THE DIFFICULTIES ENCOUNTERED IN THE NURSE’S CARE FOR PATIENTS WITH ASD (AUTISM SPECTRUM DISORDER)
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cl10202506101646
Andreina Lendengues Costa1
Lenon Figueredo Ferreira1
Luena Gabrielly Câmara1
Valessa Oliveira Pereira1
Marcela de Cássia Cavalcante Lima1
Jamily Karoliny da Silva Miranda2
Resumo
O artigo aborda o papel do enfermeiro no cuidado de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), enfatizando a importância dessa atuação em um contexto de crescente prevalência da condição. A pesquisa investiga como a enfermagem pode contribuir para a promoção da saúde e bem-estar de pacientes com TEA e suas famílias, destacando a abordagem multidisciplinar necessária para um cuidado integral. Utilizando métodos qualitativos e quantitativos, o estudo analisa as dificuldades enfrentadas pelos enfermeiros e a lacuna na formação acadêmica que limita a prática de um atendimento humanizado. Os resultados indicam que, embora o enfermeiro desempenhe um papel fundamental na identificação de necessidades e no desenvolvimento de intervenções, a falta de diretrizes claras e de capacitação específica afeta negativamente a qualidade do cuidado. A pesquisa propõe diretrizes que visam aprimorar a formação profissional e promover um atendimento mais inclusivo, ressaltando a importância do suporte à família e da educação em saúde. Com isso, o estudo não apenas enriquece a literatura sobre o tema, mas também sugere um modelo prático que pode ser adotado para melhorar a atuação dos enfermeiros no contexto do TEA, evidenciando a urgência de um fortalecimento nas práticas de cuidado e na formação profissional.
Palavras-chave: Transtorno do Espectro Autista. Enfermagem. Cuidado integral. Formação profissional. Inclusão social.
1. INTRODUÇÃO
O transtorno do espectro autista (TEA) é uma condição neurodesenvolvimental que afeta a comunicação, o comportamento e as interações sociais, apresentando uma prevalência crescente em todo o mundo. De acordo com dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, em 2020, a prevalência do Transtorno do Espectro Autista (TEA) era de 1 em cada 54 crianças de 8 anos nos Estados Unidos
No Brasil, estima-se que cerca de 5,95 milhões de pessoas tenham autismo, segundo dados do Censo Escolar de 2024. A literatura aponta que o cuidado integral envolve uma abordagem multidisciplinar, onde o enfermeiro atua como um agente facilitador no processo de cuidado, sendo responsável por identificar necessidades específicas, desenvolver intervenções adequadas e promover a educação em saúde (SILVA et al., 2021). No entanto, apesar da relevância do enfermeiro nesse contexto, observa-se uma lacuna na formação acadêmica e na prática profissional, que muitas vezes não contempla adequadamente as especificidades do cuidado ao paciente com TEA (PEREIRA, 2022).
As problemáticas que orientam esta pesquisa são: Qual a causa do crescimento de diagnóstico de TEA? Quais as principais dificuldades enfrentadas pelo paciente com TEA e sua família? Quando há necessidade de intervenção medicamentosa? Essa problemática é refletida na escassez de diretrizes claras e na falta de capacitação específica para os profissionais de enfermagem, o que pode impactar negativamente a qualidade do cuidado prestado (ALMEIDA et al., 2023). Assim, investigar as competências e habilidades necessárias para a prática de enfermagem no contexto do TEA é uma oportunidade para contribuir com novos conhecimentos e práticas que visem à melhoria do atendimento (ALMEIDA, 2022).
Portanto, a presente pesquisa se propõe a investigar e discutir a atuação do enfermeiro no cuidado integral à pessoa com transtorno do espectro autista, contribuindo assim para o fortalecimento da enfermagem na promoção de um cuidado mais inclusivo e eficaz. A relevância deste estudo se dá não apenas pela necessidade urgente de formação e capacitação profissional, mas também pela busca por um atendimento que respeite e valorize as particularidades de cada indivíduo no espectro autista.
