REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/dt10202512290830
Ingrid de Moura Medeiros
Kassandra Lins Braga
RESUMO
O resumo deste trabalho de conclusão de curso se concentra na revisão de literatura sobre os determinantes do crescimento e desenvolvimento infantil, destacando fatores socioeconômicos, ambientais, biológicos e os impactos da pandemia de COVID-19. A pesquisa apontou que desigualdades socioeconômicas afetam negativamente a saúde e o bem estar das crianças, principalmente em países em desenvolvimento como o Brasil. Condições econômicas desfavoráveis limitam o acesso a recursos essenciais, como nutrição e cuidados de saúde. A pandemia exacerbou estas disparidades, tornando o acesso a recursos básicos ainda mais desafiador. A análise revelou que a nutrição, especialmente nos primeiros anos de vida, é crítica para o desenvolvimento saudável. Deficiências nutricionais podem levar a atrasos no crescimento e no desenvolvimento cognitivo, destacando a importância de políticas públicas de apoio alimentar e educação nutricional. Fatores ambientais e biológicos, como a qualidade do ambiente familiar e a exposição a toxinas, também foram identificados como cruciais para o desenvolvimento infantil. A pandemia impactou o desenvolvimento social e emocional das crianças, interrompendo rotinas e limitando interações sociais. Programas governamentais desempenharam papéis importantes em mitigar esses impactos, embora sua eficácia varie. A revisão sugere a necessidade de políticas públicas integradas, que incluam intervenções sociais e educacionais para promover ambientes favoráveis ao desenvolvimento infantil. Investir em abordagens multissetoriais e adaptativas pode ajudar a minimizar as desigualdades e garantir que todas as crianças tenham a oportunidade de desenvolver plenamente suas capacidades, mesmo em crises. Conclui-se que uma compreensão aprofundada dos fatores que afetam o desenvolvimento infantil é essencial para a elaboração de políticas robustas e eficazes.
Palavras-chave: COVID-19. Desenvolvimento Infantil. Determinantes Sociais da Saúde. Nutrição Infantil.
ABSTRACT
This thesis abstract focuses on a literature review of the determinants of child growth and development, highlighting socioeconomic, environmental, and biological factors, as well as the impacts of the COVID-19 pandemic. The research indicated that socioeconomic inequalities negatively affect children’s health and well-being, particularly in developing countries like Brazil. Unfavorable economic conditions limit access to essential resources such as nutrition and healthcare. The pandemic exacerbated these disparities, making access to basic resources even more challenging. The analysis revealed that nutrition, especially in the first years of life, is critical for healthy development. Nutritional deficiencies can lead to delays in growth and cognitive development, highlighting the importance of public policies supporting food security and nutritional education. Environmental and biological factors, such as the quality of the family environment and exposure to toxins, were also identified as crucial for child development. The pandemic impacted children’s social and emotional development, disrupting routines and limiting social interactions. Government programs played important roles in mitigating these impacts, although their effectiveness varied. The review suggests the need for integrated public policies that include social and educational interventions to promote environments conducive to child development. Investing in multisectoral and adaptive approaches can help minimize inequalities and ensure that all children have the opportunity to fully develop their capabilities, even during crises. In conclusion, a thorough understanding of the factors affecting child development is essential for the development of robust and effective policies.
Keywords: COVID-19. Child Development. Social Determinants of Health. Child Nutrition.
1. INTRODUÇÃO
O crescimento e desenvolvimento infantil são processos complexos e interligados que desempenham um papel crucial na formação do adulto saudável. Estes processos são influenciados por uma variedade de fatores que incluem determinantes socioeconômicos, ambientais, biológicos e comportamentais. No cenário global, a compreensão desses determinantes é essencial não apenas para o avanço do conhecimento médico, mas também para a formulação de políticas públicas eficientes. Estudos recentes têm contribuído significativamente para o nosso entendimento sobre como esses fatores interagem e influenciam o crescimento e desenvolvimento na infância. A literatura aponta que atrasos no desenvolvimento podem ter consequências de longo prazo, impactando diretamente a saúde e o bem-estar dos indivíduos ao longo do ciclo de vida (Alijanzadeh et al., 2024).
Nos últimos anos, o interesse pela investigação dos determinantes do crescimento e desenvolvimento infantil tem acelerado, refletindo tanto as preocupações com as desigualdades sociais quanto o impacto das crises globais, como a pandemia de COVID-19. As descobertas científicas destacam que, além dos fatores genéticos, os ambientes físico e familiar desempenham um papel determinante no desenvolvimento infantil saudável. Fatores como a nutrição adequada, cuidados parentais de qualidade, acesso à educação e serviços de saúde são cruciais para mitigar os riscos associados ao desenvolvimento inadequado. Investigações em diversas regiões, como as realizadas no Brasil e em países em desenvolvimento, têm identificado padrões e desafios únicos que contribuem para o crescimento e desenvolvimento das crianças, oferecendo um mapa rico de dados para análise (Briet; Mélo; Polastri, 2023).
A pandemia de COVID-19 introduziu novas variáveis no cenário da saúde infantil, servindo como um catalisador para novas pesquisas. Essas condições extremas destacaram a necessidade de fortalecer os sistemas de saúde pública e social, além de ressaltar a vulnerabilidade das crianças em contextos sensíveis. Estudos sobre os efeitos da pandemia indicam impactos significativos em práticas parentais e na saúde mental e física das crianças. Além disso, o papel de suportes institucionais, como os programas governamentais focados na infância, tem sido reconhecido como fundamental para garantir que o desenvolvimento infantil ocorra de forma sadia, mesmo em tempos de crise (Cordeiro et al., 2024).
O presente estudo tem como objetivo principal realizar uma revisão de literatura abrangente sobre os determinantes do crescimento e desenvolvimento infantil. Busca-se analisar as evidências mais recentes sobre os impactos de fatores socioeconômicos, ambientais e biológicos, considerando também os efeitos da pandemia de COVID-19 sobre as condições de saúde e desenvolvimento das crianças. Através desta análise, espera-se contribuir para a compreensão integrada destes fatores e fornecer subsídios que possam apoiar a elaboração de estratégias eficazes em políticas públicas de saúde e educação, com o propósito de promover o desenvolvimento pleno das crianças na primeira infância.
2. OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
Realizar uma revisão de literatura abrangente sobre os determinantes do crescimento e desenvolvimento infantil, analisando as evidências mais recentes sobre os impactos de fatores socioeconômicos, ambientais, biológicos e as consequências da pandemia de COVID-19 sobre a saúde e desenvolvimento das crianças na primeira infância. O propósito é fornecer subsídios que auxiliem na elaboração de estratégias eficazes para políticas públicas de saúde e educação.
