NURSING CARE IN PERINATAL DEPRESSION
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10223289
Katkeliane Fonseca Rodrigues1, Lídia Gabriela Carlos Guerreiro1, Lílian Caroline Marques Froz1, Nadiene Ayd Caldas1, Sebastiana do Nascimento Barbosa1, Raylane Katícia da Silva Gomes2
RESUMO
Introdução: A depressão pós parto é uma condição de profunda tristeza, desespero e falta de esperança que acontece logo após o nascimento de um recém-nascido. A questão psicológica da mulher que por falta de conhecimento do assunto ainda é tratado como vaidade, e não como ansiedade ou depressão por consequência da estética do corpo, são alguns fatores que fazem com que a gestante desenvolva o quadro depressivo. Objetivo: Dar assistência de enfermagem na promoção saúde doença às mulheres grávidas e lactentes. Justificativa: O tema escolhido é embasado nos dias atuais pelo fato de não ser muito visado, passando despercebido aos olhos dos profissionais de enfermagem, amigos e familiares. Metodologia: O método utilizado foi a pesquisa descritiva através da aplicação da escala de Depressão Pós-parto de Edimburgo (EPDS). Discussão: Na assistência pré-natal cabe ao enfermeiro mostrar à população a importância do acompanhamento da gestação na promoção da saúde, prevenção e tratamento de distúrbios, durante e após a gravidez e, informá-la dos serviços disponíveis. Considerações Finais: Assim, o presente trabalho buscou apresentar quais os fatores de risco estão relacionados à depressão pós-parto visando apontar possibilidades de prevenção e tratamento para a mesma, tendo em vista a sua necessidade.
Descritores: Depressão no pós-parto, pscicose, gestação, pré-natal
ABSTRACT
Introduction: Postpartum depression is a condition of deep sadness, despair and lack of hope that occurs shortly after the birth of a newborn. The psychological issue of women, which due to lack of knowledge on the subject is still treated as vanity, and not as anxiety or depression due to the aesthetics of the body, are some factors that cause pregnancy to develop depressive conditions. Objective: Provide nursing assistance in promoting health and illness to pregnant women and infants. Justification: The chosen theme is based on current times due to the fact that it is not very popular, going unnoticed in the eyes of nursing professionals, friends and family. Methodology: The method used was descriptive research through the application of the Edinburgh Postpartum Depression Scale (EPDS). Discussion: In prenatal care, the nurse is responsible for showing the population the importance of monitoring pregnancy in promoting health, preventing and treating disorders, during and after pregnancy, and informing them of the services available. Final Considerations: Thus, the present study sought to present which risk factors are related to postpartum depression in order to point out possibilities of prevention and treatment for it, in view of its necessity.
Keywords: Postpartum depression, psychosis, pregnancy, prenatal care
INTRODUÇÃO
A depressão pós-parto (DPP) é considerada uma doença que surge em mulheres puérperas e trata-se de um transtorno emocional estabelecido ao período puerperal, apresentando em muitos casos sintomas de tristeza profunda, depressão, rejeição ao bebê entre outras questões que vão interferir diretamente no quadro de saúde da mulher e principalmente em sua relação com o bebê (RIBEIRO et al., 2020). Caracterizada como sendo uma patologia, a depressão vem interferir no estado biológico e psicológico da mulher. Este problema é descrito como uma relação de saúde pública, que pode apresentar em sua causa uma diversidade de fatores que pode causar anormalidades na saúde mental dessas mulheres durante o período pós-parto. Os apontamentos clínicos podem surgir durante as primeiras semanas após ocorrer o nascimento do bebê, podendo prejudicar a saúde da mãe, o desenvolvimento e acompanhamento do bebê e a relação de interação mãe-bebê (BRAGA et al., 2021).
A DPP pode levar a graves prejuízos tanto em se tratando da vida materna quanto para o recém nascido. Diante desse contexto, é indispensável que a mãe receba uma assistência em enfermagem qualificada que busque, consequentemente, a prevenção e o acompanhamento humanizado (GONÇALVES et al., 2019).
Os fatores de risco associados à DPP no geral são vários, porém, alguns deles são principais e aparecem frequentemente na literatura, sendo eles: pouca idade materna, baixo nível socioeconômico, relacionamento conjugal prejudicado, desemprego, baixa escolaridade, história de doença psiquiátrica, gravidez não planejada, tristeza pós parto, ser mãe solteira, complicações na gestação, trabalho de parto, parto e pós-parto, sendo a falta de apoio social o mais importante fator de risco no puerpério.
Este caso atinge de 10% a 25% de mulheres, na pandemia cerca de 40% de mulheres foram acometidas com o baby blues que pode passar despercebida durante a consulta do pré-natal pois se assemelha à Depressão no Pós-Parto (DP), pois tem a preocupação excessiva com o bebê, ansiedade, choro sem motivo, insônia, e dificuldade de concentração.
