A PROFISSÃO DE ANALISTA DE SISTEMAS: COMPETÊNCIAS, DESAFIOS E PERSPECTIVAS NO MERCADO DE TRABALHO

CONTRIBUTION OF THE SYSTEMS ANALYST TODAY AND ITS GROWTH

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ni10202511131732


Ethan Yagami dos Santos1
Renata Mirella Farina2
Fabiana Florian3


Resumo: O presente trabalho tem como objetivo analisar o papel do Analista de Sistemas no contexto contemporâneo das organizações, destacando suas competências técnicas e comportamentais, bem como sua relevância no processo de transformação digital. A pesquisa aborda as funções essenciais, habilidades necessárias e os desafios enfrentados por esse profissional, considerando também aspectos relacionados à saúde ocupacional e à qualidade de vida no trabalho. Para isso, foram utilizados referenciais teóricos atualizados sobre hard skills e soft skills, além de fontes que exploram a dinâmica das tecnologias da informação e comunicação (TICs). Os resultados evidenciam que o analista de sistemas desempenha um papel estratégico na integração entre pessoas, processos e tecnologias, exigindo atualização constante e equilíbrio entre conhecimento técnico e competências interpessoais.

Palavras-chave: Analista de Sistemas; Tecnologia da Informação; Competências Profissionais; Hard Skills; Soft Skills.

Abstract: This paper aims to analyze the role of the Systems Analyst in the contemporary context of organizations, highlighting their technical and behavioral competencies, as well as their relevance in the digital transformation process. The research addresses the essential functions, necessary skills, and challenges faced by this professional, also considering aspects related to occupational health and quality of life at work. To this end, updated theoretical frameworks on hard skills and soft skills were used, in addition to sources that explore the dynamics of information and communication technologies (ICTs). The results show that the systems analyst plays a strategic role in the integration between people, processes, and technologies, requiring constant updating and a balance between technical knowledge and interpersonal skills.

Keywords: Systems Analyst; Information Technology; Professional Competencies; Hard Skills; Soft Skills.

1 INTRODUÇÃO

O avanço acelerado da tecnologia nas últimas décadas transformou significativamente a forma como indivíduos e organizações se relacionam, produzem e consomem informações. Nesse cenário, o Analista de Sistemas tornou-se um profissional essencial para o funcionamento de empresas que dependem de soluções tecnológicas eficientes e seguras. Responsável por planejar, desenvolver, implementar e otimizar sistemas informatizados, esse especialista atua como um elo estratégico entre as necessidades do negócio e as possibilidades oferecidas pela tecnologia.

A crescente digitalização das atividades empresariais demanda profissionais qualificados, capazes de compreender tanto os aspectos técnicos quanto os organizacionais das instituições. Dessa forma, o papel do Analista de Sistemas vai além da programação e do desenvolvimento de softwares, envolvendo análise de requisitos, modelagem de processos, gestão de dados e suporte à tomada de decisão.

Este trabalho tem como propósito apresentar uma análise detalhada sobre essa profissão, destacando suas competências técnicas (hard skills), competências interpessoais (soft skills), além de aspectos relacionados à saúde ocupacional, remuneração, jornada de trabalho e perspectivas profissionais. O estudo também busca promover uma reflexão sobre como o desenvolvimento dessas competências contribui para a formação de um profissional mais completo, ético e preparado para enfrentar os desafios do mercado contemporâneo.

O Quadro 1 apresenta  as  área de atuação, principais atividades e habilidades necessárias  da profissão de Analista de Sistemas:

Quadro 1  –  Comparativo das Áreas de Atuação do Analista de Sistemas:

ÁreasPrincipais AtividadesHabilidades Necessárias
Análise de RequisitosLevantamento de demandas e documentação técnicaComunicação, análise crítica, documentação
Desenvolvimento de SistemasProgramação e customização de  softwaresLinguagens de programação, lógica, testes
Segurança da InformaçãoAvaliação de riscos e implementação de protocolosConhecimento em segurança, compliance, Lei  Geral de Proteção de Dados (LGPD)
Fonte: Adaptado Educação e Profissão, 2023.     