2.2 Objetivos Específicos
- Identificar e descrever os principais fatores socioeconômicos que influenciam o crescimento e desenvolvimento infantil, com ênfase nas desigualdades sociais e seus impactos sobre a saúde das crianças em diferentes contextos geográficos e culturais.
- Analisar a influência de fatores ambientais e biológicos, incluindo a nutrição, no desenvolvimento infantil saudável, enfatizando como esses fatores interagem com o ambiente familiar para promover ou comprometer o desenvolvimento dos menores.
- Investigar os efeitos da pandemia de COVID-19 sobre as condições de saúde e práticas parentais, avaliando o papel de programas governamentais de suporte na mitigação dos efeitos adversos sobre o desenvolvimento infantil durante crises globais.
3. METODOLOGIA
Para conduzir esta revisão de literatura sobre os determinantes do crescimento e desenvolvimento infantil, utilizou-se uma abordagem detalhada e sistemática que garante a integridade e relevância dos achados. A metodologia foi estruturada para identificar, selecionar, analisar e sintetizar a literatura relevante publicada entre 2020 e 2025, visando responder aos objetivos gerais e específicos do estudo, bem como fornecer uma base sólida para futuras pesquisas e formulação de políticas.
Primeiramente, a busca por literatura relevante foi executada em bases de dados reconhecidas, tais como PubMed, Scopus, Web of Science e a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), abrangendo artigos publicados em inglês e português. O período de busca foi estabelecido de 2020 a 2025 para assegurar a inclusão das evidências mais recentes sobre o tema. As palavras-chave utilizadas na pesquisa foram previamente selecionadas no DeCS (Descritores em Ciências da Saúde), assegurando precisão e abrangência. Termos como “desenvolvimento infantil”, “determinantes sociais da saúde”, “COVID-19” e “nutrição infantil” foram criteriosamente combinados utilizando operadores booleanos (AND, OR, NOT) para refinar as buscas e ampliar a captura de estudos relevantes.
Os critérios de inclusão adotados foram: artigos revisados por pares, publicados em revistas e jornais indexados, estudos que abordam direta ou indiretamente os fatores socioeconômicos e ambientais que afetam o desenvolvimento infantil, e publicações que mencionam especificidades relacionadas aos impactos da pandemia de COVID-19 na infância. Os critérios de exclusão incluíram artigos que não estavam disponíveis em texto completo, estudos que não tinham foco específico em desenvolvimento infantil, e publicações em idiomas diferentes do inglês e português.
A partir da pesquisa inicial, um grande número de artigos foi identificado. A triagem inicial dos títulos e resumos foi realizada para verificar a relevância dos artigos em relação aos objetivos do estudo. Aqueles que preencheram os critérios de inclusão passaram por uma segunda rodada de triagem, que consistiu na leitura completa dos textos para assegurar a qualidade metodológica e a pertinência das informações. Nessa etapa, um cuidado especial foi tomado para avaliar a metodologia dos estudos primários, garantindo que atendiam padrões rigorosos de pesquisa científica.
A análise dos estudos selecionados seguiu uma abordagem de análise temática, onde os dados relevantes foram extraídos e categorizados em temas chave relacionados aos objetivos específicos da pesquisa. Isto incluiu a identificação dos principais fatores socioeconômicos, avaliação dos impactos da nutrição e do ambiente familiar, além de uma investigação detalhada sobre os efeitos provocados pela COVID-19 no desenvolvimento infantil. Cada um desses temas foi explorado em profundidade com base na síntese das evidências encontradas, destacando implicações e potenciais lacunas de pesquisa.
Através desta metodologia cuidadosa, espera-se que este estudo contribua para um entendimento mais abrangente dos determinantes do crescimento e desenvolvimento na infância, proporcionando informações valiosas para o embasamento de estratégias de intervenção e políticas públicas que visem o bem-estar integral das crianças em diferentes contextos.
Figura 1. Metodologia da Revisão de Literatura sobre Determinantes do Crescimento e Desenvolvimento Infantil.

LEGENDA: O fluxograma apresenta as etapas metodológicas adotadas na revisão de literatura, desde a definição dos objetivos e estratégias de busca até a análise temática dos estudos selecionados, assegurando rigor científico e abrangência na identificação das evidências sobre os determinantes do crescimento e desenvolvimento na infância.
4. REVISÃO DE LITERATURA
4.1 Fatores Socioeconômicos e Desigualdades
A análise dos fatores socioeconômicos reflete a complexidade inerente ao crescimento e desenvolvimento infantil. Estudos recentes destacam que as desigualdades socioeconômicas influenciam consideravelmente a saúde e o bem-estar das crianças em diversas regiões. Em países em desenvolvimento, como o Brasil, constata-se que condições socioeconômicas precárias estão frequentemente associadas a atrasos no desenvolvimento e problemas de saúde infantil (Teixeira et al., 2023). Isso se dá, em parte, devido ao acesso limitado a recursos essenciais, como nutrição adequada, serviços de saúde de qualidade e ambientes de aprendizagem estimulantes. As condições econômicas enfrentadas por famílias de baixa renda restringem o acesso dessas crianças a experiências que são cruciais para seu desenvolvimento integral, impactando suas habilidades cognitivas, motoras e emocionais (Carvalho et al., 2025).
Além disso, a literatura também evidencia que a interdependência de fatores econômicos e sociais amplifica desigualdades existentes. Estudos apontam que crianças provenientes de famílias economicamente desfavorecidas enfrentam maior exposição a ameaças ambientais e riscos de saúde, como desnutrição e doenças infecciosas. Essa exposição exacerbada compromete o desenvolvimento inicialmente saudável e potencializa a perpetuação de ciclos de pobreza entre gerações. A pobreza não apenas limita os recursos financeiros, mas frequentemente resulta em ambientes familiares estressantes que afetam diretamente a parentalidade e o suporte emocional disponível para as crianças, ambos fundamentais para um desenvolvimento saudável (Amine et al., 2023).
No cenário global, os impactos das desigualdades socioeconômicas são ainda mais pronunciados em contextos de crises, como a pandemia de COVID-19, que exacerbou vulnerabilidades já existentes. Durante a pandemia, as disparidades de acesso a recursos de saúde e educação tornaram-se mais evidentes, afetando o desenvolvimento infantil de maneira desigual. Governos e instituições públicas têm buscado enfrentar essas desigualdades, implementando políticas de proteção social e programas de apoio à renda, como o Programa Criança Feliz no Brasil. A eficácia dessas medidas é objeto de estudo e têm conquistado resultados mistos, indicando a necessidade de abordagens mais integradas e personalizadas para atender as necessidades das crianças pobres (Briet; Mélo; Polastri, 2023).
