THE CONTRIBUTION OF NURSING IN THE CARE OF WOMEN WITH POSTPARTUM PSYCHOSIS: APPROACHES, CHALLENGES AND IMPACTS ON FAMILY DYNAMICS
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cl10202505311521
Mylena Silva do Nascimento¹
Taynná Costa da Silva Freitas¹
Josivan da Costa Sousa²
RESUMO
Introdução: A psicose pós-parto (PPP) é uma condição psiquiátrica grave, rara e de início abrupto, que acomete mulheres nas primeiras semanas após o parto, caracterizando-se por delírios, alucinações, desorganização do pensamento e risco aumentado de suicídio ou infanticídio, afetando também a dinâmica familiar. Objetivo: Analisar a contribuição da enfermagem no cuidado de mulheres com PPP, descrevendo abordagens utilizadas, desafios enfrentados e impactos familiares decorrentes da condição. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa, com seleção de artigos publicados entre 2015 e 2025 em bases como SciELO, PubMed, LILACS e Google Acadêmico, utilizando os descritores “Psicose Pós-Parto” e “Contribuição da Enfermagem”. Os critérios de inclusão envolveram estudos relevantes ao tema com enfoque na prática de enfermagem. Resultado: Os principais achados indicam que a enfermagem tem papel essencial na detecção precoce da PPP, no suporte emocional, na orientação familiar e na promoção do vínculo mãe-bebê. No entanto, desafios como ausência de protocolos específicos, estigma social e deficiência na formação profissional ainda dificultam uma atuação mais efetiva. Considerações Finais: A enfermagem é peça-chave na prevenção, diagnóstico e tratamento da PPP, sendo necessária uma abordagem humanizada e integrada, bem como políticas públicas e diretrizes que fortaleçam a prática profissional.
Palavras-Chave: Psicose pós-parto; Enfermagem; Saúde mental; Puerpério; Cuidados humanizados.
ABSTRACT
Introduction: IPostpartum psychosis (PPP) is a rare and severe psychiatric condition that emerges abruptly within the first weeks after childbirth, characterized by delusions, hallucinations, disorganized thinking, and a heightened risk of suicide or infanticide, significantly impacting family dynamics. Objective: To analyze the contribution of nursing in the care of women with PPP by describing the approaches used, the challenges faced, and the resulting family impacts. Materials and Methods: This is an integrative review with the selection of articles published between 2015 and 2025 from databases such as SciELO, PubMed, LILACS, and Google Scholar, using the descriptors “Postpartum Psychosis” and “Nursing Contribution.” Inclusion criteria comprised studies relevant to the topic with a focus on nursing practices. Results:The main findings show that nursing plays a vital role in the early identification of PPP symptoms, emotional support, family guidance, and the promotion of mother-infant bonding. However, challenges such as the lack of specific care protocols, social stigma, and insufficient training in perinatal mental health still hinder more effective practice. Final considerations: Nursing is central to the prevention, diagnosis, and treatment of PPP. A humanized and family-centered approach is essential, along with public policies and specific guidelines that strengthen professional nursing practice.
Keywords: Postpartum psychosis; Nursing; Mental health; Puerperium; Humanized care.
INTRODUÇÃO
A psicose pós-parto é um transtorno mental grave que ocorre dentro das primeiras semanas após o parto, com uma taxa de incidência de aproximadamente 1 ou 2 casos a cada 1.000 partos. Essa condição afeta principalmente a saúde da mulher, representando um grande desafio à saúde pública, além de influenciar a dinâmica familiar e o desenvolvimento do recém-nascido (LOMAN, 2017). Caracteriza-se por delírios, alucinações e desorganização do pensamento, podendo levar a comportamentos perigosos que colocam em risco tanto a mãe quanto a criança, exigindo, assim, intervenção médica urgente e adequada (FRIEDMAN; REED; ROSS, 2023). Trata-se de uma emergência psiquiátrica que pode se manifestar nos primeiros dias após o nascimento do bebê, tornando-se uma ameaça à vida da mãe e do recém-nascido (IZOTON et al. 2022).
Os enfermeiros encontram alguns obstáculos à prática do cuidado em saúde mental, tais como: formação insuficiente em áreas específicas dentro da psiquiatria; escassez ou ausência de Protocolos de Cuidados de Saúde Mental e trabalho multidisciplinar (BLACKMORE, 2019).
Estas barreiras podem impedir o funcionamento dos cuidados prestados e dificultar que as mulheres tenham uma elevada qualidade de vida com as suas famílias. Portanto, é importante estudar as práticas de enfermagem existentes, a fim de aproveitar lacunas e determinar estratégias para melhoria qualificável do serviço.