De acordo com Arrais (2018) a DPP é um transtorno mental que pode levar a graves consequências, tanto nas mulheres, quanto nos bebês e pessoas de convívio próximo. Há também sintomas como alteração no sono, irritabilidade, crise de choro, falta de concentração e energia, fadiga e desinteresse em atividades que antes gostava de fazer. Podem ocorrer também pensamentos de suicídio e culpa que podem começar desde as primeiras semanas após o parto, como também pode acontecer a qualquer momento do primeiro ano de vida da criança.
Existe uma grande precariedade de informações adequadas e a permanência de preconceitos refletidos na sociedade sobre a DPP, sendo necessário a Disponibilização de maiores esclarecimentos sobre a doença, pois a que a maioria das mulheres acometidas pela doença, não procuram o serviço de saúde, muitas vezes pela falta de conhecimento dos sintomas e o medo do preconceito
Assim como os demais autores já citados, Valença e Germano (2020) ressaltam que é preciso reconhecer que a maternidade traz consigo uma carga que muitas vezes a própria mulher não consegue suportar, a gestação por si só, já é um fator desencadeante, existindo ainda uma combinação de fatores genéticos, psicológicos e ambientais. A gravidez será o momento em que a mulher vai está mais susceptível a desenvolver inicialmente o sentimento de culpa e com grandes probabilidades de desenvolver a Depressão Pós-Parto. Principalmente quando a mulher não se sente acolhida pela família, interferindo na Saúde Mental materna.
OBJETIVO
Dar assistência de enfermagem na promoção saúde doença às mulheres grávidas e lactentes, identificar o papel do enfermeiro durante período gestacional para a prevenção da DPP., mencionar os fatores que ocasionam à depressão pós-parto.
JUSTIFICATIVA
O tema escolhido é embasado nos dias atuais pelo fato de não ser muito visado, passando despercebido aos olhos dos profissionais de enfermagem, amigos e familiares. A questão psicológica da mulher que por falta de conhecimento do assunto ainda é tratado como sentimentalismo, e não como ansiedade ou depressão por consequência da estética do corpo: (estrias, amamentação, flacidez, gravidez conturbada, são alguns fatores que fazem com que a gesta desenvolva o quadro depressivo.
O enfermeiro ou qualquer profissional da saúde não pode confundir jamais o diagnóstico de ambas, e deve ter capacidade para tal, o assunto que será abordado é um caso de saúde pública pois quando não percebido pode causar danos reversíveis e irreversíveis tanto para mãe quanto para o bebê (morte).
Existe uma grande precariedade de informações adequadas e a permanência de preconceitos refletidos na sociedade sobre a DPP, sendo necessário a disponibilização de maiores esclarecimentos sobre a doença, pois a que a maioria das não procuram o serviço de saúde, muitas vezes pela falta de conhecimento dos sintomas e o medo do preconceito. A presença da DPP pode trazer aspectos negativos para o desenvolvimento da criança, pois a criação de vínculo entre mãe e bebê poderá ser rompida pelos sentimentos da mãe, tornando o desenvolvimento da criança preocupante.
TRISTEZA MATERNA
O que diferencia a DPP da “tristeza materna” (baby blues) é a gravidade do quadro e o que ele tem de incapacidade, no caso da DPP, afetando a funcionalidade da mãe e colocando em perigo seu bem-estar e o do bebê. O quadro da “tristeza materna” é passageiro e é caracterizado por hiperemotividade, estado de fragilidade, sentimentos de falta de confiança e de incapacidade para cuidar do bebê. Atinge em torno de 60% e 80% das puérperas entre o terceiro e o quinto dia após o parto, podendo a mulher voltar ao seu estado normal, por volta do primeiro mês. Porém, considera-se que possa haver um índice até maior de acometimento pois, percebe-se que devido o grande preconceito exposto pela sociedade, muitas vezes não há procura por ajuda/acompanhamento por parte das mulheres (IACONELLI, 2005, SCHWENGBER; PICCININI, 2003 citados por SANTOS; SERRALHA, 2015).