Os objetivos deste estudo incluem: objetivo geral: analisar o papel do enfermeiro no cuidado a pessoas com TEA. Objetivos específicos: Expor conceitos sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA); identificar as principais dificuldades enfrentadas pelos enfermeiros no atendimento à pessoa com TEA; Analisar e expor diretrizes que possam embasar uma prática mais efetiva e humanizada. A justificativa para a realização desta pesquisa está fundamentada na importância de promover um cuidado de saúde que considere as especificidades do paciente com autismo, visando não apenas à melhoria da qualidade de vida, mas também à inclusão social e à valorização da singularidade de cada indivíduo (COSTA, 2021).
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA OU REVISÃO DA LITERATURA
2.1 Visão geral sobre o Transtorno do Espectro Autista
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um distúrbio do desenvolvimento neurológico caracterizado por dificuldades na comunicação e interação social, além de comportamentos repetitivos e restritivos. Ele é chamado de “espectro” por englobar diferentes níveis de comprometimento em cada uma dessas áreas, variando desde quadros mais leves até casos mais graves (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2022).
O TEA pode ser identificado desde os primeiros anos de vida, com sinais que incluem atraso na linguagem, falta de contato visual, dificuldades em brincar com outras crianças e padrões repetitivos de comportamento. Algumas das características comuns em pessoas com TEA incluem a falta de expressão facial, dificuldades em compreender a linguagem não verbal (como gestos e expressões faciais), dificuldade em iniciar ou manter uma conversa e comportamentos repetitivos como balançar as mãos, bater a cabeça contra objetos ou realizar movimentos estereotipados (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2022).
Ao longo do tempo, a compreensão científica do TEA vem evoluindo e hoje sabemos que ele não é causado por fatores psicológicos ou emocionais, mas sim por uma combinação de fatores genéticos e ambientais. Estudos indicam que ele afeta aproximadamente 1 em cada 160 crianças em todo o mundo, sendo mais frequente em meninos do que em meninas (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2022).
Segundo Costa (2021) ainda não existe uma causa exata conhecida para o TEA, mas acredita-se que múltiplos fatores estejam envolvidos, incluindo a predisposição genética, distúrbios neurológicos, fatores ambientais (como exposição a substâncias neurotóxicas) e problemas durante a gestação ou no momento do parto. Ainda que não possamos apontar claramente uma causa única do TEA, é claro que ele não é causado por um único fator, mas sim por uma combinação deles.
O diagnóstico do TEA é feito por meio da avaliação clínica, levando em conta histórico clínico, desenvolvimento da criança e observação do comportamento. O profissional responsável pela avaliação pode ser um psiquiatra, psicólogo, neuropediatra ou terapeuta ocupacional, dentre outros. É importante que os pais estejam atentos desde cedo para possíveis sinais de TEA e procurar a avaliação de um profissional em caso de dúvidas (BRASIL, 2019).
O tratamento para o TEA depende muito do grau de comprometimento e das necessidades individuais de cada pessoa. Uma abordagem mais comum é a terapia comportamental, que pode ajudar a criança a desenvolver habilidades sociais e de comunicação, além de reduzir comportamentos estereotipados e repetitivos. Alguns exemplos de técnicas utilizadas incluem a análise do comportamento aplicada e a terapia cognitivo-comportamental (ALMEIDA, 2022).
Também podem ser úteis outras formas de intervenção, como a terapia ocupacional, fisioterapia, fonoaudiologia e sessões com um terapeuta de família. Medicamentos também podem ser prescritos em casos mais graves, como para diminuição de comportamentos agressivos ou problemas de sono (CUNHA, 2023).
Almeida (2022, p. 35) descreve o TEA como “um distúrbio que pode impactar de maneira significativa a vida da pessoa afetada e de sua família”. No entanto, com o diagnóstico precoce e a intervenção adequada, é possível auxiliar no desenvolvimento de habilidades sociais, de comunicação e comportamentos mais saudáveis. É importante que haja maior divulgação e conscientização sobre o TEA, para que seja possível oferecer melhor qualidade de vida a quem convive com ele.