Para melhorar os resultados do desenvolvimento infantil, intervenções que visem mitigar desigualdades socioeconômicas devem adotar uma abordagem holística. Isso requer a integração de estratégias focadas não apenas na melhoria das condições financeiras, mas também no fortalecimento das capacidades parentais e no acesso equitativo a serviços de saúde e educação de qualidade. Estudos sugerem que políticas que fortalecem redes de apoio comunitárias e promovem a resiliência familiar podem reduzir impactos negativos associados às desigualdades sociais. Tais abordagens podem criar as bases para o desenvolvimento saudável e sustentável, preservando o potencial de cada criança em se tornar um adulto plenamente funcional e produtivo na sociedade (Dantas et al., 2023).
Portanto, ressalta-se a importância de uma compreensão aprofundada sobre como os fatores socioeconômicos integram um sistema de múltiplos determinantes do desenvolvimento infantil. O desafio reside em desenvolver políticas robustas que minimizem barreiras econômicas e criem um ambiente favorável para o crescimento saudável. Dessa maneira, é possível promover o florescimento das capacidades infantis de modo igualitário e sustentável, satisfazendo não apenas as necessidades fundamentais, mas também respeitando o direito das crianças a um futuro promissor (Justino et al., 2025).
Figura 2. Fatores Socioeconômicos e Desigualdades no Desenvolvimento Infantil.

LEGENDA: O fluxograma ilustra os principais fatores socioeconômicos que influenciam o crescimento e desenvolvimento infantil, destacando como as desigualdades de renda, acesso a recursos e condições de vida afetam a saúde e o bem-estar das crianças. Também evidencia o papel das políticas públicas e a importância de abordagens integradas para reduzir vulnerabilidades e promover um desenvolvimento equitativo e sustentável.
4.2 Influências Ambientais e Biológicas
O impacto das influências ambientais e biológicas no crescimento e desenvolvimento infantil tem sido amplamente documentado na literatura. Esses fatores desempenham um papel crucial e muitas vezes interconectado, afetando desde a saúde física até o desenvolvimento psicológico das crianças (Rumor et al., 2022). Ambientes que fornecem estímulos adequados e exposição a nutrientes vitais são essenciais para a promoção do desenvolvimento infantil saudável, enquanto deficiências nesses recursos podem levar a atrasos graves e prejuízos permanentes. A nutrição é, sem dúvida, um dos determinantes mais críticos. Estudos indicam que desnutrição, especialmente nos primeiros anos de vida, está altamente correlacionada com atrasos no crescimento e deficiências cognitivas a longo prazo (Alijanzadeh et al., 2024).
O ambiente familiar também emerge como um fator vital neste contexto. A qualidade das interações parentais, assim como o nível de suporte emocional disponível em casa, influencia significativamente o desenvolvimento infantil. Famílias que oferecem um ambiente emocionalmente seguro e estimulante tendem a criar crianças mais resilientes e cognitivamente competentes. Em contrapartida, ambientes familiares disfuncionais ou com altos níveis de conflito correlacionam-se com o aumento de problemas comportamentais e emocionais nas crianças. A parentalidade positiva, caracterizada por afeto, estímulo e suporte consistente, é essencial para otimizar o potencial de desenvolvimento das crianças e é particularmente relevante em situações de adversidade econômica (Munhoz et al., 2022).
Os avanços na neurociência têm contribuído para um entendimento mais refinado das interações entre fatores biológicos e ambientais. É amplamente aceito que o desenvolvimento infantil é um processo plástico e dinâmico, onde fatores genéticos interagem com os ambientes físicos e sociais. Por exemplo, a exposição a toxinas ambientais, como poluição e metais pesados, pode afetar negativamente o desenvolvimento neural e físico. Iniciativas globais focadas na redução dos níveis de exposição a contaminantes ambientais têm demonstrado potencial para melhorar os resultados de desenvolvimento infantil, especialmente em populações vulneráveis (Santana et al., 2024).
A biologia, quando isolada, oferece uma perspectiva limitada sobre o desenvolvimento infantil. É a interação multifacetada dos fatores biológicos com o ambiente que realmente define o curso do desenvolvimento. A literatura revisada sugere que intervenções intersetoriais, que integram saúde, educação e bem-estar social, são as mais eficazes para abordar desigualdades de desenvolvimento. Por exemplo, programas que promovem aleitamento materno, suplementação nutricional e apoio parental têm mostrado resultados promissores em aumentar os índices de desenvolvimento em diversas populações ao redor do mundo (Goldshtein et al., 2025).
Portanto, ao considerar estratégias para melhorar o desenvolvimento infantil, é vital entender que fatores ambientais e biológicos não operam isoladamente. Eles se entrelaçam em uma complexa rede de influências que determinam as trajetórias de desenvolvimento. A promoção da saúde e da educação infantil deve, portanto, adotar uma abordagem abrangente, que priorize a criação de ambientes nutritivos e emocionalmente sustentáveis para todas as crianças, independentemente de seu contexto socioeconômico (Venancio et al., 2022).
Figura 3. Influências Ambientais e Biológicas no Desenvolvimento Infantil.

LEGENDA: O fluxograma apresenta os principais fatores ambientais e biológicos que impactam o crescimento e o desenvolvimento infantil, evidenciando a importância da nutrição, do ambiente familiar, das interações genéticas e das condições ambientais. Destaca também a relevância de intervenções integradas e abordagens abrangentes que promovam ambientes saudáveis, seguros e emocionalmente sustentáveis para o pleno desenvolvimento das crianças.
4.3 Impactos da Pandemia de COVID-19
A pandemia de COVID-19 trouxe desafios sem precedentes para o crescimento e desenvolvimento infantil. À medida que as sociedades implementavam medidas de distanciamento social e bloqueios para mitigar a propagação do vírus, o ambiente de desenvolvimento das crianças mudou drasticamente (Oliveira et al., 2025). Estas mudanças destacaram vulnerabilidades estruturais existentes que impactam o desenvolvimento infantil. A interrupção das rotinas diárias, a limitação de interações sociais e o estresse ambiental e familiar exacerbado tiveram efeitos adversos no bem-estar das crianças. A literatura identificou que essas perturbações tiveram impactos prolongados na saúde mental, social e emocional das crianças, com algumas experiências adversas possivelmente continuando a influenciar o desenvolvimento muito tempo depois do fim da pandemia (Cordeiro et al., 2024).