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

De acordo com a literatura especializada, o Analista de Sistemas é um profissional que atua no planejamento, desenvolvimento, implantação e manutenção de sistemas de informação, tendo como principal objetivo otimizar processos organizacionais por meio da tecnologia. Segundo Debert-Ribeiro e Rocha (2004), a relação entre trabalho, saúde e gênero no ambiente corporativo influencia diretamente a produtividade e o bem-estar dos profissionais, incluindo aqueles que atuam no setor de tecnologia. Isso demonstra que o desempenho do Analista de Sistemas não depende apenas de competências técnicas, mas também de fatores humanos e organizacionais.

A BWG (2020) diferencia as hard skills e soft skills, destacando que as primeiras se referem às habilidades técnicas e mensuráveis — como domínio de linguagens de programação, bancos de dados e metodologias de desenvolvimento —, enquanto as segundas estão relacionadas às capacidades interpessoais, como comunicação, empatia, pensamento crítico e trabalho em equipe. Essa combinação é indispensável para o exercício eficiente das atividades do Analista de Sistemas, visto que sua atuação envolve tanto a resolução de problemas técnicos quanto o relacionamento com equipes multidisciplinares e usuários.

Conforme Cordeiro (2022), o desenvolvimento de sistemas deve ser conduzido de forma integrada e colaborativa, levando em conta os requisitos do cliente e os objetivos estratégicos da organização. Assim, o Analista de Sistemas assume um papel de mediador entre a tecnologia e as necessidades empresariais, exigindo do profissional constante atualização, flexibilidade e capacidade de adaptação às transformações do mercado.

A revisão bibliográfica evidencia, portanto, que o sucesso na carreira de Analista de Sistemas está fortemente associado à combinação equilibrada entre conhecimento técnico e habilidades sociais. Essa integração é fundamental para garantir a qualidade das soluções desenvolvidas e a sustentabilidade dos resultados organizacionais no longo prazo.

3 ANALISTA E DESENVOLVEDOR DE SISTEMA

A função do Analista de Sistemas é ampla e multifacetada, abrangendo atividades que vão desde o levantamento de requisitos até a implementação e manutenção de sistemas de informação. Esse profissional é responsável por compreender as demandas da empresa e traduzi-las em soluções tecnológicas que otimizem processos, reduzam custos e aumentem a eficiência operacional.

3.1.1 ANALISTA DE SISTEMAS E AS SUAS HABILIDADES

De acordo com (ROCHA, Á. 2008), suas habilidades são necessárias nas corporações para que eles possam projetar, gerenciar e incluir as soluções da tecnologia que sejam  essenciais para a empresa que ele presta serviços. Mas não impede de aprimorar o local de trabalho, pois com os avanços e com o desenrolar do tempo, o analista consegue sim desenvolver novas maneiras de desenvolver novas soluções que possam mudar a visão geral da organização ou empresa que trabalha. 

Para que isso ocorra, o responsável pelas análises e o seu desenvolvimento siga as etapas da análise de sistemas4. Existem certas etapas nas análises, como níveis de intervenção da análise de sistemas a até processos de análise de sistemas. 

Sobre os níveis de intervenção da análise, de acordo com Álvaro Rocha que dizia: 

“A introdução de um sistema informático numa situação real de trabalho afecta sempre a estrutura e os arranjos organizacionais, assim como o sistema de informação. Por conseguinte, a Análise de Sistemas é susceptível de se organizar e intervir em dois níveis principais, tantos quantos os impactes provocados pelos sistemas informáticos”. (ROCHA, Á. 2008).

Assim como o autor do artigo, ele representou uma figuro sobre o que ele menciona na Figura 1:

Figura 1: Componentes e níveis principais da análise de sistemas.

Fonte: ROCHA, Á. 2008.

Com isso, os níveis são separados por duas principais. A primeira é o nível organizacional que é focado no entendimento e na definição dos processos básicos, dados e as normas requeridas para atingir o estado que a organização deseja, de acordo com (ROCHA, Á. 2008). Enquanto no segundo, ele menciona o sistema de informação, porque a definição de requisitos é passada para um sistema de informação que possa satisfazer o estado desejado da organização, seja sua análise de sistemas de aplicação ou até mesmo a sistemas informáticos.

