SURGICAL INTERVENTIONS IN RECTAL NEOPLASM: A SYSTEMATIC REVIEW
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ch10202505261732
Ravelly Maia Cunha1; Jacquelinny Lopes de Macedo2; Rayanne Maia Cunha3; Raynne Maia Cunha4; Milena Nunes Alves de Sousa5; Edmundo de Melo Xavier Neto6; Larissa Moreira Torres7; Lucas Felipe de Oliveira8
RESUMO
O câncer é uma séria preocupação de saúde pública no Brasil, sendo a segunda causa de morte. O câncer de reto, originado de pólipos adenomatosos, tem sintomas inespecíficos. A cirurgia robótica melhorou o tratamento, aumentando a precisão e reduzindo complicações, resultando em melhores prognósticos. Assim sendo, objetivou-se analisar a eficácia da cirurgia robótica em pacientes portadores de neoplasia retal em comparação com outra=intervenções cirúrgicas. Foi realizada uma revisão sistemática de intervenção, seguindo o checklist PRISMA-ScR e diretrizes do Joanna Briggs Institute. Foram selecionados Ensaios Clínico Randomizado (ECR) publicados nos últimos dez anos, em inglês, português e espanhol, com busca em cinco bases de dados, incluindo National Library of Medicine e Cochrane Library. A questão da pesquisa foi formulada com base no acrômio PICO: “A Cirurgia robótica em pacientes portadores de neoplasia retal é mais eficaz do que outras intervenções cirúrgicas?”. A triagem dos estudos foi realizada através do software Rayyan, fundamental para assegurar a qualidade do processo. Os achados indicaram que a cirurgia robótica mostrou benefícios, como menor uso de opioides e tempo operatório reduzido em comparação à ressecção endoscópica convencional. As taxas de conversão para cirurgia aberta foram menores. No entanto, não houve diferenças significativas em mortalidade, complicações ou sobrevida, sendo a experiência do cirurgião um fator importante nos resultados.Assim, constatou-se que a cirurgia robótica é uma alternativa promissora para o câncer retal, oferecendo precisão, menos complicações e recuperação rápida. No entanto, enfrenta desafios de custo e necessidade de treinamento especializado. Mais estudos são necessários.
Palavras-Chave: Cirurgia Robótica; Neoplasia Retal; Cirurgias Terapêuticas.
ABSTRACT
Cancer is a serious public health concern in Brazil, being the second cause of death. Rectal cancer, originating from adenomatous polyps, has nonspecific symptoms. Robotic surgery has improved treatment by increasing accuracy and reducing complications, resulting in better prognosis. Therefore, the objective of this study was to analyze the efficacy of robotic surgery in patients with rectal neoplasia in comparison with other surgical interventions. A systematic review of the intervention was carried out, following the PRISMA-ScR checklist and guidelines from the Joanna Briggs Institute. Randomized Clinical Trials (RCTs) published in the last ten years, in English, Portuguese and Spanish, were selected, with a search in five databases, including the National Library of Medicine and the Cochrane Library. The research question was formulated based on the acronym PICO: “Is robotic surgery in patients with rectal neoplasia more effective than other surgical interventions?”. The screening of the studies was carried out using the Rayyan software, which is essential to ensure the quality of the process. The findings indicated that robotic surgery showed benefits, such as lower use of opioids and reduced operative time compared to conventional endoscopic resection. Conversion rates for open surgery were lower. However, there were no significant differences in mortality, complications, or survival, with the surgeon’s experience being an important factor in the results. Thus, it was found that robotic surgery is a promising alternative for rectal cancer, offering precision, fewer complications and quick recovery. However, it faces cost challenges and the need for specialized training. More studies are needed.
Keywords: Robotic surgery; Rectal Neoplasm; Therapeutic Surgeries.
1. INTRODUÇÃO
No Brasil, o câncer é considerado um problema de saúde pública de grande magnitude. Com o aumento da longevidade da população brasileira, aliado ao processo de industrialização e globalização, as neoplasias passaram a ter um papel cada vez mais relevante no perfil de mortalidade do país, sendo agora a segunda principal causa de morte (Instituto Nacional De Câncer – Inca, 2021; Gunter et al., 2019).
Dentre as tipologias, a neoplasia retal é um dos principais tipos de tumores gastrointestinais, sendo considerada quando se apresenta até quinze centímetros da margem anal. Tal patologia se origina nas células de revestimento do órgão, originando o adenocarcinoma retal, como também outro tipo de tumoração é o carcinoma espinocelular, porém este se apresenta mais raramente (Daza et al., 2019; Gunter et al., 2019; Siegel et al., 2018). Nesse sentido, cerca de 75% dos casos de câncer de reto provém de pólipos adenomatoso, mediante adenoma-carcinoma, em que o tempo de progressão pode ocorrer em mais de 20 anos. Além disso, 15% podem decorrer de pólipos serrilhados. Entretanto, as maiorias desses pólipos evoluem de forma benigna, os quais tais lesões quando apresentando 10 milímetros ou mais de diâmetro, componente viloso e displasia de alto grau apresentam maiores chances de malignização (INCA, 2021).
