PEPPERMINT ESSENTIAL OIL USED AS PALLIATIVE TREATMENT IN ONCOLOGICAL PATIENTS: A BIBLIOGRAPHICAL REVIEW
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/dt10202504292245
Bruna de Oliveira; Sarah Fagundes Almeida Gomes; Ricardo Carvalho Silva; Rosa Silva Lima; James Oluwagbamigbe Fajemiroye
RESUMO
Este trabalho apresenta um estudo sobre o óleo essencial de hortelã-pimenta usado como tratamento paliativo no tratamento oncológico, em que aborda os benefícios dessa prática integrativa na melhora dos sintomas adversos causados pela quimioterapia e radioterapia. Esse projeto tem como relevância retratar a melhora na qualidade de vida de pacientes oncológicos, através do uso correto do óleo essencial de hortelã-pimenta, ele tem propriedades anti-inflamatórias, e apresenta melhora em sintomas de náuseas e vômitos, e a importância da atenção farmacêutica no cuidado e assistência com esses pacientes. O objetivo desse estudo é realizar um levantamento bibliográfico de artigos e livros que evidenciem a ação farmacológica do óleo essencial do hortelã-pimenta no tratamento paliativo de pacientes oncológicos e retratar a relutância da aromaterapia com o óleo essencial de Hortelã-pimenta, na melhora física e emocional do paciente oncológico, examinando aspectos como a abordagem do tratamento da aromaterapia no tratamento oncológico, as propriedades e benefícios que o óleo essencial de hortelã-pimenta traz ao paciente e a melhora dos sintomas causados pela quimioterapia e radioterapia, com o uso da aromaterapia. Para alcançar esse objetivo realizou-se a revisão bibliográfica de artigos científicos, revisão de literária e análises de dados, utilizando os recursos como bases de dados acadêmicas e livros. Os resultados revelam que o óleo essencial de hortelã-pimenta se mostrou eficaz em suas propriedades terapêuticas, na melhora dos sintomas como náuseas, vômitos, dores de cabeça e perda de apetite, como também na melhora da saúde mental dos pacientes. O presente estudo mostra a relevância e valor da aromaterapia e dos benefícios que o óleo essencial pode trazer para tratamentos paliativos.
PALAVRAS-CHAVES: Aromaterapia; Hortelã-pimenta; Tratamento paliativo.
ABSTRACT
This paper presents a study on peppermint essential oil used as palliative treatment in oncological treatment, in which it addresses the benefits of this integrative practice in improving adverse symptoms caused by chemotherapy and radiotherapy. This project is relevant to portray the improvement in the quality of life of oncological patients, through the correct use of peppermint essential oil, which has anti-inflammatory properties and improves symptoms of nausea and vomiting, and the importance of pharmaceutical attention in the care and assistance with these patients. The objective of this study is to conduct a bibliographic survey of articles and books that demonstrate the pharmacological action of peppermint essential oil in the palliative treatment of cancer patients and to portray the reluctance of aromatherapy with peppermint essential oil in the physical and emotional improvement of cancer patients, examining aspects such as the approach to aromatherapy treatment in cancer treatment, the properties and benefits that peppermint essential oil brings to the patient and the improvement of symptoms caused by chemotherapy and radiotherapy, with the use of aromatherapy. To achieve this objective, a bibliographic review of scientific articles, a literature review and data analysis were carried out, using resources such as academic databases and books. The results reveal that peppermint essential oil has proven effective in its therapeutic properties, in improving symptoms such as nausea, vomiting, headaches and loss of appetite, as well as in improving the mental health of patients. The present study shows the relevance and value of aromatherapy and the benefits that essential oil can bring to palliative treatments.
KEYWORDS: Aromatherapy; Peppermint; Palliative care.
INTRODUÇÃO
Nos dias de hoje os variados tipos de tratamento contra os diferentes tipos de câncer aumentam consideravelmente as chances de sobrevida dos pacientes. Os tratamentos mais usados para combater esta doença são a quimioterapia e a radioterapia que são agressivas e provocam muitos efeitos adversos, tais como, náuseas, vômitos, dores pelo corpo, perda de apetite, fadiga e riscos maiores de infecções (KLAFKE et al., 2015).