O PAPEL DO ENFERMEIRO NA ASSISTÊNCIA NA DEPRESSÃO PÓS PARTO
Percebe-se que a gestação é a fase em que a mulher passa por transições, como, as alterações hormonais devido ao desenvolvimento do feto, acarretando efeitos físicos e psíquicos. Passam por sentimentos distintos de forma intensa e significativa, podendo assim, possibilitar amadurecimento, mudança de pensamento e personalidade. Certifica-se que esse processo não se encerra com o nascimento da criança, mas se prolonga até o período do pós-parto, denominado de puerpério (SILVA et al., 2019). O puerpério é definido como uma etapa ativa do período gestacional em que as mudanças ocorridas no organismo materno de origem hormonal, psíquica e metabólica retornam às condições pré-gestacional. Essa fase se inicia na saída da placenta durante o parto, com duração incerta, e pode ser conhecida em três etapas: puerpério imediato, que compreende do 1º ao 10º dia após o parto; tardio, do 11º ao 45º dia e remoto, que vai além do 45º dia. Define-se tais etapas por período de modificação hormonal e psicológica, fazendo dessa forma, com que a puérpera necessite de suporte familiar e profissional para superar seus novos desafios, podendo, assim, surgir ocorrências adversas, dentre elas três podem ser enfatizados, como: a melancolia da maternidade (baby blues), psicose puerperal e depressão pós-parto (DPP). O baby blues refere-se a uma etapa de reconhecimento recíproco entre a mãe e o bebê. É o tempo necessário para a mãe compreender que o bebê é um ser desprendido dela, representando o fim da gravidez psíquica (BENETTI et al., 2008). A DPP é apresentada logo após o baby blues, caracterizado como um transtorno emocional, humoral e reativo, que surge no período pós-parto com alta predominação, sendo possível início dos sintomas desde a gestação. Estima-se uma ocorrência em torno de 10% a 15% das mulheres. Supõe-se que pelo menos 20% das mulheres, por algum momento da vida, apresentam depressão, e isso, ocasiona danos à saúde da mulher e, por consequência, de seus familiares e pessoas de seu convívio. Estudos mostram que ter tido depressão ao longo da vida, a presença de estresse, ansiedade e depressão durante a gestação, baixo suporte familiar e social, falta de apoio do companheiro e falta de apoio social durante o puerpério, são fatores 16 que aumentam ainda mais a probabilidade de desenvolver a DPP (ARRAIS et al., 2017). Esse quadro afeta tanto a saúde da mãe quanto no desenvolvimento do seu filho. A manifestação desse quadro ocorre, a partir das primeiras quatros semanas do período pós-parto, manifestando sintomas que se assemelham aos de um quadro depressivo, sendo eles: irritabilidade, choro frequente, desânimo persistente, sentimento de culpa, alterações no sono, temor de machucar o filho, diminuição de apetite, desinteresse sexual, sensação de ser incapaz de lidar com novas situações, diminuição do nível de funcionamento mental e presença de ideias obsessivas ou supervalorizada (VALENÇA et al., 2010). Ainda de acordo com os autores Valença e Germano (2010), os profissionais de enfermagem comprometidos na assistência obstétrica ao serem aptos para identificar que as características socioeconômicas e culturais das sociedades levam ao desenvolvimento e nos cuidados do período gestacional, do parto e pós-parto, visando contemplar uma visão holística, o pré-natal tem como objetivo identificar de forma adequada e precoce as mulheres que têm mais chance de apresentar uma evolução não favorável, atendendo-as desde o início de sua gestação. Entende-se que o pré-natal é uma considerável ferramenta utilizada pelo enfermeiro para a detecção precoce da DPP, oferecendo a oportunidade de atuar na melhoria psicossocial da paciente, prevenindo complicações no parto, depressão gestacional ou no período pós-parto e sequelas para o futuro do bebê. Logo torna-se, relevante que, durante esse acompanhamento, à puérpera evidencie suas queixas, temores e ansiedades, pois será nesse momento em que o profissional de enfermagem poderá atuar para identificar os fatores de risco, dar assistência e orientação, realizando assim, um atendimento precoce como forma de prevenção, devendo estar atento e, se importante, comunicar a família se algo não está bem com a gestante (SILVA et al., 2019). Além disso, é indispensável o apoio familiar diante da mulher acometida pela DPP, pois por diversas vezes o diagnóstico é ignorado pela própria puérpera, relacionando os sintomas ao cansaço e desgaste natural do puerpério, acarretados pelo acúmulo de tarefas domésticas e cuidados ‘ com o bebê. A percepção dos fatores de risco da depressão pós-parto é de total importância para o planejamento e para a 17 realização de ações preventivas como ajudar o apoio emocional da família, amigos e companheiro, acarretando segurança à puérpera (OLIVEIRA et al., 2016). Salienta-se que o entendimento entre os profissionais de enfermagem envolvidos nesse atendimento se torna fundamental para que a puérpera se sinta segura e confiante para demonstrar seus sentimentos. O enfermeiro tem papel relevante diante da assistência prestada às puérperas com depressão pós-parto, pois assistem de perto as mulheres durante o período gestacional (FERNANDES, 2013). Diante disso, a enfermagem é qualificada a elaborar estratégias a fim de garantir a essas puérperas o apoio que precisam de forma eficiente e humanizada. O trabalho de enfermagem vai além do cuidar físico, exige sensibilidade, capaz de proporcionar além do cuidado necessário, o apoio emocional. A adversidade de uma atuação de enfermagem qualificada às puérperas com transtorno mental, seja ele no pré-natal ou pós-parto, precisa ser superada. Os profissionais de enfermagem têm muito a contribuir em diversos pontos da rede de atenção à saúde. Sendo assim, compete ao enfermeiro aprimorar os conhecimentos específicos na área, com o objetivo de criar estratégias e intervir de forma eficiente e humanizada, que sejam capacitados a proporcionar um suporte fundamental às puérperas para encarar os desafios de ser mãe diante da depressão pós-parto, além de prevenir futuros agravos para saúde física e mental dessas mulheres (GOMES et al., 2019)