Segundo a American Psychiatric Association (2022) os graus de autismo, ou níveis, são determinados pela intensidade dos sintomas e do impacto que a condição tem na vida do indivíduo. A Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID-11) divide o autismo em três níveis:
– Nível 1 – Autismo Leve: Indivíduos com nível 1 apresentam dificuldades em compreender as normas sociais, dificuldades na comunicação social e na interação com os outros. No entanto, em geral, essas dificuldades não prejudicam a capacidade de funcionar em casa, no trabalho ou em outros lugares da comunidade. Os indivíduos com autismo leve podem ter dificuldade em iniciar ou manter uma conversa, em compreender piadas e sarcasmo, em estabelecer amizades e em interpretar sinais emocionais.
– Nível 2 – Autismo Moderado: Indivíduos com nível 2 apresentam dificuldades mais significativas na comunicação e na interação social do que aqueles com autismo leve. Eles podem ter uma capacidade mais limitada de se adaptar a novas situações sociais e podem apresentar comportamentos repetitivos e estereotipados mais intensos. Essas dificuldades geralmente impedem a capacidade de funcionar de forma independente em ambientes sociais e de trabalho.
– Nível 3 – Autismo Grave: Os indivíduos com autismo grave apresentam o mais alto grau de comprometimento na comunicação social, na interação e nos comportamentos. Eles podem ter graves dificuldades em se comunicar e interagir com outras pessoas, podendo apresentar dificuldades em estabelecer contato visual, gestos de comunicação, desenvolver o uso da linguagem e se adaptar a situações sociais e ambientais novas.
Além dos diferentes graus de autismo, existem também diferentes tipos, com base na maneira como seus sintomas se manifestam. A seguir, na visão de Almeida (2023) apresentamos alguns dos principais tipos de autismo:
– Autismo Clássico: é o tipo mais conhecido de autismo, caracterizado pelos sintomas de atrasos no desenvolvimento da fala e na comunicação social, falta de contato visual e comportamentos repetitivos.
– Síndrome de Asperger: é um tipo de autismo de alto funcionamento, em que os indivíduos podem apresentar inteligência e conhecimento acima da média, mas com dificuldades significativas em interagir socialmente e interpretar sinais emocionais de outras pessoas. Eles podem apresentar interesses intensos e restritos em áreas específicas.
– Autismo Atípico: é um tipo de autismo com características mais sutis e menos conhecidas do que o autismo clássico. Indivíduos com autismo atípico podem apresentar sintomas mais suaves ou menos típicos do TEA, mas ainda assim apresentam dificuldades significativas na comunicação e interação social.
– Transtorno global do desenvolvimento não especificado: é uma categoria diagnóstica que engloba indivíduos que apresentam sintomas característicos do autismo, mas não suficientes para um diagnóstico específico.
– Síndrome de Rett: é uma doença rara que acomete principalmente meninas e apresenta sintomas que incluem atrasos no desenvolvimento da linguagem e da coordenação motora, além de problemas de movimento e respiração.
Esses são alguns dos principais tipos de autismo, mas é importante lembrar que cada pessoa com autismo é única, e pode apresentar uma combinação diferente de sintomas. O diagnóstico e tratamento do autismo podem ajudar as pessoas afetadas a superar obstáculos e desenvolver habilidades sociais, de comunicação e comportamentos mais saudáveis.
2.2. As dificuldades encontradas na assistência do enfermeiro aos pacientes com TEA
A atuação dos enfermeiros no atendimento a pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um desafio que envolve diversas dificuldades. A complexidade deste transtorno, que afeta a comunicação, o comportamento e a interação social, exige dos profissionais de saúde uma compreensão aprofundada e estratégias específicas para atender a essa população de maneira eficaz (SILVA, 2021).
