SUBSTÂNCIAS PARA MELHORIA DO DESEMPENHO: UMA REVISÃO INTEGRATIVA SOBRE ERGOGÊNICOS NUTRICIONAIS NO ESPORTE

PERFORMANCE-ENHANCING SUBSTANCES: AN INTEGRATIVE REVIEW OF NUTRITIONAL ERGOGENICS IN SPORTS

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ra10202506292048


Lucas Fonseca Moysés¹
Guilherme Curvelo Bernardes Silva¹
Rachel Djmal Dantas¹
Arthur Xavier Raphael¹
Vinicius Moreira Paladino²


RESUMO

Este estudo apresenta uma revisão integrativa da literatura com foco no uso de substâncias ergogênicas nutricionais para melhoria do desempenho no esporte. No cenário esportivo contemporâneo, a busca por estratégias que possam otimizar o desempenho é uma constante, e as substâncias ergogênicas nutricionais têm ganhado destaque como uma potencial solução. A pesquisa envolveu a seleção de estudos publicados entre 2018 e 2023 nas bases de dados PubMed e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) que abordaram essa temática. Os resultados obtidos revelaram um cenário complexo, no qual várias substâncias, como cafeína, creatina, beta-alanina e bicarbonato de sódio, demonstraram potencial para melhorar aspectos específicos do desempenho esportivo, como força, resistência e velocidade. No entanto, os benefícios dessas substâncias variam consideravelmente de acordo com fatores individuais, como genética e dosagem. Além disso, a pesquisa destacou a necessidade de personalização das estratégias de suplementação para atletas. A falta de regulamentação adequada, a pressão pelo sucesso no esporte e os riscos à saúde são desafios enfrentados por atletas, treinadores e profissionais de saúde, tornando a decisão de usar substâncias ergogênicas nutricionais uma escolha complexa que deve ser baseada em avaliações individuais e na consideração dos riscos éticos e à saúde. A revisão contribui para a compreensão do uso dessas substâncias no contexto esportivo, destacando a complexidade do tema e a importância de equilibrar benefícios e riscos.

Palavras-chave: Substâncias ergogênicas; Ergogênicos nutricionais; Esporte; Desempenho esportivo; Nutrição esportiva.

ABSTRACT

This study presents an integrative literature review focusing on the use of nutritional ergogenic substances for enhancing sports performance. In the contemporary sports scenario, the pursuit of strategies to optimize performance is a constant, and nutritional ergogenic substances have gained prominence as a potential solution. The research involved the selection of studies published between 2018 and 2023 in the PubMed and Virtual Health Library (BVS) databases that addressed this theme. The results revealed a complex landscape in which various substances, such as caffeine, creatine, beta-alanine, and sodium bicarbonate, demonstrated the potential to improve specific aspects of sports performance, such as strength, endurance, and speed. However, the benefits of these substances vary considerably depending on individual factors, such as genetics and dosage. Additionally, the research highlighted the need for personalized supplementation strategies for athletes. The lack of adequate regulation, pressure for success in sports, and health risks are challenges faced by athletes, coaches, and healthcare professionals, making the decision to use nutritional ergogenic substances a complex choice that should be based on individual assessments and consideration of ethical and health risks. This review contributes to the understanding of the use of these substances in the sports context, emphasizing the complexity of the topic and the importance of balancing benefits and risks.

Keywords: Ergogenic substances; Nutritional ergogenics; Sports; Sports performance; Nutrition in Sport.

INTRODUÇÃO

No cenário esportivo contemporâneo, a busca incessante por alcançar o máximo desempenho é uma constante, impulsionando atletas de todas as modalidades a explorar diversas estratégias e recursos que possam maximizar seus resultados. Dentro desse contexto, as substâncias ergogênicas nutricionais emergem como um tópico de grande relevância e interesse, uma vez que prometem otimizar o desempenho esportivo, contribuir para a recuperação pós-exercício e até mesmo favorecer a adaptação fisiológica ao treinamento (STECKER et al., 2019).

