PREVALENCE, CLINICAL AND SOCIODEMOGRAPHIC CHARACTERIZATION OF ACNE IN BRAZILIAN YOUNG ADULTS: A CROSS-SECTIONAL STUDY
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cl10202506241544
Missine Ayse Mascarenhas Duarte1
Maria Franciele Araújo do Nascimento1
Matheaus Oliveira da Costa1
Samira Veras Cunha1
Guilherme Pertinni de Morais Gouveia2
RESUMO
A acne vulgar é uma condição dermatológica inflamatória que afeta adolescentes e adultos jovens, podendo causar impacto significativo na autoestima e na qualidade de vida. Apesar de sua alta prevalência, há lacunas na compreensão dos fatores associados em adultos jovens brasileiros. Este estudo transversal teve como objetivo determinar a prevalência, caracterizar clinicamente a acne e analisar sua relação com fatores sociodemográficos, hormonais e do estilo de vida. A pesquisa foi conduzida por meio de um questionário eletrônico aplicado a 623 voluntários, com idades entre 18 e 35 anos, recrutados em plataformas online e instituições de ensino. A maioria dos participantes foi do sexo feminino (69,8%), de raça parda (54,9%), com média de idade de 22,6 anos. A prevalência de acne ativa foi de 23,1%, com início em média aos 14 anos. Entre esses indivíduos, 40,9% relataram já ter realizado tratamento dermatológico. As lesões predominantes foram comedões, pápulas e pústulas, com maioria durando mais de três anos. A análise estatística não revelou associações significativas entre o consumo de alimentos gordurosos, laticínios, tabaco, álcool ou uso de creatina e anabolizantes com a presença de acne. Similarmente, fatores hormonais e conteúdos socioeconômicos também não apresentaram correlações relevantes. Os resultados sugerem que, embora hábitos considerados potencialmente agravantes sejam comuns, fatores genéticos, hormonais e psicossociais podem ter maior influência no desenvolvimento da condição. Os achados reforçam a importância de uma abordagem multidisciplinar, que contemple aspectos clínicos e emocionais, no manejo da acne. Conclui-se que a prevalência de acne em jovens adultos brasileiros é expressiva, mas sua relação com fatores de estilo de vida ainda requer investigações futuras, preferencialmente de análise longitudinal, para esclarecer causas e ampliar estratégias de prevenção e tratamento eficazes.
Palavras-chave: Acne vulgar. Prevalência. Jovens adultos. Fatores sociodemográficos. Hábitos de vida.
1. INTRODUÇÃO
A acne vulgar é uma condição dermatológica crônica que afeta o folículo pilossebáceo, apresentando uma prevalência significativa em adolescentes e adultos jovens, atingindo aproximadamente 85% dos indivíduos entre 12 e 24 anos (GONZÁLEZ-MONDRAGÓN et al., 2022). Globalmente, é reconhecida como uma das afecções cutâneas mais comuns, manifestando maior severidade em homens e um aumento de frequência em mulheres após os 20 anos, podendo ser classificada em inflamatória e não inflamatória (KUTLU et al., 2023). A colonização do folículo pilossebáceo por Propionibacterium acnes (P. acnes) é um fator central na patogênese da acne, influenciando diretamente a resposta inflamatória da pele. A superprodução de sebo, combinada com a obstrução folicular, cria um ambiente ideal para a proliferação de P. acnes, culminando na liberação de mediadores inflamatórios que desencadeiam a inflamação peculiar. Embora P. acnes seja essencial para a homeostase cutânea e a prevenção de colonização por outros patógenos, ela pode, sob certas condições, atuar como um patógeno oportunista na acne vulgar (DRÉNO, 2018; ATTWA et al., 2019). O manejo terapêutico da acne foca no controle da produção de sebo, na normalização da epitelização folicular, na inibição da proliferação de P. acnes e na redução da inflamação.