A quimioterapia, radioterapia, imunoterapia e até mesmo procedimentos cirúrgicos são bastante eficazes para combater vários tipos de câncer hoje em dia, contudo são tratamentos que acabam agredindo o corpo humano, portanto acabam afetando a vida dos pacientes de forma física e psicológica. E com isso a grande maioria dos pacientes acometidos com câncer sofrem uma mudança brusca em suas vidas, e com o tratamento durante a doença vem em conjunto os efeitos adversos, como dores por todo o corpo, náuseas, vômitos, ansiedade, depressão, estresse, insônia, entre outros. Com isso, a utilização das práticas integrativas são utilizadas para darem qualidade de vida e bem-estar para esses pacientes (BLACKBURN et al., 2017; CHEN et al., 2016).
Sobretudo existem as práticas integrativas e complementares em saúde (PICS), que são recursos alternativos onde o paciente é designado pelo profissional da saúde ao melhor tratamento dentro do seu quadro clínico, entre eles está a aromaterapia que consiste em uma técnica holística, onde utiliza-se óleos essenciais para promover benefícios como, amenizar dores e desconfortos, aliviar sintomas da ansiedade e depressão, melhora do apetite, e muitos outros. A aromaterapia a pouco tempo foi adicionada às práticas integrativas e complementares da saúde publicada na Portaria do Ministério da Saúde n. 848 de 2017 e n. 702 de 2018 (BRASIL, 2021).
O uso de terapias complementares e alternativas, incluindo óleos essenciais, tem ganhado popularidade entre os pacientes oncológicos. Entre esses óleos, o óleo essencial de hortelã-pimenta (Mentha x piperita L.) se destaca devido às suas propriedades terapêuticas, como efeitos analgésicos, anti-inflamatórios e antieméticos. Estudos sugerem que a inalação ou aplicação tópica desse óleo pode proporcionar alívio significativo dos sintomas relacionados ao tratamento do câncer, como náuseas e dores (Blackburn et al., 2017; Xie et al, 2024).
Além disso, o cuidado oncológico integrativo, que incorpora práticas complementares para tratar sintomas de ansiedade e depressão em adultos com câncer, tem sido recomendado pela Society for Integrative Oncology e pela American Society of Clinical Oncology (Carlson et al., 2023).
Pensando nos diversos benefícios que a escolha por esses métodos de tratamento paliativo traz, o objetivo do presente estudo busca descrever a importância e os benefícios da utilização do óleo essencial de hortelã-pimenta no tratamento paliativo de pacientes em tratamento oncológico.
Esta revisão busca apresentar a melhora da qualidade de vida de pacientes oncológicos através de práticas integrativas com a aromaterapia, em especial com o uso do óleo essencial de hortelã-pimenta, descrevendo como esse tratamento pode amenizar os efeitos colaterais do tratamento de quimioterapia ou radioterapia, tendo assim um paciente com mais capacidade emocional e física para enfrentar a doença.
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
A história e fundamentos da Aromaterapia
A aromaterapia, uma prática terapêutica que utiliza óleos essenciais extraídos de plantas, possui uma longa e rica história que remonta a várias civilizações antigas. Os primeiros registros do uso de óleos aromáticos datam de cerca de 4500 a.C., no antigo Egito, onde eram empregados em rituais religiosos, cosméticos e processos de mumificação. Os egípcios acreditavam que os aromas possuíam propriedades espirituais e curativas, um conceito que se disseminou por outras culturas, incluindo a grega e a romana. Hipócrates, o pai da medicina moderna, também reconheceu os benefícios dos banhos aromáticos e da massagem com óleos essenciais, consolidando a prática como um componente fundamental na medicina holística da época (Salbego, 2023).
Durante a Idade Média, os óleos essenciais eram usados para tratar doenças e epidemias, muitas vezes em combinação com a prática da alquimia. No século XIX, o químico francês René-Maurice Gattefossé cunhou o termo “aromaterapia” após descobrir os benefícios do óleo de lavanda em tratamentos de queimaduras (Ali et al., 2015; Baser et al., 2015).
Durante a Idade Média, o conhecimento sobre o uso de plantas aromáticas e seus óleos essenciais foi preservado e expandido por herboristas e alquimistas. Naquela época, os óleos eram utilizados para purificar o ar e prevenir a disseminação de doenças, especialmente durante as frequentes epidemias de peste. A destilação de óleos essenciais foi aperfeiçoada pelos árabes, com Avicena, um renomado médico persa, contribuindo significativamente para o avanço da destilação de rosas. Esses avanços tecnológicos e científicos permitiram uma maior exploração das propriedades terapêuticas dos óleos essenciais (Ali et al., 2015). A aromaterapia se baseia no uso de óleos essenciais, que são extratos concentrados de plantas aromáticas. Estes óleos contêm compostos químicos que podem ter propriedades terapêuticas, como propriedades anti inflamatórias, analgésicas e relaxantes. Muitos estudos científicos têm explorado os efeitos dos óleos essenciais em várias condições de saúde, como ansiedade, estresse, insônia, musculares e articulares, entre outras. Essa prática integrativa é frequentemente usada em conjunto com a massagem, inalação ou difusão de óleos essenciais no ar para obter benefícios terapêuticos. No entanto, é importante notar que a aromaterapia não é uma forma de medicina convencional e não substitui tratamentos médicos. Embora os benefícios terapêuticos da aromaterapia sejam amplamente aceitos, é importante usá-la com responsabilidade e sob a orientação de um profissional treinado, pois os óleos essenciais podem ser potentes e devem ser manuseados com cuidado (LV XN et al., 2013; ALI et al., 2015).