Os seus processos da análise de sistemas é constituída por sub-processos, diz (ROCHA, Á. 2008), de acordo com a informação sobre, pode-se descrever como uma obtenção ou definição, uma análise e negociação, documentação e validação de requisitos. 

E para ficar mais fácil de compreender, tem uma imagem simplificada ilustrada na Figura 2:

Figura 2: Modelo do processo de análise de sistemas [adaptado de Kotonya e Sommerville (1998)].

Fonte: ROCHA, Á. 2008.

Tudo mencionado é uma parte do que a ponta do iceberg sobre o analista de sistemas e suas habilidades, entretanto é o conceito que deve-se levar na consciência, pois o trabalho que eles exercem não é algo simples como apenas observar e aplicar ideias, eles constituem em quase tudo, já que são responsáveis por gerir projetos, requisitos, programas e sistemas de informação, se não houver essas capacidades, muitas empresas e organizações ia ter falhas prejudiciais e possivelmente irreversíveis.

3.1.2 A IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE DE SISTEMAS, DOS UTILIZADORES E AS SUAS DIFICULDADES

A sua importância é algo a se pensar profundamente, pois as falhas que surgem em projetos iniciais pode levar a falhas nas etapas da finalização de seu produto. Para evitar que ocorram os problemas, sempre deve haver análises recorrentes aos requisitos dos processos no desenvolvimento do sistema e caso haja uma determinação falha, isso vai levar a sistemas inadequados ao sistemas de informação e organizacionais. 

De acordo com a fonte do artigo, de (ROCHA, Á. 2008), deixar para corrigir os problemas mais cedo é a melhor solução, pois isso evita que as correções sejam mais caras para as situações posteriores. O custo para reparar uma falha durante as fases de testes e/ou a operacional é medido em torno de 100 vezes superior se feitos na fase da análise de sistemas, afirma ele.

Os utilizadores têm valor na parte analítica, se não houvesse a sua presença, não pode ter uma aceitação maior por parte do SI (Sistema de Informação). Além de que seu nível de participação vai afetar diretamente, de forma a ser positivo e de que seja significativo na sua satisfação e quanto maior sua participação, mais satisfeito como utilizador final.

(ROCHA, Á. 2008) pronunciou um tópico curioso sobre a sua participação que reforça seu valor: 

“No que respeita à análise de sistemas, a participação dos utilizadores aumenta a aceitação do SI pelo desenvolvimento facilitador de expectativas realistas acerca do sistema proposto, aumentando assim a qualidade e o sucesso do sistema pela melhoria do entendimento deste por parte dos utilizadores, fornecendo requisitos mais completos e exactos, evitando o desenvolvimento de um sistema inaceitável, e fornecendo conhecimento acerca da organização e processos de negócio que serão suportados pelo sistema.” (ROCHA, Á. 2008).

Juntamente dos analistas de sistemas em um projeto, precisa da inclusão de um grupo de utilizadores de forma representativa, para que possa solucionar os problemas de forma ativa na hora de determinar um requisito.

Como muitos sabem, existem desafios no meio do caminho de todas as profissões, na parte da análise de sistemas, não é diferente. De acordo com o autor do artigo “O Essencial da Análise de Sistemas”, ele fala que possui dificuldades nessa fase e que os problemas possuem obstáculos. Ele menciona que a maior barreira para a qualidade da obtenção/definição dos requisitos é a lacuna cultural entre utilizadores e Analista de Sistemas.

A lacuna mencionada é afetada por duas características: “[…](1) fraco conhecimento do negócio e (2) um ponto de vista de análise de sistemas excessivamente técnico/tecnológico.” Isso afeta significativamente os processos de análise de sistemas.