FATORES DE RISCO NA DEPRESSÃO PERINATAL
Os fatores de riscos são ocorrências ou situações já marcadas ao aparecimento de problemas físicos, psicológicos e sociais, que evidenciam maior chance de surgir e maior intensidade no período gestacional (ARRAIS et al., 2017). O período gravídico-puerperal é apontado como alto risco para o desenvolvimento de depressão e ansiedade por efeito das transformações em nível hormonal, físico e emocional sofrido pelas mulheres (HARTMANN et al., 2017). De acordo com Santos e Guedes (2018), diversos fatores podem estar associados à ocorrência dos sintomas da DPP, como idade, fatores psicológicos, baixa renda econômica, situações estressantes durante a gestação e no pós-parto, relacionamento conjugal prejudicado, falta de apoio familiar, gestação não planejada, estado civil, complicações durante o período gestacional e pós-parto, grande número de filhos e gravidez indesejada. A existência de violência na gestação, história familiar de depressão e menor escolaridade, também se mostram importantes para a ocorrência da depressão. Esses são fatores da esfera social que possuem forte impacto sobre a prevalência da depressão pós-parto, sendo esses fatores que ocasionam o desenvolvimento da DPP (SOUZA et al., 2020). A gravidez não planejada e em mulheres jovens se trata de um momento delicado que afeta significativamente no cotidiano, além do risco de transtornos puerperais que se torna iminente devido à falta de maturidade. Essa situação implica principalmente o fato da maturidade afetiva, dos julgamentos sociais, abandono prévio dos estudos, afastamento repentino dos amigos, abandono da vida de solteira, além da insatisfação nos relacionamentos amorosos (MACIEL et al., 2019). Gestantes que não possuem o apoio familiar que esperavam no momento da gestação e puerpério, indicam um risco de três vezes maior de evoluir os sintomas depressivos, o que pode ser fundamentado pela afirmação da influência do apoio social em manter a estabilidade psicológica (SILVA et al., 2019)
ATUAÇÕES DO ENFERMEIRO NA DPP PERINATAL
A atuação de enfermagem é significativamente relevante no decorrer da gestação e na fase puerperal. Por meio do pré-natal, o enfermeiro possui contato constante com as gestantes e este deve ter empatia para compreender, escutar e conversar com a mesma, o que possibilita conhecer seus medos e fragilidades além de ser capaz de ajudar a encará-los (LEÔNIDAS; CAMBOIM, 2016). Segundo Nóbrega et al. (2019), as competências do Enfermeiro são através de ações preventivas para a saúde das gestantes e puérperas, identificação dos sinais e sintomas iniciais da doença, investigação e direcionamento das famílias para a assistência psicológica. A promoção da saúde mental é fundamental para as mães, crianças e suas famílias, além de promover o fortalecimento da amamentação. Para Daandels e Mariot (2019), o pré-natal dispõe com finalidade de assegurar o desenvolvimento da gestação, proporcionando um parto de um bebê saudável, sem que haja impacto na saúde da mulher, com abordagem de aspectos psicossociais, atividades preventivas e educativas. Sendo essencial o apoio pré-natal na Atenção Básica de Saúde, visto que, o acesso a esta assistência é elementar para indicação do prognóstico ao nascimento. Assim, sendo fundamental para um diagnóstico seguro, o reconhecimento da instalação de sinais e sintomas, da mesma maneira a evolução da doença. Compete a equipe de enfermagem atentar quanto às mudanças de sentimentos que decorrem nesse período do puerpério, para que seja diagnosticada antecipadamente uma possível DPP, para que essa mulher não volte para casa com este problema ou sem saber o que está ocorrendo com ela mesma ‘ (PESSOA; NASCIMENTO, 2017). De acordo com Maciel (2019), os profissionais de saúde devem realizar intervenções preventivas, educativas e terapêuticas, em busca da melhora do grau de conhecimento da mulher desde o pré-natal. O empoderamento antecipado nesse período pode impedir possíveis riscos e ocorrências fisiológicas e faz com que o puerpério não seja preenchido por dúvidas e incertezas, o que diminui significativamente fatores de riscos que levariam a problemas mais sérios em sua saúde emocional. 22 Os cuidados de enfermagem, não devem ser pensados somente na saúde do binômio mãe-bebê, mas pensados na saúde integral da mulher, como também o cuidado de ser prestado aos seus familiares, para que tais estejam aptos a distinguir os sinais e sintomas desse transtorno e comunicar para equipe de saúde (FREITAS et al., 2014). O puerpério é uma fase que solicita uma ajuda holística e humanizada, mediante a concepção de um vínculo que transmite segurança e confiança para as puérperas, a fim de esquivar-se de desconfortos, reduzir os riscos quando as mulheres se encontram mais fragilizadas. Para que isso possa suceder, é primordial um olhar preciso e abrangente, tanto revertido para a promoção da saúde quanto ao processo de saúde/doença (MACIEL et al., 2019). Para prevenir a DPP os profissionais da saúde devem promover cuidados individualizados e flexíveis no pós-parto, fundamentados na identificação da sintomatologia depressiva. Cabe ao profissional mostrar interesse pelo bem-estar da paciente, o que resulta em uma comunicação efetiva. Os enfermeiros necessitam estar atentos, e assim é necessário comunicar à família quando algo ocorre com a paciente. Destaca ainda que, a união da equipe multiprofissional pode modificar esse momento em uma fase em que a puérpera se sentirá confiante para exprimir seus sentimentos, sentindo-se apoiada e acolhida (PESSOA; NASCIMENTO, 2017).