Contudo, a acne transcende as manifestações físicas, e o seu grau de severidade está diretamente relacionado à insegurança e aos transtornos na vida social do paciente. Em um cenário contemporâneo de forte influência das mídias sociais, que promovem uma busca incessante por padrões de perfeição estética, as consequências da acne podem ser intensificadas, afetando o vestuário, os relacionamentos e o lazer (NEVES et al., 2021). Adicionalmente, fatores psicológicos, como o estresse emocional, demonstram uma ação direta na pele, podendo exacerbar o processo acneico ao induzir alterações hormonais que desencadeiam e agravam o quadro (TOLEDO, 2018). Essa complexa interação entre fatores biológicos, psicológicos e sociais levanta questões importantes sobre a amplitude do problema e a necessidade de uma abordagem mais integrada.
Embora a prevalência da acne seja amplamente documentada, persistem incertezas e a necessidade de aprofundar a compreensão sobre os múltiplos fatores associados, especialmente em populações específicas como adultos jovens brasileiros. Nesse contexto, a presente pesquisa surge da problematização da lacuna de conhecimento aprofundado sobre a prevalência da acne e seus diversos correlatos em adultos jovens brasileiros, considerando a influência de fatores sociodemográficos, hormonais, comportamentais e do estilo de vida. A investigação é crucial para preencher essa lacuna, fornecendo dados específicos para a população brasileira que podem subsidiar políticas de saúde e estratégias de intervenção mais direcionadas.
A justificativa para este estudo reside na significância teórica e prática de seus potenciais resultados. Teoricamente, a pesquisa contribuirá para a expansão do conhecimento sobre a epidemiologia da acne, ao identificar padrões e associações específicas em uma população pouco explorada de forma tão abrangente, como os adultos jovens brasileiros. Os resultados poderão refinar a compreensão dos mecanismos subjacentes à acne e sua interação com fatores externos e internos, especialmente os hábitos de vida, temas que ainda demandam maior elucidação em diversos contextos. Do ponto de vista prático, os dados coletados permitirão o desenvolvimento de estratégias de prevenção e tratamento mais eficazes e personalizadas. Ao identificar os fatores mais relevantes associados à acne, profissionais de saúde poderão oferecer um suporte mais abrangente, que vai além do tratamento dermatológico.
Assim, objetivou-se investigar a prevalência da acne em adultos jovens brasileiros (18 a 35 anos) e sua relação com fatores sociodemográficos, hormonais, comportamentais, aspectos do estilo de vida.
2. MATERIAIS E MÉTODOS
Trata-se de um estudo transversal, de abordagem quantitativa. O estudo seguiu as diretrizes do Strengthening the Reporting of Observational Studies in Epidemiology (STROBE), que visam garantir maior transparência, rigor metodológico e padronização na elaboração de estudos observacionais (VON ELM et al., 2014).
Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPAR), conforme parecer nº 7.512.899, em conformidade com a Resolução nº 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde e os princípios da Declaração de Helsinque.
O cálculo amostral foi realizado por meio do software G*Power 3.1, utilizando o modelo de regressão linear bivariada (teste t para inclinação de uma regressão simples). Adotaram-se os seguintes parâmetros: teste unilateral, valor da inclinação sob a hipótese alternativa (H1 = 0,131), inclinação sob a hipótese nula (H0 = 0), erro alfa (α = 0,05) e poder estatístico (1-β = 0,95). As estimativas de desvio padrão para as variáveis independentes e dependentes foram consideradas iguais a 1, assumindo distribuição padronizada. A partir desses parâmetros, foi determinada uma necessidade mínima de 623 participantes, garantindo um poder estatístico de 95% para detecção do efeito especificado, com risco de erro tipo I de 5%. Este cálculo considerou um parâmetro de não centralidade de δ = 3,29, valor crítico de t = 1,647, e 620 graus de liberdade.