Esta prática integrativa está se tornando cada vez mais popular e aceita como uma forma de terapia complementar. No entanto, para que ela seja mais amplamente aceita na medicina convencional, é necessário continuar a realizar pesquisas de alta qualidade, compartilhar resultados de forma transparente e aprofundar a compreensão dos mecanismos de ação subjacentes. A colaboração entre pesquisadores, profissionais de saúde e terapeutas de aromaterapia é fundamental para abordar as preocupações e promover a integração da aromaterapia na prática médica convencional, quando apropriado (OLIVEIRA et al., 2019).
Óleo essencial e sua produção
O desenvolvimento do óleo essencial enfatiza as metodologias específicas de extração, como hidrodestilação, destilação por arraste de vapor, são exemplos de métodos comuns para obter óleos essenciais de plantas. Estes possuem uma composição diversificada, como sua composição de hidrocarbonetos saturados e insaturados com vários grupos funcionais. Este possui na grande maioria odor agradável e características de solubilidade em solventes orgânicos e insolubilidade em água. Também é importante notar a distinção entre óleos essenciais e essências, onde as essências são compostas por uma mistura de óleos essenciais e outros óleos voláteis que contêm os componentes odoríferos da planta. As essências podem ser obtidas por diferentes técnicas de extração, incluindo destilação, expressão e extração com solventes orgânicos ou dióxido de carbono supercrítico. Essa definição destaca a complexidade e a diversidade dos óleos essenciais, bem como os métodos variados pelos quais podem ser obtidos a partir de diferentes plantas, refletindo a riqueza e a versatilidade dessas substâncias naturais (BASER et al., 2015).
Tabela 01 – Métodos de preparo dos óleos essenciais.
Técnica | Metodologia |
Expressão: | É usado principalmente para extrair óleos essenciais de frutos cítricos, como laranjas e limões. Envolve a prensagem ou picotagem dos frutos para liberar os óleos, que são arrastados pela água. |
Hidro destilação: | As plantas são colocadas em contato direto com a água no destilador, a imiscibilidade entre a água e os óleos essenciais permite a extração dos óleos a uma temperatura inferior ao ponto de ebulição dos óleos, reduzindo o risco de degradação. Após a volatilização dos compostos, eles são condensados e posteriormente separados da água. |
Destilação por arraste de Vapor: | Na destilação por arrastamento de vapor, a água não está no destilador, mas seu vapor é injetado à pressão controlada no equipamento, o vapor entra em contato com o material vegetal e arrasta os óleos essenciais. Essa é a técnica mais amplamente utilizada na indústria devido à sua eficiência e rentabilidade. |
Óleo essencial de Hortelã-pimenta
A hortelã-pimenta (Figura 01), nome científico Mentha x piperita L., é uma planta herbácea perene com caules eretos e ramificados, que pode atingir até 1 metro de altura, suas folhas são ovais, com margens serrilhadas, e apresentam um aroma forte e refrescante e suas flores são pequenas e brancas, e surgem no verão. É uma planta medicinal com diversas propriedades terapêuticas incluindo, digestiva, náuseas e vômitos, anti-inflamatória, antimicrobiana,e analgésica (Embrapa, 2001; Kligler, et al 2007).
Figura 01 – Planta Hortelã-pimenta

A hortelã-pimenta é nativa da Europa e da Ásia, mas é cultivada em todo o mundo, incluindo a China e o Brasil, o óleo essencial é extraído das folhas da planta. É extraído por destilação a vapor d’água, este processo envolve a fervura da planta em água, o que libera o óleo essencial, que é então condensado e coletado. O rendimento do óleo essencial de hortelã-pimenta é de cerca de 20 g para cada quilo de planta, é um líquido claro, transparente, incolor a levemente amarelado (Simões et al, 2017).