POSSIBILIDADES DE PREVENÇÃO E TRATAMENTO
A depressão pós-parto é um problema de saúde pública com elevada prevalência que traz consequências para todo seu contexto familiar. Dessa forma, o reconhecimento da depressão pós-parto se torna essencial para que as mães deprimidas recebam o tratamento adequado (Brum, 2017). O número de puérperas que recebem tratamento é menor que 25% e somente 50% dos casos de depressão pós-parto são diagnosticados (Ruschi et al., 2007), permanecendo assim, pouco diagnosticada e tratada (Stewart et al., 2004; Martinez et al., 2016; Ruschi et al., 2007). Deste modo, faz-se necessário o preparo de profissionais da área da saúde para que seja feita a intervenção preventiva bem como o tratamento necessário. Além disso, devem envolver a ação conjunta de uma equipe multidisciplinar compostas por diferentes profissionais da área da saúde e saúde mental na prestação de cuidados à mulher em seu período perinatal na prevenção e no ‘ tratamento da DPP, favorecendo uma abordagem biopsicossocial (Horowitz & Goodman,2005) 5.
PREVENÇÃO
Deste modo, a medida preventiva é uma oportunidade indispensável permitindo reduzir riscos do desenvolvimento de possíveis indícios de depressão. Programas como o pré-natal possuindo como suporte abordagens psicológicas, podem ampliar os fatores de proteção a DPP, contribuindo com a prevenção de possíveis sintomas depressivos (Arrais et al., 2019). Para Silva e Botti (2022), abordagens psicoterapêuticas são fundamentais na prevenção e no tratamento da depressão pós-parto, visto que o psicólogo juntamente com a puérpera e sua família poderá levantar novas composições a partir de sua vivência, podendo assim tornarem possível a compreensão e o planejamento de intervenções adequadas (Cunha et al., 2020). Pôde se constatar segundo a meta-análise de Skol, Epperson e Barber (2021), que intervenções preventivas representam redução considerável do nível de prevalência dos sintomas depressivos no período pós-parto, apesar de tais efeitos serem mais leves quando relacionados ao tratamento da DPP. Assim, podem aumentar a probabilidade da eficácia de intervenções preventivas (Clatworthy, 2022).
TRATAMENTO
Para o tratamento da depressão pós-parto incluem opção da terapia farmacológica e psicoterapia, e fitoterápica podendo ser utilizadas de formas conjuntas ou isoladas (Horowitz & Goodman, 2019). O que se recomenda é que o uso de terapia farmacológica seja indicado somente em casos de depressão mais graves, ou em casos em que a psicoterapia não esteja promovendo resultados. Pesquisas revelam 24 que psicoterapia interpessoal, métodos cognitivo comportamental e intervenções farmacológicas têm se mostrado mais eficientes que outras estratégias de tratamento para a DPP (Cantilino, 2020).
TERAPIA FARMACOLÓGICA
No que se refere a terapia farmacológica para o tratamento da DPP, logo a primeira opção de escolha são os ISRS (inibidores seletivos de receptação da serotonina), por apresentarem bons resultados de êxito na melhora de sintomas depressivos e baixa toxicidade em sua composição (Horowitz & Goodman, 2005). O uso de psicofármacos podem apresentar algumas contra indicações devido a fase de amamentação e o risco de determinadas concentrações destes medicamentos serem detectados no leite materno (Silva e Botti, 2005). Assim, os efeitos de tais medicamentos no bebê, podem variar conforme o tipo de fármaco ingerido e a sensibilidade individual (Rocha, 1999). Por isso, tem sido aconselhado o uso de ISRS como a sertralina, a paroxetina e a fluvoxamina para o tratamento da DPP, por apresentarem baixos níveis maternos de fármacos a serem captados no bebê (Horowitz & Goodman, 2005). Vale ressaltar que a escolha da terapia farmacológica deve ser levada em conta a história da mulher, assim como sua resposta a tratamentos anteriores utilizado a terapia farmacológica, considerando os riscos/benefícios de tal tratamento devido a amamentação.