A consequência da psicose pós-parto (PPP) no desenvolvimento familiar é significativa, frequentemente exigindo internações e um suporte reforçado tanto para o núcleo familiar quanto para os profissionais de saúde, especialmente a equipe de enfermagem, que desempenha um papel essencial no manejo clínico e no apoio aos familiares (JIMOH-OLUNDEGUN, 2021). Além de impactar o bem-estar da puérpera, a PPP compromete a adaptação do bebê e a estabilidade emocional da família. A gravidade do quadro psiquiátrico e o risco de desfechos extremos, como suicídio ou infanticídio, tornam necessário o acompanhamento por meio de políticas públicas e regulamentos específicos para a assistência no puerpério (IZOTON et al. 2022). No entanto, as políticas de saúde mental voltadas para o período pós-parto ainda são limitadas, dificultando a oferta de uma assistência adequada. A ausência de diretrizes abrangentes sobre o manejo da PPP reforça a necessidade de um suporte estruturado para a mãe e sua rede de apoio (RIBEIRO et al. 2024).
Neste contexto, a enfermagem emerge como um pilar fundamental na prevenção e intervenção da psicose pós-parto (PPP), sendo responsável pelo acompanhamento dos sinais e sintomas por meio de uma assistência humanizada e pelo fortalecimento do círculo familiar. Métodos preventivos, como o reconhecimento precoce de fatores de risco e a psicoeducação, podem reduzir os impactos da PPP. No entanto, a escassez de estudos específicos sobre o transtorno limita o avanço de abordagens preventivas e terapêuticas eficazes (FRIEDMAN; REED; ROSS, 2023).
A enfermagem desempenha um papel essencial no cuidado das mulheres com PPP, sendo geralmente a primeira equipe de profissionais de saúde a avaliar essas pacientes, permitindo o reconhecimento precoce dos sintomas e a vigilância contínua (HARLOW, 2019). Além da administração de medicamentos, os enfermeiros também oferecem apoio emocional, orientam sobre a doença, assistem à família e educam sobre os cuidados com o recém-nascido (DENNIS, 2016). Dessa forma, fica evidente que a atuação da enfermagem não se limita à recuperação da mulher, mas contribui para o equilíbrio emocional de toda a família.
O que torna este trabalho significativo é que ele pode colaborar com a construção de um conhecimento mais sólido sobre a psicose pós-parto e os cuidados de enfermagem. Assim, não apenas a demanda por compreensão da psicose pós-parto justifica este estudo, mas também promove a valorização da enfermagem como protagonista no cuidado à saúde mental materna.
O presente estudo tem o objetivo claro de analisar a contribuição da enfermagem em promover um cuidado abrangente para mulheres que enfrentam psicose pós-parto, descrevendo a abordagem utilizada, relatar os desafios enfrentados e considerar como o cuidado influenciar não apenas a paciente, mas também a família, que desempenha um papel crucial na recuperação e adaptação pós-parto.
METODOLOGIA
A revisão integrativa é uma metodologia que permite a síntese de conhecimentos sobre um tema específico, integrando resultados de pesquisas anteriores para proporcionar uma compreensão abrangente do assunto. Segundo Souza, Silva e Carvalho (2010), essa abordagem é essencial para a prática baseada em evidências, pois possibilita a incorporação de resultados significativos à prática profissional.
O primeiro passo de uma revisão integrativa consiste na elaboração de uma pergunta clara e objetiva, que guiará toda a revisão. Mendes, Silveira e Galvão (2008) destacam que uma questão bem definida é crucial para delimitar o escopo da pesquisa e orientar a busca por evidências relevantes.
Na sequência, estabelecem-se os critérios que determinarão quais estudos serão incluídos ou excluídos da revisão. Esses critérios podem envolver o tipo de estudo, período de publicação, idioma, entre outros aspectos. A clareza nesses critérios assegura a consistência e a relevância dos estudos selecionados (Souza, Silva & Carvalho, 2010).
A busca por estudos constitui a etapa seguinte e deve ser conduzida de maneira sistemática e abrangente, utilizando bases de dados confiáveis como PubMed, SciELO, LILACS, entre outras. É fundamental o uso de descritores controlados e operadores booleanos para refinar a busca e garantir a recuperação de estudos pertinentes (Mendes, Silveira & Galvão, 2008).
Após essa identificação inicial, realiza-se a seleção dos estudos, iniciando com a leitura dos títulos e resumos para uma triagem preliminar, seguida da leitura completa dos textos que atendem aos critérios definidos, a fim de confirmar sua relevância. Esse processo deve ser realizado de forma criteriosa para assegurar a inclusão de estudos que realmente contribuam para a resposta da questão de pesquisa (Souza, Silva & Carvalho, 2010).
