REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ch10202506301414
Thiago César Barreto Rocha Vargas de Almeida
Bruno Pereira Stelet
Este estudo analisou a evolução do planejamento estratégico e pedagógico do Programa de Residência Médica em Medicina de Família e Comunidade (PRMMFC) da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF). Utilizando uma abordagem documental, mista, foram analisados os relatórios finais do III ao VII Fóruns do PRMMFC, ocorridos entre 2020 e 2024. Através da análise de conteúdo de 231 propostas, a pesquisa identificou seis temas centrais: 1. Preceptoria e Tutoria; 2. Estágios Secundários; 3. Atividades Teóricas; 4. Gestão nas Unidades Básicas e Relação com a Rede; 5. Avaliação dos Residentes; e 6. Participação e Organização dos Residentes. Os resultados revelam uma alta taxa de aprovação em “Gestão nas UBSs” e “Preceptoria e Tutoria”, consolidando-os como pilares do programa. Em contrapartida, “Avaliação dos Residentes” se mostrou como a área mais conflituosa, com a menor taxa de aprovação. O tema “Estágios Secundários” se destacou pela maior proporção de propostas pendentes, indicando incertezas sobre a sua reformulação. A análise demonstrou um amadurecimento organizacional, com a evolução de propostas reativas para a criação de estruturas de gestão permanentes e a institucionalização da participação dos residentes. Ao final, foi possível concluir que os fóruns se consolidaram como ferramenta de gestão democrática, impulsionando a qualificação do programa e transformando os residentes em agentes ativos na construção do currículo.
Palavras-chave: Residência Médica. Medicina de Família e Comunidade. Gestão Participativa
Introdução
A Medicina de Família e Comunidade (MFC) desempenha um papel fundamental na Atenção Primária à Saúde (APS) e na estruturação do Sistema Único de Saúde (SUS). A formação de especialistas na área tem sido promovida por meio dos Programas de Residência Médica (PRM), que se consolidaram como estratégia essencial para garantir profissionais capacitados a atenderem as demandas da população de forma integral e longitudinal. Além disso, a expansão e aprimoramento desses programas têm impactado diretamente na qualificação dos serviços oferecidos na APS, favorecendo um modelo de atenção mais resolutivo e humanizado.
O Programa de Residência Médica em Medicina de Família e Comunidade (PRMMFC) no Brasil teve sua origem na década de 1970, alinhado ao movimento de fortalecimento da atenção básica e da assistência primária. Desde então, houve um avanço significativo na estruturação e no reconhecimento da especialidade. A evolução do PRMMFC se deu em resposta às necessidades de qualificação de médicos para atuação na APS e à demanda crescente por profissionais preparados para lidar com a diversidade de problemas de saúde da população. O desenvolvimento desse programa se consolidou com políticas públicas que incentivaram a criação e ampliação de vagas, além da qualificação dos processos formativos (Ribeiro; Cyrino; Pazin-Filho, 2024). A introdução de diretrizes curriculares específicas para a especialidade e a valorização da prática comunitária e territorializada também contribuíram para a afirmação da residência como eixo fundamental da formação do médico de família no país.
A Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS), localizada no Distrito Federal, tem sido uma das instituições protagonistas na formação de médicos de família e comunidade. Seu programa de residência, estruturado de forma integrada, busca não apenas capacitar tecnicamente os profissionais, mas também fomentar a atuação crítica e reflexiva frente aos desafios da APS. Esse programa passou então a ser gerido pela Escola de Saúde do Distrito Federal (ESPDF), criada pelo decreto nº 45.950 de 25 de junho de 2024. (DISTRITO FEDERAL, 2024).
Desde 2018, o programa de residência em MFC da SES-DF adotou metodologias inovadoras, como fóruns acadêmicos, para avaliar e aprimorar constantemente seu programa de residência, permitindo a participação ativa dos residentes na construção coletiva do ensino médico (Silva; Kaippert; Mello, 2024). Esses fóruns representam uma importante ferramenta de gestão e melhoria do ensino, permitindo que a experiência dos residentes seja considerada na formulação de estratégias para o aprimoramento contínuo do programa. Além disso, a adoção de metodologias ativas de ensino tem sido um diferencial no desenvolvimento das competências essenciais ao médico de família, garantindo que sua formação esteja alinhada com as demandas do SUS.