Entretanto, sua segunda característica é dita, pelo (ROCHA, Á. 2008), por 3 problemas: 

“[…[(1) os métodos e os analistas de sistemas tendem a assumir que os requisitos são completamente conhecidos no início do processo de análise de sistemas e que nunca mudam; (2) os utilizadores podem não entender os modelos de requisitos construídos pelos analistas de sistemas, devido a diferenças de pontos de vista entre analistas de sistemas e utilizadores e, ao facto dos modelos serem expressos com notações de modelação que os utilizadores não simpatizam ou não entendem (isto pode resultar em decisões tomadas pelos analistas de sistemas usando os seus modelos, só que os modelos finais do sistema refletirão a perspectiva dos analistas de sistemas em vez da dos utilizadores); e (3) a pouca atenção prestada ao contexto social e organizacional dentro do qual funciona o sistema, o que levará eventualmente a muitas falhas nos sistemas.” (ROCHA, Á. 2008).

Conclui-se que para se tornar um Analista de Sistemas, sempre enfrenta dificuldades em seu cargo assim como as demais profissões, mesmo sendo diferentes, ainda possui. Assim como a importância na parte da análise de sistemas que serve para evitar que haja falhas e corrigi-las na fase analítica. Enquanto implementa a participação importante dos utilizadores com o trabalho em conjunto para evitar problemas e a atender as suas satisfações para melhor desempenho nas organizações.

3.2.1 DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS, A OUTRA PARTE QUE O ANALISTA DE SISTEMAS DEVE SABER, INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL.

O analista de sistemas atua juntamente com o desenvolvimento de sistemas, lembre-se que foi falado que a definição é conhecida como análise e desenvolvimento de sistemas. O foco a partir desse capítulo vai ser na parte do desenvolvimento, pois para alguém poder gerenciar os projetos e requisitos dos sistemas de informação das corporações, o indivíduo deve ter a compreensão e entendimento sobre programação básica.

No contexto atual, marcado pela transformação digital e pela crescente adoção de tecnologias como inteligência artificial, computação em nuvem e análise de dados, o papel do Analista de Sistemas torna-se ainda mais relevante. Esse profissional atua como facilitador da inovação, integrando tecnologia e estratégia empresarial para aprimorar o desempenho organizacional.

Indo direto a um ponto crucial, nesse trabalho vai ter algumas notas básicas sobre a Inteligência Artificial (IA), mas não como criá-la e sim como beneficiará o cargo. A IA é umas das ferramentas que na atualidade está presente em quase tudo que conhecemos na internet, entretanto uma questão que deve se perguntar, “O que é Inteligência Artificial?”. De acordo com a (IBM, 10 dez 2024) (International Business Machines Corporation) é descrita como: “[…]é uma tecnologia que permite que computadores e máquinas simulem a capacidade de resolução de problemas e a inteligência humana.” 

Como a (IBM, 10 dez 2024) exprime sobre a IA, ela é uma tecnologia que permite que máquinas e computadores sejam capazes de simular uma resolução de problemas e a inteligência dos humanos, permitindo que aprenda novas formas de aperfeiçoamento. E pelo incrível que possa parecer na visão de alguém novo no ramo, a Inteligência Artificial já havia índices de surgimento, mais precisamente durante a Segunda Guerra Mundial. De acordo com dados divulgados pela própria (IBM, 10 dez 2024), dados aos adventos ocasionados pelas máquinas eletrônicas e seus eventos e marcos da evolução da IA, teve início por volta de 1950. 

Em 1950 teve a publicação do artigo de Alan Turing, reconhecido por decifrar o código criptografado dos alemães, ENIGMA, durante a guerra. A (IBM, 10 dez 2024) cita que:

“[…]ele oferece um teste, hoje conhecido como “Teste de Turing”, em que um humano faria perguntas tentando distinguir entre respostas em texto de um computador e de um ser humano. Embora esse teste tenha sido submetido a muito escrutínio desde que foi publicado, permanece como uma parte importante da história da IA, bem como um conceito permanente na filosofia, pois utiliza ideias relacionadas à linguística.”. (IBM, 10 dez 2024).

Mas o que tudo isso tem haver com usar a IA na área de analista de sistemas? O analista de sistemas pode e no futuro pode-se acreditar que vai virar uma ferramenta indispensável para as grandes empresas e organizações. Contudo, não acho que vá substituir completamente e sim a ajudar desde a analisar os projetos até desenvolver ou corrigir problemas nos softwares da empresa. E assim como Turing usou uma máquina praticamente com consciência própria chamada Colossus, o profissional deste ramo, também pode usar em seu dia a dia para melhorar sua organização.