No Brasil, o câncer de reto denota um aumento tanto de incidência quanto de mortalidade nos últimos 10 anos, em que o sexo masculino demonstra índice de sobrevida mais reduzida que o sexo feminino, em que a suposição de risco é de 19,63 casos novos para cada cem mil homens e de 19,03 para cada 100 mil mulheres (INCA, 2021). Assim, quando analisado a prevalência da neoplasia retal nos Estados Unidos, é estimada uma eclosão de aproximadamente 140 novos casos anuais, em que apesar das taxas de mortalidade estar declinando significamente, tal enfermidade ainda se apresenta como a terceira causa de morte em mulheres e a segunda em homens no país (Siegel et al., 2018).
Apesar da neoplasia de reto ter um surgimento esporádico, o qual pode não ter relação com fatores de risco, várias condições podem predispor o aparecimento da doença. Dentre esses, pode-se mencionar histórico de doenças inflamatórias intestinais ou pólipos intestinais, predisposição hereditária, obesidade, sedentarismo, consumo de bebidas alcoólicas, tabagismo, consumo excessivo de carne vermelha e processadas, como também baixa ingestão de frutas e verduras (Brasil, 2021; Niekel et al., 2022; World Health Organization, 2020).
Em relação à sintomatologia esta se demonstra relativamente inespecífica, podem apresentar mudanças dos hábitos intestinais, perda de peso, anemia, melena ou hematoquezia, dor abdominal ou ao evacuar, alterações do apetite. Além disso, ainda podem ocorrer outros sintomas devido à invasão de órgãos vizinhos ou metástases a distância, como dor óssea, tosse e dispneia, edema de membros inferiores. Nesse sentido, o rastreamento é de extrema relevância, em que a investigação tanto deve seguir com a retossigmoidoscopia rígida – este exame muitas vezes é superior à retossigmoidoscopia flexível para localização mais precisa da lesão em relação à margem anal, quanto o diagnóstico é feito por meio de via endoscópica (colonoscopia/retossigmoidoscopia) ou biópsia guiada por agulha ou, em casos em que há cirurgia. Ademais, o toque retal é imprescindível para a identificação de alterações mais distais do reto. Sendo de extrema importância realizar o estadiamento (Brasil, 2021; Niekel et al., 2022; Tsili et al., 2020).
Após a realização do estadiamento, determina-se o tratamento. O século passado foi alvo de uma relevante evolução no tratamento do câncer de reto, com significativos avanços em termos de estadiamento pré-operatório, avaliação anatomopatológica, técnica cirúrgica e terapias multimodais. Atualmente, existem diversas terapias para tratar a neoplasia de reto. Dentre esses, pode-se mencionar radioterapia, ablação térmica, quimioterapia e a intervenção cirúrgica. Desse modo, o tratamento cirúrgico é recomendado para pacientes com lesões tumorais passíveis de ressecção total, sendo contraindicado em casos de doença metastática significativa e quando o tumor primário não apresentar risco de complicações (Bleday et al., 2015; Costa et al., 2024; Pigazzi et al., 2010).
Nesse sentido, As ressecções retais são intervenções cirúrgicas frequentes, e a utilização da cirurgia robótica tem se tornado cada vez mais comum no tratamento do câncer retal, representando um avanço significativo na abordagem dessa patologia, visto que muitas limitações técnicas das outras abordagens cirúrgicas foram superadas, como também tal intervenção oferece uma precisão operatória aprimorada, em que a remoção assertiva do tumor e dos tecidos envoltos é crucial na efetividade do tratamento (Bleday et al., 2015; Carmo et al., 2023; Costa et al., 2024; Pigazzi et al., 2010).
Destarte, o sistema cirúrgico robótico, atualmente aprovado para uso clínico e disponível comercialmente, oferece ao cirurgião a capacidade de replicar os movimentos da mão humana com extrema precisão e delicadeza, eliminando o tremor fisiológico e proporcionando uma imagem tridimensional, ampliada e de alta resolução do campo cirúrgico, o qual reduz o risco de danos aos tecidos saudáveis e adjacentes. Essas vantagens tornam a dissecção do plano avascular entre a fáscia pélvica e a fáscia do reto mais precisa e fácil, sem comprometer a integridade do mesorreto ou prejudicar a inervação autonômica pélvica, tanto melhorando a eficácia da ressecção tumoral, quanto diminuindo o risco de complicações pós-operatórias, o que favorece resultados em longo prazo para os pacientes (Bleday et al., 2015; Costa et al., 2024; Pigazzi et al., 2010).
Ante a relevância científica e importância clínica do objeto de estudo, propõe-se analisar a eficácia da cirurgia robótica em pacientes portadores de neoplasia retal em comparação com outras intervenções cirúrgicas.
2. METODOLOGIA
O atual estudo consiste em uma revisão sistemática (RS) de intervenção, focando em ensaios clínicos randomizados (ECRs) e utilizando o método hipotético-dedutivo (Saturni et al., 2014). Esse tipo de investigação é fundamental para reunir os resultados de uma estratégia de intervenção, através de mecanismos organizados de pesquisa, análise crítica e seleção de dados. Nesse cenário, é vital garantir a precisão e a validade dos resultados ao empregar essa abordagem (Sharma et al., 2020).
A metodologia adotada neste estudo seguiu rigorosamente as diretrizes do Joanna Briggs Institute (JBI), fundamentando-se em um modelo de saúde baseado em evidências. Tendo como objetivo identificar as melhores informações disponíveis na literatura, possibilitando a realização de uma pesquisa abrangente e imparcial que considerou uma quantidade significativa de estudos relevantes. Isso foi obtido através de uma metodologia rigorosa e transparente, assegurando a efetividade, eficiência e relevância de diversas atividades e intervenções na prática da saúde, embasadas na melhor evidência disponível e nos Principais Itens para Relatar Revisões Sistemáticas e Meta-análises (PRISMA), garantindo assim a eficácia e clareza do estudo (Page et al., 2020; Santos et al., 2018).
