupuntura, produz calor local estimulando a circulação sanguínea, promovendo analgesia, regulação do sistema imunológico e equilíbrio energético (Machado, 2022). Evidências apontadas por Wang et al., 2023 indicam que a moxabustão aplicada em pontos específicos do abdômen e região lombar pode reduzir significativamente a dor pélvica associada à endometriose e melhorar sintomas relacionados à estagnação de Qi e Xue. Esses estudos comparativos sugerem que a combinação de acupuntura sistêmica e moxabustão potencializa os efeitos analgésicos e anti-inflamatórios, oferecendo abordagem integrativa segura e eficaz para a redução da dor e promoção da QVRS.
Sob a perspectiva da MTC, a endometriose está associada a padrões de estagnação de Qi e Xue do Fígado, deficiência de Qi do Rim, estagnação de Xue pelo Calor ou estagnação de Xue pelo frio do Fígado. Essas síndromes se manifestam devido ao excesso de estresse, de trabalho, desafios nas relações afetivas, sensação de estagnação na vida, partos próximos e atividades sexuais excessivas. Tais fatores contribuem para o surgimento da Endometriose, gerando dor pélvica crônica, irregularidades menstruais e até comprometimento da fertilidade (Carvalho et al., 2023). Nesse sentido, a acupuntura sistêmica e a moxabustão atuam diretamente na harmonização desses padrões, promovendo alívio sintomático, melhora da circulação sanguínea e regulação das funções orgânicas envolvidas na doença, proporcionando benefícios físicos e emocionais (Desai et al., 2024).
Diante disso, o presente estudo tem como objetivo realizar uma revisão narrativa da literatura sobre a aplicação da Medicina Tradicional Chinesa, com foco na acupuntura sistêmica e na moxabustão, no tratamento da endometriose. Busca-se analisar as evidências disponíveis quanto à eficácia dessas práticas na redução da dor pélvica e da dismenorreia secundária, bem como na promoção da qualidade de vida relacionada à saúde de mulheres em idade reprodutiva, contribuindo para a consolidação de estratégias integrativas e fundamentadas cientificamente no cuidado à saúde feminina.
2. OBJETIVO
Investigar, por meio de revisão narrativa da literatura, a eficácia da acupuntura sistêmica e da moxabustão no tratamento da endometriose, com foco na redução das dores e melhora da qualidade de vida.
3. METODOLOGIA
A presente pesquisa trata-se de uma revisão narrativa da literatura, elaborada com o objetivo de investigar as contribuições da Medicina Tradicional Chinesa (MTC), em especial a acupuntura sistêmica e a moxabustão, no tratamento da endometriose, com foco na redução da dor pélvica, da dismenorreia secundária e na melhora da qualidade de vida relacionada à saúde mulheres em idade reprodutiva. Os descritores da ciência em saúde (DECs) pesquisados foram: Acupuntura, moxabustão, medicina tradicional chinesa, endometriose e dismenorreia secundária, incluindo também as variações dos termos em inglês, utilizando os operadores booleanos AND e OR. A busca bibliográfica foi realizada nas seguintes bases de dados nacionais e internacionais: PubMed (https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/), SciELO (https://www.scielo.br/), EBSCO (https://www.ebscohost.com) e Google Acadêmico (https://scholar.google.com).
Para tanto, a pesquisa foi conduzida considerando publicações dos últimos cinco anos (2020–2025), a fim de garantir a atualização científica sobre o tema, disponíveis na íntegra e citáveis.
Figura 1 – Fluxograma de seleção dos artigos.

Durante a etapa de levantamento bibliográfico, foram realizadas buscas nas bases de dados PubMed (n=5.755), EBSCO (n=12.580), SciELO (n=277) e Google Acadêmico (n=410), totalizando 19.022 publicações inicialmente identificadas. Após a aplicação dos filtros, que incluíram o recorte temporal dos últimos cinco anos, artigos citáveis, revisões sistemáticas e meta-análises, o número de registros foi reduzido para 2.313. Em seguida, foram excluídos os estudos duplicados e aqueles que não apresentavam relação direta com o tema proposto, restando 23 artigos selecionados para leitura dos resumos. Após nova triagem foram mantidos 12 artigos para leitura integral e análise final, que embasaram a construção desta revisão narrativa. O processo de seleção está ilustrado na Figura 1.
