AVALIAÇÃO DO CONSUMO DE ULTRAPROCESSADOS POR ESTUDANTES DA ÁREA DA SAÚDE DE UMA FACULDADE PARTICULAR EM SÃO LUÍS, MARANHÃO

EVALUATION OF ULTRAPROCESSED CONSUMPTION BY HEALTHCARE STUDENTS AT A PRIVATE COLLEGE IN SÃO LUÍS, MARANHÃ

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/pa10202506221732


Helena Cantanhede de Andrade1; Gilberth Silva Nunes2; Eliakim do Nascimento Mendes3; Ananda da Silva Araujo4; Adriana Soraya Araújo5; Adrianne Alves Sousa6; Karina Martins Cardoso7; Júlio César da Costa Machado8


Resumo

A rotina acadêmica intensa pode induzir estudantes universitários, inclusive os da área da saúde, a adotarem padrões alimentares inadequados, baseados em alimentos ultraprocessados. Esses produtos, embora práticos, apresentam baixo valor nutricional e estão associados a diversos riscos à saúde. Este estudo teve como objetivo avaliar o consumo de alimentos ultraprocessados por estudantes da área da saúde de uma faculdade particular em São Luís, Maranhão, além de identificar o perfil sociodemográfico, fatores associados ao consumo e relação com o estado nutricional dos participantes. Trata-se de um estudo transversal, descritivo e quantitativo, realizado com 44 estudantes entre agosto e setembro de 2024. A coleta de dados incluiu questionário estruturado e medidas antropométricas (peso, altura e circunferência abdominal). Os dados foram analisados por estatística descritiva, e o estado nutricional foi classificado pelo Índice de Massa Corporal (IMC) segundo a Organização Mundial da Saúde. A maioria dos participantes era do sexo feminino (65,9%) e 59,1% apresentaram eutrofia. Apesar de 52,3% relatarem consumo raro de refeições em lanchonetes, 25% declararam consumo diário de alimentos ultraprocessados. A praticidade foi o principal fator associado ao consumo, seguido pelo paladar e falta de tempo. Os resultados evidenciam a elevada frequência de consumo de alimentos ultraprocessados entre os estudantes, mesmo entre aqueles com conhecimento prévio sobre alimentação saudável. Torna-se necessário o desenvolvimento de estratégias educativas e institucionais que favoreçam escolhas alimentares mais adequadas no ambiente acadêmico.

Palavras-chave: Alimentos ultraprocessados. Universitários. Consumo alimentar.

1 INTRODUÇÃO

A entrada no ensino superior promove mudanças significativas na rotina e nos hábitos dos estudantes, especialmente no que se refere à alimentação. A alta carga de atividades, o acúmulo de compromissos e a escassez de tempo dificultam a adoção de uma alimentação equilibrada. Nesse cenário, muitos universitários passam a consumir refeições rápidas, com baixo valor nutricional e preparadas fora do ambiente doméstico, além de apresentarem irregularidade nos horários e pular refeições (Barbosa, 2019).

O estresse decorrente das exigências acadêmicas, da pressão por desempenho e da busca por autonomia contribui para comportamentos alimentares desregulados. Muitos estudantes recorrem aos alimentos como forma de compensação emocional, priorizando itens de maior palatabilidade e fácil acesso — geralmente industrializados (Lima & Sousa, 2023).

Embora estudantes da área da saúde tenham, em teoria, maior conhecimento sobre alimentação saudável, esse saber nem sempre se traduz em práticas alimentares coerentes. Estudos demonstram que mesmo esses acadêmicos enfrentam dificuldades em aplicar no cotidiano os princípios de uma nutrição equilibrada (Cruz et al., 2021). A proximidade com lanchonetes, a conveniência e os preços acessíveis de produtos ultraprocessados aumentam o risco da substituição de refeições por alimentos com alto teor calórico e baixo valor nutritivo (Silva, 2022).

Os alimentos ultraprocessados, altamente consumidos por essa população, são ricos em açúcares, gorduras saturadas e sódio, além de conterem diversos aditivos, como corantes, realçadores de sabor e conservantes. Seu consumo está diretamente associado ao desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis (Gomes, Alvarenga & Canella, 2019).