Durante o processo inicial, foi formulada a pergunta utilizando o acrônimo PICO (paciente, intervenção, comparação e desfechos). A pergunta formulada foi: “A Cirurgia robótica em pacientes portadores de neoplasia retal é mais eficaz do que outras intervenções cirúrgicas?”. Assim, P= pacientes portadores de neoplasia retal, I= cirurgia robótica, C= outras intervenções cirúrgicas, O= melhoria clínica.
Além disso, foi realizada uma busca nas principais bases de dados: Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), ScienceDirect, Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Cochrane Library e National Library of Medicine (PUBMED). Utilizou-se também os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) em inglês associados ao operador booleano AND: “Robotic Surgical Procedures” AND “Rectal Neoplasms” AND “Acute Care Surgery”.
Seguindo a estruturação da revisão sistemática, os artigos foram triados com o auxílio do aplicativo Rayyan. Nesta etapa, dois pesquisadores independentes trabalharam em pares para avaliar títulos e resumos, uma prática essencial para garantir a objetividade e qualidade do processo. Esse método apresenta diversas vantagens, incluindo uma visão geral rápida da pesquisa, resultando em uma significativa economia de tempo (Ouzzani et al., 2016).
Após a busca nas bases de dados, foram triados um total de 3206 artigos: 1103 no PUBMED, 817 na BVS, 497 no SCIELO, 526 no ScienceDirect e 263 na Cochrane Library. Para a seleção dos estudos, foram estabelecidos critérios de elegibilidade. Entre eles estão apenas ensaios clínicos randomizados (ECRs), publicados nos últimos 10 anos e considerando apenas os idiomas inglês, português e espanhol. Os critérios de exclusão eliminaram artigos que não estavam alinhados ao objetivo da pesquisa e documentos duplicados. No final desse processo, foram selecionados 10 artigos para elaboração da pesquisa (Figura 1).
Figura 1: Fluxograma da seleção dos artigos

O próximo passo consistiu na análise da qualidade dos estudos, fundamental para garantir a credibilidade interna e a confiabilidade dos resultados da pesquisa. Para isso, os três participantes avaliaram os artigos de maneira independente, utilizando a ferramenta de avaliação sugerida por Jadad et al. (1996). Essa metodologia, é reconhecida por sua efetividade, sendo composta por cinco perguntas que podem ser respondidas com “sim” ou “não”, com o objetivo de verificar se o estudo considera perdas, é randomizado, é duplo-cego e se os possíveis vieses foram devidamente levados em conta. Cada resposta positiva soma 1 ponto, resultando em uma pontuação máxima de 5. Estudos que obtêm três pontos ou mais são considerados de alta qualidade.
3. RESULTADOS
O quadro 1 demonstra os elementos relativos aos aspectos de todos os ECRs selecionados nesta RS. Conforme os dados, todos os artigos foram publicados em periódicos retificados por pares. A maior parte dos estudos foi produzida na China (30%, n=3) e no ano de 2017 (20%, n=2) e 2018 (20%, n=2).
Quadro 1: Caracterização geral dos artigos selecionados para compor a RS.

Fonte: Dados de pesquisa, 2025.
Em relação ao quadro 2, evidenciam-se as informações relacionadas aos autores, tamanho amostral, grupos analisados, intervenções abordadas e terapias comparadoras, como também foi visto o método avaliativo. Nesse sentido, os grupos avaliados são pacientes portadores de neoplasia retal que necessitavam de intervenção cirúrgica.
Constata-se que os artigos analisados utilizaram como intervenção o procedimento cirúrgico robótico, dentre esses foi citado em um estudo o robô usando o sistema cirúrgico da Vinci. Em relação às terapias comparadoras foram abordadas a ressecção convencional, ressecção por via laparoscópica, terapias neoadjuvantes, dissecção endoscópica convencional e cirurgia aberta.
Nessa conjuntura, os estudos foram analisados por meio de um software SAS e Stata 13, a dor no pós-operatório foi avaliada por meio de uma escala de classificação numérica (NRS).
Ademais, Os dados foram comparados por meio do teste χ² ou do teste exato de Fisher para variáveis categóricas, e o teste T ou o teste U de Mann–Whitney foram empregados para variáveis contínuas, como também as taxas de sobrevida global e a taxa de sobrevida livre de doença foram calculadas pelo método de Kaplan-Meier, e as curvas de sobrevida foram traçadas, com as diferenças entre os grupos sendo avaliadas pelo teste log-rank. Além disso, alguns artigos seguiram as diretrizes CONSORT e foram submetidos aos International Prostate Symptom Score (I-PSS), o International Indexo f Erectile Function (IIEF), Female Sexual Function Index (FSFI) e ao Índice de Carga de Tarefa da NASA (NASA-TLX).
Quadro 2: Caracterização metodológica dos artigos selecionados para compor a RS.


Fonte: Dados de pesquisa, 2025.