Os incentivos governamentais têm sido fundamentais para a ampliação dos programas de residência em MFC. O Programa de Incentivo às Residências de Medicina de Família e Comunidade, lançado pelo Governo do Distrito Federal, tem como objetivo fortalecer a formação de especialistas e garantir a fixação desses profissionais na rede pública de saúde. Essa política visa não apenas aumentar o número de vagas, mas também melhorar as condições de aprendizado e atuação dos médicos residentes (FEPECS, 2023). Tais incentivos se tornam ainda mais relevantes diante da escassez de médicos em diversas regiões do país, especialmente em áreas remotas e periferias urbanas, onde a presença do médico de família é essencial para garantir o acesso à saúde. Nesse sentido, medidas de estímulo financeiro, apoio logístico e aprimoramento das condições de ensino são fundamentais para consolidar a especialidade no Brasil.
A formação de médicos de família no Brasil tem se expandido não apenas pelo aumento das vagas, mas também pelo aprimoramento das estratégias pedagógicas empregadas nos PRM. A adoção de metodologias ativas de ensino, como a problematização e a aprendizagem baseada em experiências reais, tem se mostrado eficaz na capacitação de profissionais para o atendimento integral da população (Ribeiro; Cyrino; Pazin-Filho, 2024). Além disso, a integração entre ensino e serviço proporciona aos residentes a vivência da realidade da APS, permitindo a construção de competências essenciais para a atuação nesse nível de atenção. O contato direto com a população e a prática em cenários reais de trabalho têm se mostrado diferenciais na preparação dos residentes, garantindo uma abordagem mais humanizada e resolutiva para os desafios enfrentados no cotidiano do atendimento primário.
Fóruns acadêmicos têm se tornado espaços estratégicos para os residentes expressarem suas experiências, discutirem desafios e proporem melhorias nos programas de residência. Essas iniciativas favorecem a construção de um ensino médico mais participativo e dinâmico, alinhado às reais necessidades do sistema de saúde e da população atendida. Além disso, possibilitam o diálogo entre gestores, preceptores e residentes, fortalecendo a formação profissional e promovendo melhorias estruturais na residência médica (Anderson; Savassi, 2021).
Tais espaços de debate e participação ativa dos residentes têm demonstrado um impacto positivo não apenas na qualificação dos programas de residência, mas também na retenção dos médicos formados, ao oferecer uma experiência formativa mais completa e alinhada às suas expectativas profissionais. A sistematização dessas discussões tem contribuído para um planejamento mais efetivo das políticas educacionais na área da MFC, consolidando um modelo de formação que preza pela excelência técnica e pela capacidade de atuação contextualizada.
Diante desse cenário, observa-se que os Programas de Residência em Medicina de Família e Comunidade têm se consolidado como estratégias indispensáveis para o fortalecimento da APS e para a qualificação dos médicos que atuam no SUS. Com o respaldo de políticas públicas, inovações educacionais e participação ativa dos residentes, esses programas seguem avançando na promoção de uma assistência em saúde cada vez mais eficiente e resolutiva.
A valorização desses programas, aliada a investimentos contínuos e ao aprimoramento das estratégias de ensino, é essencial para garantir que a APS continue a ser um pilar central do sistema de saúde brasileiro. A manutenção dessas iniciativas, aliada à adaptação contínua às novas demandas do setor, será fundamental para garantir que a MFC se consolide como a base da atenção à saúde no país.
Este estudo, por sua vez, tem como objetivo geral analisar a evolução do planejamento estratégico e do processo de desenvolvimento pedagógico do Programa de Residência Médica em Medicina de Família e Comunidade (PRMMFC) da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), a partir das propostas registradas nos relatórios dos Fóruns do PRMMFC – ESPDF, realizados entre a terceira e a sétima edição. Para isso, foi realizada uma análise temática longitudinal com abordagem mista, buscando compreender as mudanças, permanências e avanços no percurso formativo e organizacional do programa.
Dentre os objetivos específicos, propõe-se, em primeiro lugar, identificar e categorizar os principais temas discutidos nos Fóruns, de modo a evidenciar as áreas de maior relevância e recorrência nas discussões coletivas entre residentes, preceptores, gestores e demais atores envolvidos. Em segundo lugar, pretende-se levantar o número total de propostas formuladas ao longo dos encontros, analisando a proporção entre aquelas que foram aprovadas, reprovadas ou permaneceram pendentes. Esta análise permitirá identificar quais temas apresentaram maior consenso entre os participantes e, por outro lado, quais concentraram divergências, dificuldades de encaminhamento ou resistência à implementação, oferecendo assim uma perspectiva crítica sobre os processos deliberativos e pedagógicos do PRMMFC.
Metodologia
Desenho da Pesquisa
Este estudo caracteriza-se como uma pesquisa documental, com abordagem qualitativa e quantitativa, que visa analisar a evolução do planejamento e do desenvolvimento pedagógico do PRMMFC da SES-DF. A pesquisa documental utiliza como fonte materiais que não receberam ainda um tratamento analítico, ou que podem ser reexaminados buscando-se novas ou complementares interpretações. A abordagem qualitativa mostra-se adequada por permitir a compreensão aprofundada de processos, percepções e significados construídos coletivamente pelos atores envolvidos no programa.