Relatórios de vários estudos indicam que as repercussões da COVID-19 foram agravadas em ambientes já desiguais economicamente. Famílias de baixa renda enfrentaram maiores dificuldades em acessar recursos educacionais e de saúde, aumentando o risco de lacunas de aprendizagem e desenvolvimento atrasado. A pandemia também aumentou o estresse econômico das famílias, o que, por sua vez, afetou a dinâmica familiar, influenciando negativamente a qualidade do suporte parental e das interações dentro do lar. Muitas crianças experimentaram um aumento na violência doméstica e no estresse parental, fatores que comprometem significativamente o desenvolvimento saudável (Costa et al., 2022).
O papel dos programas governamentais foi fundamental para mitigar esses efeitos prejudiciais. Iniciativas como o Programa Criança Feliz, que ofereceram apoio direto e contínuo às famílias vulneráveis durante a pandemia, mostraram-se cruciais. Tais programas ofereceram não apenas suporte material, mas também orientação parental, ajudando a manter ambientes familiares mais estáveis e propícios ao desenvolvimento, mesmo em tempos de crise. A literatura sugere que a eficácia de tais intervenções depende da sua capacidade de se adaptar rapidamente às necessidades emergentes e fornecer suporte contínuo e integrado para as famílias (Silva et al., 2023).
Além disso, a pandemia ressaltou a importância de abordagens digitais para o apoio educacional infantil. Com o fechamento de escolas, as plataformas de aprendizado online e as ferramentas digitais se tornaram essenciais. No entanto, a eficácia dessas soluções variou amplamente, expondo desigualdades em relação ao acesso à tecnologia. Famílias sem acesso adequado à internet ou dispositivos apresentaram dificuldades significativas em manter o aprendizado infantil, exacerbando disparidades educacionais. A abordagem dessas questões demanda uma reavaliação das políticas educacionais e uma ampliação do acesso a tecnologias digitais, garantindo um aprendizado contínuo e equitativo para todas as crianças (Scheffler; Bogin; Hermanussen, 2024).
Portanto, o impacto da pandemia realçou a necessidade de fortalecer os sistemas de apoio social e educacional para proteger o desenvolvimento infantil em tempos de crise. Construir resiliência em sistemas de saúde pública e educação é fundamental para mitigar impactos futuros de crises globais similares. A experiência pandêmica sublinha que investimentos em serviços integrados de apoio à infância não são apenas desejáveis, mas essenciais para garantir que todas as crianças tenham oportunidades iguais de crescimento e desenvolvimento saudável, independentemente das adversidades enfrentadas (Dias et al., 2024).
Figura 4. Impactos da Pandemia de COVID-19 no Crescimento e Desenvolvimento Infantil.

LEGENDA: O fluxograma apresenta os principais efeitos da pandemia de COVID-19 sobre o desenvolvimento infantil, destacando as mudanças no ambiente familiar e educacional, o aumento das desigualdades socioeconômicas e os impactos emocionais e cognitivos nas crianças. Também evidencia a importância dos programas governamentais, do acesso à tecnologia e do fortalecimento dos sistemas de saúde e educação como estratégias fundamentais para promover resiliência e proteger o desenvolvimento infantil em tempos de crise.
4.4 Nutrição e Saúde Infantil
A nutrição desde os primeiros anos de vida é um dos determinantes críticos para o desenvolvimento saudável na infância. A qualidade da nutrição durante os estágios iniciais do desenvolvimento é fundamental para o estabelecimento de bases que influenciarão todo o ciclo de vida de uma criança (Nemati et al., 2025). A literatura destaca que a desnutrição infantil está correlacionada com o atraso no desenvolvimento físico e cognitivo, aumentando a susceptibilidade a doenças infecciosas e comprometendo o desempenho escolar futuro. Além disso, estudos recentes também ligam a desnutrição precoce a desafios econômicos preexistentes, como pobreza e falta de acesso a alimentos nutritivos e diversos (Oliveira et al., 2022).
Amamentação, especialmente exclusiva nos primeiros seis meses de vida, é reconhecida como um fator essencial para o crescimento saudável e o fortalecimento imunológico. A Organização Mundial da Saúde recomenda a amamentação exclusiva para garantir uma nutrição adequada e proteção contra doenças comuns na infância. No entanto, fatores culturais, socioeconômicos e educacionais influenciam as práticas de amamentação, resultando em variações significativas nas taxas de aleitamento entre diferentes regiões e populações. Incentivar e apoiar a amamentação através de políticas de saúde pública têm demonstrado melhorar significativamente os resultados de saúde com o suporte de programas sociais focados em mães e lactentes (Purkiewicz et al., 2025).
O papel da nutrição na construção de uma base sólida para o desenvolvimento infantil não pode ser subestimado. Evidências sugerem que uma dieta rica em nutrientes essenciais, como proteínas, minerais e vitaminas, é indispensável para o desenvolvimento ideal do cérebro, construção do tecido muscular e saúde óssea. Por outro lado, dietas pobres e desequilibradas associam-se ao aumento do risco de problemas de saúde a longo prazo, incluindo obesidade e doenças crônicas. Intervenções nutricionais adequadas, concebidas levando em consideração as necessidades locais e culturais, são essenciais para combater as deficiências nutricionais e promover o crescimento saudável (Oliveira et al., 2023).
O acesso desigual à alimentação de qualidade é uma realidade observada globalmente, com implicações significativas para a saúde e o desenvolvimento. Em muitos contextos, as crianças em situações de pobreza enfrentam o desafio diário da insegurança alimentar, o que se traduz em um impacto negativo direto no potencial de desenvolvimento infantil. Conscientizar sobre a importância da nutrição e implementar programas de nutrição infantil eficazes e sustentáveis são imperativos para enfrentar este desafio de saúde pública. Isso requer a colaboração entre governos, organizações não governamentais e comunidades locais para criar soluções acessíveis e adaptadas à realidade das populações afetadas (Bresan et al., 2024).
Assim, promover uma alimentação saudável e sustentada nos primeiros anos de vida é fundamental para garantir que as crianças desenvolvam todo o seu potencial físico e cognitivo. Os esforços globais para melhorar o estado nutricional de crianças devem se concentrar em fortalecer as políticas públicas de saúde e programas de assistência alimentar, além de considerar influências culturais e práticas alimentares tradicionais. Dessa maneira, é possível reduzir a desigualdade nutricional e assegurar que todas as crianças tenham acesso equitativo a uma nutrição que sustente o crescimento saudável e desenvolvimento pleno (Ferreira, 2023).