No quadro 3 foram abordados os principais resultados descobertos, em que quando analisada a cirurgia robótica foi evidenciado inúmeros benefícios. Dentre esses, pode-se mencionar o uso de opioides durante o procedimento, em que por via robótica seu uso apresentou-se menor, porém durante o período de recuperação não ocorreu diferenças significativas (Corrigan et al., 2018; Tolstrup et al., 2018).
Quando analisados o tempo operatório a cirurgia robótica apresentou uma redução quando comparada com a ressecção endoscópica convencional (Diogo et al., 2019). No entanto, nos outros estudos não houve diferenças significativas em relação a essa variável (Chang et al., 2023; Corrigan et al., 2018; Espiga et al., 2020; Hamabe et al., 2024; Hu et al., 2021; Jayne et al., 2017; Ramos et al., 2014; Tolstrup et al., 2018; Tsukamoto et al., 2017). Além disso, quando observado a necessidade de conversão para a cirurgia aberta foi visto que quando realizada cirurgia robótica as taxas são menores, com exceção do estudo de Corrigan et al. (2018) e Hu et al. (2021).
Em relação à perda sanguínea no ato operatório o único artigo onde evidenciou uma perda maior no grupo de intervenção por robô foi o de Hu et al. (2021). Ademais, em relação as taxas de mortalidade, a recuperação pós-operatória e as complicações não ocorreram diferenças relevantes, com exceção dos estudos de Chang et al. (2023) e Diogo et al. (2019), onde foi visto um aumento de perfurações quando realizado procedimento endoscópico convencional e menores complicações dentro de 30 dias após a cirurgia em comparação com o grupo aberto.
Ainda, segundo o estudo de Corrigan et al. (2018) a experiência do cirurgião com operações robóticas influenciou os resultados. Além disso, segundo Hu et al. (2021) o grupo de intervenção por cirurgia robótica apresentou um tempo menor de passagem de flatos e de internação hospitalar. Outrossim, quando avaliado os índices de sobrevida em dois ou três anos não houveram diferenças relevantes entre as terapias abordadas.
Quadro 3: Principais Resultados


Fonte: Dados de pesquisa, 2025.
Dando seguimento aos resultados, o quadro 5 trata-se da avaliação qualitativa dos artigos elegíveis, sendo designados escores de acordo com o emprego dos preceitos da escala de Jadad et al. (1996). Desse modo, foi visto que aproximadamente 80% (n=8) dos artigos analisados exibiram um baixo risco de viés (escore >3), sendo 40% (n=4) deles com a pontuação máxima.
Quadro 4: Avaliação da qualidade dos estudos selecionados nesta pesquisa conforme escala de Jadad

Fonte: Dados de pesquisa, 2025.
4. DISCUSSÃO
A cirurgia robótica para o câncer retal é uma técnica segura e eficaz, as análises realizadas evidenciam eficácia e segurança, demonstrando benefícios a curto prazo, como menor perda de sangue e menos complicações. Embora o tempo operatório seja semelhante ao da laparoscopia, apenas dois estudos mostraram maior perda de sangue devido à curva de aprendizado do profissional que realizou o procedimento. Ademais, foi visto que a precisão dos movimentos robóticos facilita a dissecção em áreas complexas, reduzindo as conversões para cirurgia aberta, como também a técnica preserva funções urinária e sexual, reduz o consumo de opioides intraoperatórios, acelera a recuperação pós-operatória e reduz o tempo de hospitalização.
Outrossim, quando analisados as complicações foi demonstrado que tais taxas oscilaram, incluindo em um estudo casos graves, como vazamento anastomótico, enquanto alguns estudos relataram baixa morbidade. No entanto, resultados oncológicos de longo prazo e a viabilidade econômica para realização da técnica requerem mais estudos, devido ao alto custo e à disponibilidade limitada. Além disso, a eficácia depende da experiência do cirurgião, com melhor desempenho em profissionais qualificados. Apesar das limitações nas pesquisas, a técnica melhora o manejo cirúrgico, acelerando a recuperação intestinal, reduzindo o tempo de hospitalização e oferecendo uma abordagem minimamente invasiva promissora.
Dessa maneira, a cirurgia robótica envolve o uso de tecnologias computadorizadas para auxiliar os cirurgiões durante os procedimentos, proporcionando uma visão aprimorada da área cirúrgica e maior precisão nos movimentos. Com essa técnica, os cirurgiões conseguem realizar intervenções cada vez mais minimamente invasivas e com alta precisão (Valladão et al., 2024).
Em um estudo realizado com seis pacientes que foram submetidos à técnica foi realizado o uso da cirurgia robótica no tratamento do câncer de reto distal, sendo constatado que não houve conversão para cirurgia aberta e apenas uma complicação intraoperatória. A média da duração da cirurgia foi de 245 minutos, com tempo de uso do console de 170 minutos. No pós-operatório, houve uma complicação de íleo, mas sem disfunções urinárias ou mortes. A internação média foi de 6 dias e o número médio de linfonodos examinados foi 22, com margens negativas em todas as peças. A ressecção foi completa em todos os casos, com excisão do mesorreto em 5 casos. A cirurgia robótica mostrou-se uma alternativa eficaz, porém mais estudos são necessários para confirmar suas vantagens, principalmente a longo prazo (Ramos et al., 2014).