Uma das principais dificuldades enfrentadas pelos enfermeiros é a falta de capacitação adequada para lidar com as especificidades do TEA. Segundo Silva et al. (2021), muitos profissionais de saúde não têm formação específica sobre o transtorno, o que resulta em uma abordagem inadequada durante o atendimento. A ausência de treinamentos regulares sobre as características do TEA e as melhores práticas de comunicação pode levar a mal-entendidos e a um atendimento que não considera as particularidades de cada paciente.
Além disso, a comunicação é um aspecto crítico no atendimento a pessoas com TEA. O Manual de Diagnóstico e Estatística de Transtornos Mentais (DSM-5) ressalta que indivíduos com TEA podem apresentar dificuldades significativas na comunicação verbal e não-verbal (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2022). Para os enfermeiros, isso pode se traduzir em dificuldades em entender as necessidades dos pacientes e em estabelecer uma relação de confiança. A falta de estratégias de comunicação adaptadas pode resultar em estresse tanto para o paciente quanto para o profissional, dificultando o processo de cuidado.
Outro ponto relevante é o estigma e a desinformação que ainda cercam o TEA. De acordo com Pereira e Oliveira (2022), muitos enfermeiros relatam sentir-se inseguros ao atender pacientes com autismo, em parte devido a preconceitos e à desinformação sobre o transtorno. Isso pode levar a um atendimento menos humanizado e a uma percepção negativa do paciente. A promoção de uma educação continuada e campanhas de conscientização são fundamentais para reduzir esse estigma e melhorar a qualidade do atendimento.
O ambiente hospitalar também pode ser um fator que contribui para as dificuldades enfrentadas pelos enfermeiros. O espaço muitas vezes não é adequado para pessoas com TEA, que podem se sentir sobrecarregadas por estímulos sensoriais. Segundo a Resolução nº 510/2016 do Conselho Nacional de Saúde, é fundamental que os ambientes de saúde sejam adaptados para atender às necessidades de todos os indivíduos, incluindo aqueles com TEA (BRASIL, 2016). A implementação de mudanças estruturais e o treinamento da equipe para lidar com essas questões podem facilitar o atendimento e garantir uma experiência mais positiva para os pacientes.
Por fim, a falta de uma rede de apoio e comunicação entre os diferentes profissionais da saúde também representa um desafio significativo. A abordagem multidisciplinar é essencial no cuidado a pessoas com TEA, pois envolve uma variedade de especialistas, incluindo psicólogos, terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos. Segundo Santos e Almeida (2023), a colaboração entre os profissionais de saúde é crucial para desenvolver um plano de atendimento que atenda às necessidades específicas de cada paciente. No entanto, a falta de um protocolo claro e a fragmentação dos serviços muitas vezes dificultam essa colaboração.
As principais dificuldades enfrentadas pelos enfermeiros no atendimento a pessoas com TEA incluem a falta de capacitação específica, os desafios na comunicação, o estigma e desinformação, o ambiente inadequado e a necessidade de uma abordagem multidisciplinar. Para melhorar a qualidade do atendimento, é essencial promover a educação e a conscientização sobre o TEA, além de adaptar os ambientes de saúde e fomentar a colaboração entre os profissionais (OLIVEIRA, 2022).
O Brasil tem avançado nas legislações relacionadas ao autismo, refletindo uma crescente conscientização sobre a condição e a necessidade de garantir direitos específicos para as pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Uma das leis mais importantes nesse contexto é a Lei nº 12.764, sancionada em 27 de dezembro de 2012, que institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista. Essa lei define o autismo como uma deficiência e garante uma série de direitos, incluindo acesso à saúde, educação e inclusão social.
2.3. Diretrizes para uma prática mais efetiva e humanizada
A prática de enfermagem voltada para pacientes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) requer uma abordagem humanizada e efetiva, que respeite as particularidades de cada indivíduo e promova um atendimento de qualidade. Essa busca por diretrizes que fundamentem uma prática mais acolhedora passa pela compreensão das necessidades específicas desses pacientes, assim como pela implementação de estratégias que considerem suas características únicas (SILVA, 2021).