Em seguida, os dados relevantes dos estudos selecionados são extraídos e organizados de maneira sistemática, geralmente por meio de tabelas ou matrizes. A análise desses dados pode ser descritiva ou temática, dependendo da natureza das informações obtidas e dos objetivos da revisão (Mendes, Silveira & Galvão, 2008). Por fim, os resultados são apresentados de forma clara, destacando as principais evidências encontradas, as lacunas existentes na literatura e as implicações para a prática e futuras pesquisas. A discussão deve contextualizar os achados no cenário atual do conhecimento sobre o tema (Souza, Silva & Carvalho, 2010).
A base teórica desta pesquisa foi constituída por livro American Psychiatric Association, teses, artigos e revisões publicadas que contribuíram para a investigação do tema proposto. Esses materiais foram extraídos de periódicos como a Revista Brazilian Journal of Health Review, Research, Society and Development, Revista Ibero, Revista Multidisciplinar do Sertão, Revista de Saúde Dom Alberto, Revista Eletrônica Acervo Saúde e Revista Foco Interdisciplinary Studies. As palavras-chave utilizadas na busca foram “Psicose Pós-Parto” e “Contribuição da Enfermagem”, empregadas na busca avançada do Google Acadêmico. O critério de inclusão envolveu a seleção de estudos que se alinham com o tema proposto e que apresentam contribuições significativas, publicados entre os anos de 2015 e 2025. Como critério de exclusão, foram desconsiderados artigos muito antigos, fora do escopo do tema ou que abordassem exclusivamente a área médica, sem conexão com os aspectos da enfermagem.
1. Fluxograma: A contribuição da enfermagem no cuidado de mulheres com Psicose pós-parto: abordagens, desafios e impactos na dinâmica familiar
FONTE: Os autores, 2025.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A psicose pós-parto (PPP) é um transtorno psiquiátrico grave que ocorre geralmente nos primeiros dias após o nascimento do bebê, com início rápido (em poucas horas), normalmente entre o terceiro e o décimo dia após o parto. Este transtorno é frequentemente associado a um histórico de transtorno bipolar ou a episódios de psicose em gestações anteriores (JAIRAJ, et al. 2023).
No início, surgem sintomas como insônia, ansiedade, irritabilidade e alterações de humor, variando entre euforia e depressão. À proporção que o quadro avança, aparecem confusão, perplexidade e comportamentos desorganizados. Delírios persecutórios e de referência, assim como alucinações visuais e desorientação, tornam-se constantes, frequentemente envolvendo o bebê. Os sintomas tendem a aparecer entre 3 e 10 dias após o parto, com comportamentos atípicos, confusão mental, delírios e alucinações, podendo levar a consequências preocupantes, como suicídio e infanticídio (FRIEDMAN; REED; ROSS, 2023).
Os principais determinantes de risco para a psicose pós-parto abrangem a história pessoal ou familiar de transtornos bipolares e ocorrências da psicose pós-parto. Estudos apontam que puérperas com familiares de primeiro grau que portam essa condição têm até 70% de chance de desenvolver a psicose puerperal. Precursores relevantes incluem a primiparidade, idade materna avançada e a aparição de transtornos de humor durante a gestação. A prevalência da PP é estimada em 1 a 2 casos a cada 1000 partos. Embora essa estimativa seja difícil de estabelecer devido a complexibilidade e ao custo dos estudos necessários (IZOTON, et al. 2022).
A Psicose Puerperal mostra uma patogênese multifatorial, encontrando-se referente a complicações no parto, alterações hormonais notáveis e desregulação do sistema imunológico. A queda abrupta nos níveis de estrogênio e essas flutuações. De acordo com a DSM-5, a PP não é considerada uma doença peculiar, no entanto um episódio que decorre nas primeiras quatro semanas em seguida o parto, por meio de sintomas como agitação, humor instável, insônia e comportamentos anárquicos (IZOTON, et al. 2022).
O tratamento da PPP é possível diferenciar conforme o histórico psiquiátrico da paciente e a intensidade dos sintomas. Em circunstâncias mais severas, introduções farmacológicas são significativas no processo, podendo introduzir combinação de lítio, antipsicóticos e benzodiazepínicos. A terapêutica eletroconvulsiva assim como pode ser considerada em situações críticas. É relevante que o plano de tratamento seja desenvolvido em conjunto com o paciente, tendo em vista suas preferências e o desejo de amamentar (BERGINK; RASGON; WISNER, 2016).