Além das publicações científicas, utilizou-se como base teórica o livro Os Fundamentos da Medicina Chinesa, de Giovanni Maciocia (2017), o livro O Princípio de Medicina Interna do Imperador Amarelo (2001) e o livro Guia Prático de Acupuntura, de Cláudia Focks (2018), amplamente reconhecidos em âmbito acadêmico e adotados como referência didática por diversas instituições de ensino. Essas obras foram essenciais para fundamentar conceitos e terminologias da Medicina Tradicional Chinesa abordados neste trabalho.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Tabela 1 – Levantamento dos estudos selecionados.
| IDENTIFICAÇÃO | TÍTULO | AUTOR | OBJETIVO DO ESTUDO | RESULTADOS | CONSIDERAÇÕES |
| E1 | Abordage ns não farmacoló gicas para o manejo da dor na endometri ose. (2025) | BOROWSKI, Maciej; DADELA, Bartosz; GNITECKI, Szymon; JASIŃSKA, Joanna; JANCZURA, Szymon; KAWALSKA, Eliza; LANGNER, Sara;MARKOWSKI, Marcin; ŚLIWA, Natalia; ZIELONKA, Kacper Szymon. | Revisar evidências sobre terapias não farmacológicas no manejo da dor na endometriose. | A acupuntura mostrou eficácia na redução da dor e melhora da qualidade de vida. | As terapias integrativas, especialmente a acupuntura, são complementações seguras e eficazes no manejo da dor crônica pélvica. |
| E2 | Endometri ose e Acupuntur a: Uma revisão de Literatura. (2023) | CARVALHO, Sandra; ALMEIDA, Luciane Bonfim de Oliveira; TORRES, Virlene Maria Pereira Queiroz. | Tem o intuito de demonstrar como o tratamento da acupuntura, pode diminuir efetivamente o incômodo da endometriose em mulheres em idade reprodutiva, diminuindo assim a qualidade de vida. | A acupuntura pode aliviar as dores de forma eficaz, permitindo assim uma melhora significativa nas mulheres com incômodo da endometriose. | Apesar das dificuldades encontradas devido ao pequeno número de publicações confiáveis, o estudo mostra que se a técnica for devidamente aplicada, a acupuntura é sim eficaz no tratamento e principalmente na redução das dores causadas pela endometriose. |
| E3 | Acupuntura para dor e incapacidade à dor na endometriose profunda Infiltrativa . (2024) | CHIARLE, Giulia; ALLAIS, Gianni; SINIGAGLIA, Silvia; AIROLA, Gisella; ROLANDO, Sara; BERGANDI, Fabiola; MICALEF, Salvatore; BENEDETTO, Chiara. | Avaliar a eficácia da acupuntura no alívio da intensidade dos sintomas. | A acupuntura foi segura e eficaz na redução da intensidade da dor e dos sintomas relacionados à incapacidade. | A acupuntura se mostrou eficaz, para a dor na endometriose, contudo mais estudos são necessários para comparar a acupuntura e a farmacologia para a dor relacionada à endometriose. |
| E4 | Acupuntura para melhora clínica da dor associada à endometriose: uma revisão sistemática e meta-análise. (2024) | CHEN, Cong; LI, Xuhao; LU, Shiyou; YANG, Jiguo; LIU, Yuanxiang. | Avaliar a eficácia clínica da acupuntura no tratamento da endometriose, em específico no alívio da dor. | Em comparação ao grupo controle a acupuntura, a eletroacupuntura e a acupuntura auricular foram mais eficazes na melhora da intensidade da dor associada à endometriose. Além disso, demonstrou diminuição em níveis séricos de CA-125, dos nódulos e da taxa de recorrência. | Apesar da eficácia da acupuntura para alívio da dismenorréia e da dor pélvica associadas à endometriose, as evidências são limitadas e há falta de pesquisa com foco específico em subtipos de acupuntura. |