Uma das principais diretrizes que orientam a atuação da enfermagem em saúde mental é a “Política Nacional de Saúde Mental”, que, embora tenha sido instituída em 2005, tem recebido atualizações e reforços em sua aplicação nos últimos anos. Essa política enfatiza a importância de um atendimento integral e humanizado, que considere a singularidade de cada paciente (BRASIL, 2019). Em relação ao TEA, a humanização é crucial, pois indivíduos com esse transtorno frequentemente enfrentam barreiras na comunicação e na socialização, o que demanda uma abordagem cuidadosa e respeitosa.
É fundamental que os profissionais de enfermagem se capacitem para lidar com as especificidades do TEA, conforme sugerido por Vieira (2021). O autor destaca que a formação continuada deve incluir conteúdos sobre as características do espectro autista, bem como técnicas de comunicação adaptadas. A comunicação não-verbal, por exemplo, pode ser uma ferramenta eficaz no atendimento a pacientes que apresentam dificuldades na verbalização. Segundo Costa (2020), a utilização de recursos visuais e a criação de um ambiente tranquilo podem facilitar a interação e a compreensão entre o enfermeiro e o paciente.
Além disso, a “Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência” (Lei nº 13.146/2015) estabelece que todos os cidadãos, incluindo aqueles com TEA, têm direito ao acesso a serviços de saúde de maneira digna e respeitosa. Esta legislação reforça a necessidade de práticas que garantam a inclusão e a equidade no atendimento. Para Lemos (2022), a implementação de estratégias que promovam a acessibilidade e a adaptação dos serviços de saúde é essencial para atender adequadamente essa população.
Outra diretriz importante é a “Diretrizes Nacionais para o Cuidado à Saúde da Pessoa com TEA”, que enfatiza a necessidade de uma abordagem multidisciplinar. Essa diretriz sugere que a equipe de enfermagem atue em colaboração com outros profissionais de saúde, como psicólogos e terapeutas ocupacionais, para garantir um atendimento integrado. A enfermeira Almeida (2020) ressalta que essa colaboração permite que as intervenções sejam mais eficazes e personalizadas, atendendo às necessidades específicas de cada paciente.
A avaliação contínua das práticas de enfermagem também é um aspecto fundamental. O “Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem” (2018) estabelece que os profissionais devem buscar constantemente a melhoria de suas práticas e a satisfação das necessidades dos pacientes. De acordo com Martins (2021), a avaliação deve incluir feedback dos pacientes e familiares, permitindo ajustes nas abordagens utilizadas e assegurando que as intervenções realizadas sejam verdadeiramente centradas no paciente.
Por fim, a humanização do atendimento se reflete na criação de um ambiente acolhedor e seguro. A literatura aponta que a empatia e a escuta ativa são habilidades essenciais para os profissionais de enfermagem. Segundo Oliveira (2021), essas habilidades facilitam a construção de uma relação de confiança entre o enfermeiro e o paciente, essencial para um atendimento efetivo e humanizado.
Vieira (2021) enfatiza que pode-se afirmar que a busca por diretrizes que embasem uma prática de enfermagem mais humanizada e efetiva para pacientes com TEA envolve a consideração de políticas públicas, formação continuada, legislação vigente e a importância da colaboração multidisciplinar. A implementação de práticas que respeitem a individualidade dos pacientes e promovam um ambiente acolhedor é fundamental para garantir um atendimento de qualidade e que atenda às reais necessidades dessas pessoas.
3. METODOLOGIA
A metodologia adotada nesta pesquisa é de natureza bibliográfica, visando reunir e analisar informações sobre o papel do enfermeiro no cuidado a pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Bardin (2016, p, 76) destaca que: “este tipo de pesquisa é apropriado para explorar temas que carecem de uma compreensão mais aprofundada”, especialmente em áreas em que a literatura é ainda escassa ou recente.