A PPP pode impactar significativamente a relação entre mãe e recém-nascido. Diversas mães relataram sentimentos de angústia, ansiedade e culpa, podendo dificultar a formação de uma conexão saudável com o bebe. A periculosidade ao cuidar do filho é capaz de carregar a dependência de familiares ou profissionais de saúde para os cuidados com o recém-nascido. A internação pode ser vista como uma forma de alívio para os familiares, assegurando que a mãe e o bebê permaneçam seguros (OSBORNE, 2018).
A psicose pós-parto (PPP) é uma emergência psiquiátrica que frequentemente requer hospitalização e devido a isso, pode afetar a relação mãe e bebê, bem como mãe e família (IZOTON, et al. 2022).
A Psicose pós-parto pode afetar diretamente a relação e a segurança da mãe com o bebê. Estudos mostram que as mulheres diagnosticadas com PPP, tem uma tendencia maior ao suicídio, tendo uma interferência prejudicial à criança, podendo levar ao infanticídio. Nesse período, a puérpera tende a externalizar sentimentos indesejáveis como medo, ansiedade, inquietude, angústia, culpa e redução da confiança, fazendo com que o vínculo fique prejudicado. (IZOTON, et al. 2022).
Pesquisas relatam a necessidade de uma rede de apoio familiar no contexto da Psicose pós-parto. A proteção da saúde mental bem como a psicoeducação devem ser estabelecidas com o cônjuge e com a família, para reduzir a incidência dos transtornos mentais. (BARBOSA, et al. 2017). A rede de apoio ajuda a mãe a superar os sentimentos negativos e os desafios do puerpério (ALVES, et al. 2022).
É necessário que os profissionais que atuam com mulheres em situação de psicose pós parto, consigam promover um sistema familiar que funcione, como parte da intervenção de enfermagem. Uma das formas de incentivar o sistema familiar, é orientar a família sobre o funcionamento da psicose pós-parto, as formas de recuperação e o auxílio que a família pode fornecer (JIMOH-OLUNGEDUN, 2021).
O parceiro, bem como a família, podem desenvolver uma sensação de perda da puérpera e do neném. Também podem desenvolver uma sensação de impotência pelos seguintes fatores: não entendimento da situação, processo de separação por conta da internação e incapacidade em oferecer ajuda à mãe (JIMOH-OLUNGEDUN, 2021).
A recuperação em casos de PPP pode ser complexa, sendo necessária a inserção do parceiro e da família da puérpera em psicoterapias e grupos de apoios, uma vez que são um grupo que tendem a se sentir mais excluídos neste período pós parto, enfrentando dificuldades emocionais e nos relacionamentos (FRIEDMAN, 2023).
Manter a segurança do bebê e da mãe é primordial, levando-se em consideração os altos índices de suicídio e infanticidio (OSBORNE, 2018).
Políticas públicas como incentivo ao aleitamento materno, serviços públicos gratuitos e grupos de apoio são essenciais para oferecer um cuidado adequado no pós-parto e ao suporte às puérperas. Essas políticas visam promover um ambiente adequado para o desenvolvimento do bebê e no processo de adaptação da mãe com a nova fase. (RIBEIRO, et al., 2024)
As famílias contam com o atendimento da Estratégia Saúde da Família, que atuam diretamente na família, buscando instrumentos valiosos, planos de visitas, orientações e tratamento de doenças (MELO, et al. 2023).
A Rede Cegonha foi estruturada e lançada em 2011, visando ampliar o atendimento à puérpera e ao recém-nascido. Atua diretamente com a qualificação do pré-natal, parto e puerpério, bem como o acompanhamento da criança (PAIVA, 2024).
A falta de políticas públicas que atuem diretamente nos transtornos psiquiátricos tem dificultado o conhecimento e o manejo desses transtornos, principalmente em relação à Psicose Pós-parto. O estresse, o isolamento e a sobrecarga, fazem com que seja ainda mais necessária a criação de uma política que desenvolva e trabalhe diretamente com os Transtornos Psiquiátricos (RIBEIRO, et al. 2024).
A Psicose Puerperal é um estado que pode surgir após o parto, demandando um cuidado especializado e humanizado por meio dos enfermeiros. As manifestações de enfermagem são indispensáveis para assegurar a segurança e o conforto tanto da mãe quanto do recém-nascido (FRIEDMAN; REED; ROSS, 2023).
O papel desempenhado pelos enfermeiros inclui o monitoramento contínuo dos SSVV da paciente, acompanhando a avaliação da dor e do estado emocional. o enfermeiro deve atentar-se às mudanças que indiquem uma piora na condição da mãe, indícios de perturbação ou confusão (JIMOH-OLUNDEGUN, 2021).