| E5 | Abordagens holísticas para viver bem com endometriose. (2024) | DESAI, Jéssica; STRONG, Sophie; BALL, Elizabeth. | Evidências atualizadas para tratamento de Disfunção do Pavimento Pélvico com o uso de acupuntura e moxabustão. | A acupuntura e a moxabustão apresentam melhores resultados na dor em comparação com as terapias convencionais sozinhas. | As crescentes evidências apresentadas a favor do uso de estratégias alternativas, tem dado esperança para aqueles que não respondem bem às abordagens convencionais. |
| E6 | Efeitos da acupuntura e da moxabustão sobre UHRF1 e DNMT1 no endométrio ectópico de ratas com endometriose. (2024) | GAO, Yuan; LI, Mingyang; WANG, Yanwen; SHAO, Yanting; SUN, Yichun; HU, Jiawei; LI, Yuran; WU, Chuting; ZHANG, Chunyan. | Avaliar efeitos da acupuntura e moxabustão em modelo experimental de endometriose. | Redução do volume dos implantes e de marcadores inflamatórios (IL-6, TNF-α). | Demonstra efeito anti-inflamatório e analgésico da acupuntura e moxa, apoiando estudos clínicos em humanos. |
| E7 | Acupuntura para Endometriose: Uma revisão sistemática e meta-análise. (2023) | GIESE, Nora; KWON, Ki Kyung; ARMOUR, Mike. | Investigar eficácia da acupuntura na dor associada à endometriose. | Melhora significativa da dor e da dismenorreia secundária. | Evidências sugerem benefício clínico, embora haja heterogeneidade metodológica entre estudos. |
| E8 | Eficácia da acupuntura para dor associada à endometriose: um ensaio clínico multicêntrico, randomiza do, simples-cego e controlado por placebo. (2023) | LI, Pei Shuang; PENG, Xue Mei; NIU, Xiang Xin; XU, Ling; NG, Ernest Hung Yu; WANG, Chi Chiu; DAI, Jin Fang; LU, Jun; LIANG, Rui Ning. | Avaliar a eficácia da acupuntura para o tratamento da endometriose associada à dor. Com 3 sessões por semana, durante 12 semanas. | A duração da dor pélvica foi significativamente menor no grupo de acupuntura do que no grupo placebo. Em relação a redução na pontuação da escala visual analógica (EVA) para dismenorreia secundária, a acupuntura teve um bom resultado durante o estudo, mas não no final em comparação ao grupo placebo. | A acupuntura é um método seguro e eficaz para aliviar a dismenorreia secundária, reduzir a duração da dor e promover maior qualidade de vida, embora sua eficácia diminua após a interrupção do tratamento. |
| E9 | O nascimento da medicina reprodutiva integrativa; finalmente , um ensaio clínico randomiza do para endometriose tratada com acupuntura. (2023) | MAGARELLI, Paul C.; BERKLEY, Michael; CRIDENNDA, Diane. | Eficácia da acupuntura para dor associada à endometriose. | A acupuntura estimula as fibras nervosas inibitórias, reduzindo assim a dor temporariamente. | Com esse estudo, foi percebido que a acupuntura pode ser usada como ferramenta, para melhorar a vida e a desarmonia, observada na endometriose. |
| E10 | Eficácia e segurança de terapias relacionadas à acupuntura na endometriose sintomática: uma revisão sistemática e meta-análise em rede. (2025) | SU, Yang; JI, Ran; ZHEN, Xiaoyan; JIA, Yan; ZHU, Hao; LI, Chaoliang; YU, Zheng; ZHU, Manjia; YU, Siyi; TIAN, Xiaoping; YANG, Jie. | Comparar a eficácia e a segurança de diferentes terapias relacionadas à acupuntura combinadas com farmacoterapias para o tratamento da endometriose sintomática | A eletroacupuntura auricular, moxabustão com aquecimento de agulhas e agulhamento auricular demonstraram uma redução significativa nós sintomas abrangentes em comparação ao grupo controle. | As terapias relacionadas à acupuntura são eficazes no tratamento da endometriose sistemática. Mais ensaios clínicos randomizados de alta qualidade são necessários para explorar sua eficácia e segurança com mais profundidade. |