A coleta de dados foi realizada por meio de um formulário eletrônico autoaplicável, disponibilizado na plataforma online Google Forms, contendo questões estruturadas. O formulário foi amplamente divulgado em redes sociais e aplicativos de mensagens, visando atingir um público diversificado dentro da faixa etária delimitada, e também de forma presencial pelas pesquisadoras responsáveis pelo estudo em universidades da cidade de Parnaíba-PI.
Foram incluídos neste estudo voluntários independentemente do gênero, com idade entre 18 e 35 anos, residentes em qualquer região do Brasil, que apresentaram ou não acne ativa no momento da coleta de dados, desde que tenham histórico prévio da condição de até 6 meses. Os participantes deveriam ser capazes de compreender plenamente as questões apresentadas no questionário, redigido em língua portuguesa, e responder de forma autônoma, sem auxílio de terceiros. Além disso, foram incluídos aqueles que concordaram em participar da pesquisa, por meio da assinatura eletrônica do Termo de consentimento livre e esclarecido e envio completo do formulário eletrônico.
Foram excluídos do estudo, os voluntários que apresentaram diagnóstico clínico de doenças dermatológicas crônicas que não estavam diretamente relacionadas à acne; aqueles que estivessem em uso contínuo de medicações para condições psiquiátricas ou neurológicas como antidepressivos, ansiolíticos ou antipsicóticos que pudessem influenciar de maneira significativa no estresse ou na qualidade de vida, a menos que tais medicamentos estejam sendo utilizados especificamente no contexto do tratamento da acne.
A análise estatística foi realizada no software IBM SPSS Statistics, versão 26.0. As variáveis contínuas foram descritas por meio de média, desvio padrão, valores mínimo e máximo, enquanto as variáveis categóricas foram apresentadas em frequências absolutas e relativas (%).
Para verificar a existência de associação entre a presença de acne e as variáveis categóricas — como gênero, consumo de laticínios, alimentos gordurosos, tabagismo, etilismo, uso de creatina e uso de anabolizantes —, foi aplicado o teste de Qui-Quadrado de Pearson (χ²). Adicionalmente, foram calculadas as razões de chances (Odds Ratio – OR), acompanhadas de seus respectivos intervalos de confiança de 95% (IC95%), a fim de estimar a magnitude da associação entre os fatores analisados e a ocorrência de acne.
Além disso, foi aplicada a regressão linear bivariada, com o objetivo de avaliar a relação entre variáveis contínuas, permitindo estimar a influência de uma variável preditora sobre uma variável de desfecho contínua. Este modelo foi utilizado para identificar possíveis relações lineares diretas, quantificando o grau e a direção da associação entre os fatores analisados. O nível de significância adotado para todas as análises foi de 5% (p < 0,05).
3. RESULTADOS
Caracterização da amostra
O presente estudo contou com a participação de 623 voluntários, média de idade de 22,62 + 4,71 anos (18-49). A média de altura foi de 1,65 + 0,09 metros, peso médio de 65,22 + 13,85 Kg e índice de massa corporal médio de 23,8 + 4,22 Kg/m², situando-se dentro da faixa de eutrofia.
Quanto ao perfil sociodemográfico, a maioria dos participantes se autodeclarou do sexo feminino (69,8%), seguido por masculino (29,9%) e não binário (0,3%). Em relação à raça/etnia, prevaleceram pessoas pardas (54,9%), brancos (34,8%), pretos (8,8%), amarelos (1,1%) e indígenas (0,3%). A análise do estado civil revelou predomínio de solteiros (91,5%), logo após vem os por casados (7,1%), em união estável (1%), divorciados (0,3%) e viúvos (0,2%).
No que se refere à escolaridade, a maioria possuía ensino superior incompleto (52,5%), seguido por ensino médio completo (27,9%), ensino superior completo (8,5%), pós-graduação (5,6%) e ensino médio incompleto (5,1%).