Surge, então, uma questão central: por que estudantes da área da saúde, mesmo conscientes dos riscos, mantêm um padrão alimentar inadequado com consumo frequente de ultraprocessados? Essa contradição revela um espaço relevante de investigação.

Diante desse cenário, o presente estudo teve como objetivo avaliar o consumo de alimentos ultraprocessados por estudantes da área da saúde de uma faculdade particular em São Luís, Maranhão, bem como identificar o perfil sociodemográfico, os fatores associados ao consumo e a relação com o estado nutricional dos participantes.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA OU REVISÃO DA LITERATURA

2.1 Definição de Alimentos Ultraprocessados

Segundo a classificação proposta pela NOVA, os alimentos ultraprocessados (AUP) são caracterizados por formulações que predominantemente empregam ingredientes de origem industrial, os quais são submetidos a uma série de procedimentos. Estes processos, englobam distintas etapas e múltiplos setores industriais, convergem para a produção dos alimentos classificados como ultraprocessados (Louzada et al., 2021).

Tais alimentos englobam uma combinação de componentes, incluindo açúcares, óleos, gorduras e sal, além de aditivos destinados a prolongar a sua durabilidade e intensificar o seu sabor, sendo formulados com ingredientes pouco comuns na culinária doméstica, como xarope de milho rico em frutose, óleos modificados e proteínas hidrolisadas. Além disso, são enriquecidos com aditivos como aromatizantes, corantes e espessantes, os quais têm por finalidade mascarar atributos indesejáveis e tornar os alimentos mais atrativos sensorialmente e palatáveis (Monteiro et al., 2019).

Além disso, os ultraprocessados tendem a exibir uma alta densidade calórica em relação à sua porção, principalmente devido à presença significativa de açúcares adicionados e gorduras saturadas, enquanto carecem de nutrientes essenciais como fibras, proteínas, vitaminas e minerais. Essas características estão associadas a uma maior susceptibilidade ao desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), abrangendo condições como obesidade, hipertensão arterial, diabetes mellitus, doenças cardiovasculares, neoplasias malignas e distúrbios depressivos (Costa C. et al., 2022).

2.2 Consumo de Ultraprocessados por Universitários

Conforme Lima e Sousa (2023), a rotina acadêmica leva os universitários a priorizarem a praticidade, especialmente em relação à preparação de refeições. Diante da falta de tempo, esses indivíduos tendem a mudar seus hábitos alimentares, favorecendo a escolha de alimentos como produtos industrializados. Esta busca por conveniência na alimentação representa também um mecanismo de enfrentamento do estresse, utilizando-a como um recurso de alívio emocional para o indivíduo.

Dessa forma, em face das frequentes instabilidades emocionais no ambiente acadêmico, decorrentes de uma rotina com altas demandas de estudo e pressão por resultados satisfatórios, muitos indivíduos recorrem à alimentação como mecanismo de compensação. Esse comportamento tende a causar alterações nos padrões alimentares e a aumentar a ingestão calórica, influenciando negativamente as escolhas alimentares (Silva, 2023).

Em vista disso, observa-se um aumento no consumo de alimentos ultraprocessados, como bolos, biscoitos, salgadinhos, pães, doces, refrescos e refrigerantes. Paralelamente, há um baixo consumo de legumes, verduras e frutas, combinado com uma redução no gasto energético diário. Essa combinação representa um risco significativo para o desenvolvimento de complicações metabólicas (Oliveira et al., 2019).

2.3 Impactos sobre o Estado Nutricional e Saúde

O distanciamento dos hábitos alimentares saudáveis em função das mudanças associadas à transição para o ensino superior leva ao o aumento do excesso de peso entre estudante (Moura et al., 2021). Segundo Brito et al. (2022), a prevalência de excesso de peso entre universitários varia. No Brasil, estudos indicam que entre 36% e 52% dos universitários estão acima do peso, enquanto em pesquisas internacionais, essa taxa pode chegar a até 70%. Isso indica que o excesso de peso é um problema comum entre estudantes universitários em várias partes do mundo.