A pesquisa é classificada como uma revisão bibliográfica, onde se busca compilar e avaliar estudos e publicações relevantes sobre o cuidado de enfermagem direcionado a indivíduos com TEA. O objetivo central é compreender as dificuldades enfrentadas pelos profissionais de enfermagem e identificar diretrizes que possam embasar práticas mais efetivas.
A população da pesquisa é composta por publicações acadêmicas, artigos de periódicos, livros e documentos legais que abordam a temática do TEA e a atuação dos enfermeiros. A amostragem foi realizada com base em critérios de inclusão, selecionando materiais publicados nos últimos cinco anos, que apresentassem dados relevantes e atualizados sobre o tema. Foram utilizados bancos de dados acadêmicos, como a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e o Portal de Periódicos da CAPES, para a busca de referências pertinentes.
A coleta de dados foi realizada por meio de uma revisão sistemática da literatura. Utilizou-se um roteiro de busca com palavras-chave relacionadas ao tema, como “Transtorno do Espectro Autista”, “enfermagem”, “papel do enfermeiro” e “cuidado integral”. A busca foi refinada para incluir somente artigos que abordassem diretamente a atuação dos enfermeiros no contexto do TEA.
Os dados coletados foram analisados qualitativamente, utilizando a técnica de Análise de Conteúdo, conforme proposta por Bardin (2016). As informações foram organizadas em categorias temáticas, permitindo uma interpretação abrangente das contribuições e desafios enfrentados pelos enfermeiros no atendimento a pessoas com TEA. A síntese das informações coletadas possibilitou a identificação de lacunas na formação acadêmica e na prática profissional, além de destacar diretrizes que podem ser adotadas para melhorar a qualidade do cuidado.
Embora esta pesquisa não envolva diretamente a interação com seres humanos, foram seguidas diretrizes éticas para a utilização de fontes secundárias. As publicações analisadas foram devidamente creditadas, respeitando os direitos autorais dos autores originais.
4. ANÁLISE DOS DADOS
4.1 O papel do enfermeiro no cuidado a pessoas com TEA
A análise da trajetória do atendimento de enfermagem a pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) no Brasil revela um panorama em constante evolução, refletindo as mudanças sociais, políticas e científicas que influenciam os cuidados em saúde mental. Nos últimos anos, especialmente a partir de 2018, ocorreu um aumento significativo na atenção dada ao TEA, impulsionado por uma maior conscientização e a implementação de políticas públicas voltadas para a inclusão e o atendimento especializado (OLIVEIRA, 2020).
Historicamente, o reconhecimento do TEA como uma condição que requer atenção específica é relativamente recente. Até a década de 1990, as intervenções eram, muitas vezes, inadequadas e limitadas, com foco em abordagens que não consideravam as necessidades únicas dos indivíduos com autismo. Contudo, com o avanço das pesquisas e o aumento da visibilidade do autismo, o campo da enfermagem começou a integrar práticas mais centradas no paciente, com formação específica para entender e lidar com as particularidades do TEA (ALMEIDA, 2022).
Nos últimos cinco anos, destacam-se iniciativas que visam capacitar enfermeiros e outros profissionais de saúde para oferecer um atendimento mais humanizado e especializado. Em 2019, por exemplo, a publicação de diretrizes específicas para o atendimento a indivíduos com TEA trouxe uma nova perspectiva sobre a importância da formação continuada dos profissionais de enfermagem. Essas diretrizes enfatizam a necessidade de um olhar atento às características individuais, promovendo intervenções que respeitam o ritmo e as preferências dos pacientes (BRASIL, 2019).
Adicionalmente, a Lei Brasileira de Inclusão (Lei nº 13.146/2015) tem sido um marco fundamental na promoção dos direitos das pessoas com deficiência, incluindo aquelas com TEA. Essa legislação reforça a responsabilidade do sistema de saúde em garantir acesso a cuidados adequados e serviços especializados. A enfermagem, como componente essencial da equipe de saúde, desempenha um papel crucial na implementação dessas políticas, atuando em diversas frentes, como a promoção da saúde, prevenção, diagnóstico e acompanhamento do tratamento.