| E11 | Acupuntura e Moxabustão para Endometriose: Uma Revisão Sistemática e Analítica. (2023) | WANG, Yongxia; COYLE, Meaghan E.; HONG, Miaowen; HE, Siya; ZHANG, Anthony L. | Avaliar os efeitos da acupuntura e moxabustão na dor e qualidade de vida de mulheres com endometriose. | Redução significativa da dor pélvica, dismenorreia e dispareunia. Melhora da qualidade de vida e menos efeitos adversos. | A acupuntura e amoxabustão mostraram potencial terapêutico com evidência de baixa a moderada certeza. Por essa razão, recomendam-se estudos mais robustos. |
| E12 | Monoterapia de Acupuntura Para Dor Relaciona da à Endometriose: Uma Revisão Sistemática e Meta-Análise. (2025) | YANG, Fan; WANG, Long; WANG, Ying-wei; CHU, Liu-ci. | Avaliar a eficácia da acupuntura isolada no manejo da dor associada à endometriose. | Redução significativa da dor (DM = −1,67) e melhora da resposta clínica. Sem diferença em marcadores séricos. | A acupuntura mostrou eficácia como monoterapia para dor, mas requer estudos com maior rigor metodológico. |
Em geral, os resultados mostraram que o uso combinado de acupuntura e moxabustão foi eficaz na redução da dor em pacientes com endometriose, conforme evidenciado pela diminuição significativa das pontuações na Escala Visual Analógica (EVA) em comparação ao tratamento convencional. Essa redução indica um efeito clínico relevante na melhora dos sintomas dolorosos associados à doença.
4.1. ACUPUNTURA SISTÊMICA E MOXABUSTÃO
Um ponto relevante observado nos estudos é a atuação fisiológica da acupuntura e da moxabustão. Artigos experimentais em modelos animais, como o de Gao et al. (2024), demonstraram que essas terapias são capazes de modular mediadores inflamatórios, como TNF-α e IL-6, além de promover alterações positivas na perfusão sanguínea pélvica, o que apoia a fundamentação dos efeitos analgésicos descritos na prática clínica por meio da redução do tamanho dos cistos ectópicos presentes nas lesões de endometrióticas devido ao efeito positivo da moxabustão. Em humanos, estudos clínicos como os de Li et al. (2023) mostraram redução significativa na pontuação da Escala Visual Analógica (EVA) para dor e na intensidade da dismenorreia após ciclos de tratamento com acupuntura sistêmica. Tais resultados sugerem que os efeitos não se restringem ao alívio sintomático imediato, mas envolvem mecanismos regulatórios neuroendócrinos e imunológicos.
Segundo Giese et al. (2023), a acupuntura manual sistêmica chinesa, combinada à outras técnicas, como auriculopuntura e acupuntura japonesa, utilizada nos pontos específicos para dor pélvica por um período de 20 a 30 minutos, antes, durante e após o período menstrual apresentou uma evolução significativa da escala de dor EVA, mas sem resultados após a finalização do tratamento. E segundo Magarelli et al. (2023), o estudo acrescenta evidências importantes ao demonstrar que a acupuntura reduz a dor na endometriose, ainda que o efeito não se mantenha após o término do tratamento, além de fazer uma avaliação cuidadosa de tratamentos que não usam medicamentos e mostram que a MTC pode ser uma boa aliada aos tratamentos da medicina moderna. Em contrapartida, Su et al. (2025) descreve que mulheres com Endometriose incapacitante, assim como as amostras do estudo anterior, apresentaram melhora da dismenorreia secundária e da dor pélvica. Para mais, o resultado se manteve mesmo após o término do tratamento. A pesquisa combinava a acupuntura chinesa sistêmica com técnicas como a moxabustão, moxabustão na agulha de acupuntura e laser moxabustão, uma vez que as agulhas promovem o livre fluxo do Qi, essencial para casos de estagnação, e a moxabustão dispersa o frio, aquecendo e tonificando os canais e os órgãos relacionados.