Prevalência e perfil clínico da acne
A prevalência de acne na amostra foi de 23,1% (n = 144). O início da manifestação da acne ocorreu, em média, aos 14,04 + 3,37 anos.
Entre os participantes com acne, quanto ao tipo de lesão predominante, destacaram-se comedões (52,2%), seguidos de pápulas (29,5%), pústulas (16,2%) e nódulos ou cistos (2,1%).
Quanto ao tempo de duração da acne, 43,3% relataram quadro persistente por mais de três anos, 35,6% inferior a seis meses, 11,6% entre um e três anos e 9,5% entre seis meses e um ano.
A análise do histórico familiar indicou que 49% relataram ter parentes com histórico de acne, enquanto 30,8% não apresentavam esse histórico e 20,2% não sabiam informar.
Aspectos terapêuticos relacionados à acne
Dos participantes com histórico de acne, 40,9% afirmaram já ter realizado algum tipo de tratamento, enquanto 59,1% nunca buscaram intervenções. Entre os que trataram, os métodos mais frequentes foram o uso de medicamentos tópicos (20,9%), a combinação de medicamentos tópicos com orais (6,6%), o uso combinado de tópicos, orais e procedimentos estéticos (3,5%), procedimentos estéticos isolados (3,0%) e medicamentos tópicos associados a procedimentos estéticos (1,6%).
Percepção da Pele e Impacto Psicossocial
A percepção da aparência atual da pele foi considerada regular (49,8%), sendo posteriormente boa (28,1%), ruim (14,3%), excelente (5,3%) e muito ruim (2,6%).
Quanto ao impacto na autoestima, 43,6% relataram que sua pele influencia muito na sua autoestima, 30,4% moderadamente, 16,4% pouco, e 9,6% afirmaram que não interferem.
A acne também foi percebida como interferindo no desempenho acadêmico por 18,9% dos participantes, enquanto 21,2% relataram que isso ocorre às vezes e 59,9% não percebem essa influência. Cerca de 40,8% relataram já ter sido alvo de comentários negativos sobre sua pele.
Hábitos de cuidados com a pele
Em relação aos hábitos de cuidados, 68,1% fazem uso regular de produtos para pele acneica, 58,4% utilizam sabonete específico, 49,3% usam hidratante facial, 51% utilizam protetor solar diariamente, 12,8% usam tônicos faciais, 28,1% fazem uso de esfoliantes e 18,9% utilizam ácidos tópicos.
A frequência de higienização facial mostrou que 47,2% lavam o rosto duas vezes ao dia, 28,1% mais de duas vezes, 13,3% uma vez ao dia e 11,4% de forma esporádica.
Procedimentos estéticos e estratégias de camuflagem
Entre os procedimentos estéticos, 34,2% já realizaram algum procedimento para acne ou pele oleosa, 32,6% fizeram limpeza de pele, 9,3% já fizeram peeling e 0,5% recorreram ao microagulhamento.
Além disso, 25,8% referiram utilizar maquiagem frequentemente para disfarçar a acne, 20,9% às vezes e 53,3% não utilizam. Práticas como esconder o rosto em ambientes sociais foram relatadas por 20,2% dos participantes.
Autocuidado e uso de produtos sem prescrição
Cerca de 32,6% relataram o uso de produtos para acne sem prescrição profissional. Além disso, 21,8% interromperam algum tratamento em decorrência de efeitos colaterais ou frustração com os resultados.
Condições dermatológicas associadas
As queixas dermatológicas associadas mais frequentes foram dermatite (10,9%), hiperpigmentação/manchas (10,5%), rosácea (5,5%), queratose pilar (1,6%) e outras (≤0,3%) foram pouco frequentes, como psoríase, queloide, foliculite e alergias.