PSICOTERAPIA
Da mesma forma que a psicoterapia possui efeitos positivos no tratamento da depressão, revisões e análises revelam que o tratamento psicológico é eficaz no tratamento na DPP (O’Hara & McCabe, 2013). Sendo consideradas as mais eficazes para o tratamento da DPP, abordagens psicológicas como a Terapia Cognitivo Comportamental e a Psicoterapia Interpessoal. 4.2.2.1 TERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL (TCC) A terapia cognitivo-comportamental (TCC) tem por objetivo ajudar o paciente a desvendar seus comportamentos e cognições disfuncionais por meio da aprendizagem e da reestruturação cognitiva (Cavalheiro, 2018). O fundamento que 25 TCC possui em sua essência é avaliar quais as ideias e pensamentos que a pessoa possui sobre si mesmo e que se encontra alterado, causando comportamentos disfuncionais (Feitoza, 2010). Deste modo, no caso de mulheres com DPP que apresentam pensamentos e emoções distorcidos em relação aos cuidados do bebê e a sua situação atual, a terapia cognitivo comportamental busca avaliar e reorganizar estas cognições que constituem seu comportamento (Santos, 2019).
FITOTERÁPICOS
Segundo Costa (2018) o enfermeiro também poderá realizar um cuidado a essas mulheres, na prescrição de fitoterápicos que atuam no Sistema Nervoso Central, sendo o mais utilizado a melissa officinais, consequentemente devido ao agradável gosto e elevada aceitação sensorial. Portanto o uso da mesma tem potencialidade de melhoria nas crises de cefaleia decorrentes do problema de insônia, frequente manifestação em indivíduos que sofrem de algum transtorno do sistema nervoso central. Martins (2018) ainda ressalta que popularmente é conhecida como erva dos gatos, a Valeriana (valeriana officinalis) também é um fitoterápico que atua no sistema nervoso central de mulheres que sofrem de depressão pós-parto.
ESCALA DE EDIMBURGO
O instrumento mais utilizado na identificação dos sintomas depressivos é a EPDS ou Escala de depressão pós-parto de Edimburgo (EDPE). No Brasil, a Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), recomenda o uso de métodos de rastreio para a DPP utilizando, principalmente, a EDPE 11. No entanto, não há 5 obrigatoriedade do seu uso rotineiro nas consultas, ficando a cargo do profissional de saúde a decisão de aplicar ou não os questionários. Logo, perpetua-se o estigma das doenças psiquiátricas na gravidez e pós-parto. Aliado a isso, o treinamento insuficiente dos profissionais nesse aspecto contribui para a pouca visibilidade do problema com casos subnotificados no Brasil11 . A EPDS foi desenvolvida na Grã-Bretanha (Escócia) por Cox, Holden e Sagovsky, em 1987, para fins de clínica e pesquisa e, com o passar dos anos, foi adaptada 3, 12-14 . Estudos conduziram análises fatoriais para testar sua eficiência operacional para os objetivos de uma avaliação da DPP 15 , comprovando a significância do mesmo com “sensibilidade e especificidade de 70 a 85%, dependendo do ponto de corte” 14 . A versão brasileira dessa escala não alterou o contexto dos itens ingleses, ou seja, ocorreu uma tradução das perguntas e alternativas de resposta. O objetivo da EDPE é que seja rápida, simples e de fácil entendimento, podendo ser autoaplicada ou aplicada por terceiros (médicos ou não médicos), associado ao valor na identificação de fatores de risco para a depressão pós-parto, afinal, o fator psicossocial é bem relevante 14, 16 . O tempo da realização é de aproximadamente 5 minutos, sendo ela categorizada com 10 itens, divididos em fatores de depressão e ansiedade (Tabela 1), medindo a presença e intensidade dos sintomas nos últimos sete dias 17 . Há, ainda, diferenças relacionadas ao ponto de corte mais indicado para identificação da DPP, podendo ser explicadas por variações metodológicas e inter-regionais 14.
METODOLOGIA
Segundo Fonseca (2002) citado por Gerhardt e Silveira (2009), a metodologia serve para a organização de uma pesquisa ou estudo, onde a mesma aponta os caminhos que devem ser percorridos durante a realização da pesquisa e os instrumentos utilizados.
TIPO DE PESQUISA
O método utilizado foi a pesquisa descritiva através da aplicação da escala de Depressão Pós parto de Edimburgo (EPDS) que consiste em um questionário que contém 10 perguntas onde é respondido pela puérpera, com objetivo de identificar as mulheres que apresentaram depressão pós-parto. Cada itens da escala corresponde a vários sintomas depressivos como: sentimento de culpa; distúrbio de sono; baixa energia; anedonia; ideação suicida; falta de esperança; ansiedade; infelicidade; estresse emocional e exaustão.
A avaliação geral é feita pela soma dos pontos de cada pergunta, tendo uma pontuação de 12 ou mais que indica a probabilidade de depressão, mas não a sua gravidade. Neste contexto, na UBS foi delegado no momento da consulta de Pré-Natal e no Hospital Regional José Mendes com puérperas.
LOCAL DA PESQUISA
A pesquisa foi realizada em dois lugares: Hospital Regional José Mendes e Unidade Básica de Saúde Paulo Gomes (UBS) com gestantes e puérperas que residem no município de Itacoatiara/Amazonas.
