ALEITAMENTO MATERNO NA ALTA HOSPITALAR EM PREMATUROS TARDIOS E TERMOS PRECOCES EM UMA MATERNIDADE DE UM HOSPITAL-ESCOLA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

BREASTFEEDING AT HOSPITAL DISCHARGE IN LATE PRETERM AND EARLY TERM INFANTS IN A MATERNITY WARD OF A TEACHING HOSPITAL IN THE STATE OF ESPÍRITO SANTO

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ma10202504261317


Kátia Cristine Carvalho Pereira;1 Natália Moreira Garcia Zanni;1 Ícaro Pratti Sarmenghi;1 Matheus Pessanha Paixão;1 Nathalia Milanese Grechi Fernandes;1 Talita Lopes Nunes;1 Esther de Souza Beiral.1


RESUMO| Introdução: Em 2022, no Brasil, os nascimentos prematuros, especialmente os prematuros tardios, representaram parte significativa dos nascidos vivos. Prematuros tardios e termos precoces são mais imaturos, com maior risco de distúrbios respiratórios, dificuldades na amamentação, maior perda ponderal e maior tempo de internação hospitalar. Objetivo: Descrever a persistência do aleitamento materno na alta hospitalar dos recém-nascidos prematuros tardios e termos precoces que permaneceram no Alojamento Conjunto de uma maternidade de um hospital-escola do Espírito Santo. Métodos: Estudo transversal, descritivo e retrospectivo dos pacientes recém-nascidos que permaneceram internados no Alojamento Conjunto de março de 2021 a outubro de 2022. Resultados: Dos 1139 recém-nascidos avaliados, 5 eram prematuros moderados, 159 prematuros tardios, 574 termos precoces, 395 termos completos, 2 pós-termos e 4 não possuíam registro em prontuário da idade gestacional ao nascimento. O tempo de internação variou de 1,81 dias (pós-termos) a 6,26 dias (prematuros moderados). A perda ponderal foi maior nos prematuros moderados e tardios, assim como nos termos precoces, com médias de 8%, 8,1% e 7,7%, respectivamente. Em relação ao aleitamento materno, 100% dos prematuros moderados, 81,76% dos prematuros tardios, 86,34% dos termos precoces e 83,54% dos termos completos receberam aleitamento materno na alta, com prevalência de aleitamento exclusivo de 77,6% na amostra total. Conclusão: O estudo destaca a importância do aleitamento materno para todos os recém-nascidos, especialmente prematuros e termos precoces, e enfatiza a necessidade de estratégias de apoio à amamentação durante a internação e após a alta hospitalar para redução de morbidade e mortalidade nessas populações.

Palavras-chave: Recém-Nascido; Prematuro; Aleitamento Materno. 

ABSTRACT: Introduction: In 2022, in Brazil, premature births, especially late preterm births, accounted for a significant portion of live births. Late preterm and early term infants are more immature, with a higher risk of respiratory disturbances, breastfeeding difficulties, greater weight loss, and longer hospital stays. Objectives: To describe the persistence of breastfeeding at hospital discharge of late preterm and early term newborns who remained in the Rooming-In of a maternity ward at a teaching hospital in Espírito Santo. Methods: A cross-sectional, descriptive and retrospective study of newborn patients who were hospitalized in the Rooming-In from March 2021 to October 2022. Results: Of the 1,139 newborns assessed, 5 were moderately preterm, 159 were late preterm, 574 were early term, 395 were full term, 2 were post-term, and 4 did not have a gestational age record at birth in their medical records. The length of hospital stay ranged from 1.81 days (post-term) to 6.26 days (moderately preterm). Weight loss was higher in moderately preterm and late preterm infants, as well as in early term infants, with averages of 8%, 8.1%, and 7.7%, respectively. Regarding breastfeeding, 100% of the moderately preterm infants, 81.76% of the late preterm infants, 86.34% of the early term infants, and 83.54% of the full-term infants received breastfeeding at discharge, with an exclusive breastfeeding rate of 77.6% in the total sample. Conclusion: The study highlights the importance of breastfeeding for all newborns, especially preterm and early term infants, and emphasizes the need for breastfeeding support strategies during hospitalization and after hospital discharge to reduce morbidity and mortality in these populations.

Keywords: Newborn; Preterm; Breastfeeding.

INTRODUÇÃO

No Brasil, em 2022, os nascimentos prematuros corresponderam a 11,79% dos nascidos vivos. Desses, a maior contribuição foi proveniente dos nascimentos prematuros moderados e tardios, os quais representaram 86% dos partos prematuros1.