A equipe de enfermagem tem um grande e importante papel no estabelecimento do vínculo mãe e bebê. Envolvendo não só a amamentação, bem como a educação sobre os cuidados ao recém-nascido (JIMOH-OLUNDEGUN, 2021).
O suporte psicossocial é fundamental na recuperação de mulheres com psicose puerperal. A equipe de enfermagem têm de suprir informações acerca dos sinais e sintomas dos transtornos psicóticos no pós-parto, e direcionar as mães para meios comunitários e apropriados. A psicoeducação e a terapia de acolhida são manifestações que contribuem para fortalecer o estado do paciente e viabilizar sua recuperação (MELO, et al. 2023).
A forma de prevenção mais eficaz é a identificação precoce dos sinais da psicose pós-parto, o que é imprescindível para amenizar a duração da doença e promover melhores resultados para a mãe e o bebê. Nesta condição, é necessário empregar uma abordagem humanizada e habituada, que leve em conta as manifestações emocionais e físicas da mulher (BERGINK; RASGON; WISNER, 2016).
O reconhecimento precoce dos sinais e sintomas da Psicose Pós-parto pode ser uma virada de chave na vida da mãe e de seu recém-nascido. Apesar de que no presente não existam métodos de triagem específicos para Psicose pós-parto, o uso do Questionário de Transtorno de Humor (MDQ) tem sido defendido, pois acredita-se que seja uma alternativa viável. Este método de triagem de autorrelato, que leva em média cerca de 5 minutos para ser completado, engloba 13 sintomas e conhecimentos sobre o momento e o grau de envolvimento dos sintomas. A execução de ferramentas como o MDQ facilita a percepção antecipada e, desse modo, a ação adequada (JAIRAJ, et al. 2023).
Algumas mulheres com histórico pessoal ou familiar de transtornos bipolares ou psicose pós-parto encontram-se em maior risco de adquirir o estado. Sendo assim, a instrução pré-concepcional é um planejamento essencial. Essa assistência deve-se inserir uma classificação psiquiátrica introdutória, que comunicará as deliberações de gerenciamento e recurso terapêutico durante a gravidez. Além disso, é essencial certificar que as mulheres em risco disponham de suporte emocional e psicológico no decorrer da gestação, há possibilidade de reduzir consideravelmente os riscos relacionados à PPP (JAIRAJ, et al. 2023).
DISCUSSÃO
Segundo Doucet et al. (2011), a enfermagem pode atuar de forma estratégica na prevenção e tratamento da PPP, por meio de abordagens como a educação em saúde, suporte emocional e observação clínica contínua. A autora destaca a necessidade de protocolos claros e específicos para guiar a atuação da equipe de enfermagem, especialmente no período perinatal, enfatizando que “os profissionais de enfermagem devem ser capacitados a reconhecer sinais iniciais e referenciar rapidamente para o atendimento psiquiátrico”.
Segundo Jimoh-Olundegun (2021), a atuação do enfermeiro é essencial desde a identificação dos sintomas até o suporte na reabilitação da mulher, sendo a educação dos profissionais e a criação de materiais informativos, como pôsteres, estratégias relevantes para a conscientização e o preparo dos estudantes e profissionais de enfermagem. Por outro lado, Doucet et al. (2011) apontam que a formação profissional ainda é limitada frente à complexidade da PPP, o que exige capacitação específica e desenvolvimento de diretrizes clínicas voltadas ao cuidado perinatal.
A literatura também discute a importância do cuidado centrado na idade mãe-bebê. Hatters Friedman et al. (2023) destacam que o plano terapêutico deve considerar tanto o bem-estar materno quanto o vínculo afetivo com o bebê, o que implica, para a enfermagem, a necessidade de adotar uma abordagem multiprofissional e familiar. Essa visão é compartilhada por Izoton et al. (2022), que ressalta a importância da atenção integral da enfermagem, considerando os aspectos psicossociais e o suporte à amamentação e ao cuidado do recém-nascido.
Contudo, a questão da hospitalização é motivo de debate. Enquanto Bergink et al. (2016) e Sit et al. (2006) defendem internações psiquiátricas imediatas para garantir segurança da mãe e do bebê, Jimoh-Olundegun propõe que Unidades Mãe-Bebê (UMB) podem ser alternativas mais humanizadas e promotoras de vínculo, onde o enfermeiro atua não apenas como cuidador clínico, mas também como educador e facilitador de vínculos familiares .
Por fim, o estudo de Scalco et al. (2013), baseado em um relato de caso, reforça a importância da enfermagem na observação contínua e no suporte emocional durante episódios psicóticos, destacando a necessidade de acompanhamento humanizado e individualizado, com atenção aos riscos de infanticidio e suicídio.