Fonte e Coleta de Dados
O corpus da pesquisa foi constituído pelos relatórios finais do III, IV, V, VI e VII Fóruns do Programa de Residência em Medicina de Família e Comunidade (PRMMFC) da Escola de Saúde Pública do Distrito Federal (ESPDF), realizados entre 2020 e 2024. Tais documentos foram produzidos e validados pelos próprios participantes dos eventos, incluindo residentes, preceptores e tutores, sendo, portanto, fontes primárias ricas para a análise do processo de planejamento estratégico situacional.
Por se tratar de documentos de circulação institucional (disponibilizados em uma conta Google Drive acessível a todos os integrantes do programa), não foi necessária a submissão ao Comitê de Ética em Pesquisa, seguindo a lógica aplicada a documentos de domínio público.
Análise dos Dados
Os dados foram examinados por meio da análise de conteúdo, em sua modalidade de análise temática. Segundo Bardin (2016), este método consiste em um conjunto de técnicas de análise das comunicações que busca, através de procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das mensagens, obter indicadores que permitam a inferência de conhecimentos relativos às condições de produção/recepção destas mensagens . O processo analítico seguiu as três fases cronológicas propostas pela autora:
Pré-análise: Esta fase inicial envolveu a organização do material e a sistematização das ideias. Os objetivos da pesquisa foram operacionalizados com a definição das unidades de análise e das regras de codificação. Para atender aos objetivos específicos, foram definidas como unidades de registro a redação final das propostas de ação.
Exploração do Material: Nesta fase, o corpus foi sistematicamente codificado. O processo de categorização combinou uma abordagem dedutiva e indutiva. Primeiramente, de forma dedutiva, foram utilizadas as categorias temáticas pré-existentes nos próprios documentos, denominadas “Eixos Temáticos”, que são: 1. Preceptoria e Tutoria, 2. Estágios Secundários, 3. Atividades teóricas, 4. Gestão nas Unidades Básicas e relação com a rede de saúde do DF, 5. Avaliação dos residentes, 6. Participação e organização dos residentes. Posteriormente, de forma indutiva, as unidades de registro foram agrupadas por semelhança para a criação de subtemas, que emergiram diretamente dos dados. Este procedimento visou garantir que as categorias finais atendessem aos critérios de exclusão mútua, homogeneidade, pertinência e objetividade (Bardin, 2016).
Por meio de uma análise dedutiva, também foi possível a categorização das unidades de registro nas categorias “aprovada”, “não aprovada” e “pendente”, uma vez que essas categorias também já eram pré-existentes nos próprios documentos, indicando o status após a votação de cada proposta.
Com os dados codificados e categorizados, foi construída uma matriz de análise que permitiu a síntese e a comparação das informações. A partir desta matriz, foi possível realizar uma análise quantitativa, que mensurou a taxa de aprovação dos temas abordados e uma análise qualitativa que levou à identificação de padrões entre os temas e entre seus subtemas em alinhamento direto com os objetivos específicos do estudo.
Discussão e Resultados
A análise de conteúdo das 231 unidades de registro permitiu a identificação e categorização dentro dos seis temas centrais que nortearam as discussões e deliberações nos Fóruns do PRMMFC-ESPDF entre 2020 e 2024. Eles representam as principais áreas de debate e planejamento do programa, estando presentes em todos os documentos analisados. São eles: 1. Preceptoria e Tutoria, 2. Estágios Secundários, 3. Atividades Teóricas, 4. Gestão nas Unidades Básicas e Relação com a Rede de Saúde do DF, 5. Avaliação dos Residentes e 6. Participação e
Organização dos Residentes.
A seguir, detalham-se os achados de cada tema, após mapeamento das propostas por seus respectivos status (APROVADO, NÃO APROVADO ou PENDENTE), conforme os objetivos da pesquisa.
Detalham-se também os subtemas nos quais eles foram divididos, consequência de uma análise indutiva que observou o conteúdo das propostas pertencentes a cada um deles e agrupou as semelhantes, todos ilustrados pelas propostas levantadas pelos participantes nos documentos analisados.

Tabela 1. Temas e Subtemas emergidos da análise. Fonte: elaborado pelo autor.
Análise individual dos temas
Tema 1: Preceptoria e Tutoria do PRMMFC
Este tema centraliza as discussões sobre o corpo docente do programa, com uma taxa de aprovação expressiva, abrangendo a qualificação, as atividades diárias, a estrutura organizacional e a avaliação de preceptores e tutores. O tema é constituído por 46 propostas e destas 89,1% foram aprovadas, enquanto apenas 10,9% não obtiveram aprovação, e não houve propostas com status pendente. Esse resultado afirma a grande importância desse tema para os integrantes do programa.