As substâncias ergogênicas nutricionais compreendem um conjunto variado de compostos, que incluem, mas não se limitam a suplementos vitamínicos e minerais, aminoácidos, extratos de plantas, cafeína, creatina, entre outros. Estes são consumidos com a expectativa de melhorar o desempenho físico, seja aumentando a força, resistência, velocidade, potência ou mesmo facilitando a recuperação após o exercício (FERNANDES, 2021).

No entanto, essa crescente popularidade levanta questões complexas relacionadas à eficácia, segurança e ética do uso dessas substâncias. A ampla gama de substâncias disponíveis no mercado, associada à falta de regulamentação adequada, à pressão para alcançar o sucesso no esporte e aos potenciais riscos à saúde, cria um ambiente desafiador para atletas, treinadores e profissionais de saúde (PEELING et al., 2019).

De forma que entender o impacto dessas substâncias no desempenho esportivo se torna crucial, especialmente ao considerar que a busca pelo aprimoramento do desempenho pode resultar em práticas inadequadas e até perigosas, prejudicando a integridade do esporte e a saúde dos indivíduos (GARTHE & MAUGHAN, 2018). Por isso, o objetivo desta revisão é entender a efetividade do uso de substâncias ergogênicas nutricionais para melhoria do desempenho no esporte, bem como seus possíveis riscos.

METODOLOGIA

Neste trabalho, adotou-se uma abordagem metodológica que envolveu a compilação de uma pesquisa bibliográfica com foco qualitativo e natureza descritiva, por meio de uma revisão integrativa da literatura. A pesquisa foi conduzida utilizando as bases de dados National Library of Medicine (PubMed) e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) do Ministério da Saúde (MS).

A busca dos artigos foi realizada utilizando os seguintes descritores em inglês: “Performance-Enhancing Substances” e ” Nutrition in Sport”, com o operador booleano “and”.

O processo de revisão de literatura seguiu as seguintes etapas: definição do tema, estabelecimento de critérios de elegibilidade, escolha dos critérios de inclusão e exclusão, busca e seleção de publicações nas bases de dados, avaliação dos estudos selecionados e apresentação dos resultados. Após a pesquisa dos descritores nas plataformas mencionadas, foram aplicados os critérios para inclusão e exclusão, a fim de escolher os artigos alinhados com o objetivo.

Na busca realizada nas bases de dados PubMed e BVS foram considerados todos os artigos publicados no período de 2018 a 2023. Após essa busca inicial, foram aplicados critérios de exclusão para eliminar os artigos que não se enquadravam na pesquisa. Os critérios de exclusão adotados foram os seguintes: artigos escritos em idiomas diferentes do inglês e do português, artigos duplicados entre as bases de dados e artigos que não estavam relacionados ao tema central desta revisão, ou seja, artigos que não tinham como foco o estudo sobre o uso de substâncias ergogênicas nutricionais no esporte para melhoria de desempenho.

RESULTADOS

Primeiramente, após buscar pelos descritores nas bases de dados selecionadas, foram identificados 277 artigos. Dentre esses, 204 estavam na plataforma PubMed e 73 estavam na BVS do Ministério da Saúde. Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados 21 artigos da base de dados PubMed e 28 artigos da base de dados BVS, somando49 artigos a serem analisados, conforme representado no fluxograma da Figura 1.

Figura 1. Fluxograma de identificação e seleção dos artigos selecionados nas bases de dados PubMed e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) do Ministério da Saúde

Fonte: Lucas Fonseca Moysés (2023).

Portanto, esta revisão integrativa de literatura englobou 49 estudos sobre suplementação nutricional no esporte para melhoria de desempenho. Na Tabela 1 serão apresentados todos os estudos selecionados e suas principais conclusões. Depois, serão apresentados os resultados e as considerações obtidas a partir da análise geral de todos os artigos.