Nesse sentido, ao avaliar a segurança da cirurgia robótica para câncer retal usando o Sistema Cirúrgico da Vinci, a ressecção foi completa em todos os pacientes, sem danos intraoperatórios ou mortes. Complicações ocorreram em 16% dos pacientes, sendo que 4% tiveram complicações graves, como vazamento anastomótico e conversão para cirurgia aberta. Os resultados demonstram que a cirurgia robótica para câncer retal é segura e eficaz, com baixa morbidade e taxas mínimas de conversão, mesmo na fase inicial de sua implementação (Tsukamoto et al., 2017).
Ademais, é elementar que se leve em consideração que há análises diferentes das técnicas cirúrgicas, sendo investigada a viabilidade e a eficácia da cirurgia robótica no tratamento de câncer retal localmente avançado, mostrando que ela pode ser realizada com segurança por cirurgiões qualificados, desde que haja treinamento adequado. A taxa de positividade de Margem de Ressecção Circunferencial (CRM) foi inferior nesse artigo em comparação com outro estudo relevante, sugerindo que a cirurgia robótica pode ser mais precisa, resultando em uma ressecção mais completa. A robótica oferece vantagens, como movimentos precisos, o que facilita a dissecção, especialmente em casos mais desafiadores. Além disso, as complicações graves foram significativamente menores quando comparados com outros estudos similares. Contudo, os efeitos em longo prazo da cirurgia robótica ainda precisam ser avaliados em estudos futuros, já que a análise de prognóstico de longo prazo não foi realizada neste estudo (Hamabe et al., 2024).
Nessa perspectiva, a cirurgia robótica tem sido cada vez mais empregada no tratamento do câncer retal, proporcionando benefícios de curto prazo, como menor perda de sangue, redução nas complicações cirúrgicas e um período de recuperação mais rápido em comparação à cirurgia aberta. Além disso, oferece vantagens como melhor preservação da função da bexiga e da função sexual, mantendo resultados oncológicos de longo prazo equivalentes aos da cirurgia aberta (Chang et al., 2023).
Nesse sentido, ao comparar a viabilidade e os resultados de curto prazo entre a Cirurgia Robótica Assistido (RCS) e a Cirurgia Laparoscópica Convencional (LCS), foi avaliado o tempo operatório, perda sanguínea, tempo até a passagem de flatos, duração da dieta líquida, número de linfonodos recuperados, custo e tempo de internação. Não houve diferença significativa no tempo operatório entre os dois grupos, mas a RCS apresentou maior perda sanguínea em que este aumento na perda sanguínea estimada intraoperatória pode estar relacionado à experiência inicial com RCS e dispositivos de tecnologia mais recentes (Hu el al., 2021).
Entretanto, o estudo de Tang et al. (2020) que também compara a Cirurgia Robótica Assistido (RCS) e a Cirurgia Laparoscópica Convencional (LCS), demonstrou que a cirurgia robótica apresentou menor perda de sangue durante o procedimento. Em relação ao tempo de operação, recuperação, complicações pós-operatórias ou parâmetros oncológicos, como número de linfonodos coletados e margens de ressecção não ocorreu divergências relevantes. Além disso, quando analisado o acompanhamento médio de 24 meses foi visto que as taxas de sobrevida global e livre de doença em 2 anos também foram comparáveis. Dessa forma, concluiu-se que a cirurgia robótica é tão eficaz quanto a laparoscópica, destacando seu potencial em procedimentos minimamente invasivos mais precisos.
Nessa conjuntura, em pacientes com adenocarcinoma retais passíveis de ressecção curativa, a cirurgia laparoscópica assistida por robô, em comparação com a laparoscopia convencional, não apresentou uma redução significativa no risco de conversão para laparotomia aberta. Esses resultados indicam que, quando realizada por cirurgiões com diferentes níveis de experiência em cirurgia robótica, a laparoscopia assistida por robô não oferece benefícios adicionais na ressecção do câncer retal (Jayne et al., 2017). Entretanto, no estudo de Tolstrup et al. (2018) no grupo laparoscópico padrão, houve uma taxa maior de conversão para cirurgia aberta, com dez pacientes convertidos, enquanto apenas um paciente no grupo robótico precisou da conversão.
Nessa perspectiva, a ressecção retal laparoscópica assistida por robô demonstrou um menor consumo de opioides durante a cirurgia em comparação à ressecção laparoscópica padrão, embora não tenha sido observada diferença no consumo de analgésicos ou na pontuação na escala de classificação numérica de dor (NRS) no pós-operatório. A duração da cirurgia foi semelhante entre os dois grupos. Além disso, não foram encontradas diferenças significativas nas complicações entre os grupos. Assim, a cirurgia assistida por robô apresentou uma vantagem no consumo de analgésicos durante o procedimento, mas não influenciou a dor pós-operatória ou o uso de morfina após a cirurgia (Tolstrup et al., 2018).
Além disso, outro estudo analisado abordava sobre o ROLARR, em que tal artigo demonstra que a cirurgia robótica não demonstrou superioridade significativa em relação à laparoscópica para evitar a conversão para cirurgia aberta, especialmente quando realizada por cirurgiões ainda em aprendizado da técnica robótica. No entanto, foi observado que a robótica oferece vantagens claras quando executada por profissionais com maior experiência nessa abordagem, destacando a importância do aprendizado no impacto dos resultados.
Embora os participantes fossem especialistas em laparoscopia, muitos não tinham a mesma proficiência em cirurgia robótica, o que influenciou os resultados. O estudo também apontou limitações, como a suposição de curvas de aprendizado uniformes entre os cirurgiões, mas reforçou a necessidade de considerar a experiência ao avaliar a eficácia de diferentes técnicas cirúrgicas (Corrigan et al., 2018).