Pesquisas como as de Li et al. (2023) e Chen et al. (2024) indicaram redução clinicamente relevante da dor pélvica quando comparada a grupos placebo ou tratamentos convencionais isolados. De forma semelhante, revisões sistemáticas e meta-análises, como as de Wang et al. (2023) e Yang et al. (2025), corroboram esses achados, destacando ainda a segurança dos procedimentos e a baixa incidência de efeitos adversos. Todavia, esses autores ressaltam a necessidade de ensaios clínicos com maior qualidade metodológica, amostras ampliadas e seguimento a longo prazo para fortalecer as evidências existentes.
Contudo, apesar dos benefícios encontrados, tais estudos apontam limitações que precisam ser consideradas. A heterogeneidade metodológica, a ausência de padronização nos protocolos de acupuntura (variação nos pontos utilizados, frequência das sessões e tempo de tratamento), além da dificuldade em estabelecer grupos placebo eficazes, são fatores que dificultam a comparação direta entre os estudos. Além disso, destacam que muitas pesquisas ainda não avaliam desfechos de longo prazo, o que impede conclusões definitivas sobre a manutenção dos efeitos terapêuticos após a interrupção do tratamento.
4.1.1. MELHORA DA DOR E QUALIDADE DE VIDA
A relação da dor é intrínseca à qualidade de vida, visto que sua ocorrência influencia negativamente os indicadores de saúde e bem estar. Estes, comentados por Wang et al. (2023), foram testados durante uma pesquisa que durou cerca de três meses com o uso de acupuntura e moxabustão para alívio dos sintomas da endometriose.
No início do estudo, as pacientes responderam questionários como o EHP-5 e SF-36, que avaliam os domínios de funcionamento físico, limitações físicas e emocionais, dor corporal, estado geral de saúde, vitalidade, função social e saúde mental; durante o teste, o grupo tratado com agulhas quentes apresentou MD 11,07 (IC 95%:4,44 a 17,70; p = 0,001), indicando melhora significativa na função física, papel emocional, vigor e apoio social em comparação ao grupo controle, que utilizou o anticoncepcional Yasmin7. Semelhantemente, o artigo por Chiarle et al. (2024) observam que 58,6% das pacientes tiveram em média uma redução de 50% nos dias e na intensidade da dismenorréia e da disquesia, além de 36,4% de diminuição da dispareunia a partir da segunda semana, com redução do uso de analgésicos. Esses efeitos são explicados pela capacidade da acupuntura de aumentar o fluxo sanguíneo uterino pela inibição do Sistema Nervoso Simpático, removendo Estagnação de Xue, fortalecendo o Yang do Shen (Carvalho et al., 2023), e reduzindo estresse e ansiedade, promovendo um reequilíbrio sistêmico que melhora a vitalidade, bem-estar geral e qualidade de vida.
4.2. SELEÇÃO DE PONTOS E RESPOSTA DEQI
A eficácia da acupuntura no tratamento da endometriose está relacionada à adequada seleção de pontos e à resposta do DeQi. Na MTC, a escolha dos pontos baseia-se na síndrome específica, com foco no equilíbrio do Qi e Xue e dos órgãos e vísceras (Zang Fu) (MACIOCIA, 2017). Nos resultados da presente pesquisa, observou-se uma semelhança na seleção dos pontos para o estudo da eficácia da acupuntura.