A parte que todo Analista de Sistemas deve ter conhecimento básico é a de programação, porque se surgir problemas no projeto, ele tem que saber como corrigi-la para evitar perda de tempo, o que é considerado pela empresa como perda de dinheiro. No livro O universo da programação: Um guia de carreira em desenvolvimento de software diz: “precisamos entender um problema, traduzir uma linguagem de programação e então criar uma solução computacional para isso.” (OLIVEIRA, W. p. 41. 2018). 

Em outros termos, saber desenvolver um programa na área analítica é essencial para o analista de sistemas, pois cabe a ele orientar e se necessário corrigir os defeitos também. Fazer com que o projeto saia com o menor defeito possível deve-se ter o pensamento lógico, por isso quando estuda programação, são instruídos a pensar dessa maneira, diz William Oliveira. 

O autor (OLIVEIRA, W. p. 41. 2018) também se remete ao uso da lógica explicando como:

“O raciocínio lógico pode servir em diversas partes da nossa vida, tanto para trabalhar como computadores quanto para analisarmos melhor os pontos de uma discussão, pois isso não é algo novo. Aristóteles5 estabelece a lógica como disciplina em sua obra Organon e depois disso o trabalho do filósofo foi usado para criar diversos tipos de lógica no Ocidente e na Europa.”. (OLIVEIRA, W. p. 41. 2018).

Contudo, para que tenha melhores desempenhos na parte de desenvolvimento, deve exercer treinos mentais regulares, pois segundo  (OLIVEIRA, W. p. 41. 2018): “Caso não nos atentemos ao cuidado com nosso cérebro, com o tempo começamos a esquecer coisas, a ficar menos ágeis para processar informações[…]” o que ocasionaria em aumento de fracassos e surgimento de falhas.

3.2.2 DESENVOLVIMENTO PARA UM SISTEMA DE INFORMAÇÃO

De forma breve sobre o DSI (Desenvolvimento de Sistemas de Informação), é uma forma de entendimento para um processo de mudança que visa o aprimoramento de um subsistema de informação de uma organização e com isso melhorar seu sistema de informação global, articula o autor (ROCHA, Á. 2008).

4 HARD E SOFT SKILLS

Para conhecer melhor sobre o assunto, deve saber o que é hard e soft skills já que vai fazer parte da avaliação do analista de sistemas. Mas antes de prosseguir, conhecer as diferenças das duas, vai ser essencial de certo ponto, para evitar que se perca ou erre na hora de provar suas habilidades soft e hard.  

Entre as principais competências técnicas (hard skills), destacam-se o domínio de linguagens de programação, conhecimento em banco de dados, análise de sistemas, modelagem UML, noções de cibersegurança e familiaridade com metodologias ágeis, como Scrum e Kanban. Além disso, a capacidade de compreender arquiteturas de software e infraestrutura de TI é essencial para propor soluções que sejam escaláveis, seguras e alinhadas às tendências tecnológicas.

Conforme a (BWG. 2 de Fev de 2020) as hard skills é uma questão mais relativa, porque vai depender na maior parte dos casos das empresas que pretende contratar e do cargo que vai alojar-se no emprego.  

Por outro lado, as competências comportamentais (soft skills) são igualmente determinantes para o sucesso profissional. O Analista de Sistemas precisa ser comunicativo, proativo, analítico e resiliente. Deve saber trabalhar sob pressão, adaptar-se a mudanças e manter uma postura colaborativa com equipes de desenvolvimento, gestores e clientes. A empatia e a escuta ativa são habilidades valiosas, pois permitem compreender as necessidades do usuário e traduzi-las em soluções práticas e eficazes.

A (BWG. 2 de Fev de 2020) diz que é uma habilidade que não se aprende ou se vai possuir diploma, é algo que vai adquirir com o decorrer dos anos. Qualidades como motivação e experiências da pessoa vai moldar a parte de soft skills durante a avaliação. Inclusive tem para se relatar o fato de saber sobre a ambientação de trabalho que vai estar mencionado pela (BWG. 2 de Fev de 2020):

“É de conhecimento entre gestores que um profissional   muito tecnicamente capacitado mas com dificuldade de se ajustar ao ambiente interno, ao trabalho conjunto e suas pressões e metas, dificilmente conseguirá ter um bom desempenho.” (BWG. 2 de Fev de 2020).