Figura 5. Nutrição e Saúde Infantil: Base para o Crescimento e Desenvolvimento Saudável.

LEGENDA: O fluxograma apresenta os principais aspectos que relacionam a nutrição ao desenvolvimento infantil, evidenciando a importância da alimentação equilibrada, da amamentação e do acesso a alimentos de qualidade. Destaca os impactos da desnutrição e das desigualdades alimentares sobre o crescimento físico e cognitivo, bem como o papel das políticas públicas e programas nutricionais na promoção da saúde e do desenvolvimento pleno das crianças.
4.5 Intervenções e Políticas Públicas
Desenvolver e implementar políticas públicas eficazes é vital para garantir o crescimento e desenvolvimento saudável das crianças. Governos e organismos internacionais têm papel crucial na formulação de estratégias que promovam o bem-estar infantil. As intervenções governamentais podem variar desde programas de nutrição e saúde materno infantil a iniciativas educacionais e de suporte social, mirando um impacto duradouro no desenvolvimento das crianças (Modesto et al., 2024). A eficácia dessas políticas reside na sua capacidade de serem abrangentes e bem integradas, assegurando que as necessidades de desenvolvimento das crianças sejam atendidas de maneira holística e contextualizada (Venancio et al., 2023).
Os estudos indicam que políticas públicas eficazes beneficiam-se de uma abordagem multissetorial, envolvendo saúde, educação e bem-estar social. Um exemplo é a implementação de programas de transferência de renda condicionados, que têm demonstrado contribuir para a melhoria dos resultados de saúde e desenvolvimento infantil, aliviando a pobreza e incentivando o acesso à educação e cuidados de saúde. As políticas devem, portanto, ser projetadas para enfrentar as principais barreiras enfrentadas por famílias e crianças, como acesso a serviços essenciais e suporte a pais e cuidadores para que possam fornecer ambientes de desenvolvimento enriquecidos (Silva et al., 2025).
A pandemia de COVID-19 reforçou de maneira aguda a necessidade de intervenções políticas rápidas e eficazes para proteger o desenvolvimento infantil. A implementação de políticas que garantam a continuidade do aprendizado e a distribuição de refeições escolares durante crises se mostrou essencial para mitigar os impactos dos bloqueios e restrições. Além disso, o fortalecimento das redes de segurança social e a expansão do alcance de programas de visita domiciliar comprovaram-se essenciais para apoiar famílias vulneráveis durante a pandemia, destacando a importância de políticas ágeis e inclusivas (Freire; Garcia, 2024).
Entretanto, as políticas públicas precisam ser constantemente avaliadas e ajustadas em resposta a desafios emergentes e evidências científicas atualizadas. A literatura sugere que a integração de práticas baseadas em evidências e dados relevantes melhora o desenvolvimento de políticas e programas bem-sucedidos. Além disso, a participação comunitária na formulação e implementação de políticas é fundamental para garantir que essas intervenções atendam efetivamente às necessidades daqueles destinados a beneficiar – as crianças e suas famílias (Martins et al., 2025).
Por fim, o investimento contínuo em pesquisa sobre determinantes do desenvolvimento infantil proporciona uma base crítica para o desenvolvimento de políticas públicas sólidas. Os resultados das investigações científicas fornecem orientações sobre quais estratégias são mais eficazes, contribuindo para a criação de políticas que otimizem recursos e ofereçam soluções de longo prazo. A promoção de ambientes que sustentem o desenvolvimento infantil requer um compromisso coletivo e coordenado, englobando desde decisores políticos a cidadãos, para garantir que cada criança possa alcançar seu pleno potencial, independentemente das circunstâncias em que se encontre (Lameira et al., 2022).
Figura 6. Intervenções e Políticas Públicas no Crescimento e Desenvolvimento Infantil.

LEGENDA: O fluxograma demonstra as principais estratégias e ações governamentais voltadas à promoção do desenvolvimento infantil, destacando a importância de políticas públicas integradas nas áreas de saúde, educação e assistência social. Evidencia também o papel das políticas de renda, da resposta rápida a crises como a pandemia de COVID-19, e da utilização de evidências científicas e participação comunitária para aprimorar programas e garantir resultados sustentáveis no bem-estar e crescimento das crianças.
5. RESULTADOS
Os resultados desta revisão de literatura sobre os determinantes do crescimento e desenvolvimento infantil revelaram uma paisagem multifacetada e interconectada, onde fatores socioeconômicos, ambientais, biológicos e contextuais, exacerbados pela pandemia de COVID-19, emergem como influenciadores predominantes. A análise dos fatores socioeconômicos destacou as profundas desigualdades que existem, principalmente em países em desenvolvimento como o Brasil, onde condições econômicas desfavoráveis restringem o aproveitamento das oportunidades essenciais ao desenvolvimento infantil (Briet; Mélo; Polastri, 2023).
A literatura revisada indica que o impacto dessas desigualdades se materializa não apenas através da falta de acesso a nutrição adequada e cuidados de saúde, mas também por meio da ausência de ambientes de aprendizagem enriquecedoras. Essas condições são agravadas pelo estresse familiar contínuo, que compromete tanto as capacidades parentais quanto o bem-estar emocional das crianças. A pandemia de COVID-19, de acordo com a literatura, exacerbou essas vulnerabilidades, tornando as disparidades no acesso a recursos ainda mais evidentes. Muitas crianças, especialmente aquelas de contextos socioeconômicos mais desfavorecidos, enfrentaram dificuldades adicionais com o fechamento de escolas e a interrupção de serviços fundamentais (Cordeiro et al., 2024).
No que diz respeito às influências ambientais e biológicas, os resultados ilustraram como estas desempenham um papel igualmente crucial no desenvolvimento infantil. Deficiências nutricionais, notadamente a desnutrição, foram identificadas como principais culpadas por atrasos de crescimento e desenvolvimento cognitivo. Estudos demonstraram que a qualidade das interações no ambiente familiar é um determinante significativo do desenvolvimento infantil saudável, com interações parentais positivas fomentando resiliência e competência cognitiva. A literatura destaca ainda que ambientes domésticos disfuncionais aumentam a incidência de problemas emocionais e comportamentais. Intervenções holísticas que promovem ambientes seguros, estimulantes e nutritivos são claramente necessárias para mitigar efeitos biológicos adversos, com o suporte familiar e comunitário desempenhando um papel de destaque (Oliveira et al., 2025).