O uso de pontos clássicos como F3, Ba6, Ba10, E36 e Vc3, correspondentes ao canal do Fígado, Baço, Estômago e Vaso Concepção (Ren Mai) respectivamente, foi recorrente. O ponto TaiChong (F3) atua na regulação da menstruação, acalma a mente e é analgésico por estimular o livre fluxo do Qi do Fígado, nutrir o Yin e o Xue do Fígado, regular o Jiao Inferior, acalmar o Yang do Fígado e eliminar o vento interno. O SanYinJiao (Ba6) é o principal ponto para o tratamento de distúrbios ginecológicos por transformar a umidade, nutrir o Xue e o Yin, harmonizar o SanJiao, fortalecer o baço e o estômago e a acalmar o shen (mente). O XueHai (Ba10) trata distúrbios do Sangue por fortalecer e resfriar o Xue e deslocar a estase de Xue. O Zusanli (E36) trata distúrbios do Sangue e problemas ginecológicos por fortalecer o Qi e o Yang, nutrir o Xue e o Yin e transformar a umidade. O ponto Zhongji (Vc3) regula a menstruação e o útero e trata distúrbios ginecológicos por remover umidade calor, eliminar estagnações, beneficiar o Jiao Inferior e fortalecer os rins (Focks, Claudia; 2018). Em resumo, esses pontos atuam na regulação do fluxo de Qi e Xue na pelve, promovem a analgesia e regulam o eixo neuroendócrino por meio da modulação de neurotransmissores e prostaglandinas.
O Gráfico 1 apresenta os pontos empregados nos artigos revisados para o tratamento da dismenorreia secundária e dor pélvica crônica, bem como suas funções e indicações.
Gráfico 1 – Pontos para o tratamento da endometriose utilizados nos artigos pesquisados

A seleção dos pontos apresentados no Gráfico 1 demonstra a coerência entre os princípios da Medicina Tradicional Chinesa e os achados biomédicos contemporâneos. Na prática clínica, a estimulação desses pontos promove a ativação da resposta DeQi, caracterizada por sensação de peso, calor, irradiação ou formigamento, interpretada na MTC como a chegada do Qi ao ponto e, fisiologicamente, associada à estimulação de terminações nervosas sensoriais e à liberação de neurotransmissores moduladores da dor, como endorfinas, serotonina e dopamina.
Estudos, como Shi et al., (2025), sugerem que a ativação neural gerada pelo DeQi desencadeia respostas reflexas no sistema nervoso central e autonômico, favorecendo o equilíbrio do eixo Hipotálamo-Hipófise-Adrenal (HPA) e reduzindo a expressão de mediadores inflamatórios como prostaglandinas e citocinas pró-inflamatórias (IL-6, TNF-α), frequentemente elevadas em mulheres com endometriose. Simultaneamente, do ponto de vista chinês, o estímulo promove a mobilização do Qi e do Xue, dispersando estagnações nos canais do Fígado, Baço e Rim, eixos fundamentais para a fisiologia reprodutiva feminina (Neijing, 2001).
Dessa forma, a acupuntura sistêmica, ao induzir o DeQi, não apenas regula a dinâmica energética do útero, mas também atua na modulação neuroendócrina e imunológica, consolidando sua relevância como abordagem integrativa eficaz no controle da dor pélvica e na melhora da qualidade de vida de mulheres com endometriose (Giese et a., 2023).
4.3. EVOLUÇÃO DOS SINTOMAS DA ENDOMETRIOSE A PARTIR DOS ARTIGOS SELECIONADOS
Gráfico 2 – Análise quantitativa da evolução relacionada à dismenorreia secundária, dor pélvica e qualidade de vida

A análise quantitativa dos estudos selecionados demonstra uma tendência consistente de melhora dos principais sintomas associados à condição investigada quando comparados ao grupo placebo.
A dismenorreia e a dor pélvica representam os desfechos com maior número de evidências positivas, cada uma reportando melhora significativa em relação ao grupo controle em todos os estudos analisados. Esse dado indica que a acupuntura e a moxabustão apresentam impacto particularmente robusto sobre os sintomas dolorosos, sugerindo eficácia consistente na redução da intensidade e/ou frequência da dor. A equivalência numérica entre esses dois desfechos também reforça uma possível relação direta entre a atuação terapêutica estudada e os mecanismos fisiológicos subjacentes à dor ginecológica.
Em contraste, o desfecho qualidade de vida apresentou melhora em 8 estudos, número inferior aos demais sintomas avaliados. Embora ainda represente um resultado expressivo, esse valor reduzido pode indicar que, apesar da melhora dos sintomas físicos, a percepção global de bem-estar e funcionalidade das participantes demanda um tempo maior de intervenção ou que ainda há poucos estudos que levem em consideração a análise da melhora da qualidade de vida em quadros crônicos como a endometriose.