Tabela 1. Caracterização dos artigos conforme ano de publicação e principais conclusões

AutorAnoPrincipais conclusões
Stratton et al.2022Tanto suplementos pré-treino com cafeína quanto sem cafeína melhoraram a produção máxima de força durante um teste de agachamento isométrico, mas não melhoraram o desempenho em exercícios de resistência, em um ambiente de laboratório.
Lazic et al.2022A suplementação de cafeína pode melhorar vários aspectos do desempenho no basquete, incluindo o salto vertical e o desempenho durante jogos simulados, mas os resultados variam em relação a outros aspectos, como a precisão nos arremessos.
Close et al.2022A estratégia “comer primeiro, mas nem sempre apenas comida” na nutrição esportiva é defendida, argumentando que, em algumas situações, suplementos podem ser necessários para atletas devido a dificuldades na obtenção de nutrientes suficientes apenas com alimentos.
Elosegui et al.2022A interação entre creatina e cafeína não é totalmente clara, mas parece que a cafeína pode interferir nos benefícios da creatina, especialmente quando consumida cronicamente durante o carregamento de creatina.
Grgic et al.2021A suplementação com bicarbonato de sódio pode melhorar o desempenho em atividades de resistência muscular, esportes de combate e exercícios de alta intensidade, principalmente em tarefas de alta intensidade que duram entre 30 segundos e 12 minutos.
Broome et al.2021A suplementação com MitoQ pode melhorar o desempenho de ciclistas, reduzindo o tempo necessário para completar um teste de 8 km e diminuindo os níveis de F2-isoprostanos no sangue.
Fernandes 2021A combinação de ergogênicos e suplementos dietéticos pode ser benéfica para melhorar o desempenho de jogadores de futebol, incluindo o uso de creatina, cafeína, bicarbonato de sódio e outros suplementos.
De Salles Painelli et al.2021A habituação à cafeína não parece influenciar os efeitos ergogênicos da cafeína em exercícios de força e resistência muscular, desafiando a recomendação de suspender o consumo habitual de cafeína antes da suplementação.
Jagim & Kerksick2021A creatina é amplamente utilizada por atletas adolescentes, e estudos indicam melhorias no desempenho esportivo, mas mais pesquisas são necessárias para confirmar seus benefícios específicos em adolescentes.
Gutiérrez-hellín & Varillas-delgado2021O consumo de bebidas energéticas pode melhorar o desempenho esportivo, mas também pode aumentar os riscos à saúde, como hipertensão e problemas cardiovasculares, e a genética pode desempenhar um papel importante na resposta ao consumo de bebidas energéticas.
Guest et al.2021A cafeína é eficaz na melhoria do desempenho esportivo em várias áreas, incluindo força, resistência, velocidade e capacidade cognitiva, com doses de 3-6 mg/kg sendo eficazes.
Franco et al.2021A suplementação de beta-alanina não mostrou melhorias estatisticamente significativas no desempenho de corrida de 5000 metros em corredores recreativos.
Martínez-Noguera et al.2020A suplementação de 2S-hesperidin melhorou o desempenho estimado em potência funcional limiar (FTP) e potência máxima em ciclistas amadores.
Muñoz et al.2020A cafeína ainda melhora o desempenho esportivo, mesmo após um período de suplementação crônica de quatro dias, sem induzir tolerância.
Morales et al.2020A suplementação de cafeína por quatro dias não induziu tolerância aos efeitos ergogênicos agudos da cafeína em ciclistas, que apresentaram melhora no desempenho físico e metabólico.
Figueiredo et al.2020A suplementação pré-treino multi-ingrediente (MIPS) aumentou significativamente as contribuições de energia aeróbica e anaeróbica, o número de esforços e o tempo até a exaustão durante o exercício intervalado de alta intensidade (HIIE).
Muñoz et al.2020A ingestão aguda de cafeína (CAFF) melhorou a velocidade de arremesso de bola, força, altura de salto, desempenho de sprint, acelerações e desacelerações em jogadoras de handebol de elite.
San Juan et al.2019A suplementação de cafeína melhorou o desempenho anaeróbico, eficiência neuromuscular e velocidade de reação em boxeadores de nível olímpico.