Além das propriedades nutricionais, há outros mecanismos potenciais que podem explicar a relação entre a ingestão de alimentos ultraprocessados e a predisposição ao sobrepeso e à obesidade. Entre estes, destacam-se a praticidade no preparo, que estimula o consumo rápido durante as atividades cotidianas. Dessa forma, a ingestão rápida e automatizada, associada a tais padrões de consumo, pode influenciar os processos digestivos e neurais responsáveis pelo controle da saciedade, resultando em um consumo excessivo de alimentos (Askari et al., 2020).

O consumo excessivo de alimentos ultraprocessados, como refrigerantes, pães, sorvetes e chocolates, desempenha um papel significativo na modificação do estado nutricional, elevando substancialmente o risco de desenvolvimento de obesidade (Silva L. et al., 2021). Logo, essa ênfase na performance acadêmica e nas interações sociais leva a descuidos na qualidade da dieta, levando a escolhas alimentares menos saudáveis e consequentemente a alterações no perfil nutricional (Munhoz et al., 2017).

3 METODOLOGIA

A pesquisa foi realizada em uma Unidade de Ensino Superior no município de São Luís do estado do Maranhão.

O método de seleção da amostra combinou amostragem por conveniência e voluntária, conforme os critérios de inclusão e exclusão estabelecidos. A amostra foi composta por alunos da área da saúde do turno matutino, de ambos os sexos, regularmente matriculados no ano letivo de 2024, com idade igual ou superior a 18 anos, que assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Não foram incluídos na pesquisa ex-estudantes, professores e funcionários da instituição e foram excluídos indivíduos que não responderam corretamente ao questionário aplicado. A coleta de dados foi realizada durante os meses de agosto e setembro de 2024 e a amostra final incluiu 44 indivíduos, com idades entre 18 e 23 anos, de ambos os sexos.

Aplicou-se um questionário adaptado (Correia, 2016), que englobou perguntas tanto abertas quanto fechadas sobre uma variedade de aspectos relacionados aos fatores que influenciam o comportamento dos alunos em relação ao consumo de produtos processados e ultraprocessados.

O peso corporal dos participantes foi medido utilizando uma balança digital de alta precisão, com capacidade para até 180 kg e precisão de 100 g. A altura e circunferência abdominal foram medidas, respectivamente, através de um estadiômetro e uma fita métrica inelástica.

Os dados obtidos do questionário foram organizados em uma planilha no Microsoft Excel 2016 para análise e cruzamento dos resultados adquiridos. Realizou-se uma análise descritiva, utilizando variáveis de frequência absoluta e relativa. O estado nutricional dos estudantes foi avaliado por meio do Índice de Massa Corporal (IMC), o qual foi comparado as classificações fornecidas pela Organização Mundial de Saúde (WHO, 2000).

Os métodos empregados neste estudo foram elaborados em consonância com os princípios éticos e científicos essenciais, assegurando conformidade com as diretrizes estabelecidas na Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde do Ministério da Saúde. Este projeto de pesquisa foi encaminhado ao Comitê de Ética em Pesquisa da Unidade de Ensino Superior Dom Bosco (CEP/UNDB), com CAAE: 80126024.6.0000.8707 e aprovado sob parecer 6.953.312.

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

O estudo foi composto por uma amostra de 48 participantes, porém, 4 questionários foram excluídos por preenchimento inadequado, totalizando 44 participantes ao final. Conforme apresentado na Tabela 1, a maioria dos participantes eram do sexo feminino, correspondendo a 65,9% (n=29), enquanto 34,1% (n=15) eram do sexo masculino. Todos os participantes estavam matriculados em cursos da área da saúde, com predominância de estudantes situados entre o 6º e o 8º semestre. Em seguida, observou-se uma maior frequência de alunos nos primeiros semestres (1º ao 2º), seguidos pelos estudantes a partir do 9º semestre e, por último, aqueles entre o 3º e o 5º semestre.

Tabela 1 – Identificação da amostra de estudantes de uma faculdade particular de São Luís, Maranhão

Fonte: Elaboração própria (2024)

Os resultados semelhantes foram observados no estudo realizado por Bonalume, Alves e Conde (2020), no qual 92,4% dos participantes eram do sexo feminino, enquanto apenas 7,6% pertenciam ao sexo masculino. Além disso, no referido estudo, verificou-se que 66,2% dos participantes eram estudantes do curso de Nutrição, estando matriculados entre o 6º e o 8º semestre. A predominância feminina na pesquisa reflete a maior presença de mulheres nos cursos da área da saúde. Além disso, por estarem, em sua maioria, nos semestres finais da graduação, os participantes demonstram familiaridade com temas de saúde e nutrição, o que pode influenciar suas escolhas alimentares e percepção sobre alimentação saudável.