Dentro deste tema, foram identificados 4 subtemas. O primeiro deles é a “Capacitação e Educação Permanente dos Preceptores”, que agrupa todas as propostas voltadas ao aprimoramento contínuo dos preceptores. As discussões abrangem desde a necessidade de capacitação em habilidades pedagógicas e de comunicação até a formação em procedimentos técnicos, a participação em cursos de atualização e a criação de espaços formais de Educação Permanente. Essa demanda por formação e aprimoramento aparece de forma consistente ao longo dos anos, indicando que esta é uma preocupação central e permanente do programa. O que é evidenciado por propostas recorrentes para “Estimular os preceptores a participar de cursos de formação em preceptoria de residências em MFC…” (fórum IV), “Reforçar as oficinas de ferramentas de preceptoria…” (fórum VI), “Retomar as Oficinas de Preceptoria…” (fórum VII), “Capacitação de todos os preceptores em todos os procedimentos mínimos.” (fórum VII), indicando um esforço contínuo de incentivar a qualificação.
O segundo foco é a “Estruturação da Tutoria”, subtema que reúne as propostas que visam organizar e fortalecer o papel da tutoria. As discussões tratam das atribuições específicas do tutor, como a mediação de conflitos e o acompanhamento do desenvolvimento dos residentes: “Compreender o tutor como um apoiador das relações supervisor(a)/preceptores/residentes tanto nos aspectos gerenciais quanto pedagógicos, atuando ainda como mediador de conflitos nessas relações quando necessário (fórum IV)”, “Incluir a verificação do cumprimento da Semana-Padrão dos residentes nas visitas periódicas dos tutores às unidades (fórum IV)”, “Atuar na tutoria para apoiar a elaboração dos projetos de desenvolvimento profissional e pessoal dos preceptores e residentes” (fórum IV).
O terceiro subtema categorizado foi a “Definição do papel e atividades da preceptoria”, que foca na delimitação das responsabilidades e atividades cotidianas dos preceptores no PRMMFC. As propostas buscam definir claramente a função do preceptor, diferenciando-a da pura assistência e focando no ensino, na supervisão e na gestão clínica do cenário: “Os preceptores não devem ser um ‘médico coringa’ na UBS, preenchendo lacunas caso haja falta de médicos ou excesso de pacientes.
Devem ajudar a equipe a entender e enfrentar os problemas de forma coletiva” (fórum IV) / “Definir de forma clara a função do preceptor para os residentes, gestores e membros das equipes, atuando na retaguarda dos residentes para apoio e suporte do trabalho assistencial e de negociação e mediação de conflitos no trabalho em equipe.” (fórum IV), “Os preceptores devem priorizar o atendimento ombro a ombro e também acompanhar o registro clínico dos residentes nos prontuários, fornecendo feedback constante e rotineiro sobre o desempenho dos mesmos.” (fórum IV). Este subtema, como o anterior, exibiu altas taxas de aprovação sugerindo que existe concordância sobre a necessidade de investir na formação contínua e na clareza das responsabilidades dos preceptores.
Por fim, o subtema “Avaliação do corpo docente” trata da criação e do aprimoramento de mecanismos para avaliar a atuação de preceptores e tutores. As propostas incluíram desde a definição de critérios de seleção até o uso de feedback e outras ferramentas de avaliação e apresentaram a menor taxa de aprovação e a maior proporção de propostas não aprovadas. Essa divergência indica que, embora a importância da avaliação seja reconhecida, ainda existem discordâncias sobre os métodos e critérios mais adequados para avaliar o desempenho dos preceptores e tutores.
Tema 2: Estágios Secundários
O termo “estágios secundários” pode ter variações na nomenclatura dependendo da instituição de ensino ou do programa de residência, mas geralmente se refere aos rodízios em áreas hospitalares ou ambulatoriais de especialidades, que complementam a formação primária do MFC.
Este tema representa uma área de grande complexidade, somando 42 propostas. A taxa de aprovação foi de 71,4% (n=30), porém, o tema se destaca por apresentar a maior proporção de propostas pendentes 14,3% (n=6) entre os demais. As propostas não aprovadas também totalizaram 14,3% (n=6). Essa divisão sugere que, embora haja um reconhecimento da necessidade de reformulação nesses estágios, existem áreas de desacordo e incerteza.