SUJEITO DE ESTUDO
Executado com gestantes (UBS Paulo Gomes) e puérperas (Hospital Regional José Mendes) O instrumento para coleta de dados foi subdividido em quatro etapas:
Primeira Etapa: O termo de consentimento assinado e carimbado pelo coordenador da instituição foi entregue para a responsável do local de aplicação hospital regional e unidades básicas de saúde onde foi apresentado para a enfermeira todo o processo que seria realizado no presente momento.
Segunda Etapa: Na abordagem foi explicado sobre a pesquisa, seguida da aplicação do questionário para as mesmas.
Terceira Etapa: Conferência individual de cada questionário respondido para o quantitativo da pontuação de acordo com a referência EPDS.
Quarta-fase: Identificar casos em nosso município, e promover a prevenção da patologia já através do primeiro contato.
Quinta-fase: Análise e discussão dos resultados.
Sexta-fase: Redação da monografia ou artigo científico.
Sétima-fase: Apresentação pública dos resultados do estudo.
Resultados Para a elaboração desta monografia foi estudado alguns artigos sobre a depressão antes da gestação e durante a gestação e pós e seu grande impacto.
Quadro 1: Caracterização de Estudos
TITULO | PAÍS/ANO | DESENHO DO ESTUDO E AMOSTRA | RESULTADO PRINCIPAIS | NÍVEL DE EVIDÊNCIA |
Intervenções do enfermeiro na atenção e prevenção da depressão puerperal 11 | Brasil, 2020 | Revisão integrativa de literatura, amostra de 11 artigos. | Evidenciou a importância da enfermagem à puérpera em sofrimento mental e métodos de identificação da DPP. | V |
Percepções de puérperas acerca do cuidado de enfermagem recebido no pós- parto imediato19 | Brasil, 2019 | Estudo descritivo qualitativo, realizado no alojamento conjunto de CE, amostra de 25 puérpera. | Observou necessidade de mudança na assistência as puérperas, devido ao baixo conhecimento científico da enfermagem. | VI |
Percepção de enfermeiros sobre O estudo possibilitou a análise da falta de diagnóstico e acompanhamento de mulheres com depressão pós-parto 21 | Brasil, 2020 | Estudo descritivo qualitativo, amostra de 9 enfermeiros USF | O estudo possibilitou a análise da falta de diagnóstico e acompanhamento de mulheres com depressão pós-parto 21 Brasil, 2020 Estudo descritivo qualitativo, amostra de 9 enfermeiros USF . capacitação referente aos profissionais de enfermagem relacionado a temática, impactando e fragmentando o atendimento | VI |
Screening ang diagnosing postpartum depression: When and How? 18 | Brasil, 2017 | Revisão integrativa de literatura, amostra de 22 artigos. | Observou que a escala de depressão pós-parto de Edimburgo (EPDS) foi a ferramenta mais frequente na triagem e diagnóstico da depressão pós parto | V |
Conhecimento de profissionais da estratégia saúde da família sobre depressão pós-parto 20 | Brasil, 2016 | Estudo descritivo qualitativo, amostra de 62 participantes | Evidenciou a necessidade de investimentos em atividades de saúde mental na atenção básica | VI |
Análise de fatores de risco associados a depressão pós | Brasil, 2016 | Revisão integrativa de literatura, amostra de 17 artigos | Observou a análise da patogênese associado aos fatores biopsicossociais | V |
ANÁLISE DE DADOS
Durante o período de 01 de outubro à 31 de outubro de 2023 foram entrevistadas 60 mulheres na faixa etária de 16 à 35 anos, durante a entrevista foi possível obter o resultado significativo, como mostra o gráfico a seguir, durante a enquete notou-se falas com suspiro, olhar lagrimejantes, e uma pausa reflexiva por parte da entrevistada.
Fonte: Autor
Entrevista 1: “Esse sentimento vem do nada, ao mesmo tempo que eu estou bem falando contigo aqui agora, daqui a pouco eu fico mal e fico pensando coisas ruins, depois volto ao normal”
Entrevistada 2: “as vezes fico mais triste do que alegre, tem dias que nem levantar da cama consigo, sem disposição para nada”
Entrevistada 3: “é difícil, mas penso muito, vai passar”
Essa ambiguidade identificada nas falas está de acordo com o Giaretta e Fagundez (2019), os quais refere que o período puerperal pode ser caracterizado por uma mistura de sentimentos ambíguos, por exemplo, ao mesmo tempo, que a mulher refere estar feliz, a mesma poderá apresentar-se deprimida, demonstrando um conjunto de pensamentos diferenciados nesse momento.
DISCUSSÃO
A depressão pós-parto (DPP) é uma doença mental grave que vem sendo associado à maternidade causando inúmeras consequência para a mãe e o filho. Escolhemos esse tema por ter grande quantitativo de depressão na nossa população em geral, segundo nossa pesquisa de campo, a finalidade sobre esse nosso trabalho foi evitar precocemente, tratar casos já evidências, e evitar casos futuros, conscientizando nossos profissionais que atuam na linha de frente em nossa cidade com o objetivo de haver educação em saúde sobre essa importante temática.