Cicatrizes e manchas pós-acne
Em relação às sequelas, 45,9% apresentam cicatrizes leves, 17,7% cicatrizes moderadas, e 1,8% cicatrizes graves. Apenas 34,7% não apresentam cicatrizes. Manchas pós-inflamatórias foram relatadas por 45,3%, enquanto 35,2% referiram que ocorrem às vezes e 19,6% não apresentaram manchas.
Fatores comportamentais e estilo de vida
O consumo de alimentos gordurosos foi elevado, com 29,9% relatando consumo diário e 52% de duas a três vezes por semana. O consumo de laticínios também foi expressivo, sendo 42,7% diário e 39,8% regular.
O uso de substâncias como tabaco (3,7%) e álcool (7,2%) foi relativamente baixo. O uso de anabolizantes e hormônios sintéticos foi reportado por 3,5%, e o consumo de creatina por 20,2%.
Associação entre Hábitos de Vida e Presença de Acne
A análise da associação entre os hábitos de vida e a presença de acne revelou que não foram encontradas associações estatisticamente significativas para as variáveis analisadas.
Quanto ao consumo de alimentos gordurosos, a maioria dos participantes relatou consumi-los de duas a três vezes por semana (52,0%), seguido de consumo diário (29,9%). A prevalência de acne foi de 26,9% entre os que consumiam alimentos gordurosos de duas a três vezes por semana, 20,4% entre os que consumiam diariamente e 17,1% entre os que consumiam raramente. Entretanto, não foi observada associação estatisticamente significativa entre o consumo de alimentos gordurosos e a presença de acne (χ² = 6,149; p = 0,105).
Entre os participantes tabagistas (3,7% da amostra), a prevalência de acne foi de 30,4%, enquanto nos não tabagistas foi de 22,8%. Apesar da diferença aparente, não houve associação estatisticamente significativa entre tabagismo e acne (χ² = 0,720; p = 0,396). A análise da razão de chances (OR = 1,479; IC95%: 0,596–3,667) também não indicou efeito significativo.
Quanto ao consumo de álcool foi relatado por 7,2% da amostra. A prevalência de acne entre etilistas foi de 31,1%, comparado a 22,5% nos não etilistas. Ainda assim, não foi observada associação significativa entre etilismo e presença de acne (χ² = 1,746; p = 0,186). A razão de chances foi de OR = 1,556 (IC95%: 0,804–3,013), não atingindo significância estatística.
Em relação ao consumo diário de laticínios foi relatado por 42,7% da amostra. Entre estes, a prevalência de acne foi de 26,3%, comparado a 21,4% nos que consumiam regularmente, 19,8% nos que consumiam ocasionalmente e 17,9% nos que não consumiam. Apesar da tendência aparente, não houve associação estatisticamente significativa (χ² = 2,909; p = 0,406).
Dos participantes, 3,5% relataram uso de anabolizantes ou hormônios sintéticos. A prevalência de acne nesse grupo foi de 27,3%, enquanto nos não usuários foi de 23,0%, sem diferença estatisticamente significativa (χ² = 0,222; p = 0,638). A razão de chances foi de OR = 1,258 (IC95%: 0,483–3,277).
Quanto ao uso de creatina foi relatado por 20,2% dos participantes. A prevalência de acne neste grupo foi de 27,0%, em comparação com 22,1% entre os não usuários. Contudo, a associação não foi estatisticamente significativa (χ² = 1,331; p = 0,249). A razão de chances foi de OR = 1,300 (IC95%: 0,832–2,033).
Associação entre gênero e presença de acne
A análise da distribuição da acne segundo o gênero revelou que, dentre os participantes do sexo masculino (29,9% da amostra), a prevalência de acne foi de 21,0%, enquanto entre as mulheres (69,8% da amostra) foi de 23,9%. Entre os indivíduos que se identificaram como não binários (0,3% da amostra), a prevalência foi de 50,0%, porém este dado deve ser interpretado com cautela devido ao número reduzido de participantes neste grupo (n=2).