Neste contexto, é possível classificar os recém-nascidos conforme a idade gestacional ao nascimento. Nessa classificação, os recém-nascidos são divididos em prematuros (nascidos antes da 37ª semana de gestação), termos precoces (nascidos entre 37 e 38 semanas e 6 dias) e termos completos (nascidos entre 39 e 41 semanas e 6 dias)2,3. A subdivisão dos recém-nascidos termos precoces foi realizada devido a identificação de maior risco de morbimortalidade neste subgrupo em comparação aos demais recém-nascidos a termo. Já dentre os recém-nascidos prematuros, a maioria dessa população é classificada como prematuros tardios, com idade gestacional entre 34 e 36 semanas e 6 dias, e prematuros moderados, nascidos entre 32 e 33 semanas e 6 dias4.

Em relação aos bebês prematuros tardios e termos precoces, sabe-se que são mais imaturos do ponto de vista fisiológico e metabólico do que os demais recém-nascidos termos. Dessa forma, estão mais susceptíveis a distúrbios respiratórios, instabilidade térmica, hipoglicemia, hiperbilirrubinemia e icterícia4-6. Além disso, podem apresentar dificuldades na coordenação da sucção e deglutição, o que pode resultar em problemas na amamentação, com perda ponderal elevada, recuperação de peso inadequado e desidratação durante as primeiras semanas após o nascimento7. Consequentemente, apresentam maior tempo de internação hospitalar e maiores chances de reinternação e admissão em Unidades de Terapias Intensivas Neonatais4,8.

O objetivo deste estudo é descrever a persistência do aleitamento materno na alta hospitalar dos recém-nascidos prematuros tardios e termos precoces que permaneceram no Alojamento Conjunto de uma maternidade de um hospital-escola do Espírito Santo.

MÉTODOS

Trata-se de um estudo transversal, descritivo e retrospectivo, utilizando-se de dados obtidos dos prontuários dos pacientes recém-nascidos que permaneceram internados no Alojamento Conjunto de uma maternidade de um hospital-escola no Espírito Santo, de março de 2021 a outubro de 2022. Foram coletadas variáveis referentes ao pré-natal, ao parto e assistência no período neonatal durante a internação no Alojamento Conjunto. Em seguida, os dados foram uniformizados em planilhas em um único banco de dados e foi realizada análise de frequências. Não houve determinação do tamanho amostral, pois se trata de um trabalho no qual se analisaram todas as crianças do período. Não foram incluídos na amostra os recém-nascidos que foram encaminhados à Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) após o nascimento e que receberam alta deste setor para domicílio, não retornando ao Alojamento Conjunto. 

A maternidade do estudo é referência para gestações de alto risco, e situa-se no Hospital Cassiano Antônio de Moraes (HUCAM), o qual desenvolve atividades de ensino, pesquisa, extensão e assistência. Possui atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS). O Alojamento Conjunto da instituição tem 15 leitos. O serviço também possui leitos de UTIN, Unidade de Cuidados Intermediários Neonatais Convencionais e Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Canguru. 

A avaliação antropométrica foi realizada pela equipe médica durante o primeiro dia de nascimento da criança, como habitualmente é feito no serviço. Em nossa maternidade, os pesos são rotineiramente obtidos através de uma balança digital, devidamente calibrada, com capacidade de até 15 kg (precisão de 5g). Para classificação dos recém-nascidos, foi considerada a idade gestacional ao nascimento. A tabela de crescimento do Intergrowth-21 foi a escolhida para classificação por tratar-se de uma curva de crescimento que compreende diversas idades gestacionais, por ser recomendada pela Sociedade Brasileira de Pediatria e por instituições internacionais, além de possuir representação brasileira em sua realização.

O estudo foi aprovado pelo comitê de ética do Hospital Universitário Cassiano Antonio Moraes, sob número CAAE 66919123.7.0000.5071, número do parecer 6.162.756.

RESULTADOS

Dos 1139 pacientes identificados no período estudado, 5 (0,44%) foram prematuros moderados, 159 (13,96%) prematuros tardíos, 574 (50,4%) termos precoces, 395 (34,68%) termos completos e 2 (0,18%) pós termos. Quatro pacientes (0,35%) não possuíam registro em prontuário da idade gestacional ao nascimento (Figura1). 

Figura 1 – Representação gráfica referente a idade gestacional dos recém-nascidos no Alojamento Conjunto

*Quatro pacientes não possuíam registro em prontuário da idade gestacional ao nascimento.
Fonte: Os autores, 2024.