Diante da complexidade que envolve o diagnóstico e o manejo da psicose pós-parto, torna-se indispensável considerar o papel da equipe de enfermagem na linha de frente do cuidado materno-infantil. Nesse contexto, a atuação do enfermeiro não se limita ao reconhecimento de sinais clínicos, mas se estende ao acompanhamento próximo e humanizado das puérperas em sofrimento psíquico (Sharma et al., 2017; Kamperman et al. 2017; Scalco et al. 2013).
A identificação precoce da psicose pós-parto (PPP) é apontada por Sharma et al. (2017) e Kamperman et al. (2017) como um dos principais desafios enfrentados pelos profissionais de saúde, especialmente pela dificuldade em diferenciar a PPP de outros transtornos do humor, como a depressão pós-parto. Essa semelhança clínica pode atrasar o início do tratamento adequado. Enquanto Sharma et al. destacam a apresentação abrupta e, por vezes, atípica da doença como um fator que dificulta o reconhecimento imediato, Kamperman et al. chamam atenção para a ausência de protocolos clínicos específicos no puerpério, contribuindo para a subnotificação e o subtratamento dos casos. Ainda que ambos concordem quanto à complexidade diagnóstica, divergem nas estratégias propostas: os primeiros defendem a vigilância psiquiátrica durante a gestação como medida preventiva, ao passo que os segundos propõem a reestruturação dos serviços de saúde mental com fluxos assistenciais padronizados.
O estigma social constitui outro entrave importante ao enfrentamento da PPP, conforme destacam Sit et al. (2023) e Khalifeh et al. (2023). Os autores observam que o medo do julgamento moral e da possível perda da guarda dos filhos leva muitas mulheres a ocultar seus sintomas, dificultando o acesso ao cuidado. Sit et al. enfatiza o papel da auto estigmatização, que promove isolamento e perpetua o sofrimento, enquanto Khalifeh et al. ampliam a análise ao apontar que o estigma afeta também cônjuges e familiares, gerando um ciclo de exclusão e sobrecarga emocional. Divergem, no entanto, quanto ao foco das intervenções: o primeiro autor propõe ações educativas e comunitárias, como campanhas de sensibilização, e o segundo defende políticas públicas estruturadas e capacitação interprofissional como estratégias mais abrangentes.
A formação profissional deficiente para lidar com a PPP é abordada por Maryam Jimoh-Olundegun (2021) e Sit et al. (2016), que evidenciam a ausência de conteúdos específicos sobre saúde mental perinatal nos currículos acadêmicos de enfermagem e medicina como um fator que compromete o cuidado. Maryam enfatiza a necessidade de educação continuada e capacitação prática, com foco no acolhimento e na comunicação terapêutica, enquanto Sit et al. propõem uma reestruturação institucional, incluindo a padronização de protocolos e a reformulação dos currículos. Ambos reconhecem os prejuízos decorrentes da formação insuficiente, mas divergem quanto ao nível de intervenção prioritário: técnico-pedagógico em um caso e organizacional-institucional no outro.
A carência de estruturas especializadas como as Unidades Mãe-Bebê (Mother-Baby Units – MBUs) é tratada por Bergink, Rasgon e Wisner (2016) e Jones, Chandler e Craddock (2014) como um obstáculo relevante ao tratamento da PPP. Segundo os autores, essas unidades possibilitam o tratamento psiquiátrico da mãe sem romper o vínculo com o recém-nascido, o que favorece a recuperação de ambos. No entanto, há discordância quanto à aplicabilidade: enquanto Bergink et al. defendem a institucionalização das MBUs como modelo internacional de cuidado, Jones et al. alertam para as limitações financeiras em contextos de baixa e média renda, sugerindo alternativas como hospitais-dia perinatais e serviços de atendimento domiciliar.
O impacto da PPP sobre a estrutura familiar é reconhecido por Khalifeh et al. (2023) e Bicalho et al. (2018), que destacam a sobrecarga emocional, o estresse e a insegurança enfrentados pelos familiares diante do adoecimento materno. Khalifeh et al. chamam atenção para o sofrimento psíquico dos cônjuges, muitas vezes negligenciado pelos serviços de saúde, enquanto Bicalho et al. ampliam o enfoque para a rede de apoio como um todo, incluindo avós, irmãos e outros cuidadores. Ambos concordam sobre a relevância do suporte familiar, embora apresentem focos distintos: um prioriza intervenções voltadas ao parceiro e outro defende ações de fortalecimento da rede de apoio ampliada, com vistas à reabilitação da mulher e ao bem-estar da criança.