O óleo essencial de hortelã-pimenta é conhecido por conter uma variedade de compostos químicos, como o mentol, mentona, 1,8-cineol, isomentona, limoneno e outros, estes compostos conferem propriedades terapêuticas ao óleo essencial, e ele tem sido utilizado tradicionalmente em tratamentos de várias condições de saúde, segundo informações do Ministério da Saúde (Brasil, 2015).
É interessante notar que o óleo essencial de hortelã-pimenta é benéfico no tratamento de crises agudas de enxaqueca. Esses benefícios foram observados quando o óleo essencial foi administrado tanto de uso tópico quanto de uso intra nasal. O principal responsável por essa ação farmacológica é o mentol, um dos principais componentes do óleo essencial de hortelã-pimenta, é conhecido por suas propriedades analgésicas e anti-inflamatórias. Quando inalado, auxilia na respiração, abrindo as vias nasais (Lopresti et al., 2020; Nunes, et al., 2022).
A aromaterapia com óleo essencial de hortelã-pimenta aplicada ao tratamento oncológico
Segundo as Recomendações de Grupo de Trabalho da AEOP (2014) às náuseas e vômitos induzidos pela quimioterapia são efeitos colaterais significativos associados ao tratamento com agentes quimioterápicos. Muitos pacientes descrevem esses sintomas como fonte de grande preocupação e ansiedade antes de iniciar o tratamento, e isso é compreensível, dada a intensidade desses efeitos colaterais.
A aromaterapia, um componente da medicina integrativa, tem sido considerada como uma possível abordagem complementar para lidar com as náuseas e vômitos induzidos pela quimioterapia. Pesquisas e estudos vêm sendo desenvolvidos e têm mostrado que o óleo essencial de hortelã-pimenta tem uma reputação de aliviar náuseas, e alguns estudos indicam seus efeitos positivos nesse aspecto (Ertürk et al., 2021).
Estudos recentes mostram que uma gota do óleo de hortelã-pimenta administrado no local entre o lábio superior e o nariz, três vezes ao dia durante os cinco dias após à aplicação da quimioterapia, reduz significativamente a frequência de náuseas e vômitos, o sentimento de angústia e ansiedade causados por esses sintomas, e a gravidade da náusea também diminui (Ertürk et al., 2021).
O óleo essencial de hortelã-pimenta tem sido amplamente estudado por seus benefícios terapêuticos, especialmente no alívio de sintomas de náuseas em pacientes com câncer. Um estudo piloto quase-randomizado e aberto conduzido por Ertürk e Taşcı (2021) investigou os efeitos do óleo de hortelã-pimenta sobre náuseas, em pacientes com câncer submetidos à quimioterapia. Os resultados mostraram que a administração de óleo essencial de hortelã-pimenta foi eficaz na redução significativa desses sintomas, proporcionando alívio rápido e melhorando a qualidade de vida dos pacientes. O estudo concluiu que o óleo de hortelã-pimenta pode ser uma intervenção complementar promissora para o manejo de náuseas induzidas por quimioterapia, destacando seu potencial como uma abordagem não farmacológica segura e acessível.
O uso do mesmo tem demonstrado benefícios significativos no alívio de vômitos em pacientes pediátricos com leucemia. Um ensaio clínico randomizado realizado por Şancı et al. (2023) avaliou os efeitos da aromaterapia com hortelã-pimenta-limão sobre náuseas e vômitos, bem como sobre a qualidade de vida desses pacientes. Os resultados indicaram que a intervenção com aromaterapia reduziu significativamente a incidência e a intensidade dos vômitos, proporcionando um alívio notável e contribuindo para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes. Este estudo destaca o potencial da aromaterapia como uma abordagem complementar eficaz e segura no manejo dos efeitos adversos do tratamento de leucemia, particularmente os vômitos.
O óleo essencial de hortelã-pimenta tem mostrado benefícios significativos no tratamento de enxaquecas e dores de cabeça agudas. Uma revisão sistemática de estudos randomizados e controlados conduzida por Lopresti, Smith e Drummond (2020) destacou que a aplicação tópica de óleo de hortelã-pimenta na testa e nas têmporas pode proporcionar alívio rápido e eficaz da dor associada à enxaqueca. Os estudos incluídos na revisão indicaram que o mentol presente no óleo de hortelã pimenta atua como um agente analgésico e anti-inflamatório, ajudando a reduzir a intensidade e a frequência das crises de enxaqueca. Além disso, Nunes, Godoi e Beraldi (2022) corroboram esses achados ao discutir os usos terapêuticos dos óleos essenciais de hortelã-pimenta na aromaterapia, ressaltando sua eficácia na mitigação das dores de cabeça devido às suas propriedades relaxantes e vasodilatadoras. Esses benefícios tornam o óleo essencial de hortelã-pimenta uma opção promissora e natural para o alívio de enxaquecas e dores de cabeça agudas.