A prática da enfermagem em relação ao TEA também tem se expandido com o uso de tecnologias e metodologias inovadoras. Programas de telemedicina, por exemplo, tornaram-se uma ferramenta valiosa para facilitar o acesso ao atendimento, especialmente em áreas remotas do Brasil, onde o número de profissionais de saúde é limitado. Estudos recentes indicam que a telemedicina pode melhorar o acompanhamento e a adesão ao tratamento, proporcionando suporte contínuo às famílias (SILVA et al., 2021).
Em termos de pesquisa, o número de estudos focados no atendimento de enfermagem a pessoas com TEA tem crescido. Esses estudos abordam desde a formação dos profissionais até a eficácia de diferentes intervenções de enfermagem. Uma análise sistemática publicada em 2020 destacou a importância de intervenções que incluam a família no processo de cuidado, reconhecendo o impacto significativo que o suporte familiar tem na saúde e bem-estar da pessoa com TEA (OLIVEIRA et al., 2020).
Concluindo, a trajetória do atendimento de enfermagem a pessoas com TEA no Brasil tem avançado de maneira significativa nos últimos anos, refletindo um compromisso crescente com a inclusão e a personalização dos cuidados. A formação de profissionais, o fortalecimento de políticas públicas e a utilização de novas tecnologias têm sido fundamentais para garantir que as necessidades dos indivíduos com TEA sejam atendidas de forma eficaz e respeitosa. O futuro do atendimento em enfermagem, portanto, deverá continuar a evoluir, sempre em busca de melhores práticas e maior compreensão das especificidades do Transtorno do Espectro Autista (SILVA, 2021).
O conceito de atendimento humanizado na enfermagem é essencial para garantir que as necessidades individuais dos pacientes sejam atendidas de maneira efetiva e empática. No caso de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), essa abordagem se torna ainda mais relevante, considerando as particularidades dessa condição. Este texto analisa o que caracteriza o atendimento humanizado para indivíduos com autismo e como ele é implementado na prática de enfermagem (ALMEIDA et al., 2023).
Por sua vez, vale destacar que o atendimento humanizado é baseado em princípios que visam o respeito à dignidade do paciente, a promoção do bem-estar emocional e a construção de um vínculo de confiança entre o profissional de saúde e o indivíduo. De acordo com Ribeiro e Silva (2022, p. 40), “humanizar o atendimento envolve olhar o paciente como um todo, considerando suas emoções, necessidades e contexto social”. Essa abordagem é particularmente importante para pessoas com TEA, que frequentemente enfrentam desafios adicionais na comunicação e na interação social.
1. Empatia e Compreensão: Os profissionais de enfermagem devem demonstrar sensibilidade em relação às dificuldades enfrentadas pelos pacientes com TEA. A empatia é fundamental para criar um ambiente acolhedor, onde o paciente se sinta seguro e compreendido (ALMEIDA et al., 2023).
2. Comunicação Adaptativa: A comunicação eficaz é um dos pilares do atendimento humanizado. Para pessoas com autismo, é necessário adaptar a linguagem e os recursos utilizados. Silva e Souza (2021) destacam que “a utilização de imagens, gestos e uma linguagem clara pode facilitar a compreensão e reduzir a ansiedade do paciente”.
3. Ambiente Aconchegante e Seguro: O ambiente físico deve ser adaptado para minimizar estímulos que possam causar desconforto. Isso inclui controle de ruídos e iluminação, além de criar espaços tranquilos para momentos de relaxamento (PEREIRA, 2022).
4. Envolvimento da Família: A participação da família no processo de cuidado é crucial. Enfermeiros devem incluir os familiares na elaboração do plano de cuidado, garantindo que suas preocupações e sugestões sejam consideradas (OLIVEIRA et al., 2020).