Quanto às variáveis maternas, a média da idade materna foi de 28,6 anos (57,16% situavam-se entre 20 e 34 anos) e 39,95% eram tercigestas ou mais. Dentre as comorbidades durante o pré-natal, as mais frequentes foram diabetes gestacional, hipertensão arterial gestacional e hipertensão arterial crônica, presentes em 43%, 18,87% e 14,83% dos casos, respectivamente. Ademais, cerca de 59,96% das gestantes amamentaram em gestações anteriores. Quanto aos partos, 60,54% foram do tipo cesárea. Do total de recém-nascidos, 557 (48,90%) eram do sexo feminino, 571 (50,13%) do sexo masculino e 11 (0,97%) não informados. Na assistência ao nascimento, no 1º e 5º minuto de vida, 90,80% e 95%, respectivamente, obtiveram pontuação de Apgar entre 7 e 10. Apenas 4,31% necessitaram de reanimação neonatal. No entanto, cerca de 20,49% necessitaram de CPAP precoce em sala de parto e 8,17% foram referenciados à UTIN. O clampeamento do cordão umbilical foi oportuno em mais da metade dos casos (57,42%) e contato pele a pele na primeira hora de vida ocorreu em 41,62% dos pacientes (Tabela 1).

Tabela 1 – Variáveis maternas e referentes aos partos e nascimentos dos recém-nascidos internados no Alojamento Conjunto (N=1139)

Quanto ao peso ao nascer, 10,36% apresentaram baixo peso ao nascer, 86,57% peso adequado (2500g a 4000g) e 2,81% peso acima de 4000g. Além disso, 79,72% foram adequados para a idade gestacional (AIG), 7,9% pequenos para idade gestacional (PIG) e 11,15% grandes para idade gestacional (GIG) (Tabela 2).

Tabela 2 – Variáveis dos recém-nascidos internados no Alojamento Conjunto (N=1139)

Em relação ao tempo de internação, a média foi de 6,26 para os prematuros moderados, 4,83 dias para os pré-termos tardios e 3,55 para os termos precoces. Já os recém-nascidos termos completos e pós termos permaneceram hospitalizados por uma média de 3,06 dias e 1,81 dias, respectivamente.

Acerca dos percentis de perda ponderal, os prematuros moderados e tardios, assim como os termos precoces apresentaram perdas mais elevadas em relação ao peso de nascimento, com respectivas médias de 8%, 8,1% e 7,7% de perda ponderal. Em contrapartida, o maior percentil de perda ponderal dos termos completos e pós termos foi de 7% e 6,1%. Já no momento da alta hospitalar, o percentil de perda ponderal foi de 6,5% nos prematuros moderados, 6,7% nos prematuros tardios, 6,2% nos termos precoces, 5,7% nos termos completos e 6,1% nos pós-termos.

Em relação à dieta na alta, a maioria dos recém-nascidos recebeu aleitamento materno, representados por 100% dos pré-termos moderados, 81,76% dos pré-termos tardios, 86,34% dos termos precoces e 83,56% dos termos completos. Excetuando-se os pós-termos (pois 1 não foi informado), todos os subgrupos com idade gestacional informada apresentaram persistência de aleitamento materno exclusivo na alta acima de 70%. Ademais, dos 1139 pacientes observados neste estudo, o aleitamento materno exclusivo na alta hospitalar foi presente em 884 (77,6%). 

Dentre os recém-nascidos que receberam apenas fórmula infantil na alta (2,1% da amostra), todos apresentavam contraindicações à amamentação. A proporção de recém-nascidos que receberam aleitamento misto foi significativamente menor conforme o aumento da idade gestacional, com 11,32% nos pré-termo tardios, 6,9% nos termos precoces e 5,06% nos termos completos (Tabela 3).

Tabela 3 – Variáveis relacionadas ao tempo de internação, peso e dieta na alta dos pacientes internados no Alojamento Conjunto (N=1135 pacientes com registro de idade gestacional ao nascimento)

DISCUSSÃO

No presente estudo, a população de recém-nascidos prematuros tardios e termos precoces correspondeu a 64,58% da amostra de 1135 recém-nascidos observados e com registro da idade gestacional. A população de prematuros na pesquisa, constituída pelos prematuros moderados e tardios, foi de 14,44%, ou seja, discretamente maior do que a população de prematuros moderados e tardios na população brasileira em 2022 (10,18%)1. Esse perfil epidemiológico pode ser explicado por se tratar de uma pesquisa realizada em uma maternidade referência para gestações de alto risco. 

Como mencionado anteriormente, os recém-nascidos prematuros tardios e termos precoces apresentam maior risco de morbidade e mortalidade em relação aos recém-nascidos mais maduros. Diversas evidências sugerem que devido a maior vulnerabilidade desses subgrupos, torna-se essencial o monitoramento e suporte de possíveis complicações, podendo cursar com maior duração de hospitalização8,9. Tal aspecto foi observado em nosso estudo, com aumento do número de dias de internação hospitalar conforme a redução da idade gestacional.  