Em síntese, os múltiplos desafios envolvidos no enfrentamento da psicose pós-parto — desde a complexidade diagnóstica, passando pelo estigma, pela insuficiência na formação profissional, pela ausência de estruturas especializadas e pelo impacto familiar — exigem uma abordagem integral. A articulação entre medidas preventivas, políticas públicas inclusivas, capacitação das equipes de saúde e fortalecimento da rede de apoio são fundamentais para garantir um cuidado humanizado, eficaz e sustentável, centrado na puérpera e em sua família.
Diante desse cenário complexo, é essencial compreender os principais aspectos clínicos e sociais da psicose pós-parto para embasar intervenções eficazes. A psicose pós-parto (PPP) é uma condição psiquiátrica grave e de início abrupto, que pode afetar significativamente a saúde mental da mulher e comprometer a estabilidade da estrutura familiar. Conforme descrito por Silva et al. (2022), a PPP se caracteriza por sintomas como delírios, alucinações, instabilidade de humor e comportamento desorganizado, frequentemente surgindo nas primeiras duas semanas após o parto. Embora rara, trata-se de uma emergência psiquiátrica que demanda intervenção imediata, pois pode resultar em desfechos graves, como suicídio e infanticídio. O impacto da PPP vai além da saúde mental da mãe, afetando profundamente a dinâmica familiar.
Bergink et al. (2016) complementam a descrição de Silva et al. (2022), destacando que o surgimento abrupto e dramático dos sintomas pode desestruturar completamente a vida familiar. Os familiares frequentemente se veem desorientados diante da gravidade e da imprevisibilidade dos sintomas, o que gera um ambiente doméstico marcado por insegurança e temor. Essa desorganização emocional no núcleo familiar tem efeitos diretos na qualidade de vida de todos os envolvidos, como apontam os autores, resultando em uma sobrecarga emocional dos cuidadores primários.
Khalifeh et al. (2023) reforçam a ideia de que os efeitos da PPP ultrapassam a figura materna, afetando não apenas a mãe, mas também cônjuges, familiares e outros cuidadores. Esses indivíduos frequentemente experienciam sofrimento psicológico, sobrecarregando a rede de apoio e tornando o ambiente familiar ainda mais vulnerável. A sobrecarga emocional experimentada pelos familiares é um ponto crucial na literatura, pois reflete a complexidade da PPP não apenas como uma condição que afeta a mãe, mas como um fenômeno que desestabiliza toda a dinâmica familiar.
Em relação ao impacto da PPP na relação mãe-bebê, Bicalho et al. (2018) destacam que o adoecimento psíquico no pós-parto pode comprometer o vínculo afetivo inicial, essencial para o desenvolvimento emocional da criança. A fragilidade desse vínculo pode prejudicar a constituição subjetiva do bebê, impactando seu desenvolvimento psicológico a longo prazo. Oberlander et al. (2017) corroboram essa análise, ao afirmarem que a PPP altera as funções familiares, exigindo uma redistribuição das responsabilidades no cuidado com o recém-nascido. Esse processo de redistribuição frequentemente recai sobre outros familiares, como pais, avós e outros cuidadores, que assumem tarefas fundamentais para garantir o bem-estar da criança.
A hospitalização da puérpera com PPP, conforme relatado por Osborne et al. (2022), é outro fator que agrava a situação familiar. O afastamento prolongado da mãe, especialmente durante um período crítico de vinculação com o bebê, pode gerar ansiedade nos familiares e afetar negativamente o desenvolvimento emocional do recém-nascido. Essa lacuna afetiva criada pela separação pode ser difícil de ser preenchida, comprometendo o processo de adaptação familiar e o desenvolvimento do bebê. Esse ponto de vista é compartilhado por Bergink et al. (2016), que discutem a importância de estruturar o cuidado psiquiátrico de forma a minimizar o impacto da hospitalização sobre a família, destacando a necessidade de alternativas que permitam a manutenção do vínculo materno durante o tratamento.
Nesse contexto, a atuação dos profissionais de saúde, especialmente da equipe de enfermagem, é essencial para mitigar os impactos negativos da PPP sobre a dinâmica familiar. Jimoh-Olundegun (2021) enfatiza que a educação familiar e o envolvimento ativo no planejamento do cuidado são estratégias fundamentais para reduzir o estigma associado à PPP e facilitar a reintegração familiar. A capacitação dos cuidadores é um componente crítico, pois permite que os familiares se sintam mais preparados para enfrentar as demandas emocionais e práticas decorrentes da PPP. Sit et al. (2016) também chamam atenção para a importância da formação adequada dos profissionais de saúde, que devem ser capacitados para lidar com as particularidades da saúde mental perinatal. A falta dessa capacitação pode prejudicar a qualidade do acolhimento e a efetividade das intervenções, comprometendo o suporte oferecido à mulher e à família.