Em relação a habilidade dita pela (BWG. 2 de Fev de 2020), soft skills tendem a utilizar para testar e averiguar o desempenho do candidato em situações diversas. Verificar se o empregado tem capacidade de trabalhar em equipe, criatividade, organização, proatividade, além de mais outros requisitos.

Contudo a (SB24Horas. 8 de Abr de 2021) diz que é mais importante que antes e que os termos como “habilidades interpessoais” é o oposto das hard skills. Uma frase relevante a se analisar, dita por eles, é: 

“Como hoje vivemos uma época de culturas organizacionais exigentes e que buscam cada vez mais humanização, nem é preciso dizer o quanto as soft skills têm crescido em termos de importância na rotina das grandes corporações.”. (SB24Horas. 8 de Abr de 2021).

O fator que leva a um bom analista de sistemas é dever-se de possuir uma harmonia na empresa para haver criatividade e disposição, o colaborador vai trabalhar mais motivado. Por isso vai depender inteiramente dos gestores e líderes como a (SB24Horas. 8 de Abr de 2021) vai mencionar.   

5. SOBRE O LADO DIÁRIO DE UM ANALISTA DE SISTEMAS

5.1 QUESTÕES DE SAÚDE DOS ANALISTAS DE SISTEMAS E COMO ISSO PODE IMPACTAR NOS SERVIÇOS

Em relação à saúde ocupacional, é importante destacar que o trabalho prolongado em frente a telas, a alta demanda cognitiva e o ritmo acelerado de entregas podem gerar estresse e fadiga mental. Dessa forma, práticas de ergonomia, pausas regulares e equilíbrio entre vida pessoal e profissional são fundamentais para a manutenção do bem-estar e da produtividade.

Conforme o artigo feito por (Debert-Ribeiro, M. e  Rocha, L. E., Dez 2001), publicado pela SciELO, foi relatado que na época do estudo foi analisado por haver: sobrecarga de trabalho devido a prazos curtos; alto grau de responsabilidade; exigência mental do trabalho; e complexidade da tarefa. E de acordo com os dados apresentados, tem como afirmar que para aumentar uma disposição favorável é preciso que haja uma ambiente confortável e pausas regulares que melhore a qualidade de vida do analista e da organização. Aumentar a quantidade de funcionários não é exatamente o necessário, mas sim uma distribuição de serviços, para evitar a sobrecarga e o peso da responsabilidade de um só grupo. Além disso, evita que ocasione uma diminuição na complexidade que reflete no aumento de desempenho e na produtividade dos empregados na área.

5.2 SALÁRIO E PEQUENAS CURIOSIDADES

No que diz respeito à carga horária e remuneração, o mercado apresenta variações de acordo com a região e o nível de experiência. Em média, o Analista de Sistemas cumpre jornadas de 40 a 44 horas semanais, podendo atuar em regime presencial, híbrido ou remoto. Os salários variam conforme o porte da empresa e o nível de especialização, mas, em geral, refletem a alta demanda e valorização crescente desse profissional no mercado de tecnologia.

Em conformidade com a (Equipe Gran, 2024), o emprego de analista de sistemas é muito atrativo, pois eles vão afirmar que é uma das áreas que vai ficar mais promissoras dentro do mercado de trabalho. Obviamente que muitos vão  procurar esse trabalho pelo pagamento, porém como diz uma expressão: “Nunca vá com muita sede ao pote” é porque não deve pensar que vai ganhar logo no início o valor encontrado. Segundo o site Salário.com.br fez um cálculo sobre o valor estabelecido em relação a data da pesquisa feita. Estima-se que o valor de 1 ano durante as pesquisas no projeto vai variar o salário do empregado a depender da empresa, localidade, formação e as demais políticas organizacionais.