Dentro dele, “Carga horária e organização do tempo” é um subtema persistente, com propostas aprovadas em diferentes fóruns para “reduzir a carga horária do estágio de urgência” (fórum III) e “Reduzir carga horária de PS” (fórum V). Este subtema reflete a preocupação central com a duração e a distribuição do tempo dos estágios secundários, buscando reduzir o afastamento do residente da UBS e uma proporção significativa de propostas (40%) não foi aprovada, refletindo debates sobre a otimização do tempo dos residentes fora da Atenção Primária. Além da redução, as propostas aqui agrupadas abrangeram ainda as reposições: “estágios que ocorrerem durante 15 ou mais dias corridos não exigirão reposição de carga horária na APS” (fórum IV).
Já o subtema “Definição de objetivos para escolha de cenários e atividades como estágios secundários” trata do conteúdo pedagógico e da finalidade dos estágios e também se mostrou desafiador, com a menor taxa de aprovação (53,85%) e a maior porcentagem de pendências (15,38%), sugerindo que os critérios e propósitos desses estágios ainda precisam de maior alinhamento. Aqui as propostas buscam alinhar os rodízios às competências da MFC através da definição de projetos pedagógicos, como em “Definir os projetos pedagógicos de cada estágio secundário do R1 e R2” (fórum III), do “uso da carga horária de matriciamento como carga horária de rodízios secundários” (fórum III) e da oferta de treinamentos específicos “Ofertar anualmente treinamento de suporte avançado de vida e manejo de via aérea adulto e pediátrico para residentes e para preceptores” (fórum VII).
Em paralelo, o subtema “Qualidade e Avaliação dos Cenários” foca na qualidade, logística e avaliação dos locais onde os estágios ocorrem. Ele se destacou com uma aprovação unânime de 100% das 14 propostas, indicando um consenso absoluto sobre a importância de garantir a adequação e o acompanhamento desses ambientes de prática. As propostas aprovadas vão de “Adensar estágios de PS em locais com cenário melhor” (fórum V) até “Substituir cenários de estágio secundário e/ou preceptores mal avaliados” (fórum VI), elencando ainda a garantia de condições adequadas de trabalho e acesso.
A qualificação da “Preceptoria dos Estágios Secundários”, quarto e último subtema, discute especificamente a figura do preceptor nos estágios externos, tratando da necessidade de “Ofertar curso de formação aos preceptores dos estágios secundários que aborde o currículo de competências do MFC e os objetivos do estágio” (fórum VI) e de “Vincular um preceptor MFC para cada um dos cenários” (fórum VI), criando uma estrutura de supervisão com “Vagas remuneradas para preceptores de estágios secundários que se responsabilizem pelos residentes de MFC nos cenários”. Para a preceptoria, embora nenhuma proposta tenha sido explicitamente rejeitada, uma alta porcentagem (40%) ficou pendente, sinalizando indefinições ou dificuldades em avançar na formalização e apoio aos preceptores desses estágios.
Tema 3: Atividades Teóricas
As propostas para o ensino teórico abordam o planejamento, metodologia e logística da residência, sendo área de debates sobre a adequação pedagógica. Ele tem ao todo 44 propostas e resulta no percentual de 22,7% (n=10) de propostas não aprovadas entre todos os temas analisados. As propostas pendentes desse tema têm pouca expressividade 9,1% (n=4) e as aprovadas constituem novamente o maior percentual 68,2% (n=30), indicando a necessidade, de aprimoramento nas formas de ensino.
Ao comparar os subtemas, o “Planejamento e Organização Curricular” que trata da estruturação do currículo teórico, planos de aula, organização dos módulos e a integração de temas transversais como o TCC, obteve a maior taxa de aprovação, com 72,73% de suas propostas aprovadas, sugerindo maior consenso sobre como estruturar o conteúdo e o cronograma. Aqui foram aprovadas medidas de estruturação, como: “Confecção de planos de aula, oficina virtual de planejamento de aulas para os preceptores, pontuando didática, metodologias” (fórum III), formulação de um “caderno de atividades teóricas trimestrais (CATT)” (fórum VI) e “Desfazer os blocos de tema (Saúde da Mulher; Saúde da Criança, etc.)” (fórum V), buscando maior integração entre os componentes do currículo. Este também foi o único subtema a apresentar propostas pendentes (9,09%), apontando questões que ainda não estão pacificadas.
Emergiu também o subtema “Metodologia e Formato das Aulas” que reúne as propostas sobre como as aulas devem ser ministradas, a abordagem de uso de métodos ativos, a definição de formatos (online/presencial) e a organização das turmas. Apesar de uma taxa de aprovação um pouco menor (68,18%), ele destacou-se pela proporção mais alta de propostas não aprovadas (31,82%), refletindo divergências sobre as melhores abordagens didáticas e os formatos ideais para as atividades teóricas. Aqui, propostas mais radicais como “Extinguir aulas noturnas” (fórum V) ou “Tornar as aulas mais integradas, mesclando os módulos longitudinais, baseadas em sintomas, com discussão de casos, com poucos seminários ao longo do ano” (fórum V) foram rejeitadas.