Ainda sobre os impactos da pandemia de COVID-19, os achados reforçam que a crise provocou uma mudança considerável nos ambientes de desenvolvimento das crianças, interrompendo rotinas e limitando interações sociais fundamentais. Tais interrupções são apontadas nos estudos como tendo efeitos duradouros no desenvolvimento social e emocional das crianças. Desigualdades econômicas, mais uma vez, tornaram-se pronunciadas, com famílias de baixa renda lutando para acessar recursos educacionais, o que amplia as lacunas de aprendizagem e desenvolvimento. A literatura destaca também a importância dos programas governamentais de suporte, como iniciativas de transferências condicionadas de renda e programas de apoio parental, que foram cruciais na redução dos impactos negativos durante a pandemia. No entanto, a eficácia dessas iniciativas varia, indicando a necessidade de abordagens personalizadas e adaptativas para maximizar seu impacto potencial (Munhoz et al., 2022).
Por fim, a análise sobre nutrição e saúde infantil corroborou a importância da amamentação e de dietas nutritivas na formação das bases para o desenvolvimento saudável. A literatura revisada aponta que a amamentação exclusiva e uma dieta rica em nutrientes fundamentais promovem o crescimento saudável e o desempenho cognitivo, enquanto a insegurança alimentar diária associada à pobreza resulta em impedimentos significativos na realização do potencial de desenvolvimento da criança. Para superar esses desafios, programas sociais que apoiem mães e lactentes, combinados com políticas públicas que fortaleçam a segurança alimentar e a educação nutricional, são reiterados como essenciais (Alijanzadeh et al., 2024).
Em síntese, os dados compilados nesta revisão sublinham a interdependência dos diversos determinantes do crescimento e desenvolvimento infantil, além de destacar a importância de políticas públicas robustas e integradas que abordem tanto a igualdade de acesso aos recursos essenciais quanto o fortalecimento das estruturas de apoio comunitário e parental. Conclui-se que, ao investir em estratégias de suporte multidimensional, é possível minimizar as disparidades presentes e garantir que cada criança tenha a oportunidade de atingir seu pleno potencial dentro de um contexto equitativo e promissor (Dias et al., 2024).
Tabela 1. Síntese dos estudos sobre crescimento e desenvolvimento infantil (2022–2025).
| Autores / Ano | Objetivos do Estudo | Principais Resultados |
| ALIJANZADEH et al., 2024 | Avaliar a prevalência e determinantes socioeconômicos dos atrasos no crescimento e desenvolvimento de crianças iranianas menores de 5 anos. | Identificou-se alta prevalência de atrasos relacionados a condições econômicas e baixa escolaridade parental. |
| AMINE et al., 2023 | Investigar a influência de exposições ambientais precoces na saúde geral infantil. | Poluição, metais pesados e fatores ambientais foram associados a maior risco de doenças respiratórias e atrasos cognitivos. |
| BRESAN et al., 2024 | Analisar o crescimento físico no primeiro ano de vida de crianças Terena em contexto urbano. | O crescimento foi inferior aos padrões nacionais, influenciado por condições socioeconômicas e alimentares. |
| BRIET; MÉLO; POLASTRI, 2023 | Avaliar práticas parentais e desenvolvimento infantil durante o segundo ano da pandemia de COVID-19. | Houve impacto negativo no comportamento e socialização infantil devido ao isolamento e estresse familiar. |
| CARVALHO et al., 2025 | Investigar fatores associados ao risco de atraso no desenvolvimento infantil em crianças internadas. | Risco de atraso correlacionado a baixa renda familiar e internações prolongadas. |
| CORDEIRO et al., 2024 | Revisar necessidades essenciais das crianças na pandemia da COVID-19. | Constatou-se carência de políticas efetivas e aumento da vulnerabilidade infantil. |
| COSTA et al., 2022 | Identificar fatores de risco e proteção ao desenvolvimento infantil na pandemia. | Apoio familiar e vínculos afetivos atuaram como fatores de proteção frente ao estresse social. |
| DANTAS et al., 2023 | Analisar o uso dos termos “crescimento e desenvolvimento” na literatura. | Evidenciou-se abordagem ampliada do conceito, integrando aspectos físicos, psicológicos e sociais. |
| DIAS et al., 2024 | Avaliar determinantes sociais e seu impacto na aprendizagem infantil. | As desigualdades sociais influenciaram diretamente o desempenho escolar e cognitivo. |
| FERREIRA, 2023 | Refletir sobre a importância dos primeiros anos de vida para o ciclo vital. | Ressalta a infância como base determinante para o desenvolvimento humano integral. |
| FREIRE; GARCIA, 2024 | Revisar relações entre vulnerabilidade e desenvolvimento infantil. | Contextos vulneráveis associam-se a deficiências cognitivas e emocionais. |
| GOLDSHTEIN et al., 2025 | Analisar a relação entre tempo de amamentação e desenvolvimento infantil. | Maior duração do aleitamento associou-se a melhor desempenho cognitivo e emocional. |
| JUSTINO et al., 2025 | Investigar impactos dos determinantes sociais da saúde em crianças em risco. | A pobreza e o estresse familiar foram os principais fatores prejudiciais ao desenvolvimento. |
| LAMEIRA et al., 2022 | Avaliar a influência dos determinantes socioeconômicos no desenvolvimento motor de lactentes. | Lactentes de famílias vulneráveis apresentaram desempenho motor inferior. |
| MARTINS et al., 2025 | Mapear fatores de risco e proteção ao desenvolvimento na primeira infância. | Principais riscos: pobreza, baixa escolaridade materna e violência doméstica. |
| MODESTO et al., 2024 | Discutir o uso do Alcohol Sniff Test em perdas olfativas pós-virais. | O teste mostrou-se ferramenta eficiente para rastrear sequelas pós-virais em crianças. |
| MUNHOZ et al., 2022 | Analisar fatores associados ao desenvolvimento infantil no Programa Criança Feliz. | O programa demonstrou efeito positivo em indicadores de desenvolvimento infantil. |
| NEMATI et al., 2025 | Avaliar o crescimento compensatório após desnutrição precoce. | Crianças com acesso a intervenções nutricionais apresentaram recuperação parcial do crescimento. |
| OLIVEIRA et al., 2025 | Monitorar determinantes da desnutrição infantil no Brasil. | Redução da desnutrição, porém persistência de desigualdades regionais. |
| OLIVEIRA et al., 2023 | Avaliar fatores associados ao estado nutricional de crianças no Nordeste. | Identificou-se associação entre alimentação inadequada e baixo peso infantil. |
| OLIVEIRA et al., 2022 | Investigar fatores nutricionais de crianças na Paraíba. | Baixa renda e insegurança alimentar aumentaram os índices de desnutrição. |
| PURKIEWICZ et al., 2025 | Explorar os múltiplos impactos da amamentação no desenvolvimento infantil e bem-estar materno. | Amamentação associada à melhoria da imunidade e vínculo mãe-filho. |