Quanto às características sociodemográficas dos participantes, 52,3% dos estudantes indicaram que o pai era o chefe de família ou principal provedor do domicílio. A escolaridade do chefe de família variou, sendo que a maioria possuía ensino médio completo (36,4%), enquanto 20,5% apresentavam formação em nível superior completo ou pós-graduação. Menores proporções de chefes de família possuíam ensino fundamental incompleto (6,8%) e completo (6,8%), superior incompleto (6,8%), e ensino médio incompleto (2,3%). Com base nisso, pode-se sugerir que a maioria dos chefes de família ou principais provedores dos domicílios dos estudantes possui um nível de escolaridade relativamente elevado, indicando que esses responsáveis tendem a ter maior acesso a oportunidades educacionais e, possivelmente, melhores condições de emprego e renda.

Quando questionados sobre sua contribuição de renda nos domicílios, aproximadamente 47,7% dos estudantes relataram possuir renda superior a R$ 1600, enquanto 25% indicaram não possuir renda própria, o que pode evidenciar uma dependência financeira em relação ao chefe da família. Nesse sentido, a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2017-2018 (Brasil, 2019) já havia destacado que a alimentação fora de casa do brasileiro se caracteriza pelo consumo de alimentos de alta densidade calórica, com a participação de refrigerantes, cerveja, salgados fritos e assados, bebidas não alcoólicas, salgadinhos industrializados e bolos.

Ainda, a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2017-2018 evidenciou que o consumo de refeições fora de casa torna-se mais frequente à medida que aumenta o nível de escolaridade e a renda familiar per capita. Entre os principais consumidores de refeições fora do lar estão os adultos jovens do sexo masculino, especialmente aqueles com níveis mais elevados de escolaridade (Brasil, 2019).

O peso médio dos voluntários foi de 63,12 kg, enquanto a altura média foi de 1,65 m. Quanto à classificação do estado nutricional (Tabela 2), 59,1% (n=26) dos participantes foram classificados como eutróficos, 22,7% (n=10) apresentaram sobrepeso, 11,4% (n=5) foram identificados com magreza grau I e 6,8% (n=3) com obesidade grau I. Entre as participantes do sexo feminino, a maioria (69%) foi classificada como eutrófica, enquanto entre os do sexo masculino, 46,7% apresentavam sobrepeso.

Tabela 2 – Estado nutricional de estudantes de uma faculdade particular de São Luís, Maranhão

Fonte: Elaboração própria (2024)

 De forma semelhante, em outro estudo realizado por Silva et al. (2019) que entrevistou 348 acadêmicos, a maior parte das participantes do sexo feminino (69,5%) se encontravam na classificação eutrofia do Índice de Massa Corporal (IMC), enquanto que grande parte dos participantes do sexo masculino (36,3%) se encontravam em sobrepeso.

Segundo WHO (2000), o Índice de Massa Corporal (IMC) se caracteriza como um indicador antropométrico que define o nível do estado nutricional do indivíduo, além de avaliar se ele está acima ou abaixo do peso ideal, sendo obtido por meio da metodologia: peso (Kg) /altura² (m). No entanto, estudos revelam que a determinação do IMC não repercute a composição corporal em sua totalidade, apresentando assim limitações e sendo necessário seu uso concomitante com outras informações que considerem demais componentes corporais do paciente para um resultado mais fidedigno (Urrutia et al., 2019).

Quanto à classificação da circunferência abdominal (CA), 45,5% dos participantes (n=20) foram categorizados como apresentando baixo risco, 31,8% (n=14) como tendo risco aumentado, e 22,7% (n=10) apresentavam risco muito elevado para complicações metabólicas e cardiovasculares. Em contraste com os achados deste estudo, a pesquisa de Cardoso et al. (2020) indicou que apenas 19,2% dos universitários entrevistados estavam classificados como tendo risco cardiovascular com base na CA.