Tema 4: Gestão nas Unidades Básicas e Relação com a Rede de Saúde do DF
As propostas relacionadas à “Gestão nas UBSs e Relação com a Rede de Saúde do DF”, que discorrem sobre as condições de trabalho nas unidades básicas e a integração do programa com a rede de saúde, demonstram um grande consenso, com uma taxa de aprovação geral impressionante de 94,3% das 53 apresentadas. Essa taxa indica praticamente unanimidade em relação às estratégias para aprimorar a gestão e a integração da Atenção Primária à Saúde na rede, otimizando o ambiente de prática. Apenas uma proposta não foi aprovada 1,9% (n=1) e outras duas ficaram pendentes 3,8% (n=2).
O subtema “Articulação com a Rede de Saúde do DF” foca na integração do programa de residência com outros setores da Secretaria de Saúde do DF, outras UBSs e outros programas, e se destacou com uma aprovação de 100% das 18 propostas, sem nenhuma não aprovada ou pendente.
Por sua vez, o subtema “Processos de Trabalho nas Unidades Básicas de Saúde” trata da organização da rotina, da agenda e das responsabilidades dos residentes e preceptores dentro das UBS, buscando otimizar o processo de trabalho e o aprendizado. Outro subtema com alta taxa de aprovação, aqui as propostas focaram em garantir a “semana padrão do residente” (fórum IV) e “Pactuar com a equipe e gerência uma estimativa factível de volume de atendimentos” (fórum IV) além de estabelecer que “As reuniões de equipe devem ser obrigatórias e devem necessariamente ser o espaço para pactuação do processo de trabalho, incluindo definição de agenda, não apenas do residente, mas também dos demais membros da equipe” (fórum V).
Já o subtema “Articulação com a rede de saúde do DF” foca na integração do programa de residência com outros setores da Secretaria de Saúde do DF, outras UBSs e outros programas. As propostas visam “Ampliar a articulação com outros programas de residência, em especial os programas da COREME-ESCS, de forma a estruturar atividades de matriciamento e outras ações pedagógicas e assistenciais em conjunto” (fórum V) e “Promover e organizar reuniões entre as COREMEs da MFC e das residências de outras especialidades, para planejar residência em rede” (fórum VI), além de fortalecer o matriciamento, criar parcerias e otimizar o uso dos recursos da rede de saúde do DF.
Por fim, “Infraestrutura e Recursos Mínimos” reúne propostas que tratam das condições materiais e de recursos humanos dos cenários de prática como “Definir 2 como número mínimo de preceptores em um cenário; Definir 3 como número mínimo desejável de preceptores em um cenário” (fórum V), definindo também pré-requisitos para que uma UBS possa receber residentes. Essa pauta culminou na aprovação de propostas para “Implementar o PRMFC em Unidades que tenham salas disponíveis para todos os residentes” (fórum VI) , “Realizar inventário de instrumentais cirúrgicos” (fórum VI), e “Formular um documento normativo, norteador, com todos os materiais necessários de infraestrutura e de processos de trabalho mínimos […] para o desenvolvimento das competências esperadas da residência médica em MFC” (fórum VII).
Nesse tema, a baixa quantidade de propostas não aprovadas e pendentes em todos os subtemas reforça a visão compartilhada sobre a importância desses aspectos para a otimização do ambiente de prática.
Tema 5: Avaliação dos Residentes
A análise do tema “Avaliação dos Residentes”, focado nos instrumentos, processos e critérios utilizados para a avaliação formativa e somativa dos discentes, revelou um panorama misto de aprovação e desafios. No geral, das 23 propostas apresentadas, 56,52% foram aprovadas, indicando um caminho para o aprimoramento dos métodos avaliativos, mas também que mais de um quarto (26,09%) não foram aceitas, e quase um quinto (17,39%) permaneceu pendente. O tema concentrou discussões para aumentar a transparência e a pertinência dos instrumentos de avaliação, mas, ao detalhar os subtemas, notamos variações significativas.
O subtema “Composição da Nota e Critérios Somativos” foca na estrutura da nota final, debatendo o peso de cada componente avaliativo e os critérios para a avaliação somativa, e se destacou com a maior taxa de aprovação, alcançando 80% de suas 5 propostas aprovadas, sugerindo um maior consenso sobre como o desempenho deve ser ponderado na nota final. Figura entre as propostas aprovadas “Compor a nota somativa por avaliações trimestrais do PRMMFC-ESCS: 60% da nota (avaliação escrita do eixo clínico) + 40% (módulos transversais, com exceção das atividades do módulo de MBE)” (fórum V).