De acordo com uma meta-análise conduzida por Xie et al. (2024), a aromaterapia mostrou efeitos positivos na saúde física e mental de pacientes submetidos à radioterapia e/ou quimioterapia, proporcionando alívio de sintomas emocionais debilitantes, como a ansiedade e a depressão. Esse achado é corroborado pela meta-análise de Liu et al. (2022), que identificou que a inalação de óleos essenciais, incluindo o de hortelã-pimenta, pode efetivamente melhorar os estados de ansiedade e depressão em pacientes com câncer, contribuindo para uma melhor qualidade de vida. Além disso, a revisão bibliográfica de Souza (2021) também destaca a eficácia da aromaterapia com óleos essenciais na promoção do bem-estar emocional de pacientes oncológicos, reforçando seu papel como uma intervenção complementar valiosa no manejo de sintomas psicossociais associados ao câncer e seus tratamentos.
MATERIAIS E MÉTODO
Modelo de estudo
Refere-se a uma revisão bibliográfica minuciosa da literatura, um estudo de ramificação qualitativa é uma abordagem de pesquisa que se concentra na análise de informações existentes disponíveis na literatura. Nesse tipo de estudo, o pesquisador revisa e sintetiza os resultados de pesquisas anteriores, documentos, artigos, livros e outras fontes relevantes para responder a uma pergunta de pesquisa específica ou para obter insights sobre um tópico de interesse. Para nortear a pesquisa foi feita a seguinte pergunta: Quais são os benefícios e resultados clínicos que o óleo essencial de hortelã-pimenta pode trazer em um tratamento paliativo dos sintomas causados pelo tratamento oncológico?
Estratégia de busca
Para refutar a pergunta norteadora foram realizadas buscas em quatro tipos de bases de dados, a Pubmed/MEDLINE, Google Acadêmico e o ScienceDirect, e as buscas foram realizadas de setembro de 2023 a Abril de 2024, com delimitação de tempo das publicações entre 2019 a 2023. Tendo como descritores os seguintes termos: aromatherapy, neoplasm, essential oils, peppermint, óleos essenciais, aromaterapia, juntamente com os termos na língua inglesa foram utilizados: palliative, cancer, patients, effects, complementary and alternative. No demais, foi realizada uma busca manual pelas referências que foram utilizadas.
Critério de inclusão e exclusão
Como critérios de inclusão, designou-se os artigos científicos nos idiomas inglês e português (Brasil) e português(Portugal), os títulos e resumos das referências foram avaliadas de acordo com os seguintes critérios pré-definidos: artigos que descrevem sobre a aplicabilidade de óleos essenciais para determinados fins terapêuticos integrativos, o uso da aromaterapia no tratamento paliativo no tratamento contra o câncer, o óleo essencial de hortelã-pimenta e seus benefícios nas práticas integrativas.
A realização das buscas com potenciais estudos, incluíram três requisitos de relevância para seleção e avaliação do presente projeto. Primeiro requisito de relevância (seleção de estudo pelos títulos): estudos que relatam o uso da aromaterapia com óleos essenciais para determinados tratamentos paliativos no tratamento oncológico. As buscas recuperaram 390 referências nas quatro bases de dados investigadas. Diante do grande volume de publicações, foram utilizados critérios de exclusão, como: 1) não apresentar nenhum descritor no título; 2) estudos duplicados; 3) estudos que não descreviam benefícios do óleo essencial de hortelã pimenta. Dessa forma foram excluídas 359 publicações.
Segundo teste de relevância (leitura dos resumos e posteriormente a leitura completa): como critérios de inclusão: 1) ser relacionado ao óleo essencial de hortelã pimenta e seu uso na aromaterapia como tratamento paliativo; 2) ser um estudo de caso, revisão sistemática, revisão bibliográfica, revisão de revisões, metanálise, meta-análise de ensaios clínicos randomizados ou estudo piloto aberto quase randomizado controlado. Como critérios de exclusão: 1) estudos que não apresentam dados sobre a eficácia da aromaterapia; 2) estudos que não apresentaram resultados do uso do óleo essencial de hortelã-pimenta. No total, 17 artigos foram excluídos, restando 14 publicações, as quais foram incluídas no estudo.