Stecker et al.2019O momento da ingestão de auxiliares ergogênicos como cafeína, nitratos e creatina pode afetar o desempenho no exercício e as adaptações ao treinamento.
Page, Jeffries & Waldron2019A suplementação de taurina aumentou o tempo até a exaustão, a transpiração local e reduziu os níveis de lactato pós-exercício, demonstrando seus efeitos termorreguladores e ergogênicos.
Burke et al.2019Estratégias nutricionais, incluindo dietas ricas em carboidratos, suplementação e alimentos esportivos, desempenham um papel crucial na otimização do desempenho e da recuperação em eventos de corrida de longa distância.
Belinchón-Demiguel & Clemente-Suárez2019Participantes de corridas de montanha ultraendurance de maior distância consumiram maiores quantidades de cafeína, água e medicamentos anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) do que aqueles em distâncias mais curtas.
Stellingwerff, Bovim & Whitfield2019Os efeitos ergogênicos da suplementação com ß-alanina variam dependendo do tipo de exercício e modalidade esportiva, com evidências apoiando seu uso em esportes específicos como ciclismo, remo, natação e esportes de combate para melhoria de desempenho.
Brisola & Zagatto2019A suplementação de ß-alanina é eficaz na melhoria do desempenho em algumas modalidades esportivas, mas sua eficácia varia entre diferentes tipos de esforços e disciplinas.
Harty et al.2018Suplementos pré-treino multi-ingrediente (MIPS) mostram promessa na melhoria da resistência muscular e do humor, mas têm resultados mistos na produção de força e potência. Eficácia e segurança a longo prazo exigem mais investigação.
Maughan, Shirreffs & Vernec2018Atletas devem fazer escolhas informadas sobre o uso de suplementos dietéticos, considerando tanto os benefícios potenciais quanto os riscos. Nutrição adequada e uma análise sólida das evidências são essenciais.
Meeusen & Decroix2018Certos componentes dietéticos, incluindo carboidratos, cafeína e polifenóis, podem influenciar a função cognitiva e potencialmente melhorar o desempenho no exercício por meio de seus efeitos no sistema nervoso central.
Bunn, Crossley & Timiney2018A suplementação aguda de colina, uridina e DHA não melhorou significativamente o desempenho anaeróbico no exercício ou a cognição em homens treinados. O uso a longo prazo pode ser necessário para benefícios potenciais.
Wax et al.2021Uma revisão da suplementação de creatina indica que ela melhora consistentemente o desempenho em atividades de curta duração e alta intensidade, aumenta a força, potência e desempenho em sprints, além de auxiliar na recuperação. No entanto, seus benefícios para exercícios de resistência e atividades onde um aumento da massa corporal poderia ser prejudicial são menos claros.
Handelsman2020O doping no esporte é considerado trapaça e fraude aos competidores, sendo regulamentado pela Agência Mundial Antidoping (WADA). Atletas em diferentes esportes se beneficiam de tipos específicos de doping, sendo os androgênios os agentes mais comuns, enquanto a detecção de algumas substâncias continua desafiadora.
Jiménez et al.2021Bebidas cafeinadas, quando consumidas com pelo menos 3 mg de cafeína por kg de massa corporal, melhoram efetivamente vários aspectos do desempenho esportivo, incluindo resistência, esportes baseados em potência, esportes de equipe e esportes baseados em habilidades. A cafeína em bebidas esportivas é adequada para exercícios de longa duração, enquanto as bebidas energéticas são melhores para uso pré-exercício.
Peeling et al.2019Atletas devem ser cautelosos ao usar produtos nutricionais e suplementos, pois muitas alegações carecem de evidências sólidas. Evidências apoiam o uso de suplementos específicos como cafeína, creatina, nitrato/suco de beterraba, ß-alanina e bicarbonato, mas sua eficácia varia dependendo dos objetivos do atleta e do cenário de competição.
Peeling et al.2018Suplementos de desempenho podem ser considerados uma vez que os atletas tenham uma base sólida em condicionamento e treinamento esportivo específico. Os suplementos são categorizados como estabelecidos, equivocados e em desenvolvimento, dependendo do nível de evidência que apoia seu uso.