Desse modo, a abordagem cirúrgica no tratamento de doenças colorretais tem avançado consideravelmente ao longo dos anos, especialmente com a introdução de métodos minimamente invasivos e inovações tecnológicas. Vários estudos recentes têm investigado diferentes aspectos dos procedimentos cirúrgicos retais, incluindo a avaliação de técnicas específicas, a análise da experiência do paciente e os efeitos dos protocolos de recuperação acelerada. O aumento do foco nessas técnicas, juntamente com a consideração das experiências dos pacientes e a implementação de estratégias de recuperação otimizadas, tem sido um tema central nas pesquisas mais recentes na área de cirurgia retal (Farah et al., 2023).
Outrossim, foi percebido que os pacientes submetidos à Cirurgia Robótica Assistida (RCS) tiveram uma recuperação significativamente mais rápida da função intestinal e uma estadia hospitalar mais curta, o que é semelhante a relatórios anteriores. Uma possível razão é que há vantagens potenciais no uso de robôs em cirurgia colorretal que podem efetivamente reduzir a estimulação gastrointestinal intraoperatória e promover a recuperação da função gastrointestinal. Além disso, uma recuperação mais rápida da função intestinal previne distúrbios do equilíbrio hídrico e eletrolítico, reduz a adesão intestinal pós-operatória e outras complicações, consequentemente promovendo a reabilitação do paciente e encurtando o tempo de estadia hospitalar (Solaini et al., 2018).
Além disso, quando se compara a Dissecção Submucosa Assistida por Reforço (RESD) e Dissecção Endoscópica Submucosa (ESD), foi demonstrado que O RESD apresenta superioridade, alcançando ressecção completa em todos os casos, enquanto o ESD conseguiu apenas metade. O tempo necessário para concluir os procedimentos e a dissecção foi consideravelmente menor no RESD, o que também refletiu em menor esforço físico e mental dos profissionais, conforme avaliado por uma escala específica. Apesar de o ESD apresentar uma taxa de perfuração mais alta, essa diferença não foi considerada estatisticamente significativa. Em resumo, o RESD se mostrou mais eficiente e menos desgastante, especialmente para profissionais com menos experiência (Moura et al., 2019).
Por conseguinte, frisa-se a importância da utilização da escala de Jadad, uma vez que essa ferramenta avalia a qualidade dos ensaios clínicos, permitindo uma análise metodológica realizada por avaliadores cegos, o que ajuda a minimizar o risco de viés nas meta-análises, revisões sistemáticas e no processo de revisão por pares. Atualmente, a escala de Jadad é frequentemente mencionada na base de dados Web of Science e é amplamente adotada pela comunidade científica da área da saúde, devido à sua facilidade de aplicação e interpretação. Nesse contexto, estudos com uma pontuação de 0 a 2 são classificados como “baixa qualidade metodológica”, enquanto aqueles com pontuação de 3 a 5 são considerados de “alta qualidade metodológica” (Jadad et al.1996)
Por fim, vale destacar uma importante limitação identificada neste artigo, tendo em vista ainda a reduzida quantidade de ensaios clínicos randomizados abordando o assunto em questão, principalmente com o acompanhamento a longo prazo, como também comparando o uso da cirurgia robótica com outras intervenções cirúrgicas, o que interfere na comparação dos dados analisados, visto que a cirurgia robótica ainda é um procedimento mais caro e não está amplamente acessível em todos os hospitais, podendo dificultar a coleta de dados e informações específicas sobre os resultados da técnica. Além disso, também foi percebido no estudo que a experiência do cirurgião influencia fortemente nos resultados da cirurgia robótica, o que ressalta a importância do treinamento adequado dos profissionais. No entanto, é inquestionável os efeitos positivos da cirurgia robótica no tratamento de pessoas que apresentam neoplasia retal, impactando diretamente na realização e eficácia do tratamento cirúrgico.
5. CONCLUSÃO
Ao final do estudo foi possível concluir que a cirurgia robótica tem se mostrado efetiva no tratamento de pacientes com neoplasia retal. Destarte, por meio desta pesquisa, foi viável destacar que tal terapêutica provoca resultados benéficos entre os pacientes observados, tendo em vista principalmente melhorias, como na maior precisão durante as intervenções, menor perda sanguínea, redução de complicações e recuperação mais rápida em comparação com técnicas tradicionais, como a laparoscopia convencional. Além disso, estudos revelaram que, quando realizada por cirurgiões experientes, a cirurgia robótica apresenta resultados com benefícios adicionais em termos de eficácia e menores taxas de conversão para procedimentos abertos.
No entanto, apesar do artigo identificar a eficácia da intervenção, a técnica ainda enfrenta desafios, como o custo elevado e a necessidade de um treinamento especializado para garantir sua eficiência. Além disso, apesar dos resultados positivos observados, são relevantes que novos ensaios clínicos comparando as técnicas cirúrgicas sejam realizados, buscando analisar principalmente desfechos oncológicos em longo prazo, visando avaliar completamente os benefícios e potenciais limitações dessa abordagem no tratamento do câncer retal. Em suma, a cirurgia robótica representa uma evolução significativa na cirurgia colorretal, mas ainda requer mais estudos para ratificar sua efetiva superioridade, consequentemente visando ampliar a acessibilidade da tecnologia e sua aplicação.