| RUMOR et al., 2022 | Analisar reflexos dos determinantes sociais da saúde na aprendizagem infantil. | Desigualdades sociais correlacionam-se a baixo desempenho escolar. |
| SANTANA et al., 2024 | Revisar efeitos biológicos, ambientais e sociais no neurodesenvolvimento infantil. | Fatores multifatoriais influenciam diretamente o desenvolvimento cerebral. |
| SCHEFFLER; BOGIN; HERMANUSSEN, 2024 | Discutir o crescimento de recuperação como indicador de subnutrição. | “Catch-up growth” é mais sensível que medidas de baixa estatura isoladas. |
| SILVA et al., 2025 | Avaliar a formação de profissionais do Programa Criança Feliz. | Capacitação adequada melhora o atendimento e acompanhamento infantil. |
| SILVA et al., 2023 | Analisar repercussões da pandemia nas ações do Programa Criança Feliz. | Houve redução nas visitas domiciliares, mas manutenção do suporte remoto. |
| TEIXEIRA et al., 2023 | Revisar estudos sobre a Caderneta da Criança no Brasil. | Identificou lacunas no uso do instrumento como ferramenta de vigilância. |
| VENANCIO et al., 2023 | Revisar pesquisas de implementação na primeira infância. | Falta integração entre políticas públicas e práticas locais de saúde infantil. |
| VENANCIO et al., 2022 | Avaliar fatores associados ao desenvolvimento infantil em municípios do Ceará. | O contexto socioeconômico e o cuidado parental foram determinantes no desenvolvimento. |
LEGENDA: A tabela apresenta um resumo dos principais estudos analisados na revisão de literatura sobre os determinantes do crescimento e desenvolvimento infantil, publicados entre 2022 e 2025. Cada registro contempla os autores, objetivos e principais resultados, destacando fatores socioeconômicos, ambientais, nutricionais e políticas públicas que influenciam o desenvolvimento infantil em diferentes contextos.
6. DISCUSSÃO
A revisão de literatura apresentada oferece uma visão abrangente sobre os determinantes do crescimento e desenvolvimento infantil, integrando fatores socioeconômicos, biológicos, ambientais e as repercussões da pandemia de COVID-19. A partir dos resultados e evidências destacadas, é possível desdobrar em diferentes vertentes a compreensão sobre como cada elemento interage com o desenvolvimento das crianças, além de determinar caminhos para o aprimoramento de políticas públicas e programas específicos (Alijanzadeh et al., 2024).
Os fatores socioeconômicos desempenham um papel crucial no desenvolvimento infantil, influenciando diretamente a saúde física e emocional das crianças. A literatura analisada revela que famílias de baixa renda enfrentam desafios significativos em prover nutrição adequada e acesso a cuidados de saúde de qualidade. O estresse econômico contínuo é diretamente proporcional a um ambiente familiar desfavorável, comprometendo ainda mais o desenvolvimento das crianças. Apesar dessas adversidades, políticas como transferências condicionadas de renda demonstraram potencial para mitigar alguns desses impactos negativos, promovendo melhor acesso à educação e serviços sociais (Justino et al., 2025).
No entanto, também se observou que os programas sociais muitas vezes enfrentam desafios na sua implementação, com disparidades regionais marcantes ditando a eficácia de tais medidas. Isso indica a necessidade de uma revisão contínua e adaptação das políticas para que possam atender de forma efetiva as populações mais vulneráveis. Além disso, o papel da sociedade civil e de organizações não-governamentais pode ser potenciado para preencher lacunas onde os programas estaduais não alcançam (Venancio et al., 2022).
Ademais, a interdependência entre condições econômicas e sociais exacerba o ciclo de pobreza, especialmente em áreas menos desenvolvidas. Crianças em condições precárias de vida têm maior probabilidade de vivenciar estresse ambiental, comprometendo seu desenvolvimento inicial saudável. Portanto, é crítica a implementação de estratégias que foquem não apenas na melhoria das condições econômicas, mas também no fortalecimento das capacidades parentais e no acesso a serviços de educação (Munhoz et al., 2022).
Portanto, entender como os fatores socioeconômicos se entrelaçam no desenvolvimento infantil é essencial para criar políticas públicas robustas que possam minimizar essas barreiras. Os esforços devem ser direcionados para promover ambientes familiares e comunitários que favoreçam o desenvolvimento, com particular atenção à personalização das intervenções para atender contextos locais específicos (Amine et al., 2023).
Os fatores ambientais e biológicos interagem de forma complexa para influenciar o desenvolvimento infantil. A nutrição adequada, especialmente nos primeiros anos de vida, é um fator determinante que afeta diretamente o crescimento físico e cognitivo. A revisão reforça que deficiências nutricionais, em particular a desnutrição, estão associadas a atrasos significativos no desenvolvimento. Programas de promoção da saúde que encorajam aleitamento materno e dietas nutritivas provam-se fundamentais nessa abordagem. Estas iniciativas devem ser adaptadas a cada realidade social e cultural, respeitando peculiaridades locais para maior eficiência (Carvalho et al., 2025).
Além disso, o ambiente familiar desempenha um papel crucial na promoção do desenvolvimento infantil (Teixeira et al., 2023). Relações parentais positivas e ambientes domésticos seguros são fatores comprovadamente benéficos, enquanto interações familiares disfuncionais estão associadas a problemas emocionais e comportamentais. Portanto, a abordagem deve ser holística, incluindo o fortalecimento de laços e interações saudáveis dentro da família como estratégia central (Briet; Mélo; Polastri, 2023).
As iniciativas globais para mitigar exposições a ambientes tóxicos têm sido promissoras na redução de comprometimentos no desenvolvimento (Scheffler; Bogin; Hermanussen, 2024). Assim, políticas ambientais devem priorizar a minimização de exposições a agentes nocivos, protegendo o ambiente onde as crianças se desenvolvem e vivem. A colaboração internacional é essencial para estabelecer regulamentações que assegurem ambientes físicos seguros (Santana et al., 2024).
Portanto, tanto os fatores biológicos quanto ambientais devem ser considerados em conjunto para o planejamento de estratégias públicas de desenvolvimento. Investir em pesquisas contínuas que explorem essas interações ajudará a desenvolver políticas que atendam às necessidades de cada região (Purkiewicz et al., 2025). A compreensão abrangente dessas influências interconectadas permite a formulação de intervenções mais eficazes para garantir o desenvolvimento saudável das crianças (Bresan et al., 2024).