Garthe & Maughan2018Atletas frequentemente usam suplementos para obter uma vantagem competitiva, mas a menos que haja deficiência de nutrientes, a suplementação pode não melhorar o desempenho e pode representar riscos para a saúde. As regulamentações para a segurança dos suplementos, especialmente em relação a substâncias de doping, devem ser fortalecidas.
Murphy et al.2022Beta-alanina, cafeína e nitrato são reconhecidos como suplementos que melhoram o desempenho, mas a pesquisa em mulheres é limitada. Estudos sugerem benefícios potenciais, mas não há consenso sobre dosagem, timing ou eficácia para mulheres.
Vicente-Salar, Fuster-Muñoz & Martínez-Rodríguez2022A cafeína apresenta fortes evidências de melhora no desempenho em esportes de combate, melhorando a produção de energia glicolítica e várias habilidades relacionadas ao combate. Outros auxílios ergogênicos nutricionais precisam de mais investigação em esportes de combate.
Zaragoza et al.2019Uma combinação de cafeína em baixas doses com teanina e tirosina pode melhorar a precisão dos movimentos dos atletas durante o exercício intenso sem alterar fatores subjetivos, sugerindo um valor ergogênico potencial para esportes que exigem movimentos rápidos e precisos.
Maughan et al.2018A nutrição desempenha um papel secundário, mas potencialmente valioso, no desempenho de atletas de elite. Embora alguns suplementos tenham evidências de benefícios, seu uso deve ser cuidadosamente considerado, e uma avaliação nutricional completa é essencial. A proteção da saúde dos atletas e a conscientização dos riscos de doping são críticas.
Dunn et al.2023O uso de drogas de aprimoramento de desempenho e imagem é uma preocupação para mulheres em esportes não-elite, com destaque para influências negativas de terceiros, como treinadores e parceiros, e os riscos físicos e psicológicos envolvidos.
Domagala-Rodacka et al.2018Médicos na Polônia consideram o uso de substâncias de aprimoramento de desempenho como antiético, e muitos já se depararam com problemas relacionados ao doping em suas carreiras.
Southward et al.2018A cafeína é amplamente usada por atletas, mas a resposta ao seu consumo varia de pessoa para pessoa devido a fatores genéticos, como os genes CYP1A2 e ADORA2A.
Nyakayiru, VanLoon & Verdijk2020A pesquisa sobre o nitrato dietético ainda está em andamento, mas há evidências de que ele pode melhorar o desempenho atlético, possivelmente relacionado ao armazenamento de nitrato nos músculos esqueléticos.
Burke & Peeling2018A pesquisa sobre suplementos de desempenho é limitada, e mais estudos controlados são necessários para entender completamente os benefícios e a aplicação prática desses suplementos para atletas.
Silva et al.2021Capsaicinoides podem melhorar o desempenho de resistência e força em animais e, em alguns casos, em humanos, mas mais pesquisas são necessárias para confirmar esses efeitos.
Erdmann et al.2021Bebidas energéticas são populares, principalmente entre adolescentes, mas sua composição varia amplamente, e os efeitos sobre o desempenho físico são inconsistentes, embora haja indícios de que a cafeína nesse estado também pode apresentar benefícios ergogênicos.
Hlinský, Kumstát & Vajda2020A relação entre a ingestão de nitrato dietético e o desempenho em testes de tempo de exercício parece depender do status de treinamento do atleta, com benefícios mais claros em atletas menos treinados.
Krawczyk et al.2022A ingestão de cafeína pré-exercício melhorou o desempenho de judocas em vários aspectos, mas a dose ideal pode variar de pessoa para pessoa.
Barwood et al.2020A aplicação tópica de mentol e enxágue bucal com mentol podem melhorar o desempenho e a percepção do calor em ambientes quentes, com consenso sobre recomendações para seu uso.
Beasley et al.2018A suplementação com beta-alanina não teve um impacto significativo no desempenho de remo de 30 minutos ou sprints subsequentes em remadores. Mais pesquisas podem ser necessárias com doses mais altas ou duração prolongada.