6. REFERÊNCIAS
BLEDAY R, SHIBATA D. Surgical oncologic principles for resection of primary rectal adenocarcinoma. UpTodate, 2015. Disponível em: http://www.uptodate.com/contents/surgical-oncologic-principles-forresection-of primaryrectaladenocarcinoma?source=search_result&search=cancer+de+reto&selectedTitle= 10%7E89. Acesso em: 10 nov. 2024.
CARMO, C. et al. Avaliação de Técnicas Cirúrgicas na Ressecção de Tumores Colorretais: uma revisão abrangente. Brazilian Journal of Implantology and Health, v.5, n.5, p.15-22, 2023. Disponível em: https://bjihs.emnuvens.com.br/bjihs/article/view/861. Acesso em: 10 nov. 2024.
CHANG, W. et al. Robotic versus open surgery for simultaneous resection of rectal cancer and liver metastases: a randomized controlled trial. International Journal of Surgery (London, England), v. 109, n. 11, p. 3346–3353, 1 nov. 2023. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/37800563/. Acesso em: 10 nov. 2024.
CORRIGAN, N. et al. Exploring and adjusting for potential learning effects in ROLARR: a randomised controlled trial comparing robotic-assisted vs. standard laparoscopic surgery for rectal cancer resection. Trials, v. 19, n. 1, 27 jun. 2018. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/29945673/. Acesso em: 10 nov. 2024.
COSTA, P. et al. Utilização da cirurgia robótica no tratamento do câncer colorretal. Revista Ibero- Americana de Humanidades, Ciências e Educação- REASE, v. 10, n.4, p. 46-58, 2024. Disponível em: https://periodicorease.pro.br/rease/article/view/13450/6518. Acesso em: 10 nov. 2024.
DAZA, J. et al. A metaanalysis exploring the role of PET and PET-CT in the management of potentially resectable colorectal cancer liver metastases. European Journal of Surgical Oncology, v.45, n.8, p. 1341-8, 2019. Disponível em: http://www.ejso.com/article/S0748798319303531/fulltext. Acesso em: 15 nov. 2024.
DIOGO, T. et al. Robot-assisted endoscopic submucosal dissection versus conventional ESD for colorectal lesions: outcomes of a randomized pilot study in endoscopists without prior ESD experience. Gastrointestinal endoscopy, v. 90, n. 2, p. 290–298, 1 ago. 2019. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30922861/. Acesso em: 11 nov. 2024.
ESPIGA, B. et al. Efficacy comparison between robot-assisted and laparoscopic surgery for mid-low rectal cancer: a prospective randomized controlled trial. PubMed, v. 23, n. 4, p. 377–383, 25 abr. 2020. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32306606/. Acesso em: 11 nov. 2024.
FARAH, E. et al. Perioperative outcomes of robotic and laparoscopic surgery for colorectal cancer: a propensity score-matched analysis. World Journal of Surgical Oncology, v. 21, n. 272, p. 26-39, 2023. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/37644538/. Acesso em: 11 nov. 2024.
GUNTER, M. Meeting report from the joint IARC-NCI international cancer seminar series: a focus on colorectal cancer. Annals of Oncology, v.30, n.4, p.510-19, 2019. Disponível em: http://www.annalsofoncology.org/article/S0923753419311251/fulltext. Acesso em: 10 nov. 2024.
HAMABE, A. et al. Feasibility of robotic-assisted surgery in advanced rectal cancer: a multicentre prospective phase II study (VITRUVIANO trial). BJS open, v. 8, n. 3, p. zrae048, ago. 2024. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/38913419/. Acesso em: 18 dez. 2024.
HANEVELT, J. et al. Limited wedge resection for T1 colon cancer (LIMERIC-II trial)– rationale and study protocol of a prospective multicenter clinical trial. BMC Gastroenterology, v. 23, n. 214, p. 52-77, 2023. Disponível em:https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/37337197/. Acesso em: 20 dez. 2024.
HU, X. et al. Robotic-assisted versus conventional laparoscopic surgery for colorectal cancer: Short-term outcomes at a single center. Indian Journal of Cancer, v. 1, n. 5, p. 26-32, 2021. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33753624/. Acesso em: 20 dez. 2024.
JADAD, A. et al. Assessing the quality of reports of randomized clinical trials: Is blinding necessary? Control Clin Trials, v.17, n.1, p.1-12, 1996. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/8721797/. Acesso em: 20 dez. 2024.
JAYNE, D. et al. Effect of Robotic-Assisted vs Conventional Laparoscopic Surgery on Risk of Conversion to Open Laparotomy Among Patients Undergoing Resection for Rectal Cancer. JAMA, v. 318, n. 16, p. 1569, 24 out. 2017. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/29067426/. Acesso em: 20 dez. 2024.
MINISTÉRIO DA SAÚDE, Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva.
Detecção precoce do câncer. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), v.72, p. 44,2021. Disponível em: http://controlecancer.bvs.br/. Acesso em: 20 dez. 2024.
NIEKEL, M. et al. Diagnostic imaging of colorectal liver metastases with CT, MR imaging, FDG PET, and/or FDG PET/CT: A meta-analysis of prospective studies including patients who have not previously undergone treatment. Radiology, v. 257, n. 3, p. 674-84, 2010. Disponível em: https://pubs.rsna.org/doi/10.1148/radiol.10100729 . Acesso em: 20 dez. 2024.