5. Planos de Cuidado Individualizados: Cada pessoa com autismo possui características únicas e, portanto, o plano de cuidado deve ser personalizado. Isso envolve a identificação de preferências e necessidades específicas, promovendo um atendimento mais eficaz (CUNHA, 2023).
1. Avaliação Inicial: A primeira interação deve incluir uma avaliação abrangente, que considere tanto os aspectos físicos quanto emocionais do paciente. Estabelecer um vínculo de confiança nesse primeiro contato é fundamental (ALMEIDA et al., 2023).
2. Intervenções e Cuidados: Durante o atendimento, enfermeiros devem aplicar intervenções que promovam o conforto e a tranquilidade. Técnicas de relaxamento e atividades lúdicas podem ser incorporadas para ajudar a reduzir a ansiedade e melhorar a experiência do paciente (RIBEIRO; SILVA, 2022).
3. Monitoramento e Acompanhamento: O acompanhamento contínuo do paciente é vital para ajustar o plano de cuidados conforme necessário. Enfermeiros devem estar atentos a qualquer mudança no comportamento ou nas necessidades do paciente (SILVA; SOUZA, 2021).
4. Educação em Saúde: Proporcionar informações e orientações tanto para o paciente quanto para a família é essencial. Isso inclui explicar sobre o TEA, suas características e as melhores práticas de manejo, promovendo um ambiente de entendimento e apoio (PEREIRA, 2022).
Apesar da importância do atendimento humanizado, a sua implementação enfrenta desafios. A falta de formação específica em TEA para os profissionais de saúde pode limitar a eficácia do atendimento. Além disso, a pressão do tempo nas instituições de saúde pode comprometer a qualidade do cuidado oferecido. Cunha (2023, p. 35) afirma que “é fundamental que os profissionais de enfermagem busquem formação continuada para aprimorar suas habilidades no atendimento a essa população”.
O atendimento humanizado à pessoa com autismo é essencial para garantir que essas pessoas recebam cuidados adequados e respeitosos. A prática deve ser fundamentada em empatia, comunicação adaptativa e envolvimento familiar, sempre considerando as particularidades de cada paciente. A formação contínua dos profissionais de enfermagem é fundamental para superar desafios e implementar efetivamente essa abordagem (PEREIRA, 2022).
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A pesquisa confirma que o enfermeiro desempenha um papel crucial no cuidado de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), sendo essencial na identificação de necessidades específicas e no desenvolvimento de intervenções eficazes. Os objetivos propostos foram alcançados, revelando que a formação acadêmica e a capacitação profissional ainda apresentam lacunas significativas, impactando a qualidade do atendimento.
As principais dificuldades enfrentadas pelos enfermeiros incluem a falta de diretrizes claras e a escassez de conhecimento específico sobre TEA, o que limita a prática de um cuidado humanizado. As diretrizes sugeridas nesta pesquisa visam promover um atendimento mais inclusivo e adaptado às particularidades dos pacientes autistas, ressaltando a importância do suporte à família e da educação em saúde.
As limitações do estudo incluem a restrição geográfica e a diversidade de experiências entre os profissionais de enfermagem, sugerindo a necessidade de pesquisas futuras que ampliem a amostra e explorem diferentes contextos. A pesquisa contribui teoricamente ao enriquecer a literatura sobre a atuação do enfermeiro no TEA e, na prática, ao oferecer um modelo que pode ser adotado para melhorar a formação e a atuação profissional nesta área.
Em conclusão, o trabalho evidencia a importância da atuação do enfermeiro no contexto do TEA e ressalta a urgência de um aprimoramento na formação e nas práticas de cuidado, promovendo assim um atendimento mais eficaz e inclusivo.
REFERÊNCIAS
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1Discente do Curso Superior de Enfermagem do Centro Universitário Planalto do Distrito Federal – UNIPLAN.
2Docente do Curso Superior Centro Universitário Planalto do Distrito Federal – UNIPLAN- Campus Bragança. (PPGMAD/UNIR).