Fonte: Lucas Fonseca Moysés (2023).

A cafeína é um dos suplementos mais discutidos nos artigos. Diversos estudos, como os de Stratton et al. (2022), Guest et al. (2021), Jiménez et al. (2021) e Vicente-Salar, FusterMuñoz & Martínez-Rodríguez (2022), demonstram consistentemente seus benefícios na melhoria do desempenho, abrangendo áreas como força, resistência, velocidade e habilidades esportivas. Além disso, a cafeína parece manter sua eficácia mesmo após o consumo crônico.

A creatina também é amplamente abordada na literatura, e estudos como os de Elosegui et al. (2022) e Jagim & Kerksick (2021) destacam seu uso benéfico para atletas. No entanto, é importante observar que a interação entre a creatina e a cafeína é uma questão de debate, com evidências de que a cafeína pode interferir nos benefícios da creatina, especialmente quando consumida cronicamente (ELOSEGUI et al., 2022).

Outros suplementos, como o bicarbonato de sódio (GRGIC et al., 2021), MitoQ (BROOME et al., 2021), beta-alanina (SILVA et al., 2021) e 2S-hesperidin (MARTÍNEZNOGUERA et al., 2020), também demonstraram gerar efeitos positivos em áreas específicas de desempenho esportivo, como em relação à potência, por exemplo.

Além dos suplementos individuais, estratégias de suplementação combinada, como a suplementação pré-treino multi-ingrediente (FIGUEIREDO et al., 2020) e a combinação de cafeína com teanina e tirosina (ZARAGOZA et al., 2019), podem ter impactos significativos no desempenho atlético, incluindo melhorias na resistência, força e precisão dos movimentos.

Por outro lado, a pesquisa enfatiza que a suplementação não deve ser considerada uma solução universal. A individualidade do atleta desempenha um papel importante na resposta aos suplementos, como no caso da cafeína (SOUTHWARD et al., 2018). Além disso, estratégias nutricionais e a obtenção de nutrientes através dos alimentos devem ser priorizadas sempre que possível (CLOSE et al., 2022).

A segurança é uma preocupação constante, especialmente em relação aos suplementos de desempenho e substâncias de doping (HANDELSMAN, 2020; GARTHE & MAUGHAN, 2018). Atletas devem tomar decisões informadas e considerar tanto os benefícios quanto os riscos ao optar por suplementos dietéticos (MAUGHAN, SHIRREFFS & VERNEC, 2018).

A pesquisa também destaca a importância de considerar fatores genéticos na resposta aos suplementos, como os genes CYP1A2 e ADORA2A no caso da cafeína (SOUTHWARD et al., 2018). E é vital manter regulamentações fortes para garantir a segurança dos suplementos, especialmente em relação às substâncias de doping (GARTHE & MAUGHAN, 2018).

DISCUSSÃO

A discussão dos resultados obtidos na revisão de literatura revela uma série de considerações importantes sobre o uso de substâncias ergogênicas nutricionais para melhorar o desempenho no esporte. Esses insights fornecem uma visão abrangente das implicações práticas e dos pontos críticos a serem considerados ao explorar essa área.

Em primeiro lugar, os estudos revisados indicam que a cafeína é uma substância amplamente estudada e realmente eficaz (mesmo quando presente em bebidas energéticas) na melhoria do desempenho esportivo em diversas áreas, incluindo força, resistência e velocidade. No entanto, é essencial reconhecer a variabilidade individual na resposta à cafeína, conforme sugerido por Southward et al. (2018). Isso destaca a importância de personalizar a dosagem e o timing da administração de acordo com as características de cada atleta.