É importante ressaltar que a Circunferência Abdominal (CA) é um marcador de adiposidade visceral, cujo vínculo com o risco cardiovascular e metabólico já está bem estabelecido. Ademais, as diretrizes recentes recomendam a utilização conjunta da CA e do Índice de Massa Corporal (IMC), que avalia a adiposidade geral, para uma melhor estratificação de risco (Grubert et al., 2022).

Estudantes da área da saúde, por sua formação, têm maior conhecimento sobre práticas alimentares saudáveis e os riscos associados ao consumo de ultraprocessados. No entanto, Segundo Berbigier e Magalhães (2021), embora os estudantes das áreas da saúde recebam formação que enfatiza a importância de uma alimentação equilibrada, a pressão acadêmica, a intensa carga horária e as atividades extracurriculares frequentemente resultam em escolhas alimentares inadequadas. Isso inclui o consumo excessivo de alimentos ultraprocessados e a irregularidade nas refeições, comprometendo a aplicação prática dos conhecimentos adquiridos sobre nutrição (Garbaccio; Oliveira, 2019).

Conforme ilustrado na Gráfico 1, observa-se que mais da metade dos participantes (52,3%) raramente consome refeições adquiridas em lanchonetes ou pontos de venda de alimentos durante o período de aula na universidade. Entretanto, 25% dos estudantes relataram um consumo elevado de alimentos ultraprocessados, com uma frequência diária de 1 a 2 vezes.

Gráfico 1 – Frequência de consumo de refeições em lanchonetes e pontos de venda de alimentos durante o período de aula em uma faculdade particular de São Luís, Maranhão

Fonte: Elaboração própria (2024).

O estudo realizado por Silva, Nascimento e Boaventura (2022) contabiliza que 67% dos entrevistados relatou fazer refeições fora de casa sendo que 42% consomem fast-food, 37% self-service e/ou prato feito e 4% em loja de conveniência. Os autores chegaram à conclusão de que, em relação ao hábito alimentar, devido a correria da vida universitária e, em algumas situações, a necessidade de trabalhar e estudar, a alimentação é deixada para segundo plano.

Entre os universitários, 54,5% acreditam que a universidade oferece boas opções de lanches saudáveis, enquanto 45,5% consideram que as opções disponíveis são insatisfatórias. Diferentes concepções de “saudável” podem influenciar essa percepção, e a falta de um consenso pode indicar que as opções oferecidas pela universidade não atendem a um padrão uniforme de qualidade nutricional ou de preferências alimentares individuais.

Ambrosi (2021) afirma em sua tese que é inviável determinar uma definição padronizada para alimentação saudável. Dessa forma, este é um conceito complexo, multivariado, que se altera o tempo todo, sendo influenciado pelo contexto em que o indivíduo está inserido e por fatores como normas familiares, interferência das mídias sociais (especialmente influenciadores), incertezas científicas e dilemas alimentares que afetam a saúde. Portanto, a definição de “saudável” não é clara para todos, e muitas vezes fica subentendido, adquirindo interpretações distintas.

Em relação aos alimentos mais consumidos pelos estudantes durante o período universitário observou-se que 29,5% (n=13) optam por salgados fritos e assados, enquanto 25% (n=11) preferem sanduíches naturais. Além disso, 13,6% (n=6) consomem outras opções alimentares, 11,4% (n=5) preferem frutas e alimentos integrais, 9,1% (n=4) escolhem bolos e biscoitos simples, 6,8% (n=3) consomem produtos industrializados e prontos para o consumo, e 4,5% (n=2) optam por bolos confeitados e biscoitos recheados.

Esses dados mostram uma variedade nas preferências alimentares dos estudantes durante o período universitário sugerindo que, embora haja uma demanda significativa por opções de lanches mais saudáveis, a oferta atual ainda é inclinada para opções menos nutritivas. Um estudo realizado por Oliveira et al. (2021) que utilizou o Guia Alimentar para a População Brasileira como método para classificar o consumo alimentar em adequado e inadequado, revelou que dos 204 participantes do estudo, a maioria respondeu que “come todos os dias ou mais que três vezes na semana” frituras (81%) e doces e refrigerantes (96%), classificados em inadequados pela análise do estudo.