RESULTADOS
A análise dos 14 estudos permitiu dividi-los em três grupos, grupo 1, estudos que descreviam exclusivamente sobre o óleo essencial de hortelã-pimenta no tratamento paliativo, grupo 2, estudos que relataram benefícios da aromaterapia como tratamento paliativo no tratamento oncológico, e grupo 3, estudos que descreviam a eficácia e benefícios do hortelã-pimenta.
Todos os estudos do grupo 1 tiveram as mesmas percepções sobre os benefícios do óleo essencial de hortelã-pimenta no tratamento paliativo, onde chegaram à conclusão e que o mesmo traz resultados positivos na melhora dos sintomas causados pela quimioterapia e radioterapia, no grupo 2 também houve uma similaridade nos resultados, relatando a eficácia da aromaterapia para fins paliativos no tratamento oncológico, e por fim o grupo 3 também apresentou resultados relevantes sobre a eficácia e benefícios do hortelã-pimenta, todos apresentaram compatibilidade.
Tabela 2 – Descrição dos resultados de cada estudo.
Título do Estudo | Tipo de Estudo | Autor(es) | Resultado(s) |
Efeitos da aromaterapia sobre náuseas e vômitos em pacientes com câncer: uma revisão sistemática e metanálise de ensaios clínicos randomizados | Revisão Sistemática e Metanálise | Ahn JH, Kim M, Kim RW | A aromaterapia mostrou-se eficaz na redução de náuseas e vômitos em pacientes com câncer. |
Efeitos da aromaterapia na saúde física e mental de pacientes oncológicos submetidos à radioterapia e/ou quimioterapia: uma metanálise | Metanálise | Xie SR, Ma L, Xu XY, Zhou S, Xie HM, Xie CS | A aromaterapia teve efeitos positivos na saúde física e mental de pacientes oncológicos submetidos a radioterapia e/ou quimioterapia. |
Efeito da aromaterapia com hortelã-pimenta limão sobre náuseas vômitos e qualidade de vida em pacientes pediátricos com leucemia: um ensaio clínico randomizado | Ensaio Clínico Randomizado | Şancı Y, Yıldız S, Ayçiçek A, Möhür N | A aromaterapia com hortelã-pimenta-limão melhorou a qualidade de vida e reduziu náuseas e vômitos em pacientes pediátricos com leucemia. |
Eficácia dos Óleos Essenciais no Alívio da Dor do Câncer: Uma Revisão Sistemática e Meta-análise | Revisão Sistemática e Metanálise | Corasaniti MT, Bagetta G, Morrone LA, Tonin P, Hamamura K, Hayashi T, Guida F, Maione S, Scuteri D | Os óleos essenciais mostraram-se eficazes no alívio da dor associada ao câncer. |
Aromaterapia com inalação pode efetivamente melhorar a ansiedade e depressão de pacientes com câncer: Uma meta análise | Meta-análise | Liu T, Cheng H, Tian L, Zhang Y, Wang S, Lin L | A aromaterapia com inalação foi eficaz na redução da ansiedade e depressão em pacientes com câncer. |
Efetividade da Aromaterapia Inalatória em Náuseas e Vômitos Induzidos por Quimioterapia: Uma Revisão Sistemática | Revisão Sistemática | Toniolo J, Delaide V, Beloni P | A aromaterapia inalatória foi eficaz na redução de náuseas e vômitos induzidos por quimioterapia. |
Os Efeitos do Óleo de Hortelã-Pimenta em Náuseas, Vômitos e Retching em Pacientes com Câncer Submetidos à Quimioterapia: Um Estudo Piloto Aberto Quase-Randomizado Controlado | Estudo Piloto Aberto Quase Randomizado | Efe Ertürk N, Taşcı S | O óleo de hortelã-pimenta foi eficaz na redução de náuseas, vômitos e retching em pacientes com câncer submetidos à quimioterapia. |
Atividade biológica dos Revisão óleos essenciais, sua aplicação e potencialidades: óleo essencial de mentha x piperita L. | Bibliográfica | L Kharysh | O óleo essencial de Mentha x piperita L. mostrou potencial significativo em diversas aplicações terapêuticas, incluindo a redução de náuseas. |
Aromaterapia e qualidade de vida de pacientes oncológicos: uma revisão bibliográfica | Revisão Bibliográfica | MJN Souza | A aromaterapia demonstrou benefícios na melhoria da qualidade de vida de pacientes oncológicos, com impacto positivo em sintomas como náuseas. |
O uso da aromaterapia com óleos essenciais na redução de sintomas secundários causados pelo tratamento antineoplásico: uma revisão de revisões | Revisão de Revisões | MLL Vieira | A aromaterapia com óleos essenciais mostrou-se eficaz na redução de sintomas secundários do tratamento antineoplásico, incluindo náuseas e vômitos. |
Efeito da aromaterapia sobre a qualidade de vida de pacientes em cuidados paliativos: revisão sistemática | Revisão Sistemática | NYR Higa, R Almeida, MP Dias | A aromaterapia melhorou a qualidade de vida de pacientes em cuidados paliativos, aliviando sintomas como náuseas e vômitos. |