Em nosso estudo a alta prevalência de sintomas de DPP gerou preocupação, pois a presença de sintomas depressivos pós-parto e no período gestacional principalmente nos terceiros a quinto primeiros meses, pois nesse período as mães com sintomas de DPP apresentam dificuldade para desempenhar outras funções ao longo da gestação, muitas que são mãe solo sentem culpa, tristeza por não estarem com seus parceiros naquele momento importante para elas.
MLC Santos, JF Reis, RP Silva, DF Santos (2022) afirma que depressão é um transtorno mental frequente, que acomete cerca de 300 milhões de pessoas. Corresponde a uma das principais causas de incapacidade em todo o mundo. Caracteriza-se pela presença de humor depressivo, perda de interesse ou prazer em quase todas as atividades,1 que levam à necessidade de cuidados, e, consequentemente, aos rearranjos cotidianos para provê-los. GONÇALVES, F. B. A. C.; ALMEIDA, M. C.; ALMEIDA, M. C (2019) Diz que a gestação e o puerpério são épocas da vida da mulher que tem necessidade de serem vistos uma atenção especial, pois requer muitas mudanças físicas, hormonais, psíquicas e de inclusão social, que podem refletir diretamente na saúde mental dessas mulheres. A depressão pós-parto (DPP) é uma síndrome que abala muitas mulheres e que pode atrapalhar o desempenho emocional e social da mulher e pode intervir no progresso da criança.
Se a família e os enfermeiros colaborarem de modo satisfatório, oferecendo confiança e segurança à mãe principalmente nas realizações das atividades maternas, sem hostilidades e críticas, fazendo uso da compreensão e carinho, oferecendo ambiente acolhedor nos momentos de maior fragilidade emocional, a DPP vai diminuir de intensidade (BRASIL, 2001; RIBEIRO; ANDRADE, 2009).
TELLES, L. S.; PASSOS, A, C.; DA SILVA, C.L (2023) A depressão, classificada também como mal do século, têm manifestações clínicas variadas, segundo sexo e faixas etárias, entretanto, de maneira geral ela acarreta impactos negativos a vida do indivíduo. Entre os diferentes tipos destaca-se a DPP que resulta em complicações físicas e psicoemocionais as quais as parturientes estão sujeitas.
Na assistência pré-natal cabe ao enfermeiro mostrar à população a importância do acompanhamento da gestação na promoção da saúde, prevenção e tratamento de distúrbios, durante e após a gravidez e, informá-la dos serviços disponíveis. Neste sentido a consulta de enfermagem às gestantes de baixo risco, deve oferecer assistência integral clínico-ginecológica e educativa, visando o controle pré-natal, do parto e puerpério (BARBOSA et al., 2011).
Segundo o ministério da saúde o Sistema Único de Saúde (SUS), diz que os profissionais são capacitados para identificar, no pré-natal, sinais e fatores de risco que podem levar a gestante e puérperas a desenvolver depressão após o nascimento do bebê. As equipes de Saúde da Família (ESF) podem solicitar o apoio matricial dos profissionais de saúde mental, por intermédio do Núcleos de Apoio à Saúde da Família (Nasf) ou de outras equipes de saúde mental do município. Alguns casos considerados mais graves, que precisem de um cuidado intensivo, devem ser encaminhados aos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) ou outros serviços de referência em saúde mental do município ou da região.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente estudo dedica-se a um problema psicossocial preocupante de difícil diagnóstico pelos profissionais de saúde. A depressão pós-parto possui maior risco de se desenvolver em pessoas mais vulneráveis tanto socialmente como economicamente, sendo normalmente detectada em pessoas de baixa renda, desempregadas, sem apoio do companheiro e/ou da família, sendo este perfil encontrado em pessoas com maior dificuldade de acesso a saúde. A depressão pós-parto configura-se em um transtorno de humor assim como o transtorno depressivo maior, que traz consigo consequências para a relação mãe e filho capaz de deixar sequelas por um longo tempo, principalmente no desenvolvimento do bebê. Deste modo, necessita-se do preparo por parte dos profissionais de saúde afim de promover métodos de prevenção e tratamento da doença e meios de diagnosticar possíveis mulheres que já se encontra deprimida no período gravídico. Porém, ainda há dificuldades na realização do diagnóstico, principalmente pelo despreparo dos profissionais de saúde e a falta de instrumentos adequados para a identificação de tal transtorno. Assim, o presente trabalho buscou apresentar quais os fatores de risco estão relacionados à depressão pós-parto visando apontar possibilidades de prevenção e tratamento para a mesma, tendo em vista a sua necessidade uma vez que a Unidade Básica de Saúde (Atenção Primária) é a primeira porta de entrada para a gestante e onde uma investigação pode ser feita de forma eficaz, evitando assim problemas tanto para a mãe quanto para o bebê.
REFERÊNCIAS:
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1Acadêmicos do curso de Enfermagem do Centro Universitáro do Distrito do Planalto Federal UNIPLAN.
2Enfermeira, docente em Enfermagem Centro Universitário Do Distrito do Planalto Federal UNIPLAN ITACOATIARA