Apesar das diferenças percentuais observadas, não foi identificada associação estatisticamente significativa entre gênero e a presença de acne (χ² = 1,450; p = 0,484).
A distribuição proporcional dentro do grupo de participantes com acne foi de 72,2% do sexo feminino, 27,1% do sexo masculino e 0,7% não binário, refletindo a composição geral da amostra.
Não foram observados dados ausentes relevantes, uma vez que o questionário eletrônico foi programado para exigir o preenchimento obrigatório de todas as questões objetivas antes do envio.
4. DISCUSSÃO
A acne é uma condição que comumente afeta adolescentes, geralmente iniciando na puberdade. No entanto, autores destacam a existência da acne juvenil em adultos jovens, o que vem ganhando crescente atenção. Embora a maioria dos estudos, como o de Barros et al. (2020), aponte para uma maior incidência e gravidade em indivíduos do sexo masculino, outras pesquisas, a exemplo de Vieira e Cardoso (2018), revelam um número significativo na população adulta, com um índice crescente de acometimento no sexo feminino. Este último achado, inclusive, é corroborado pelos resultados de nossa pesquisa, na qual observamos uma clara predominância do sexo feminino entre os participantes com acne.
Em relação ao quadro clínico, nossa pesquisa revelou uma predominância de comedões entre os indivíduos afetados pela acne. Esse resultado está alinhado com a tendência previamente demonstrada por Tan et al. (2015), que correlacionam esse tipo de lesão à forma menos inflamatória da acne na fase adulta. Além disso, a maior extensão dos quadros de acne em nossa amostra, com 43,3% dos participantes relatando persistência por mais de três anos, também se harmoniza com a literatura. Isso sugere uma condição crônica que, conforme Dréno et al. (2018), tende à perpetuação na ausência de tratamento apropriado.
A relação entre acne e fatores hormonais é um campo de crescente interesse, especialmente em mulheres adultas, devido às suas marcantes flutuações hormonais. Fatores como uso de anticoncepcionais, Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP), hiperandrogenismo e esteroides anabolizantes são frequentemente investigados. Em um estudo de caso-controle na Itália, Di Landro et al. (2016) encontraram associações entre acne adulta feminina e histórico familiar (pais, OR=3,02; irmãos, OR=2,40), além de acne na adolescência (OR=5,44) e hirsutismo (OR=3,50). Embora nossa análise não tenha investigado condições hormonais específicas, o alto percentual de mulheres com acne em nossa amostra (72,2% do sexo feminino) sugere que essa é uma área relevante para futuras investigações, dado que o hiperandrogenismo, por exemplo, é um denominador comum frequentemente manifestado por meio da acne.
Nosso estudo também apontou que quase metade dos participantes (49%) relatou ter histórico familiar de acne. Este achado significativo corrobora a hipótese de predisposição genética, conforme indicado por Sánchez et al. (2022), que enfatiza a hereditariedade como um dos principais fatores de risco para o surgimento e a persistência da acne. Este dado ressalta a importância de considerar o histórico familiar na avaliação e manejo da acne.
No entanto, a influência dos hábitos de vida sobre a acne continua sendo um tema debatido na literatura, com estudos apresentando resultados variados. Fatores como dieta, tabagismo, álcool, laticínios e suplementos são comumente explorados. Melnik (2011), por exemplo, estabelece uma associação entre a ingestão excessiva de laticínios e alimentos com elevado índice glicêmico e a piora da acne, principalmente entre jovens adultos. Contudo, o próprio autor admite limitações metodológicas em seus trabalhos. Surpreendentemente, em nossa pesquisa, apesar do elevado consumo de alimentos gordurosos e laticínios relatado pelos participantes, não encontramos associações estatisticamente significativas entre esses hábitos (incluindo tabagismo, álcool e uso de suplementos) e a presença de acne. Essa ausência de correlação também foi observada por Bagatin et al. (2014) em adolescentes brasileiros, sugerindo que a inconsistência pode advir de métodos distintos e da dificuldade de isolar variáveis em um contexto multifatorial.