O estigma social relacionado à PPP é outro ponto amplamente discutido na literatura. Khalifeh et al. (2023) enfatizam que o medo do julgamento social impede muitas mulheres de procurarem ajuda profissional, o que perpetua o sofrimento e dificulta o acesso ao tratamento e sugere reformas políticas estruturais que ampliem o suporte psicossocial para as famílias afetadas pela PPP Sit et al. (2023) corroboram essa percepção, mas propõem uma abordagem distinta ,pois, defende ações educativas voltadas para a comunidade e grupos de apoio para combater o estigma. Essa diferença na abordagem do enfrentamento do estigma reflete uma tensão entre intervenções de base comunitária e políticas públicas mais amplas, que buscam uma solução estrutural para a questão.
A necessidade de um tratamento multidisciplinar é outra constante nos estudos sobre a PPP. De acordo com Jones et al. (2014) e Sit et al. (2016), o envolvimento ativo da família e a atuação de uma equipe de saúde bem coordenada são fundamentais para a recuperação da mulher e a reintegração ao papel materno. Famílias emocionalmente assistidas e bem-informadas têm uma maior eficácia no cuidado, o que impacta diretamente na melhora do quadro clínico da puérpera. As duas abordagens convergem em sua defesa do tratamento integral, mas há uma diferenciação nas propostas de como a equipe de saúde deve ser formada e qual a melhor estratégia para envolver a família.
Em síntese, a psicose pós-parto é uma condição complexa que impacta profundamente a dinâmica familiar. A literatura revela que, para que a recuperação da puérpera seja eficaz e os vínculos familiares sejam preservados, é imprescindível um suporte psicossocial contínuo e multidisciplinar. A abordagem deve envolver não apenas o tratamento medicamentoso da mulher, mas também a educação e o apoio contínuo à família. As diferentes perspectivas discutidas por Bergink et al. (2016), Khalifeh et al. (2023), Jimoh-Olundegun (2021) e outros autores evidenciam que a PPP exige uma atenção integrada, que considere as especificidades do contexto familiar, a capacitação da equipe de saúde e a superação do estigma social.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A psicose pós-parto (PPP), apesar de sua baixa incidência, representa uma condição psiquiátrica grave e urgente, com impactos profundos na vida da mulher, do recém-nascido e de toda a estrutura familiar. Ao longo deste trabalho, foi possível compreender que a atuação da enfermagem tem papel fundamental na construção de um cuidado abrangente e sensível às necessidades dessas mulheres, indo além do atendimento clínico e incorporando ações de acolhimento, orientação e suporte emocional.
A abordagem utilizada pela enfermagem se destaca por ser contínua, preventiva e centrada na mulher. Desde o acompanhamento do pré-natal até o puerpério, o enfermeiro tem a responsabilidade de identificar sinais precoces da PPP, garantindo que intervenções rápidas sejam feitas antes que o quadro se agrave. Além disso, práticas como a psicoeducação, o incentivo ao vínculo mãe-bebê e a articulação com a rede de apoio familiar e social são fundamentais para promover um ambiente de recuperação mais seguro e humanizado.
Entre os principais desafios enfrentados pelos profissionais de enfermagem, destacam-se a ausência de protocolos específicos, a falta de capacitação em saúde mental perinatal e a dificuldade de acesso a serviços especializados, como as Unidades Mãe-Bebê. Somam-se a isso o estigma social, que ainda leva muitas mulheres a esconderem seus sintomas por medo de julgamento ou perda da guarda dos filhos, e a carência de políticas públicas focadas especificamente nos transtornos psiquiátricos do puerpério.
Por fim, este estudo também evidenciou que o cuidado de enfermagem não se limita à paciente. A família — especialmente o parceiro — precisa ser envolvida no processo terapêutico, sendo orientada e acolhida, pois também sofre com o impacto emocional do adoecimento. Quando a enfermagem atua de forma integrada com a família, fortalece-se a rede de apoio, aumentando as chances de uma recuperação mais eficaz e menos traumática para todos os envolvidos.
Portanto, a contribuição da enfermagem vai além do tratamento em si: ela promove o cuidado integral, previne agravamentos, apoia o vínculo afetivo e atua como ponte entre a puérpera, a família e o sistema de saúde. Investir na qualificação desses profissionais e em políticas que valorizem essa atuação é essencial para transformar o cuidado em saúde mental no puerpério em algo mais acessível, digno e eficaz.
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1Alunas do Curso de Enfermagem
2Professor do Curso de Enfermagem