Tratamentos fitoterápicos para enxaqueca: Uma revisão sistemática de estudos randomizados controlados | Revisão Sistemática | Lopresti AL, Smith SJ, Drummond PD | A aplicação tópica de óleo de hortelã-pimenta pode aliviar significativamente enxaquecas e dores de cabeça agudas. |
Óleos essenciais de hortelã-pimenta (Mentha x piperita L.): da extração ao uso na Aromaterapia | Revisão Bibliográfica | Nunes GT, Godoi JV, Beraldi VF | O óleo essencial de hortelã pimenta demonstrou eficácia no alívio de dores de cabeça e na melhora da qualidade de vida através da aromaterapia. |
Segundo a conclusão qualitativa de Ertürk e Taşcı (2021), foram abordadas experiências de pacientes sem o uso da aromaterapia com o óleo essencial de hortelã-pimenta e depois do seu uso. A gota da mistura aromática foi aplicada três vezes diariamente durante os cinco dias seguintes à administração da quimioterapia, além do tratamento antiemético de rotina, pelos participantes selecionados para o estudo. Solicitou-se que respirassem fundo após a aplicação da mistura aromática. (ERTÜRK et al., 2021).
O mesmo estudo apresenta uma tabela onde mostra o ponto de vista dos pacientes, que categoriza qualitativamente os dados sobre os efeitos da aromaterapia com óleo essencial de hortelã-pimenta em pacientes oncológicos, especialmente aqueles submetidos à quimioterapia. Os temas principais incluem a experiência de náuseas, vômitos e vômitos pós-quimioterapia, os efeitos da aromaterapia na vida diária, visões sobre os efeitos da aromaterapia e os lados fáceis e difíceis da aromaterapia. Nos subtemas físicos, os pacientes relataram fraqueza e fadiga, como ilustrado por uma paciente que expressou seu desejo de morte devido à incapacidade de realizar tarefas diárias. Socialmente, os pacientes enfrentaram solidão e desapego da vida, enquanto psicologicamente, manifestaram desejos de morte e sentimentos de ódio.
A aromaterapia foi relatada como tendo efeitos positivos na vida diária dos pacientes, com melhorias físicas como maior capacidade de realizar atividades diárias e sociais, e psicologicamente, proporcionando relaxamento e um senso geral de bem-estar. Um paciente mencionou que conseguiu ir à mesquita para orar e socializar com amigos, enquanto outro mencionou a capacidade de completar tarefas diárias e até fazer compras. No entanto, alguns pacientes expressaram incerteza sobre os efeitos da aromaterapia, atribuindo seu bem-estar a fatores espirituais. A facilidade de uso da aromaterapia foi destacada, com pacientes relatando que podiam utilizá-la convenientemente durante suas atividades diárias (ERTÜRK et al., 2021).
Nesta revisão bibliográfica, o desfecho mais comum de sintomas causados pela quimioterapia e radioterapia em tratamentos oncológicos foram as náuseas e vômitos, presentes na maior parte dos estudos selecionados, sendo sintomas de longa permanência presentes durante todo o tratamento. Merecem destaque ainda as dores de cabeça, fadiga e a falta de apetite decorrente das náuseas e vômitos em alguns casos.
Além disso, os pacientes podem ter sua saúde mental abalada, ocasionando assim ansiedade ou depressão, decorrente da metodologia farmacológica ofensiva que atinge o fator psicológico de grande parte dos pacientes, o que também foi um desfecho relevante nas leituras dos artigos.
Tendo isso em vista, estudos mostraram que os benefícios do óleo essencial de hortelã-pimenta na saúde mental de pacientes oncológicos são fundamentados em uma crescente evidência científica que destaca suas propriedades terapêuticas. Estudos recentes, como os de Xie et al. (2024) e Liu et al. (2022), demonstraram que a aromaterapia pode ser uma intervenção eficaz para a redução de ansiedade e depressão em pacientes submetidos a tratamentos agressivos como radioterapia e quimioterapia. Estes achados são corroborados por revisões bibliográficas, como a de Souza (2021), que enfatizam a importância da abordagem holística no cuidado oncológico, onde o bem-estar emocional é tão crucial quanto o tratamento físico da doença. Ao explorar esses estudos, é possível compreender melhor como a aromaterapia com óleo essencial de hortelã-pimenta pode ser integrada nas práticas clínicas para melhorar a qualidade de vida dos pacientes, oferecendo uma alternativa complementar aos tratamentos convencionais e auxiliando no manejo dos sintomas psicológicos frequentemente associados ao câncer.