Conforme foi dito que o salário vai gerar por volta de valores encontrados pelo site mencionado anteriormente, também não quer dizer que seja o valor para todos. Comentado pela (Equipe Gran, 2024), dizia que no geral os DEVs que são recém formados, tendiam a adquirir uma remuneração menor que os avançados. Enquanto os que estão mais avançados vão possuir remuneração a elevar-se em comparação ao jovem. Em outros argumentos não é algo simples como trabalhar e ganhar de imediato, deve-se conquistar a posição mais elevada para ter e não só o reconhecimento dos superiores, como almejar o salário esperado por todos que procuram essa função das corporações.

Dito os fatos, pode-se dizer que procurar por esse emprego é algo natural, mas assim como praticamente qualquer emprego não deve vislumbrar apenas o quanto ganha e sim como fazer para ganhar. As Organizações não pretendem “dar o osso” facilmente, precisa merecer com a dedicação e o valor que oferece ao trabalho escolhido. Isso é algo necessário antes de arranjar um emprego na área de analista de sistemas, deve analisar e ver se o salário e o trabalho cabe a escolha do indivíduo.

6 CONCLUSÕES E CONSIDERAÇÕES FINAIS

A análise apresentada ao longo deste trabalho permitiu compreender de forma ampla e detalhada o papel estratégico do Analista de Sistemas no contexto organizacional contemporâneo. A evolução tecnológica constante e a digitalização dos processos empresariais consolidaram esse profissional como um dos principais agentes de inovação, sendo responsável por conectar as necessidades humanas e operacionais às possibilidades oferecidas pelas tecnologias emergentes.

Verificou-se que a atuação do Analista de Sistemas vai muito além do domínio técnico. Embora as hard skills — como programação, modelagem de sistemas, análise de dados e segurança da informação — sejam indispensáveis, o sucesso profissional depende fortemente do desenvolvimento das soft skills, como comunicação, trabalho em equipe, empatia, pensamento crítico e capacidade de adaptação. Essa combinação equilibrada é o que permite ao profissional atuar de forma integrada e eficiente na resolução de problemas complexos e na implementação de soluções tecnológicas sustentáveis.

Outro ponto de destaque diz respeito à saúde ocupacional e ao equilíbrio entre produtividade e bem-estar. A rotina intensa, somada à exigência de constante atualização, pode gerar estresse e desgaste físico e mental. Assim, torna-se essencial que o profissional adote práticas de autocuidado e que as organizações promovam ambientes de trabalho saudáveis, valorizando a ergonomia, o tempo de descanso e o reconhecimento do desempenho.

No que se refere às oportunidades de carreira, o mercado de tecnologia da informação permanece em expansão, oferecendo ao Analista de Sistemas uma ampla gama de possibilidades de atuação — desde o desenvolvimento de software até a gestão de projetos e a análise de dados. Essa versatilidade torna a profissão uma das mais promissoras e valorizadas na atualidade.

Vantagens do Analista de Sistemas:

1. Trabalho empolgante e desafiador: Como analista de sistemas, você será responsável por analisar sistemas complexos e projetar soluções para melhorar a eficiência e a eficácia. Esse trabalho envolve solução de problemas, pensamento crítico e criatividade, o que o torna empolgante e intelectualmente estimulante.

2. Alta demanda: Com a crescente dependência da tecnologia no mundo atual, a demanda por analistas de sistemas qualificados é alta e continua a crescer. Isso significa que as perspectivas de emprego nesse campo são excelentes e oferecem muitas oportunidades de avanço na carreira.

3. Salário competitivo: Devido às habilidades especializadas e ao conhecimento necessário, os analistas de sistemas tendem a receber salários competitivos. Isso faz com que essa seja uma opção de carreira financeiramente gratificante, com potencial de crescimento substancial da renda à medida que você adquire experiência e conhecimento.

4. Variedade de setores: Os analistas de sistemas podem trabalhar em uma ampla gama de setores, incluindo saúde, finanças, varejo, governo e outros. Isso significa que você pode optar por se especializar em uma área que se alinhe com seus interesses e paixões.

5. Aprendizado contínuo: A tecnologia está em constante evolução e, como analista de sistemas, você precisará se manter atualizado com os últimos avanços. Isso proporciona uma experiência de aprendizado contínuo, garantindo que suas habilidades permaneçam relevantes e sob demanda.