Outra consideração relevante é a interação entre a cafeína e outros suplementos, como a creatina, conforme apontado por Elosegui et al. (2022). Essa interação pode ter implicações na eficácia geral da suplementação, o que enfatiza a complexidade das estratégias nutricionais no esporte. Portanto, ao planejar regimes de suplementação, é fundamental avaliar a combinação de substâncias e seus potenciais efeitos sinérgicos ou antagônicos.

Os suplementos pré-treino multi-ingrediente, discutidos por Figueiredo et al. (2020), apresentam-se como uma abordagem interessante para melhorar vários aspectos do desempenho esportivo. No entanto, sua aplicação deve ser cuidadosamente ponderada, levando em consideração os objetivos específicos do atleta e o contexto competitivo em que ele se encontra.

A segurança no uso de substâncias ergogênicas nutricionais é uma consideração crítica, como destacam Garthe & Maughan (2018). A busca por melhorias no desempenho nunca deve comprometer a saúde dos atletas. Portanto, toda estratégia de suplementação deve ser realizada junto a profissionais qualificados e os atletas devem sempre estar cientes dos riscos potenciais.

Por fim, a revisão de literatura também apontou lacunas na pesquisa, como a falta de estudos abordando a resposta das mulheres a certos suplementos e a necessidade de investigações mais aprofundadas sobre substâncias menos convencionais (MURPHY et al., 2022). Isso destaca a importância de futuras pesquisas para preencher essas lacunas e fornecer orientações mais precisas e específicas para diferentes populações de atletas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O objetivo central desta pesquisa era compreender a eficácia do uso das substâncias ergogênicas nutricionais para o aumento do desempenho no esporte, bem como os possíveis riscos associados a essa prática, fornecendo uma visão abrangente.

A revisão de literatura revelou um cenário complexo e em constante evolução. Diversas substâncias, como cafeína, creatina, beta-alanina, bicarbonato de sódio e outras, têm sido investigadas em relação ao seu potencial para melhorar o desempenho esportivo. Os resultados indicam que muitas dessas substâncias, especialmente a cafeína e a creatina, podem de fato proporcionar melhorias significativas em áreas específicas, como força, resistência e velocidade. No entanto, esses benefícios são frequentemente dependentes de fatores individuais, como genética, dosagem e momento da administração.

Além disso, a pesquisa ressaltou a importância da personalização das estratégias de suplementação para atender às necessidades únicas de cada atleta. A interação entre substâncias e a necessidade de equilibrar a busca por melhorias no desempenho com a segurança e a conformidade com regulamentações esportivas foram pontos críticos destacados.

Também se tornou evidente que a pesquisa nesta área ainda está em andamento, com lacunas no conhecimento. Por exemplo, a resposta das mulheres a muitos suplementos não foi adequadamente explorada, e substâncias menos convencionais ainda carecem de investigações mais abrangentes. Portanto, pesquisas futuras são necessárias para orientações mais precisas.

Em última análise, este trabalho destaca a complexidade do uso de substâncias ergogênicas nutricionais no esporte. Embora essas substâncias ofereçam potencial para aprimorar o desempenho, é fundamental abordar essa questão com cuidado, considerando a segurança dos atletas, a conformidade com regulamentações esportivas e a personalização das estratégias de suplementação. A decisão de incorporar substâncias ergogênicas nutricionais em uma estratégia de treinamento deve ser guiada por profissionais de saúde e baseada em uma avaliação completa das necessidades individuais. Além disso, os atletas devem estar plenamente conscientes dos riscos potenciais e das implicações éticas associadas ao uso dessas substâncias. 

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1Discente do curso de graduação em medicina, Universidade de vassouras, Vassouras, Rio de Janeiro, Brasil.
Autor responsável: Lucas Fonseca moyses
Email: Lucascoruja99@gmail.com