O Guia Alimentar para a População Brasileira (Brasil, 2014) desaconselha o consumo desses tipos de alimentos, alertando que, além de aumentarem o risco de deficiências nutricionais, também contribuem significativamente para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, diabetes e diversos tipos de câncer. O guia reforça a importância de uma alimentação baseada em alimentos in natura ou minimamente processados para a promoção da saúde e a prevenção de doenças crônicas não transmissíveis.

O Gráfico 2 apresenta os principais motivos que influenciam o maior consumo de alimentos ultraprocessados entre os participantes da pesquisa. O fator mais determinante mencionado foi a praticidade (25%), seguido pelo sabor (20,5%). A falta de tempo e o custo da alimentação também foram destacados, recebendo 18,2% das respostas, respectivamente. Isso indica que fatores relacionados à conveniência e à economia desempenham um papel significativo nas escolhas alimentares, especialmente em contextos onde tempo e recursos financeiros são limitados.

Gráfico 2 – Motivos que levam a um maior consumo de alimentos ultraprocessados por estudantes em uma faculdade particular de São Luís, Maranhão

Fonte: Elaboração própria (2024)

Tuni, Schenatto e Lutinski (2021) ao questionarem as razões pelas quais levam os acadêmicos a consumirem fast food, observaram a predominância das seguintes respostas: paladar (40%), rapidez e praticidade (28%), falta de tempo (15%) e preço acessível (8%), corroborando assim com os achados desta pesquisa. Amaral (2023) ressalta que as preferências alimentares são influenciadas por uma interação complexa entre necessidades fisiológicas e fatores externos. Estes fatores abrangem aspectos como a acessibilidade, disponibilidade, qualidade, publicidade e preço dos alimentos.

Além disso, o ambiente universitário apresenta desafios para a manutenção de uma alimentação saudável, devido à elevada carga de trabalho acadêmico, ao estresse associado, às tendências dietéticas passageiras e à gestão inadequada do tempo. Consequentemente, os estudantes frequentemente recorrem a refeições rápidas e práticas, que possuem baixa qualidade nutricional e são consumidas de forma irregular, predominantemente em função da falta de tempo disponível (Oliveira et al., 2019).

Entre os estudantes, 34,1% (n=15) raramente substituem as principais refeições, como almoço e jantar, por lanches, e 29,5% (n=13) afirmam não fazer essa substituição. Por outro lado, 18,2% (n=8) realizam essa troca pelo menos uma vez por semana, 6,8% (n=3) substituem ao menos duas vezes por semana, e 2,3% (n=1) substituem três ou mais vezes por semana, o que pode refletir hábitos alimentares menos estruturados entre parte dos estudantes, possivelmente devido a fatores como falta de tempo ou conveniência. Apenas uma pequena porcentagem (9,1%) afirmou que a questão não se aplica.

De maneira semelhante, em relação aos modos de se alimentar, no estudo realizado por Calvacante (2021), 81,2% dos entrevistados afirmaram não substituir pelo menos uma das refeições principais, sendo que 81,1% não as trocam por sanduíches, salgados ou pizza. Entretanto, 52,8% possuem o hábito de comer entre as refeições, principalmente alimentos não saudáveis como bombons, chocolates e demais guloseimas. É importante ressaltar que doces e refrigerantes possuem excesso de calorias, gorduras, açúcares, sódio e aditivos, além de que o seu consumo regular foi associado ao aumento da ingesta de energia, excesso de peso e demais desfechos adversos à saúde (Pereira, 2024).

Ao serem questionados sobre a relação entre o estresse e o comportamento alimentar, a maioria dos estudantes (56,8%, n=25) considerou que o estresse pode influenciar sua alimentação, relatando um aumento no consumo de alimentos gordurosos ou ricos em açúcar durante períodos de estresse. Por outro lado, 25% (n=11) afirmaram que, quando estressados, tendem a consumir menos alimentos ao longo do dia, enquanto 18,2% (n=8) relataram que sua alimentação permanece inalterada sob condições de estresse, indicando que o estresse afeta de maneira diversa os hábitos alimentares, com predominância para escolhas menos saudáveis.