No conjunto, os resultados quantitativos apontam para uma eficácia predominantemente sintomática, especialmente no manejo da dor, com repercussões positivas, ainda que mais moderadas, na qualidade de vida. Essa distribuição dos achados reforça a importância de abordagens integrativas e multidimensionais, que considerem tanto os aspectos físico-funcionais quanto os componentes emocionais, sociais e psicológicos envolvidos na experiência de vida das mulheres diagnosticadas.
5. CONCLUSÃO
A presente revisão teve como objetivo sintetizar as evidências recentes sobre a eficácia da acupuntura sistêmica e da moxabustão no manejo dos sintomas da endometriose, com ênfase na dor pélvica crônica e na dismenorreia secundária. Os achados dos estudos analisados demonstram que ambas as técnicas apresentam efeitos terapêuticos relevantes, incluindo redução consistente da intensidade da dor, melhora da funcionalidade e modulação de marcadores inflamatórios. Esses resultados reforçam o potencial da acupuntura e da moxabustão como intervenções complementares viáveis, especialmente para mulheres que apresentam contraindicações a terapias farmacológicas, efeitos adversos significativos ou preferência por abordagens menos invasivas.
Entretanto, apesar da tendência favorável observada, a interpretação dos achados deve ser realizada com cautela. A literatura disponível ainda é marcada por importante heterogeneidade metodológica, envolvendo diferenças nos protocolos de aplicação (pontos utilizados, frequência, tempo de permanência e intensidade dos estímulos), ausência de padronização dos instrumentos de avaliação clínica, tamanhos amostrais reduzidos, fragilidade na constituição de grupos controle e limitada análise de efeitos de longo prazo. Essas limitações comprometem a comparabilidade entre estudos e restringem a robustez das conclusões.
Diante desse cenário, torna-se essencial o desenvolvimento de ensaios clínicos randomizados com desenho metodológico rigoroso, amostras amplas e adequada descrição das intervenções. Outrossim, fica claro a disparidade de estudos focados apenas na moxabustão, trazendo à tona a necessidade de futuras pesquisas que também devem buscar padronizar protocolos, considerar medidas de desfecho multidimensionais, contemplando aspectos físicos, emocionais e psicossociais da experiência da endometriose, e incorporar acompanhamentos prolongados capazes de avaliar a estabilidade dos efeitos terapêuticos. Além disso, análises integradas, que investigam a interface entre os fundamentos da Medicina Tradicional Chinesa e os processos biomédicos contemporaneamente descritos, podem contribuir para a consolidação teórica, clínica e científica dessas práticas.
Em síntese, embora os resultados atuais sejam promissores e indiquem um papel potencialmente relevante da acupuntura sistêmica e da moxabustão no manejo complementar da endometriose, o avanço da produção científica permanece indispensável para fortalecer a evidência e ampliar a aplicabilidade clínica dessas intervenções.
4Citocinas produzidas pelo sistema imunológico que regulam a inflamação, atuando na ativação das respostas inflamatórias e na coordenação da resposta imune.
5Hormônio produzido pelo hipotálamo, responsável por regular várias funções endócrinas, estimulando a hipófise a liberar os hormônios FSH (hormônio folículo-estimulante) e LH (hormônio luteinizante)
6Erva que ao queimar produz calor gradual de 600°C, ajudando a desobstruir canais e a dispersar umidade e frio segundo a MTC. Rica em flavonoides e óleos essenciais, possui ação anti-inflamatória, analgésica, antiespasmódica e estimulante da circulação, tornando-a ideal para promover equilíbrio do útero e dos processos menstruais.
7Medicamento à base de progesterona e estrogênio que diminuem a produção de estrogênio do organismo, inibindo assim o crescimento descontrolado do endométrio fora do útero e o excesso de sangramento durante o ciclo menstrual.
REFERÊNCIAS
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1Discentes do Bacharelado em Naturologia pela Universidade Anhembi Morumbi
2Orientador Docente da Universidade Anhembi Morumbi
3Coorientadora Preceptora da Universidade Anhembi Morumbi