Outros desfechos frequentes entre os artigos foi que o óleo se mostrou eficaz no alívio de náuseas e vômitos em pacientes oncológicos é bem documentada em diversos estudos. A revisão sistemática realizada por Toniolo, Delaide e Beloni (2021) revelou que a aromaterapia inalatória, incluindo o uso de óleo essencial de hortelã-pimenta, é uma abordagem eficaz na redução de náuseas e vômitos induzidos por quimioterapia. Estes achados são suportados pela revisão sistemática e metanálise de Ahn, Kim e Kim (2024), que também destacaram a efetividade da aromaterapia no manejo de náuseas e vômitos em pacientes com câncer. A combinação de dados de vários ensaios clínicos randomizados reforça a confiabilidade dos resultados, sugerindo que a aromaterapia com hortelã-pimenta pode ser uma intervenção segura e benéfica para aliviar esses sintomas desconfortáveis e melhorar a qualidade de vida dos pacientes oncológicos. Dessa forma, a inclusão do óleo essencial de hortelã-pimenta no protocolo de cuidados paliativos e de suporte para pacientes com câncer poderia representar uma estratégia complementar valiosa para o manejo dos efeitos adversos do tratamento quimioterápico.
A melhora de sintomas como dores de cabeça foi outro desfecho encontrado em dois estudos, que compilaram dados de ensaios randomizados e controlados, evidenciando que a aplicação tópica do óleo de hortelã-pimenta pode reduzir significativamente a intensidade e a frequência das dores de cabeça, oferecendo uma alternativa natural e complementar aos tratamentos convencionais (LOPRESTI et al., 2020; NUNES, GODOI, BERALDI et al., 2022).
Apesar dos benefícios demonstrados da aromaterapia no tratamento de sintomas oncológicos, ainda existem pontos negativos e áreas não exploradas que merecem atenção. Primeiramente, a variabilidade na qualidade dos óleos essenciais pode afetar a consistência dos resultados, já que nem todos os produtos disponíveis no mercado seguem os mesmos padrões de pureza e concentração. Além disso, a aromaterapia, embora geralmente considerada segura, pode provocar reações alérgicas ou irritações em alguns pacientes, o que limita sua aplicação universal. Outro ponto crítico é a escassez de estudos de longo prazo que avaliem os efeitos cumulativos da aromaterapia e seu impacto em diferentes tipos de câncer e estágios da doença. A revisão sistemática de Higa, Almeida e Dias (2021) também destaca a necessidade de pesquisas mais rigorosas e bem controladas para estabelecer protocolos padronizados e entender melhor as interações entre a aromaterapia e outros tratamentos oncológicos. Portanto, enquanto a aromaterapia com óleo essencial de hortelã-pimenta apresenta promissoras propriedades terapêuticas, é fundamental abordar essas lacunas e desafios para otimizar seu uso clínico.
CONCLUSÃO
Esta revisão bibliográfica buscou identificar estudos relacionados ao uso do óleo essencial de hortelã-pimenta usado como tratamento paliativo no tratamento oncológico. A revisão evidenciou o que os estudos relataram sobre cada sintoma e como a aromaterapia age em cada caso, abordou as propriedades químicas e terapêuticas, os desfechos mais frequentes nesses estudos e a evolução da melhora dos sintomas causados pela quimioterapia e radioterapia. Realizou reflexões acerca dos achados e a concordância deles com a literatura.
As evidências aqui apresentadas mostraram que os principais desfechos são provenientes do cenário de sintomas causados pelo tratamento oncológico, onde pode debilitar os pacientes provocando vômitos, náuseas, fortes dores de cabeça e falta de apetite, além de afetar o psicológico e saúde mental de pacientes. Contudo, temos as práticas integrativas, dentre elas a aromaterapia que mostrou ser eficaz na melhora destes sintomas, especificamente o óleo essencial de hortelã-pimenta, mostrou que de forma paliativa teve sua ação comprovada nos estudos incluídos. Pesquisas futuras devem acompanhar a longo prazo as repercussões desses desfechos principais, e com a realização desses estudos mais aprofundados ser amplamente aceita na medicina convencional, bem como a importância da ação do profissional da saúde para quando adequado implantar este tipo de terapia complementar.
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