Em contrapartida, o subtema “Instrumentos e Métodos Avaliativos”, que agrupa as propostas relacionadas às ferramentas específicas de avaliação, como “Manter ferramenta Mini-CEX” , Mini Clinical Evaluation Exercise, – Mini Exercício Clínico Avaliativo, em português, (fórum III), apresentou a menor taxa de aprovação, com apenas 44,44% das suas 9 propostas aprovadas, indicando que ainda existem muitas discussões sobre as ferramentas e abordagens mais eficazes para avaliar os residentes. Aqui, propostas para “Manutenção de questões de prova mais relacionadas a situações prevalentes na UBS” (fórum III) foram aprovadas, enquanto sugestões para alterar a composição da nota com “Questionário como forma de avaliação após as aulas teóricas” (fórum VII), ou “Avaliações serão feitas apenas com questões da prova de título” (fórum IV) não foram aceitas.
Já o subtema “Processo e Transparência da Avaliação”, com 9 propostas, trata da clareza, previsibilidade e imparcialidade do processo avaliativo, com foco na definição de critérios, prazos para correção e qualidade das questões de prova. Ele situou-se em um meio-termo, com 55,56% de aprovação, um percentual próximo à média geral do tema, mas também com taxas consideráveis de propostas não aprovadas e pendentes, o que sublinha a necessidade de mais clareza e consenso nesses aspectos cruciais da avaliação. Houve propostas aprovadas para “Estipular prazo limite para entrega da correção do jornal reflexivo e trabalho de gestão” (fórum VII), para a “Elaboração de questões da prova teórica, mais voltadas ao raciocínio clínico do caso” (fórum VII) e para “Elaborar provas em que as questões estejam de acordo com a bibliografia e o enfoque trazido em aula; de preferência, que o preceptor que deu a aula elabore as questões” mas outras como “Questões da prova teórica mais relacionadas aos conteúdos abordados nas aulas” (fórum VII) não foram aprovadas.
Tema 6: Participação e Organização dos Residentes
O tema “Participação e Organização dos Residentes” revela uma tendência de fortalecimento do protagonismo discente já que ele reúne as propostas que buscam fortalecer o papel, a autonomia e a representação dos residentes no programa, com um alto índice de consenso e aprovação geral. Das 23 propostas apresentadas, a maioria, 78,26%, foi aprovada. Apenas 17,39% das propostas não foram aprovadas e um pequeno percentual, 4,35%, permaneceu pendente.
Ao observar os subtemas, percebe-se que a “Participação na Gestão e nos Processos Decisórios do Programa”, que reflete a busca dos residentes por uma inserção mais ativa nos espaços de decisão do programa, seja na gestão geral, no planejamento curricular ou no monitoramento das propostas, se destaca com a maior taxa de aprovação, atingindo quase 89% (88,89%) de propostas aprovadas e nenhuma pendência. Isso comprova grande alinhamento de ideias sobre a importância da inclusão dos residentes nas decisões e torna a proposta “Compor grupos trimestrais formados por […] residentes […] que organizarão o cronograma, participarão da definição dos objetivos e metodologias das aulas” (fórum VI), portanto, bastante simbólica.
Já o subtema “Representação e Organização do Coletivo”, reflete a busca dos residentes por uma inserção mais ativa nos espaços de decisão do programa na gestão geral, no planejamento curricular e no monitoramento das propostas. Ele tem 75% de suas propostas aprovadas, propostas essas que procuram “Disponibilizar […] espaço protegido para os residentes realizarem reuniões de organização discente” (fórum VI) e “Formalização da posição de representantes do R1 e dos R2 e manter sigilo das avaliações 360°” (fórum III), institucionalizando a voz do corpo discente.
Por outro lado, o subtema “Comunicação e Fluxo de Informações” agrupa propostas focadas na organização interna do corpo discente, na formalização de seus representantes e na criação de espaços para que possam discutir suas pautas de forma autônoma. Aqui surgiram ideias de elaboração de produtos informativos como “Ter um organograma transparente, de forma a ficar claro para os residentes quais são os módulos e grupos de trabalho, quais as suas funções/atribuições e quem são os preceptores que os integram” (fórum V) e “Cartilha de boas práticas de convivência online no caderno do residente” (fórum III) como formas de facilitar a comunicação. Esse subtema, embora ainda com uma taxa de aprovação expressiva de 70%, foi o que apresentou a maior proporção de propostas não aprovadas (20%) e o único com propostas pendentes (10%), indicando que, apesar do reconhecimento da necessidade de melhorar a comunicação, existem outros desafios nessa área.