Resultados semelhantes foram encontrados por Silva (2024), em que nos períodos acadêmicos mais estressantes como provas, apresentações de trabalhos, e o fim do semestre letivo, 63,9% dos estudantes entrevistados costumam procurar por alimentos hiperpalatáveis, aumentando o consumo de doces (35,8%), salgados/lanches/pizzas (23,6%) e ultraprocessados (18,9%). Além disso, quando questionados sobre como se sentem após comerem esses tipos de alimentos, a maior parte relatou satisfação (45,1%), alívio (18,6%) e conforto (14,7%).

O estresse se caracteriza como um dos fatores que podem influenciar sobre os comportamentos e a saúde, principalmente quando a pessoa enfrenta dificuldades que estão além da sua habilidade de enfrentamento. Dessa forma, estudantes com níveis de estresse elevados tem a tendência de apresentar comportamentos alimentares de descontrole, possuindo dificuldades em controlar a quantidade de alimento ingerido e a alimentação emocional como ferramenta de conforto psicológico. Esse estilo de comportamento emocional favorece o aumento do consumo de alimentos mais palatáveis e ultraprocessados (Melo et al., 2023).

Quanto à frequência de consumo de alimentos ultraprocessados, como sanduíches, pizzas e fast foods, observou-se que 45,5% (n=20) dos universitários consumiam esses itens apenas nos fins de semana. Outros 27,3% (n=12) relataram consumir de duas a três vezes por semana, enquanto 25% (n=11) raramente ou nunca consumiam esses alimentos, e 2,3% (n=1) de quatro a cinco vezes na semana. Isso aponta para um padrão de consumo mais concentrado nos fins de semana, com uma frequência moderada e uma pequena parte mantendo um consumo mais alto.

Por outro lado, os resultados encontrados por Silva e Maynard (2019) observaram que 63,9% dos universitários entrevistados consomem alimentos processados todos os dias ou 3x na semana. De maneira parecida, grande parte dos estudantes (77%) avaliados no estudo de Rodrigues et al. (2019) consomem alimentos industrializados em quantidade moderada, todos os dias, e apenas 14% consomem raramente. Vale ressaltar que o consumo frequente dessa categoria causa impacto na saúde do adulto, levando-o a ter maus hábitos alimentares e um déficit de nutrientes no organismo como vitaminas, fibras, minerais e ácidos graxos poli- insaturados (Pinto; Costa, 2021).

Com relação ao convívio social e o consumo de alimentos prontos para o consumo, mais da metade (68,2%) dos universitários identificaram que no seu convívio social, há maior consumo de alimentos naturais como saladas, frutas e verduras, enquanto 31,8% relataram que há maior consumo de alimentos prontos como pizzas, lasanhas e sanduíches.

Quando questionados sobre se consideravam sua alimentação mais adequada quando estavam em casa ou na universidade, 88,6% dos participantes afirmaram que sua alimentação é melhor em casa devido ao consumo de alimentos mais saudáveis e caseiros. Em contraste, 9,1% consideraram que a alimentação em casa é preferível por incluir alimentos mais prontos para consumo, enquanto 2,3% opinaram que a alimentação na universidade é mais adequada por oferecer alimentos mais prontos para consumo.

O estudo de Abreu e Paschoal (2021), em relação ao convívio familiar, demonstra que 72% dos entrevistados possuíam o hábito de fazer as refeições na companhia dos seus familiares, sendo que grande parte destes seguiam o padrão alimentar da família e isso influenciava em suas escolhas alimentares. Quando questionados sobre a percepção da própria alimentação, 47,4% consideravam boa, o que é um resultado parecido quando se perguntou sobre a alimentação das suas famílias (54,2%), que também era considerada boa. Dentre os alimentos consumidos frequentemente, destaca-se proteínas com 35,51%, massas com 29,28% e leguminosas, com 23,5%, e tendo como principais motivações para escolha o sabor (31,8%), saúde (28,7%) e preço (19,9%).

O estudo destaca a importância do ambiente familiar nas escolhas alimentares, influenciando comportamentos e percepções sobre a alimentação. Embora o sabor ainda seja decisivo, observa-se uma crescente preocupação com a saúde. Além disso, o preço aparece como um fator relevante, evidenciando que a alimentação saudável também depende da acessibilidade.