6. Ambiente de trabalho colaborativo: Os analistas de sistemas geralmente trabalham como parte de uma equipe, colaborando com outros profissionais de TI, partes interessadas do negócio e usuários finais. Isso cria um ambiente de trabalho diversificado e colaborativo, no qual você pode aprender com os outros e desenvolver valiosas habilidades interpessoais.

Fonte: Adaptado Shallbd.com.

Quanto a Desvantagem do Analista de Sistemas, pode-se dizer que é formado pelas seguintes características:

Desvantagens do Analista de Sistemas:

1. Cada um oferece vantagens e desvantagens: Cada profissional pode divergir de opiniões ou a conduta no trabalho pode haver pontos fortes para alguns e fracos para outros. Isso gera a vantagem e desvantagem de acordo com o perfil e de seu objetivo dependendo do indivíduo.

2. Um regime pode impactar de forma direta uma trajetória de carreira: Essa prática pode gerar problemas futuros no trabalho do analista, porque quando o regime é ideal pode impactar negativamente a trajetória de sua carreira. Pode ocasionar na perda do emprego no pior dos casos.

3. Responsabilidade do Analista de Sistemas: A responsabilidade tende a ser principalmente do empregado na área, já que o responsável por desenvolver e implementar as tecnologias voltadas para o seu funcionamento no sistema é o Analista de Sistemas. E quando houver falhas, é o mesmo que se responsabiliza pelo problema recorrente e que deve corrigi-lo.

Conclui-se, portanto, que o Analista de Sistemas é um profissional indispensável para o avanço tecnológico e organizacional, desempenhando um papel essencial na criação de soluções que impulsionam a eficiência e a inovação. Seu sucesso está diretamente ligado à capacidade de aliar conhecimento técnico, visão crítica e habilidades humanas, tornando-se não apenas um executor de sistemas, mas um verdadeiro agente transformador dentro das instituições.


4(ROCHA, Á. 2008), O Essencial da Análise de Sistemas. UFP 

5Aristóteles – Filósofo Grego e discípulo de Platão e fundador de Liceu (384 a.C. – 322 a.C.).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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DEBERT-RIBEIRO, M.; ROCHA, L. E. Trabalho, saúde e gênero: estudo comparativo sobre analistas de sistemas. SciELO – Scientific Electronic Library Online, São Paulo, 2001. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rsp/a/3f9VcjcytPGh5pKBWgtPXzP/abstract/?lang=pt. Acesso em: 10 dez. 2024.

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IBM – CORPORAÇÃO INTERNACIONAL DE MÁQUINAS DE NEGÓCIOS. O que é Inteligência Artificial (IA)? Disponível em: https://www.ibm.com/br-pt/topics/artificial-intelligence. Acesso em: 10 dez. 2024.

OLIVEIRA, W. O universo da programação: um guia de carreira em desenvolvimento de software. São Paulo: Casa do Código, 2018. Acesso em: 4 dez. 2024.

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SB24HORAS. Soft skills: o que são e qual a sua importância? Disponível em: https://sb24horas.com.br/soft-skills-o-que-sao-e-qual-a-importancia/. Acesso em: 8 abr. 2021.

TUCKER, G. Um analista de sistemas é uma boa opção de carreira? Descubra os benefícios e as oportunidades nesse campo dinâmico. Shallbd.com, 2025. Disponível em: https://shallbd.com/pt/um-analista-de-sistemas-e-uma-boa-opcao-de-carreira-desc ubra-os-beneficios-e-as-oportunidades-nesse-campo-dinamico/. Acesso em: 21 abr. 2025.


1Graduando do Curso de Sistemas de Informação da Universidade de Araraquara- UNIARA. Araraquara-SP. E-mail: eysantos@uniara.edu.br

2Orientador. Docente do Curso de Engenharia de Computação e Sistema de Informação da Universidade de Araraquara- UNIARA. Araraquara-SP. E-mail: rmfarina@uniara.edu.br

3Coorientador. Docente do Curso de Engenharia de Computação e Sistemas de Informação da Universidade de Araraquara- UNIARA. Araraquara-SP. E-mail: fflorian@uniara.edu.br