Análise integrada
O alto número de propostas e a elevada taxa de aprovação nos temas “Gestão nas UBSs” e “Preceptoria e Tutoria” confirmam que estes são os pilares centrais do programa, onde há maior consenso sobre a necessidade de investimento e aprimoramento contínuo. A persistência de propostas envolvendo capacitação docente sugere que, embora a necessidade de treinamento seja consensual, a forma como a efetiva implementação e adequação às novas necessidades acontecerá ainda é um desafio constante.
Da mesma forma, o volume de propostas sobre a integração do residente na UBS demonstra a tensão que existe na residência médica para equilibrar as necessidades de formação do residente com as demandas assistenciais do serviço. A evolução das propostas, que inicialmente apenas “apresentavam o residente” para a exigência de pré-requisitos estruturais dos cenários de prática, sinaliza uma transformação importante. O programa parece ter evoluído de uma posição reativa, que buscava se adaptar ao serviço, para uma posição proativa, que define padrões de qualidade para seus campos de formação, aumentando sua agência sobre o processo pedagógico.
O debate sobre os Estágios Secundários revela uma profunda reflexão sobre o currículo e a identidade do médico de família e comunidade. A demanda persistente pela redução de horas em prontos-socorros, aliada à valorização do matriciamento como ferramenta pedagógica, indica uma clara opção por fortalecer a formação no cenário da APS, em vez de pulverizá-la em múltiplos estágios especializados. A criação de uma comissão específica para gerir este tema representa uma solução estrutural sofisticada, transformando uma fonte de debate anual em um objeto de gestão contínua e dinâmica.
Em contraste, a baixa taxa de aprovação e o menor volume de propostas no tema “Avaliação dos Residentes” sugerem que esta é a área mais contenciosa do programa. A busca por um equilíbrio entre avaliações formativas e somativas, e a dificuldade em se chegar a um consenso sobre a composição da nota, refletem desafios amplamente documentados na literatura sobre educação médica. A demanda persistente por maior transparência e alinhamento entre aulas e provas é um indicativo claro de que os residentes buscam um processo avaliativo que seja percebido como justo, relevante e coerente com seu percurso de aprendizagem.
Finalmente, a análise do tema “Participação e Organização dos Residentes” demonstra que o próprio Fórum se tornou impulsionador de sua própria relevância e fortalecimento. Ele não só legitima o papel dos residentes, mas aprofunda seu engajamento e impacto. A evolução das propostas, da formalização do fórum como espaço de decisão para a criação de grupos de trabalho mistos (residentes e preceptores) para a formulação conjunta de cadernos de atividades pedagógicas, representa uma grande transformação. O papel do residente evoluiu de um participante que apenas opina para um agente que participa ativamente da construção do currículo, comprovando o quão democrático e participativo o desenvolvimento do programa se tornou.
Conclusão
Interpreta-se dos resultados um amadurecimento na forma como o programa aborda seus problemas. Se nos fóruns iniciais as propostas de gestão eram mais reativas, como a criação de Grupos de Trabalho (GTs) para problemas pontuais, nos fóruns mais recentes (VI e VII) observa-se a formulação de estruturas de gestão permanentes e sofisticadas. A proposta de criar “Regionais de Residência” (fórum VI), por exemplo, não procura apenas resolver um problema, mas redesenhar a própria estrutura organizacional do programa, promovendo uma gestão descentralizada. Da mesma forma, a criação do “caderno de atividades teóricas trimestrais (CATT)”, gerenciado de forma conjunta por residentes, transforma a participação discente de uma demanda para um processo institucionalizado. Essa evolução do reativo ao estruturante simboliza um processo de aprendizado organizacional.
Por outro lado, a análise revela a persistência de debates em áreas que dependem de fatores externos à gestão direta do programa. As propostas recorrentes sobre a necessidade de infraestrutura mínima (como salas de atendimento) e a carga horária excessiva em estágios de urgência indicam desafios estruturais da própria rede de saúde do DF. A repetição dessas pautas ao longo dos diferentes fóruns, mesmo com propostas aprovadas, sugere que a discussão interna é apenas o primeiro passo, e a efetivação da mudança ainda depende de articulações com outras instâncias gestoras da Secretaria de Saúde.
A evolução do tema “Participação e Organização dos Residentes” é um dos principais achados da análise ao mostrar uma transformação no papel do residente: de um ator que aponta falhas para um agente que constrói soluções. A aprovação de propostas que incluem os residentes diretamente no planejamento curricular, como na definição dos objetivos e metodologias das aulas, representa uma mudança cultural importante. Esse movimento contribui para a ideia de que a responsabilização conjunta e a autonomia do aluno são elementos fundamentais para a qualificação de programas de residência, especialmente em um campo como a Medicina de Família e Comunidade, que valoriza a gestão participativa.
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