Dréno et al. (2018) também não observaram relação com atividade física ou consumo de laticínios, mas associaram tabagismo a formas mais graves de acne, possivelmente devido à alteração do sebo e formação de microcomedões. Em contraste, Xia et al. (2024) verificaram que exercícios físicos protegem contra a acne (OR=0,31), enquanto o uso excessivo de eletrônicos eleva o risco (OR=2,24), possivelmente pela ação da luz azul e estresse oxidativo. Essa disparidade de resultados na literatura, juntamente com os nossos achados, reforça a complexidade em estabelecer correlações definitivas entre hábitos de vida e acne.
Apesar de a literatura, como a pesquisa de Amuzescu et al. (2024), frequentemente sinalizar uma maior prevalência de acne em adultos, nosso estudo não identificou uma associação estatisticamente significativa entre gênero e a presença de acne, mesmo com a prevalência sendo de 23,9% nas mulheres e 21,0% nos homens. Este achado sugere que, dentro de nossa amostra e metodologia, o gênero não foi um fator determinante para a ocorrência da acne.
O impacto da acne na percepção da pele e no bem-estar psicossocial foi um achado marcante em nossa pesquisa, com 43,6% dos participantes relatando que sua pele influencia “muito” sua autoestima. A presença de cicatrizes (65,4%) e manchas pós-inflamatórias (45,3%) resultantes de inflamações anteriores intensifica esse sofrimento, conforme salientado por Dréno et al. (2018), que identificam essas sequelas como elementos que contribuem para a continuidade da insatisfação com a aparência, mesmo após a resolução das lesões ativas. Além disso, o relato de 40,8% dos participantes sobre comentários negativos acerca de sua pele evidencia o estigma social ainda associado à condição.
É preocupante o fato de que um terço dos participantes (32,6%) em nosso estudo relatou o uso de produtos dermatológicos para acne sem orientação médica. Essa intensa utilização de produtos sem prescrição, amplamente abordada na literatura, indica uma tendência alarmante. Tal conduta pode estar associada à vasta disponibilidade de produtos cosméticos e à crescente influência das redes sociais, que frequentemente divulgam soluções estéticas simplificadas e desprovidas de fundamentação baseada em evidências, conforme evidenciado no estudo transversal de Taha et al. (2025). Taha et al. (2025) observaram que quase um terço dos participantes relatou usar produtos de venda livre, o que se correlacionou tanto com a gravidade da acne quanto com o recebimento de um diagnóstico profissional. Alrabiah et al. (2022) relatou taxas de uso de produtos livres de 44,3% para produtos de limpeza e 13,9% para produtos leave-on. Em contraste, um estudo na Turquia de Duru et al. (2021) relatou taxas mais baixas de 10,6% para produtos de limpeza e 2,5% para hidratantes.
O interesse por tratamentos estéticos também se destacou em nossa pesquisa, com 34,2% dos participantes realizando algum procedimento para acne ou pele oleosa, e 25,8% utilizando maquiagem frequentemente para disfarçar a acne. Este dado corrobora pesquisas como a de Jafferany e Franca (2019), que indicam o crescimento da indústria de cosméticos como uma resposta à demanda cada vez maior por soluções imediatas para questões estéticas e emocionais resultantes da acne. Contudo, esse movimento, embora vantajoso quando associado ao acompanhamento dermatológico, também pode encobrir a necessidade de um tratamento clínico e de um suporte psicológico integrados.