A pandemia de COVID-19 apresentou desafios únicos ao desenvolvimento infantil, ao alterar drasticamente o cenário de crescimento das crianças. O fechamento de escolas e a interrupção de serviços essenciais destacaram as vulnerabilidades estruturais já existentes. O impacto sobre famílias de baixo nível socioeconômico foi desproporcional, ampliando as desigualdades no acesso a recursos educacionais e de saúde básicos, resultando em lacunas significativas no desenvolvimento cognitivo e social (Cordeiro et al., 2024).
Os programas governamentais desempenharam papéis significativos durante esse período crítico, fornecendo redes de segurança cruciais para famílias vulneráveis. Apesar de algumas limitações, iniciativas como o Programa Criança Feliz exemplificam esforços positivos para compensar déficits materiais e apoiar práticas parentais saudáveis em tempos de crise. Ainda assim, a eficácia desses programas varia e depende da capacidade de adaptação às necessidades emergentes e de manutenção de apoio contínuo (Silva et al., 2023).
A rápida necessidade de adaptação a plataformas de aprendizado digital destacou-se durante a pandemia (Oliveira et al., 2025). Embora essas soluções tenham se mostrado promissoras, elas também revelaram desigualdades em termos de acesso digital, que devem ser abordadas para garantir equidade educacional. Assim, políticas que incentivem a integração digital e que garantam acesso universal à tecnologia tornam-se fundamentais no planejamento educacional pós-pandemia (Rumor et al., 2022).
Os efeitos duradouros da pandemia sugerem que deve haver um reforço na preparação para futuras crises globais. Fortalecer o sistema de saúde pública, redes de segurança social e estruturas educacionais são passos cruciais para mitigar possíveis impactos futuros. Todas as evidências reforçam a importância de políticas proativas e adaptativas para garantir que o desenvolvimento infantil seja robusto frente a adversidades (Costa et al., 2022).
A nutrição está no cerne do desenvolvimento saudável, particularmente durante os primeiros dois anos de vida, comprovadamente críticos na formação das bases para o aprendizado futuro e saúde geral (Oliveira et al., 2023). Evidências revisadas sublinham que desnutrição é um impedimento significante, trazendo à superfície a necessidade de uma reavaliação dos programas de alimentação infantil para combater a insegurança alimentar generalizada. Políticas que incentivam práticas de amamentação e melhoram o acesso a dietas balanceadas têm mostrado melhorar significativamente os resultados de saúde infantil (Goldshtein et al., 2025).
A revisão destacou a importância de programas integrados que combinem assistência alimentar com educação nutricional, adaptada às necessidades culturais de cada região (Oliveira et al., 2022). Estes programas não somente sustentam a saúde física, mas também cultivam um entendimento cultural de práticas nutricionais saudáveis, garantindo uma abordagem autossustentável ao tratamento da desnutrição (Venancio et al., 2023).
Desafios em termos de acesso a alimentos nutritivos ainda persistem, especialmente dentro de populações economicamente desfavorecidas. Esforços para abordar essas disparidades estão em andamento, mas requerem um compromisso renovado das entidades governamentais e da cooperação internacional para que o impacto a longo prazo seja alcançado com êxito (Dantas et al., 2023).
Conclui-se que a promoção de uma alimentação saudável durante a infância deve ser uma prioridade em políticas públicas, a fim de assegurar que todas as crianças tenham a oportunidade de desenvolver plenamente suas capacidades físicas e mentais. Neste contexto, o apoio multissetorial e a colaboração internacional são imperativos (Freire; Garcia, 2024).
A abordagem multissetorial é crucial no desenvolvimento e implementação de políticas públicas que apoiem o crescimento infantil (Nemati et al., 2025). Uma das lições essenciais trazidas por este estudo é a importância de políticas inclusivas que unam saúde, educação e assistência social. Exemplos de sucesso incluem transferências condicionadas de renda e programas de visita domiciliar, que têm mostrado eficácia em mitigar impactos negativos associados a ambientes adversos e promover o bem-estar infantil (Dias et al., 2024).
A pandemia de COVID-19 espetacularizou a urgência dessas intervenções, demonstrando que políticas públicas bem desenvolvidas e intervenções governamentais rápidas podem prover redes de apoio essenciais em momentos de crise. Entretanto, para serem eficazes, tais políticas devem ser flexíveis e adaptáveis às condições locais e às necessidades emergentes (Silva et al., 2025).
Além disso, a participação comunitária é fundamental na formulação e implementação destas políticas. A inclusão ativa de comunidades locais no processo de tomada de decisão político pode elevar a eficiência das ações implementadas, assegurando que elas sejam relevantes e culturalmente apropriadas. Compreender as necessidades, valores e contribuições das comunidades é uma parte indissociável de políticas de sucesso (Lameira et al., 2022).
Portanto, enfatiza-se a importância contínua de investir em pesquisa científica que explore os determinantes do desenvolvimento infantil (Modesto et al., 2024). Estudos que orientem a política pública, assegurem o uso eficiente de recursos e proporcionem soluções equitativas são elementos críticos para permitir que todas as crianças desenvolvam seu pleno potencial. Ao priorizar políticas multifacetadas, adaptáveis e inclusivas, é possível estabelecer um caminho claro para o apoio contínuo ao desenvolvimento saudável das crianças em qualquer situação socioeconômica (Martins et al., 2025).
7. CONCLUSÃO
A revisão de literatura sobre os determinantes do crescimento e desenvolvimento na infância sublinha a complexidade e a interconexão dos fatores que influenciam esses processos cruciais. Os fatores socioeconômicos destacam-se como preponderantes, especialmente quando associados a condições econômicas desfavoráveis, que limitam o acesso a nutrição e educação adequadas. A pandemia de COVID-19 exacerbou essas desigualdades, evidenciando a necessidade urgente de estruturas de apoio resilientes para as crianças. Fatores biológicos e ambientais, como nutrição e interações familiares, também surgem como fundamentais, reforçando a importância de ambientes seguros e estimulantes para o desenvolvimento saudável. A pesquisa revela que políticas públicas integradas e adaptáveis são essenciais para atenuar os impactos negativos desses determinantes. O foco deve ser na promoção de intervenções multissetoriais que abordem desigualdades, fortaleçam as capacidades parentais e garantam o acesso equitativo a recursos essenciais, especialmente em tempos de crise. Ao investir em estratégias compreensivas e baseadas em evidências, é possível criar um ambiente propício para o pleno desenvolvimento das crianças, assegurando um futuro mais equitativo e promissor.
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