Dessa forma, os resultados deste estudo mostram que o consumo excessivo de alimentos ultraprocessados se destacou como uma prática comum entre os participantes, impulsionada principalmente pela conveniência e pelo sabor. Esses alimentos, apesar de serem de fácil acesso, estão associados a consequências graves para a saúde, como o aumento do risco de doenças crônicas, desregulação metabólica e processos inflamatórios. A falta de tempo e a conveniência no ambiente universitário favorecem tais escolhas, reforçando a necessidade de mudanças nas opções disponíveis tanto no campus quanto fora dele.

Por conseguinte, o estresse impacta negativamente os hábitos alimentares de estudantes da área da saúde, levando ao maior consumo de alimentos ricos em gorduras e açúcares. Essa relação entre estresse e alimentação pode resultar em um ciclo vicioso, onde a alimentação inadequada piora o estado emocional, contribuindo para um aumento do estresse e potencializando escolhas alimentares ainda menos saudáveis. Nesse contexto, é fundamental que haja uma conscientização sobre o manejo do estresse, aliada a estratégias de educação nutricional que incentivem escolhas mais equilibradas.

5 CONCLUSÃO

Os resultados evidenciaram que, mesmo entre estudantes da área da saúde, o consumo de alimentos ultraprocessados permanece elevado, motivado principalmente pela praticidade, pelo sabor e pela falta de tempo. Embora a maioria dos participantes apresentasse estado nutricional classificado como eutrófico, uma proporção relevante demonstrou sobrepeso, obesidade grau I e risco metabólico aumentado com base na circunferência abdominal.

O ambiente universitário, associado à rotina intensa e ao estresse acadêmico, influencia negativamente os hábitos alimentares, contribuindo para escolhas menos saudáveis. Além disso, observou-se que, embora muitos estudantes reconheçam que sua alimentação é mais equilibrada em casa, essa percepção não se traduz em mudanças efetivas no comportamento alimentar durante o período letivo.

Esses achados reforçam a importância de ações institucionais voltadas à promoção da alimentação saudável no ensino superior, especialmente em cursos que formam profissionais da área da saúde. A ampliação da oferta de refeições equilibradas nas instituições, aliada a estratégias de educação nutricional e suporte psicossocial, pode favorecer mudanças positivas no padrão alimentar universitário.

Entre as limitações deste estudo, destaca-se o número reduzido de participantes e a delimitação geográfica a uma única instituição. Sugere-se que pesquisas futuras ampliem a amostra, contemplem outras regiões e avaliem o impacto de intervenções educativas e ambientais no consumo de ultraprocessados entre universitários.

REFERÊNCIAS

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1 Nutricionista. Formada pelo Centro Universitário UNDB – Unidade de Ensino Superior Dom Bosco. E-mail: helena.ca.andrade@gmail.com.
2 Docente do Curso Superior de Nutrição do Centro Universitário UNDB – Unidade de Ensino Superior Dom Bosco. Mestre em Saúde e Ambiente (PPGSA/UFMA). E-mail: gilberth.nunes@undb.edu.br
3 Docente do Curso Superior de Nutrição do Centro Universitário UNDB – Unidade de Ensino Superior Dom Bosco. Doutor em Biotecnologia (RENORBIO/UFMA). E-mail: eliakim.mendes@undb.edu.br
4 Docente do Curso Superior de Nutrição do Centro Universitário UNDB – Unidade de Ensino Superior Dom Bosco. Especialista em Saúde INDÍGENA (UNIFESP). E-mail: ananda.nascimento@undb.edu.br
5 Docente do Curso Superior de Nutrição do Centro Universitário UNDB – Unidade de Ensino Superior Dom Bosco. Mestre em Saúde e Ambiente (PPGSA/UFMA). E-mail: adriana.araujo@undb.edu.br
6 Nutricionista. Formada pelo Centro Universitário UNDB – Unidade de Ensino Superior Dom Bosco. E-mail: a.adrianne.sousa@gmail.com
7 Docente do Curso Superior de Nutrição da Faculdade Anhanguera. Especialista em Planejamento e Gestão da Alimentação. E-mail: k.martins@kroton.com.br.
8 Docente do Curso Superior de Nutrição do Centro Universitário UNDB – Unidade de Ensino Superior Dom Bosco. Mestre em Educação Física (PPGEF/UFMA). E-mail: julio.machado@undb.edu.br