Apesar da relevância dos achados, é importante reconhecer que a interpretação dos resultados exige cautela quanto à sua generalização. Isso se deve, primeiramente, à possibilidade de viés de seleção, uma vez que a participação foi voluntária e a divulgação do questionário ocorreu via redes sociais, o que pode ter limitado a representatividade da amostra. Além disso, o uso de questionários autoaplicáveis pode ter introduzido viés de memória ou de desejabilidade social nas respostas. Consequentemente, a amostra foi predominantemente composta por jovens adultos com acesso à internet e elevado nível educacional. Para uma validação externa dos achados e uma compreensão mais abrangente, recomenda-se, portanto, a realização de estudos futuros com amostras mais diversas e representativas de diferentes contextos sociais e regionais.
Nesse contexto, sugere-se que futuras pesquisas sejam de natureza longitudinal, incluindo supervisão clínica dermatológica, avaliação de biomarcadores hormonais e inflamatórios, além da integração de métodos qualitativos que investiguem o impacto subjetivo da acne na vida dos indivíduos. Essas abordagens podem, portanto, proporcionar uma perspectiva mais completa e exata sobre a etiologia e as consequências dessa condição.
Desse modo, as descobertas deste estudo auxiliam na compreensão da acne entre os jovens brasileiros, ao mesmo tempo que enfatizam a necessidade de abordagens integradas em termos clínicos, psicossociais e educacionais. Isso destaca a acne como uma condição dermatológica que possui repercussões significativas para além da pele.
5. CONCLUSÃO
O presente estudo revelou uma prevalência de acne de 23,1% em adultos jovens brasileiros, com início predominantemente na adolescência. A maior parte dos indivíduos com acne apresentou lesões do tipo comedões, seguidas de pápulas e pústulas, e uma considerável proporção referiu quadros de longa duração, superior a três anos.
Do ponto de vista sociodemográfico, observou-se predomínio do sexo feminino, indivíduos de raça parda e com nível de escolaridade superior incompleto. A percepção da pele demonstrou impacto substancial na autoestima e, em menor proporção, no desempenho acadêmico, além de uma expressiva ocorrência de cicatrizes e manchas pós-inflamatórias, evidenciando o relevante impacto psicossocial da condição.
Apesar da elevada frequência de hábitos considerados potencialmente agravantes, como consumo regular de alimentos gordurosos e laticínios, não foram encontradas associações estatisticamente significativas entre esses fatores de estilo de vida e a presença de acne, assim como para o uso de tabaco, álcool, creatina ou anabolizantes. Da mesma forma, não foi observada associação significativa entre gênero e ocorrência de acne.
Esses achados reforçam que, embora fatores comportamentais sejam frequentemente apontados como potenciais desencadeadores ou agravantes da acne, eles não se mostraram estatisticamente associados no presente estudo. Os resultados destacam a necessidade de considerar, além dos aspectos comportamentais, os fatores genéticos, hormonais e psicossociais no manejo da acne, bem como a importância de abordagens terapêuticas que contemplem não apenas o tratamento dermatológico, mas também o cuidado com a saúde emocional dos indivíduos acometidos.
6. FINANCIAMENTO
Este estudo não recebeu apoio financeiro de agências de fomento, instituições públicas ou privadas. Os autores declaram que não há conflitos de interesse.
REFERÊNCIAS
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1Discente do Curso Superior de Fisioterapia da Universidade Federal do Delta do Parnaíba Campus Ministro Reis Velloso e-mail: mariafrancielearaujo@gmail.com / Discente do Curso Superior de Fisioterapia da Universidade Federal do Delta do Parnaíba Campus Ministro Reis Velloso e-mail: missineayse@ufdpar.edu.br / Fisioterapeuta graduado na Universidade Federal do Delta do Parnaíba Campus Ministro Reis Velloso e-mail: matheaus.201990@gmail.com / Fisioterapeuta graduado na Universidade Federal do Delta do Parnaíba Campus Ministro Reis Velloso e-mail: samiraveras@gmail.com
2Docente do Curso Superior de Fisioterapia da Universidade Federal do Delta do Parnaíba Campus Ministro Reis Veloso. Doutorado em Ciências Médico-Cirúrgicas pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e-mail: gpfatufpi@gmail.com