OUZZANI, M. et al. Rayyan—a Web and Mobile App for Systematic Reviews. Systematic Reviews, v. 5, n. 1, p.11-15, 2016. Disponível em: https://systematicreviewsjournal.biomedcentral.com/articles/10.1186/s13643-016-0384-4. Acesso em: 28 dez. 2024.
PAGE, M. et al. A declaração PRISMA 2020: diretriz atualizada para relatar revisões sistemáticas. Epidemiologia e Serviços de Saúde, v.1, n. 31, p.2, 2022. Disponível em: http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?pid=S1679-49742022000201700&script=sci_arttext. Acesso em: 28 dez. 2024.
PIGAZZI, A. et al. Multicentric study on robotic tumor-specific mesorectal excision for the treatment of rectal cancer. Annals of Surgical Oncology, v.17, n.6, p. 1614-20, 2010. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/20087780/. Acesso em: 28 dez. 2024.
RAMOS, J. et al. Four-arm single docking full robotic surgery for low rectal cancer: techniques and post-operative outcomes. J. coloproctol. (Rio J., Impr.), p. 87–94, 2014. Disponível em https://www.scielo.br/j/rcbc/a/QVXhFYRr5X9dwKS76t6fSmn/. Acesso em: 28 dez. 2024.
SANTOS, W. et al. The Joanna Briggs Institute approach for systematic reviews. Revista Latino Americana de Enfermagem, v.14, n.26, p.30-343, 2018. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6248737/. Acesso em: 07 jan. 2025.
SATURNI, S. et al. Randomized controlled trials and real life studies. Approaches and methodologies: a clinical point of view. Pulmonary Pharmacological Therapeutics, v.27, n.2, p.129-138, 2014. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/24468677/. Acesso em:07/01/2025.
SHARMA, N. et al. Randomized clinical trial: gold standard of experimental designs – importance, advantages, disadvantages and prejudices. Revista Pesquisa Fisioterapia, v.26, n.10, p.3, 2020. Disponível em: https://www5.bahiana.edu.br/index.php/fisioterapia/article/view/3039. Acesso em: 07 jan. 2025.
SIEGEL, R. et al. Cancer statistics. Cancer Journal for Clinicians, v.68, n. 1, p.7-30, 2018. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/38230766/. Acesso em: 07 jan. 2025.
SOLAINI L,et al. Colectomia direita robótica versus laparoscópica: uma revisão sistemática atualizada e meta-análise. Surgery Endoscopy, v.32, n.10, p. 1104-10, 2018. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rcbc/a/PFYCpyF8VXNtvFnph3gtGPR/. Acesso em: 07 jan. 2025.
TOLSTRUP, R. et al. Perioperative pain after robot-assisted versus laparoscopic rectal resection. International Journal of Colorectal Disease, v. 33, n. 3, p. 285–289, 14 dez. 2017. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/29242972/. Acesso em: 07 jan. 2025.
TSILI, A. et al. Imaging of colorectal cancer liver metastases using contrast-enhanced US, multidetector CT, MRI, and FDG PET/CT: a metaanalysis. Sage Journals, v.62, n. 3, p. 30212, 2020. Disponível em: https://doi.org/101177/0284185120925481. Acesso em: 07 jan. 2025.
TSUKAMOTO, S. et al. Surgical outcomes of robot-assisted rectal cancer surgery using the da Vinci Surgical System: a multi-center pilot Phase II study. Japanese Journal of Clinical Oncology, v. 47, n. 12, p. 1135–1140, 21 set. 2017. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/29036613/. Acesso em: 07 jan. 2025.
VALLADÃO, V. et al. Aplicação da cirurgia robótica em procedimentos oncológicos. Brazilian Journal of Health Review, v. 7, n. 3, p. 691-99, 2024. Disponível em: https://ojs.brazilianjournals.com.br. Acesso em: 07 jan. 2025.
WORLD HEALTH ORGANIZATION. World Cancer Report: Cancer Research for Cancer Prevention. Wild, CP; Cancer Control. Disponível em: https://publications.iarc.fr/Non-SeriesPublications/World-Cancer-Reports/World-Cancer-Report-Cancer-Research-For-CancerPrevention-2020. Acesso em: 07 jan. 2025.
1Médico Especialista, Escola de Saúde Pública Paulo Marcelo Martins Rodrigues(ESP/CE), E-mail: ravelly_m@hotmail.com;
2Médica Especialista, Escola de Saúde Pública Paulo Marcelo Martins Rodrigues(ESP/CE), E-mail: jac.lopesmacedo@gmail.com;
3Estudante de Medicina, Centro Universitário de Patos- UNIFIP, E-mail: rayanne.maiac@hotmail.com;
4Estudante de Medicina, Centro Universitário de Patos- UNIFIP, E-mail: raynne_maiac.c@hotmail.com;
5Doutorado em promoção da saúde, Centro Universitário de Patos-UNIFIP, E-mail: milenanunes@fiponline.edu.br;
6Médico Especialista, Centro Universitário de Patos-UNIFIP, E-mail: edmundo_xavier@hotmail.com;
7Médica Especialista, Escola de Saúde Pública Paulo Marcelo Martins Rodrigues(ESP/CE), E-mail: lmoreiratorres@gmail.com;
8Médico Especialista, Escola de Saúde Pública Paulo Marcelo Martins Rodrigues(ESP/CE), E-mail: lucas10__@hotmail.com