Em relação à dieta, a Organização Mundial de Saúde recomenda o aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses de vida, e o aleitamento materno complementado até 2 anos de vida ou mais10. O aleitamento materno exclusivo associa-se a benefícios a curto e longo prazo, incluindo vantagens nutricionais, gastrointestinais, imunológicas e de neurodesenvolvimento11.

Especialmente na população vulnerável em destaque nesse estudo, sabe-se que a amamentação representa um fator protetor dos riscos aos quais estão expostos. Desse modo, maiores taxas de aleitamento materno na alta hospitalar apresentam impacto significativo na redução de morbidade e mortalidade desses indivíduos8,11.  

Em contrapartida, os recém-nascidos prematuros e termos precoces possuem maior dificuldade em estabelecer o aleitamento materno, devido à imaturidade fisiológica e metabólica que apresentam, portanto, são mais suscetíveis a perdas ponderais mais elevadas4. Tal fenômeno foi observado em nosso estudo, onde os subgrupos de prematuros moderados e tardios, assim como os termos precoces, apresentaram os maiores percentuais de perda ponderal em relação ao peso de nascimento. 

Em adição às dificuldades de amamentação mencionadas, o “First Baby Studio”, um estudo prospectivo longitudinal realizado na Pensilvânia em 2016, demonstrou que os recém-nascidos prematuros tardios e termos precoces possuem menores taxas de amamentação (63,8% e 72,6%, respectivamente), quando comparados aos recém-nascidos termos completos e pós termos (76,5%)12. Dados de uma corte norte-americana publicada em 2019 reforçam que os partos prematuros são, independentemente, associados a menores taxas de amamentação exclusiva em comparação aos partos após 39 semanas de idade gestacional (37,4% e 49,4%, respectivamente)13. Tal tendência foi observada, em nosso estudo, apenas em relação aos prematuros tardios. 

Em contrapartida, as taxas de aleitamento materno exclusivo para prematuros tardios e termos precoces variam na literatura e relacionam-se ao tempo de internação, o que dificulta a comparação dos resultados com as evidências prévias14,15. Em um estudo espanhol publicado em 2018, com média de permanência hospitalar de 11 dias, a taxa de aleitamento materno exclusivo e aleitamento misto nos prematuros tardios foi de 47% e 33,9%, respectivamente16. Em nossa população de estudo, dentre os prematuros tardios, 70,44% foram amamentados exclusivamente e 11,32% receberam aleitamento misto. 

As principais causas de dificuldade de amamentação, nesses indivíduos referem-se aos fatores maternos, relacionados ao atraso no início da lactação, e aos fatores neonatais, que cursam com imaturidade na sucção e na coordenação da sucção e deglutição. A ingestão subótima de leite materno nos primeiros dias de vida pode agravar os riscos de morbidades dessa população, assim como se associar a maior duração de hospitalização e reinternações13. Em nosso estudo, os prematuros tardios foram o subgrupo com o maior percentual de aleitamento misto, o que pode ser explicado pelos motivos citados anteriormente. 

De uma forma geral, os dados deste estudo demonstram que a persistência de aleitamento materno exclusivo é elevada entre todos os recém-nascidos de nossa maternidade, destacando a importância do apoio à amamentação pelas equipes multidisciplinares durante e após o período de permanência no Alojamento Conjunto. Esses resultados podem auxiliar na formulação de estratégias para melhorar o cuidado neonatal e o acompanhamento nutricional dos recém-nascidos, especialmente os de maior risco, como os prematuros tardios e termos precoces. 

Este estudo tem algumas limitações. Trata-se de um estudo retrospectivo, fundamentado em dados extraídos de prontuários médicos, os quais podem apresentar eventuais lacunas ou imprecisões. Ademais, trata-se de um estudo realizado em um único centro terciário que atende a população de alto risco, o que pode reduzir sua validade externa. 

CONCLUSÃO

É importante ressaltar que o aleitamento materno representa a forma de nutrição ideal para todos os recém-nascidos, especialmente os prematuros e termos precoces. Desse modo, maiores índices de aleitamento materno exclusivo na alta hospitalar podem reduzir diretamente a morbimortalidade desta população. Para isso, é fundamental que estratégias de apoio à amamentação sejam concebidas durante a internação no Alojamento Conjunto, assim como após a alta hospitalar, a fim de garantir o aleitamento materno durante a infância e seus diversos benefícios.

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1Universidade Federal do Espírito Santo. Vitória/ES, Brasil.